domingo, 16 de setembro de 2012

Polícia integrada na Baixada

Após chacina de nove pessoas, Mesquita ganhará central que une polícias Civil e Militar

Por
Flavio Araújo
Hilka Telles

Rio - Uma semana após a chacina de nove pessoas no Parque de Gericinó, em Mesquita, a Secretaria de Segurança Pública anunciou que a Região Integrada de Segurança Pública (Risp) da Baixada está prestes a sair do papel e ser construída no município. O crime, que comoveu o estado, foi cometido por traficantes do bairro Chatuba, que tinham até acampamento na mata.

Policiais usaram helicóptero para vasculhar a mata em busca de jovem cujo corpo foi encontrado no Parque de Gericinó cinco dias após a morte | Foto: Severnino Silva / Agência O Dia

Policiais usaram helicóptero para vasculhar a mata em busca de jovem cujo corpo foi encontrado no Parque de Gericinó cinco dias após a morte | Foto: Severnino Silva / Agência O Dia

Para integrar o planejamento e a coordenação operacional das organizações policiais, a Risp será construída no terreno onde funcionava a antiga delegacia do município, que já foi demolida.

A verba para a construção da unidade está liberada pelo governo e o local foi visitado sexta-feira pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Ao aproximar geograficamente as polícias Civil e Militar, a Risp será o primeiro passo para a integração das duas polícias, já que todas as decisões serão tomadas em conjunto por um delegado e um coronel.

ESPAÇOS IGUAIS

A Risp da Baixada prevê até espaços iguais para as polícias Civil e Militar. “Um terá a sala ao lado do outro. O delegado será o diretor do 3º Departamento de Polícia de Área, da Polícia Civil, e o coronel será o comandante do 3º Comando de Policiamento de Área da PM, ambos com larga experiência na Baixada”, explica o subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Secretaria de Segurança Pública, delegado Roberto Sá.

O modelo da Risp conta com setor de análise criminal integrado, no qual delegado e coronel terão que compartilhar tudo: das informações e ações conjuntas, ao cumprimento das metas estabelecidas. Serão sete Risp no estado: na capital, Centro e Campo Grande; em São Gonçalo; Volta Redonda;Campos; Três Rios; e Baixada. Cada uma concentrará Áreas Integradas de Segurança Pública, às quais estão atrelados os batalhões da PM e as delegacias.

Mais cadáveres encontrados na região

As estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, embora tenha havido redução no número de homicídios na Baixada, houve aumento do número de cadáveres ou ossadas encontrados nos últimos quatro anos.

Entre janeiro e julho de 2008, 187 cadáveres ou ossadas foram achados no Rio e 54, na Baixada. Após 2008, mudou: de janeiro a julho de 2012, 92 casos foram registrados na capital e o mesmo número na Baixada — 49,2% de redução no Rio e crescimento de 70,4% na Baixada.

No dia 8, nove inocentes foram assassinados na Chatuba, pelo menos oito no Parque de Gericinó. Entre as vítimas, estava um grupo de amigos adolescentes. Havia também uma ossada.

Cerca de 50 pessoas fizeram manifestação pela paz em Nilópolis.

O Dia Online

Três policiais militares mortos em 24 horas no Rio

Dois policiais foram baleados na Coroa. Viatura é atacada com coquetel molotov na Rocinha

Por
Alessandra Horto
Angélica Fernandes

Rio - Em 24 horas, três policiais militares foram mortos a tiros na Baixada Fluminense e na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio. Outros dois foram baleados ontem à tarde durante patrulhamento de rotina na UPP da Coroa, no Catumbi, Zona Norte. A polícia operações para tentar prender os bandidos que atiraram nos agentes na Coroa, mas até a noite ninguém tinha sido preso.

Parentes e amigos se despedem do cabo do Bope Paulo Antônio, assassinado a tiro ao reagir a assalto | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Parentes e amigos se despedem do cabo do Bope Paulo Antônio, assassinado a tiro ao reagir a assalto | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

A Polícia Civil já identificou dois suspeitos de terem assassinado o PM Diego Bruno Barbosa Henriques, na Rocinha, quando ele caminhava em uma viela na localidade conhecida como Terreirão, na última quinta-feira. Ronaldo de Azevedo Oliveira da Cunha, 24 anos, e Rafael da Silva de Barros, 18, são procurados pela polícia e possuem mandado de prisão temporária emitido pela Justiça. Ambos já foram presos, cumpriram pena por tráfico de drogas e foram soltos em março.

