Transformação de resíduos do lixo em gás carbônico vai reduzir as emissões de agentes do efeito estufa
Rio - Será inaugurada hoje, no Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, a Usina de Biogás que transformará em gás carbônico todo o metano (produzido durante a decomposição do lixo) do lugar. Com três queimadores, a usina tem capacidade para transformar 15 mil metros cúbicos de metano por hora. “Estimamos gerar por ano 800 mil toneladas de gás carbônico e negociar a produção no mercado internacional de crédito de carbono”, explica Manoel Antônio Avelino, presidente do conselho administrativo da Novo Gramacho, que explora o aterro.
A operação deve render 9,6 milhões de euros (R$ 27 milhões), e a empresa terá de repassar 36% dos lucros para a companhia de limpeza do Rio e para o município de Caxias (estima-se R$ 5 milhões para cada um). A Comlurb paga mensalmente R$ 13 milhões pela operação do aterro, onde, a cada 20 dias, são jogadas 8 mil toneladas de lixo.
O tratamento do biogás (composto em 50% por metano) faz parte da lista de exigências ambientais do Protocolo de Kyoto, do qual o Brasil é signatário. A usina de biogás é apontada como eficiente para reduzir a produção de gases causadores do efeito estufa, já que o gás carbônico produz poluição equivalente a menos de 5% da do metano. A vida útil do Aterro de Gramacho é de 6 anos. A exploração de biogás será de 15 anos após o fim da operação no lugar.
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