sábado, 27 de junho de 2009

Estudo diz que segurança melhorou após ocupação da PM em favelas do Rio

Pesquisa da FGV ouviu moradores da Cidade de Deus e do Santa Marta.
Parte dos entrevistados ainda sente desconfiança em relação à polícia.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que ouviu 1,2 mil pessoas de Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, e do Morro Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul, avaliou o impacto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) implantadas pelo governo  estadual nas comunidades. Moradores apontaram os pontos positivos, mas também fizeram críticas.

A pesquisa, divulgada neste sábado (27), revelou que mais de 60% dos entrevistados acreditam que a segurança pessoal e da família, e as questões de direitos humanos melhoraram com a ocupação da polícia.

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Sobre a violência policial, mais da metade dos moradores que responderam ao questionário afirmam que houve melhora. Mas 8,6% das respostas no Santa Marta e quase 10%, na Cidade de Deus disseram que a situação piorou.

Nas duas comunidades, mais de 95% acreditam que o modelo de policiamento comunitário deve ser estendido a outras regiões.

Os pesquisadores também perguntaram quanto tempo deveria durar o policiamento comunitário. Quase 90% dos moradores das duas comunidades querem que seja por tempo indeterminado.
Mas também houve críticas. No Santa Marta, os entrevistados disseram que ainda permanece o sentimento de desconfiança em relação à polícia. E na Cidade de Deus, alguns moradores informaram que antigos policiais continuam extorquindo dinheiro dos traficantes da área.

Modelo já existe em cinco favelas

No Rio, cinco comunidades já contam com as unidades de polícia pacificadora. O programa foi inaugurado no Santa Marta. Depois foi a vez da Cidade de Deus e do Jardim Batam, em Realengo, na Zona Oeste.

Este mês, chegou aos morros da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme. Em todas, traficantes foram expulsos, com ações dos batalhões de Choque e Operações Especiais.

Os policiais atuam de forma permanente dentro das comunidades. São tropas formadas para o novo tipo de patrulhamento. Atualmente são 460 homens, mas pode chegar a quase 4 mil até o fim de 2010.
A idéia da Secretaria de Segurança é aumentar o número de áreas ocupadas e mudar a relação entre policiais e moradores.
O governador Sérgio Cabral comentou as críticas da pesquisa e admitiu que o programa precisa ser aprimorado. “É um sonho. Nós vamos chegar lá", disse.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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