Ontem, cerca de 40 policiais da Divisão de Homicídios (DH) fizeram operação na Rocinha para localizar os suspeitos, mas eles não foram encontrados. O delegado da DH, Rivaldo Barbosa, declarou ter provas de que os jovens são os autores do crime. Um celular com mensagens sobre a morte do policial teria sido encontrado pelos agentes civis.

A mãe de Rafael, Sirlene Maria da Silva, procurou o filho pela favela acompanhada dos policiais da DH, mas não o encontrou. Ela apelou para que o jovem se entregasse: “Prefiro ver o meu filho preso do que morto. Liga para mim, meu filho. Estou com você”. Segundo Rivaldo Barbosa, quem tiver informações sobre os jovens deve ligar para o Disque Denúncia (2253 1177).

Uma viatura da PM também foi atingida por um coquetel molotov na madrugada de ontem na Rocinha. A Coordenação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) esclareceu que o ataque não está relacionado ao assassinato do PM. A ação seria represália à abordagem feita pelos policiais militares, momentos antes, a participante de festa na favela. Convidados não gostaram da conduta dos militares.

Tiros após homenagem

O sargento do 21º BPM (Meriti) Luiz Alberto Tavares tinha acabado de receber homenagem no batalhão, na noite de sexta-feira, quando foi assassinado por dois homens em uma moto. O corpo dele foi sepultado ontem, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, junto com o do cabo do Bope, Paulo Antônio da Costa, morto ao reagir a assalto em Nova Iguaçu, na quinta-feira.

O comandante do 21º BPM, tenente-coronel Cláudio dos Santos, acredita que o sargento Luiz Alberto foi vítima de execução. “Não foi um assalto porque não levaram nada. O sargento foi atingido por quatro tiros e um deles foi justamente na cabeça

O sargento do Exército Victor Carbutt Porto, 32 anos, foi detido após pegar pistola de Luiz. Segundo o comandante, Victor, chegou ao local antes da polícia e abriu o carro onde o sargento estava morto. “Disse que pegou a arma para ninguém roubar”, contou o comandante.

O Dia Online

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Assalto na Tijuca: delegado diz que PMs estavam abatidos em depoimento na delegacia

Herculano Barreto Filho

Sargento Fábio Silva Lopes, do 4º BPM (São Cristóvão), é flagrado no momento em que pegou a mochila após o assalto ao restaurante Brasa Gourmet, na TijucaSargento Fábio Silva Lopes, do 4º BPM (São Cristóvão), é flagrado no momento em que pegou a mochila após o assalto ao restaurante Brasa Gourmet, na Tijuca Foto: Reprodução

O subtenente Ronaldo César Neves e o sargento Fábio Silva Lopes, suspeitos de terem desviado o dinheiro roubado por bandidos no assalto ao restaurante Brasa Gourmet, na Tijuca, demonstraram abatimento ao comparecerem na delegacia para depor, na tarde desta quarta-feira.

- Eles se mostraram abatidos, por conta da família e da exposição pública, após a divulgação das fotos - disse o delegado Orlando Zaccone, da 18ª DP (Praça da Bandeira).

Acompanhados por um advogado, os policiais militares do 4º BPM (São Cristóvão) reafirmaram a versão contada na semana passada, na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no Méier.

O sargento Lopes confessou que pegou a mochila ao lado de Antônio Barbosa Rodrigues, o Ceará, morto por colegas do policial ao sair, armado, do restaurante. Mas negou que houvesse dinheiro ali, apesar de as imagens do circuito interno do restaurante terem mostrado o instante em que o bandido retirou R$ 18 mil do cofre e colocou na mochila. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.

Os policiais suspeitos foram ao local do crime para dar apoio aos colegas que atenderam a ocorrência, no dia 13 de agosto. Eles foram afastados pela Polícia Militar e desempenham funções administrativas no batalhão. A PM determinou a instalação de um conselho disciplinar, que pode determinar a expulsão deles da corporação.

Extra Online

Depois de apalpada, atriz Karine Camargo revela seus atributos em ensaio na praia

Ela topou ser fotografada deixando o ator Jayme Matarazzo apalpar seus seios. Mas a diversão teve uma repercussão maior do que a esperada e, há duas semanas, por onde passa Karine Camargo, da novela "Cheias de charme", só é chamada de "A apalpada". Quem não gostou nada dessa história foi o filho do diretor Jayme Monjardim.

