sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Suspeito flagrado portando arma em shopping da Zona Oeste é preso

Segundo secretário de Segurança, ele é um PM do Batalhão de Choque.
Fita de segurança que mostra policial armado vai ser usado como prova.

Daniella Clark

Do G1, no Rio

eitos de pertencer a uma milícia que apareceu em imagens do circuito interno de segurança de um shopping da Zona Oeste do Rio portando duas armas é um polícia militar e já está preso administrativamente. A informação foi dada à imprensa pelo secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, nesta sexta-feira (23). O PM suspeito, segundo Beltrame, pertenceria ao Batalhão de Choque e ficará preso por 72 horas no 5º BPM (Praça Harmonia).

"Determinei a prisão administrativa e a apreensão da fita para que, uma vez essa pessoa presa, nós possamos fazer prova também criminal contra esse policial militar", disse o secretário.


As imagens foram feitas em 15 de janeiro, por volta das 22h, e mostram três homens andando armados no estacionamento do shopping, supostamente à procura de um inimigo. O jornal "Extra" veiculou trechos da gravação na internet nesta sexta-feira: veja aqui. As imagens mostram que, antes de deixarem o local, eles revistam diversos carros e discutem com seguranças do estabelecimento. A fita agora vai ser usada pela polícia como prova para transformar a prisão administrativa em preventiva, segundo o secretário.

“A audácia e o abuso dessas pessoas indignam qualquer cidadão. Principalmente em se tratando de um servidor público. Ele vai ter que prestar informação do que estava fazendo num lugar público portando duas armas à paisana. É totalmente incompatível com uma conduta de um funcionário público, de um policial”, disse Beltrame.

Os outros dois homens que estavam com o PM no estacionamento ainda não foram identificados. Os suspeitos pertenceriam à milícia "Liga da Justiça", que atua na Zona Oeste do Rio.

Nome de policial já aparecia em investigações

Ainda segundo Beltrame, a polícia já teria informações de que esse policial estaria envolvido com milícias, grupos paramilitares que oferecem uma suposta segurança em troca de pagamentos e exploram ainda serviços de gás e TV a cabo clandestina em comunidades do Rio.

"Teria o nome dele e o nome e de várias pessoas. Mas temos que trabalhar sempre com condenação e condenação é materialidade", disse Beltrame.

"O trabalho de um policial é apresentar provas. Não adianta nos preocuparmos apenas em prender as pessoas. Há uma série de dispositivos que fazem com que amanhã ou depois essa pessoa saia da prisão. Nós temos que nos preocupar em formar provas e condenar as pessoas".

Investigação

Com relação às investigações das milícias, o secretário informou que o delegado Marcus Neves será mantido na Polinter, assim como o delegado Cláudio Ferraz continuará na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Segundo Beltrame, a investigação desses grupos paramilitares ficará concentrada nas duas instituições e na delegacia de Jacarepaguá.

"Esses delegados, juntamente com o delegado de Jacarepaguá, atuam muito próximos e estão permanentemente em contato, trocam informações", disse Beltrame. "Foram os delegados que se mantiveram à frente desse trabalho. Fica cada um em sua área, mas vão continuar cada vez mais próximos. Juntando informações, reforçando por exemplo um pedido de prisão que um delegado tenha poucas informações, para dar ao Judiciário a sustentação do pedido".

Segundo o secretário, com a atuação da polícia, os grandes grupos que controlavam comunidades no Rio resultaram em pequenos focos de milícias.

"O que a Liga da Justiça quer é trazer todos esses grupos para seu controle. Cabe a nós não permitir que isso aconteça".

Prefeita de Magé é operada no Rio

Núbia Cozzolino está internada desde terça-feira (20) com dores nos rins.
Segundo os médicos, estado de saúde é considerado complicado.

Do G1, no Rio

A prefeita de Magé (Baixada Fluminense), Núbia Cozzolino (PMDB), está sendo operada desde o início da tarde desta sexta-feira (22) no Hospital Pró-cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul. De acordo com a assessoria da prefeita, Núbia está retirando uma pedra em um dos rins. O funcionamento do rim foi afetado depois que uma diverticulite, inflamação no intestino, avançou para os outros órgãos.


Núbia Cozzolino está internada no hospital desde a madrugada de terça-feira (20), após se queixar de dores pelo corpo.

Na quarta-feira (21), os médicos descobriram que Núbia estava com uma pedra grande em um dos rins e começaram a operar a prefeita na quinta-feira (22). De acordo com a assessoria de Núbia, não foi possível retirar toda a pedra do rim em uma única operação e uma nova cirurgia foi marcada para sexta-feira (23).

A assessoria da prefeita informou que Núbia deverá receber alta no final de semana, mas deverá voltar em fevereiro para a retirada de 38 centímetros do intestino, que está inflamado. O estado de saúde da prefeita é considerado complicado pelos médicos.