segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Concessionária da Volkswagen no Rio Grande está intacta há 11 anos

Jason Vogel

Otmar Walter Essig era um orgulhoso concessionário Volks desde 1974. Localizada em Estrela, cidade de 30 mil habitantes no interior do Rio Grande do Sul, a Comercial Gaúcha atendia à clientela do Vale do Taquari.

Tem até Fusca e Quantum zero-quilômetro na loja do interior do RS

A alegria do comerciante, porém, terminou em 2002, quando a Volkswagen do Brasil resolveu rescindir o contrato, já que a loja não alcançaria a nova meta mensal de vendas exigida pela marca. Seu Essig teve que demitir todos os funcionários e fechar as portas.

Foto: / Reginaldo de Campinas

Hoje viúvo e com 79 anos, ele continua a ir à loja todos os dias dirigindo um SP-2. Mas é só para manter a rotina e receber os amigos. A Comercial Gaúcha virou uma cápsula do tempo: tem estoque de carros 0km e usados, além de peças e oficina. Tudo deixado exatamente como estava na época do fechamento.

A história veio à tona quando Reginaldo Ricardo Gonçalves — mais conhecido como Reginaldo de Campinas — publicou as fotos em seu site dedicado à venda de automóveis antigos com pouca quilometragem.

Mas nem pense em tentar comprar Fusca ou Quantum zero-quilômetro por lá: raramente Seu Essig topa vender alguma coisa.

Foto: / Reginaldo de Campinas

Extra.globo.com

Impedidos de entrar em hospital, familiares invadem unidade e encontram idosa morta

Geraldo Ribeiro

Após passarem um dia de angústia e falta de informações, familiares de uma idosa internada no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, invadiram a unidade, na noite deste domingo, e encontraram a mulher morta. A aposentada Maria José Batista, de 82 anos, havia sido internada na madrugada de domingo, por volta das 5h40, e a partir de então sua família foi afastada e não teve mais informações. Às 21h, sem notícias da idosa e impedidos por funcionários de vê-la, seus parentes entraram à força no local.

Maria Jose batista morreu no Hospital Pedro II, em Santa Cruz Maria Jose batista morreu no Hospital Pedro II, em Santa Cruz Foto: Thiago Lontra / Extra

Fui de leito em leito procurando minha avó. Um maqueiro, vendo minha situação, me perguntou o nome dela e me disse que ela havia falecido - contou Gracieth dos Santos, neta de Maria José.

Familiares encontram corpo de idosa morta dentro do HospitalFamiliares encontram corpo de idosa morta dentro do Hospital Foto: JAdson Marques / Agência O Globo

Maria José foi internada na madrugada de domingo, após sentir um cansaço em casa. Ela foi diagnosticada com um problema no coração e aguardava para fazer exame de sangue. Os familiares precisaram sair do hospital pois não podiam acompanhar o procedimento.

Todos os outros parentes de pacientes foram informados que só poderiam entrar no hospital às 15h, no horário de visita. Entretanto, sem mais explicações, a visita não ocorreu. Sem informações dos motivos do cancelamento, e sem notícias da senhora, eles invadiram o hospital por volta das 21h. Outras pessoas também invadiram o hospital para exigir informações de seus familiares.

Parentes invadem Hospital Pedro IIParentes invadem Hospital Pedro II Foto: Jadson Marques / Agência O Globo

Outros pacientes também denunciaram à reportagem, revoltados, que mais pessoas haviam morrido no hospital. A unidade, no entanto, não confirmou as mortes.

O Hospital Municipal Pedro II divulgou uma nota afirmando que houve uma "falha de comunicação" no caso da aposentada Maria José Baptista. Leia o comunicado na íntegra, a seguir:

"A direção do Hospital Municipal Pedro II informa que Maria José Baptista deu entrada na unidade dia 11 de agosto, com queixa de dor torácica há dois dias e falta de ar. A paciente apresentava pico hipertensivo, arritmia cardíaca e infarto agudo do miocárdio. Permaneceu monitorada com suporte clínico avançado, mas não resistiu devido à gravidade do caso. A direção esclarece que a paciente recebeu a assistência necessária e lamenta a falha de comunicação ocorrida, garantindo que tomará as providências necessárias para que fatos como esse não se repitam. A direção está à disposição dos familiares para prestar mais informações sobre o atendimento

Extra.globo.com

Seis policiais militares são acusados de participação no desvio de 1,3 milhão de litros de gasolina

Carolina Heringer

Seis policiais militares - quatro deles lotados no 16º BPM (Olaria), um integrante do 3º Comando de Policiamento de Área (CPA) e outro membro do Comando de Operações Especiais (COE) - foram acusados num Inquérito Policial Militar de participar do desvio de 1,3 milhão de litros de gasolina no 16º BPM, por pelo menos um ano. No grupo, há oficiais. O resultado da investigação foi publicado no boletim interno da PM.

De acordo com o relatório, os pedidos de combustível eram feitos quase diariamente. Às vezes, a quantidade solicitada ultrapassava os 15 mil litros de capacidade de armazenamento do tanque do 16º BPM. Para aumentar o valor da fraude, notas fiscais de outros batalhões eram lançadas no livro da unidade.“Comprova-se o desvio com a total discrepância entre a quantidade de gasolina que entrava no tanque do 16º BPM e a quantidade de gasolina gasta no período”, afirma o documento.

Segundo as investigações, o sargento Daniel Azevedo Moura Ramos fazia os pedidos de gasolina à Subseção da Diretoria de Logística, responsável pelo controle de combustíveis da PM. Quanto aos outros cinco acusados, não há provas de que atuavam diretamente no esquema, mas, segundo a investigação, eles foram, no mínimo, coniventes.

Para que as solicitações do sargento Daniel fossem aceitas, era preciso ter a assinatura do tenente Cesar Augusto Chaves Machado, Oficial Chefe de Manutenção do 16º BPM. O subtenente Arthur Buarque Caetano, também lotado na unidade, atestava o recebimento da gasolina e lançava as notas fiscais num livro. As informações eram levadas à P4 do 16º BPM (setor responsável pela logística do batalhão), onde eram aprovadas pelos majores Rafael Pereira Freire, do COE, e Emerson José dos Santos, do 16º BPM.

O sexto citado é o do major Flávio dos Santos Cardozo, chefe da Subseção da Diretoria de Logística do 3º CPA. Um sargento disse ter relatado as fraudes ao oficial, sem que providências fossem tomadas.

Indícios de crime militar

O relatório da PM concluiu que há indícios de que o sargento Daniele cometeu crime militar por extravio de combustível. No relatório, é apontado ainda que o PM tem bens que são incompatíveis com a sua renda. Em relação ao tenente Augusto e o subtenente Arthur, também há sinais de prática do mesmo delito, mas de forma culposa (sem intenção). Os majores Emerson, Flávio e Rafael, segundo o documento, também incorreram em crime militar por não terem percebido a fraude.

A PM afirmou que não teria como informar, no fim de semana, o que acontecerá com os policiais. Procurado, o sargento Daniel disse que se pronunciaria somente após falar com seu advogado. Os outros PMs não foram localizados.

Extra.globo.com