Quarta Extra com Karine Camargo, atriz apalpada pelo ator Jayme Matarazzo.Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

"Ele ficou chateado com a maldade do povo. Somos amigos e estávamos apenas brincando. Desde que as fotos foram divulgadas, não nos falamos mais", explica a gaúcha, de 29 anos, que fotografou exibindo a comissão de frente e os outros atributos que chamaram a atenção do rapaz: "Sempre tive peitos grandes. Coloquei um silicone de 280 ml há dois anos para dar uma empinada".

Karine na Quarta Extra

Karine na Quarta Extra Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

O namorado, o ator Leonardo Silva, também se chateou com a brincadeira. "Sempre dá uma pontinha de ciúmes, mas foi uma brincadeira. Ele só tirou uma casquinha. Eu que vou continuar apalpando", garante o amado da morena.

Na próxima semana, Karine estará na capa de uma edição especial da "Playboy": "Fiz o ensaio com uma produção chique em Ilhabela".

Karine, atriz que foi apalpada por Jayme Matarazzo

Karine, atriz que foi apalpada por Jayme Matarazzo Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

Karine Camargo

Karine Camargo Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

Karine no ensaio na praia para o Extra

Karine no ensaio na praia para o Extra Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

Karine mostra seus atributos na sessão de fotos

Karine mostra seus atributos na sessão de fotos Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

Karine no ensaio para Quarta Extra

Karine no ensaio para Quarta Extra Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

Karine sendo apalpada na praia

Karine sendo apalpada na praia Foto: Urbano Erbiste / Extra / Agência O Globo

Fotos: Urbano Erbiste / Produção: Rita Moreno / Beleza: Leo Boaventura / Karine veste: Kitanga, Bumbum, Karina Acessórios e Pontapé

Extra Online

Polícia apreende cerca de R$ 1 milhão na casa de prefeito e políticos

Rio - Policiais civis apreenderam cerca de R$ 1 milhão em dinheiro e jóias durante megaoperação realizada nesta quarta-feira em Guapimirim, na Baixada Fluminense, e na capital. A quantia foi encontrada na casa do prefeito do município, Renato Costa Mello Júnior, o Júnior do Posto, da candidata Ismeralda e do presidente da Câmara dos Vereadores, Marcelo Prado Emerick, o Marcelo do Queijo.

Quatro dos sete mandados de prisão já foram cumpridos. Subsecretária de Governo licenciada e candidata a prefeito de Guapimirim, Ismeralda Rangel Garcia foi capturada. Ela foi presa em casa, no bairro Parada Modelo, em Guapimirim.

Operação prende prefeito de Guapimirim

Grupo de políticos teria desviado R$ 1 milhão por mês do município

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

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O atual secretário de Governo, Isaías da Silva Braga, o Zico, e o chefe do Setor de Licitações da Prefeitura, Ramon Pereira da Costa Cardoso, também foram capturados.

A megaoperação tem como objetivo prender uma organização criminosa formada por políticos exercendo cargos na Prefeitura e na Câmara de Vereadores do município de Guapimirim. De acordo com o Ministérios Público (MP), os criminosos desviavam, regularmente, há cerca de quatro anos, mais de R$ 1 milhão por mês de recursos públicos da Prefeitura - inclusive verba destinada à merenda escolar.

Na operação, batizada de Intocáveis, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão e 45 de busca e apreensão, que foram expedidos pela Seção Criminal do Tribunal de Justiça. Além disso, outras 11 pessoas foram indiciadas, incluindo três vereadores.

A ação foi desencadeada por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Também estão com mandados de prisão Ivan Azevedo Valentino, o Ivan do Gazetão, e Ronaldo Coelho Amorim, o Ronaldinho, que tinham a função de "laranjas" da organização criminosa. Os policiais da Draco e da Ssinte se encontram também na Prefeitura e na Câmara de Vereadores de Guapimirim para cumprir mandados de busca e apreensão.

O Ministério Público Estadual denunciou um total de 16 pessoas sob acusação dos crimes de quadrilha armada, fraude em licitação, corrupção ativa, coação no curso do processo e peculato, que podem somar até 24 anos de prisão.

Entre os denunciados, que não têm mandado de prisão decretada, estão os vereadores Iram Moreno de Oliveira, o Iram da Serrana, Alexandre Duarte de Carvalho e Marcel Rangel Garcia, Marcel do Açougue, que recebiam mensalmente, cada um, valores entre R$ 50 mil e R$ 80 mil para evitar que as contas da Prefeitura fossem alvo de fiscalização pela Câmara Municipal de Guapimirim.

Vereadores estão entre os denunciados

A Operação Os Intocáveis é resultado de sete meses de investigação da Draco, a partir de uma denúncia recebida. De acordo com as investigações, o grupo roubava dinheiro público dos cofres da prefeitura por meio de diversas ações criminosas.

Segundo a polícia, veículos particulares em nome dos acusados eram alugados para a prefeitura a preços superfaturados, como no caso de um automóvel ano 1993 que custava R$ 7 mil por mês aos cofres municipais.

As notas fiscais contabilizam a venda de até 60 toneladas de carnes por mês para a Prefeitura, porém essa quantidade era incompatível com a demanda do município e com o porte do fornecedor. O mesmo artifício de vendas fantasmas era usado para fraudar compras de pães e outros alimentos destinados à merenda escolar.

O presidente da Câmara dos Vereadores, Marcelo do Queijo, é proprietário de uma empresa de manutenção de ar-condicionado que prestava serviços para a prefeitura com notas fiscais superfaturadas.

Organização ofereceu propina a policiais

Durante as investigações, os políticos procuraram policiais da Draco para tentar um "acerto". A Draco pediu autorização judicial para, de forma simulada, aceitar uma propina, como forma de ganhar a confiança dos investigados e conseguir mais provas.

Assim, no dia 27 de julho, policiais se encontraram com os criminosos num posto de gasolina em Guapimirim para receber a quantia de R$ 800 mil, entregue em notas de R$ 100 e R$ 50, oferecida como propina pela organização criminosa para que as investigações fossem encerradas. O dinheiro foi entregue aos policiais pelo presidente da Câmara dos Vereadores, vereador Marcelo do Queijo, acompanhado de outras pessoas.

Confira vídeo do momento da prisão de Júnior do Posto:

Chamou a atenção dos policiais o fato de as cédulas estarem úmidas e com cheiro de esterco, o que leva a crer que estavam enterradas. Na ocasião, os criminosos disseram que, a partir de janeiro de 2013, iriam pagar R$ 20 mil mensais para os policiais, caso a candidata Ismeralda Rangel Garcia ganhasse as eleições para a Prefeitura de Guapimirim.

Os R$ 800 mil recebidos pela Draco na tentativa de suborno foram imediatamente depositados numa conta bancária, à disposição da Justiça. O prefeito Renato Costa Mello Júnior tem 35 anos, já foi deputado estadual em 1998 (aos 21 anos de idade) e vice-prefeito de Guapimirim (2004). Em 2008, tornou-se candidato a prefeito após a candidatura à reeleição de seu tio, Nelson do Posto, ter sido impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Júnior do Posto é filho de Renato do Posto, conhecido político de Guapimirim, assassinado em março de 2009. Sua irmã, Renata do Posto, foi deputada estadual, cassada em 2008 por envolvimento em fraude com o auxílio-educação. Há mais de uma década a família do Posto domina a política da cidade. Renato resolveu não se candidatar à reeleição e apoiava a candidatura de Ismeralda.

O Dia Online

Romário volta a criticar convocação de Mano Menezes e pede auditoria na CBF

Deputado federal e ex-atacante usa transferência de Hulk para afirmar que há um cartel na seleção brasileira e diz que goleiro Cássio irá para a Roma

São Paulo - A convocação do técnico Mano Menezes para a seleção brasileira voltou a ser alvo de críticas de Romário nesta quarta-feira. Através da sua conta no Twitter, o deputado federal e ex-atacante levantou suspeitas de que a lista de atletas chamados pelo treinador é motivada pela possibilidade de venda dos mesmos no futuro.

"A última convocação do Mano é mais um exemplo de que, dentro da seleção, está havendo um cartel", escreveu Romário. "Espero que sem o conhecimento do presidente José Maria Marin e do vice, Marco Polo Del Nero", completou.

O exemplo utilizado por Romário para ilustrar a acusação foi o atacante Hulk. Integrante da seleção que conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, o jogador foi vendido nesta semana pelo Porto, de Portugal, ao Zenit, da Rússia, por 55 milhões de euros (R$ 140,8 milhões). A transferência foi a sétima mais cara da história do futebol.

Foto: Divulgação

Romário criticou novamente a convocação de Mano Menezes | Foto: Divulgação

Segundo Romário, a venda de jogadores motivada pela convocação pela seleção brasileira não deve parar por aí. "O goleiro do Corinthians, que tem seus direitos econômicos ligados a pessoas da CBF, após a convocação e alguns jogos da seleção, se já não foi, será vendido para a Roma. Quem leva?", disse o ex-jogador.

Por fim, após levantar todas essas suspeitas, Romário pediu que a entidade máxima do futebol brasileiro seja investigada. "Uma instituição como a CBF, que é isenta de impostos federais, já está mais do que na hora de passar por uma auditoria", afirmou.

Recentemente, o trabalho de Mano Menezes à frente da seleção brasileira tem recebido muitas críticas do ex-atacante. A mais recente delas aconteceu no final do mês de agosto, quando o craque da Copa do Mundo de 1994 acusou o treinador de ter feito a convocação para as Olimpíadas motivado por interesses pessoais e criou uma campanha no Twitter para a demissão de Mano.

As informações são do iG

O Dia Online

PM afasta policiais envolvidos em tiroteio que matou mulher em Coelho Neto

Rio - Os dois policiais envolvidos na troca de tiros no PAM de Coelho Neto que matou Cláudia Lago de Souza, de 33 anos, estão afastados do serviço nas ruas e serão indiciados. A arma utilizada na ocorrência foi enviada para a perícia. As informações são da assessoria da PM.

O comando da corporação instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da ocorrência.

Enterro em clima de revolta

"Minha irmã foi pega de escudo e a polícia chegou atirando. O PAM só foi isolado depois que ela caiu no chão. Como o bandido atirou nela se a todo momento ele estava com a arma na cabeça da minha irmã?" questionou a dona de casa Luciléia Lago de Souza, irmã de Cláudia Lago de Souza, 33 anos, morta na madrugada desta quarta-feira ao levar um tiro no abdômen na unidade de saúde em Coelho Neto, Zona Norte.

Foto: Reprodução

Cláudia foi baleada no abdômen e morreu em hospital | Foto: Reprodução

Cerca de 200 pessoas compareceram ao enterro de Cláudia, por volta das 16h50 desta quarta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, entre elas o pai da vítima, Aurélio Lago de Souza, que chegou ao local em uma cadeira de rodas. O filho da vítima de 10 anos, também esteve no cortejo.

Muito abalado, o padrinho de Cláudia, o vigilante Alberto Carlos Murga e Silva, de 41 anos, desabafou: "Nota 0 para a polícia. Como o bandido agarrado com ela ia atirar no abdômen da Cláudia? Queremos saber a verdade. A polícia está despreparada e se os policiais seguissem o ônibus com as crianças a tragédia seria maior. Os PMs também recolheram a capsúla dos locais. O sargento queria ser herói e virou vilão" - disse Alberto.

Ao ser enterrado, o corpo da comerciante recebeu muitos aplausos. Luciléia diz ainda que a família vai processar o estado. "A situação toda mostra o despreparo do estado e como a polícia é fria. Minha irmã foi buscar ajuda para o filho e acabou morrendo. Alguém tem que pagar. Vamos processar" afirmou.

"Ela tinha medo da violência", diz marido

O marido de Cláudia, o balconista Daniel Soares de Oliveira, de 32 anos, revelou nesta quarta-feira que a esposa tinha receio de assaltos. "Ela evitava ir a lugares perigosos com medo da violência", disse Daniel, que mantinha relacionamento com Cláudia há 12 anos e mora há seis em Coelho Neto.

Cláudia morreu na madrugada desta quarta-feira no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. De acordo com ele, o filho de 10 anos não presenciou a morte violenta da mãe. "Cláudia deixou nosso filho com o médico e foi buscar um medicamento. Meu filho não viu aquela cena. Hoje de manhã contei sobre a morte da mãe. Ele chorou muito", revelou.

Imagens de câmeras de segurança do PAM já estão com a 30ª DP (Marechal Hermes), que investiga a ação. A PM também abriu inquérito para saber de onde partiu o tiro que feriu Cláudia, feita de escudo humano pelo suspeito.

"Não sou perito e não quero acusar ninguém. Mas, segundo o médico, o tiro que matou minha esposa partiu de uma arma de grosso calibre. Não vou entrar no mérito de processar o estado e nem quero pensar nisso agora", afirmou Daniel.

Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Enterro de Cláudia foi marcado por emoção e revolta dos familiares | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

O comandante do 2º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Rogério Leitão, não sabia ainda se o policial que estava na ocorrência atirara dentro do posto médico. “Torcemos para que o PM não tenha atirado”, disse.

Segundo o comandante, a ação foi muito rápida. “O bandido foi covarde em fazer uma refém e o policial teve muito pouco tempo para agir, por isso vamos investigar”, adiantou. Leitão disse ainda que a PM faz operações constantes no Morro da Pedreira e que um trabalho de Inteligência será feito para tentar identificar o foragido e prendê-lo.

O PM que seguiu o criminoso no PAM, e que não se identificou, disse que o homem estava muito nervoso e parecia estar drogado. O homem que dirigia o Gol morreu a caminho do Hospital Carlos Chagas e também não foi identificado.

No veículo foram apreendidos um radiotransmissor, um carregador de pistola e cápsulas deflagradas. Ainda muito assustados, os cinco funcionários do PAM de Coelho Neto só conseguiram sair da unidade após a perícia, por volta das 20h30.

Dia de fúria em Coelho Neto e Acari

Tiroteio em ruas de dois bairros e dentro de um posto médico, uma refém baleada no abdômen em estado grave e um ônibus com 40 crianças entre 10 e 12 anos sequestrado para dar fuga a um bandido.

O dia de fúria em Coelho Neto e Acari, na Zona Norte, na tarde desta sexta-feira, deixou ainda um criminoso morto e dúvidas sobre a ação de policiais militares.

Por volta das 14h30, policiais do 41º BPM (Irajá) desconfiaram de um carro Gol na altura de Fazenda Botafogo, em Acari. Dois homens que estavam no veículo tentaram escapar e trocaram tiros com a PM até o bairro vizinho de Coelho Neto.

O motorista foi baleado, e o comparsa invadiu o Posto de Atendimento Médico (PAM) do local. Um policial chegou a trocar disparos com o bandido no posto.

“Vou entrar para aterrorizar!”, gritava o criminoso em fuga com uma pistola 9mm na mão, à porta do PAM. Quando Cláudia foi ferida, o bandido correu para os fundos da unidade, pulou um muro e invadiu o Colégio Interativo.

Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia

Em fuga, bandido usou ônibus com 40 crianças de escola particular | Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia

Na porta da escola, um ônibus de turismo estava com cerca de 40 alunos que iriam para uma excursão. Segundo o motorista Marcos Ferreira, 56 anos, o homem entrou em sua cabine e disse: “Fica calmo que eu só quero fugir. Me leva para a (favela da) Pedreira”.

Marcos também contou na 30ª DP (Marechal Hermes) que manteve a calma, dirigiu pelo quarteirão e o criminoso desembarcou no Morro da Pedreira, que fica a 800 metros do colégio. Segundo ele, as crianças nada notaram.

“Foram muitos tiros. Nos jogamos no chão com medo. Foi desesperador, uma verdadeira guerra”, relatou a merendeira Nilza Braga, 53 anos, da Escola Municipal Montecarlo.

Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia

Bandido usou ônibus de turismo com 40 crianças para fugir | Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia

Funcionários do posto contaram que trancaram as salas impedindo a entrada do bandido. Tiros atingiram paredes na entrada e cadeiras e mesas foram jogadas no chão na correria.

Outro ataque na mesma rua

Na mesma Rua Oserley que aconteceu a ação cinematográfica desta terça-feira, na sexta-feira passada, dia 25, outro ônibus de turismo foi invadido por bandidos armados. Os turistas eram religiosos que iam para Aparecida do Norte, em São Paulo.

Na ocasião, 15 romeiros foram assaltados no fim da noite e perderam as bagagens de mão. Os assaltantes fugiram para o Morro da Pedreira, que faz divisa de Coelho Neto com Costa Barros, mesma favela para onde fugiu o bandido que invadiu o PAM e o ônibus com os alunos nesta terça.

O Dia Online