domingo, 20 de novembro de 2011

Corpo de Dudu de Jesus é sepultado no Cemitério São João Batista

Filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, de 58 anos, foi morto na madrugada de sábado, em Realengo, na Zona Oeste do Rio

POR HELVIO LESSA

Rio - O corpo de Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu de Jesus, de 32 anos, foi sepultado na manhã deste domingo no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O músico e cantor, filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, de 58 anos, foi morto na madrugada deste sábado após um show de sua banda em Realengo, na Zona Oeste.

Foto: Felipe Assumpção / AgNews

Inconsolável, Carlinhos de Jesus se despede do filho assassinado | Foto: Felipe Assumpção / AgNews

Durante o cortejo, as cerca de 200 pessoas que estavam presentes cantaram diversos sambas, entre eles "O show tem que continuar", do Fundo de Quintal. O caixão de Dudu foi coberto com uma bandeira da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba do seu coração. O clima era de total comoção e também de indignação pelo assassinato do músico.

Carlinhos de Jesus acompanhou sepultamento agraçado com o neto Juan, de oito anos, filho de Dudu.  "Estou muito abalado, mas, gostaria de agradecer a presença de todos. Ele era muito querido, gostava de tocar, cantar, namorar. Tenho certeza que isso (o crime) vai ser apurado", disse Carlinhos de Jesus.

No cemitério, alguns amigos e parentes de Dudu vestiam camisa com foto do grupo Samba Firme, e a inscrição "a amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir". Muitas personalidades passaram pelo local para se despedir do filho de Carlinhos de Jesus, como o intérprete Neguinho da Beija-Flor e a bailarina Ana Botafogo, o ator Antônio Pitanga, o ex-presidente da Mangueira, Elmo dos Santos. "Eu sou pai e quase passei por isso. Sei a dor que é", disse Neguinho, que teve o filho vítima de bala perdida em 2002, mas sobreviveu.

A eterna porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense, Maria Helena falou do tempo que conhecia Dudu e de que o filho de Carlinhos de Jesus era uma pessoa de bem. "O conheci quando ele tinha uns 5 ou 6 anos de idade, ele me chamava de tia. Não sei o que pode ter acontecido".

Assassinado por dois ocupantes de moto

A Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso, trabalha com a hipótese de execução, mas não descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). Os integrantes da banda já prestaram depoimento. Imagens de câmeras de segurança de um depósito de gás e de um supermercado em frente à choperia foram solicitadas. Neste domingo, equipe da DH buscava outras possíveis imagens de câmeras na região que possam identificar os autores.

Foto: Reprodução

Músico teria sido morto por homens em moto | Foto: Reprodução

Vocalista do grupo Samba Firme, ele se apresentava toda sexta-feira na choperia Boteko Carioca, na Rua Marechal Fontenelle. Policiais que estiveram no local do crime contaram que o músico foi surpreendido por dois ocupantes de uma moto, por volta das 4h. Um deles desceu do veículo e foi em direção à vítima, que guardava os instrumentos da banda, fez os disparos e fugiu.

Dudu era filho de Carlinhos de Jesus com a médica Raquel Vieira de Jesus. Eles também são pais da analista de marketing Tainah Vieira de Jesus. O coreógrafo estava no Rio Grande do Sul quando recebeu a notícia. Ele chegou ao velório, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul, com a filha. “Bom dia... Deus está contigo” foi a última mensagem do rapaz para o pai, no Twitter, horas antes de morrer.

Governador foi ao velório

Emocionado, Carlinhos falou sobre a morte do filho. “Foi motivo de muita dor para todo mundo. A gente sente um vazio muito grande com a perda. Dudu era alegre, extrovertido. Ele nunca tinha me contado de briga ou qualquer inimizade com alguém”, disse. O governador Sergio Cabral chegou com a mulher, Adriana. “Vim como amigo da família. A parte policial está sendo cuidada agora”, afirmou.

O governador Sergio Cabral chegou com a mulher, Adriana. “Vim como amigo da família. A parte policial está sendo cuidada agora”, afirmou. A bailarina Ana Botafogo também foi ao velório. “O Carlinhos ficou em choque quando soube”, afirmou. O corpo de Dudu será sepultado às 10h de hoje, no Cemitério São João Batista.

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Morre o ator Adriano Reys

Rio - O ator Adriano Reys, morreu na manhã deste domingo, no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Com 78 anos, Adriano sofria de câncer no fígado.

                            Foto: Divulgação

Ator sofria de câncer no fígado | Foto: Divulgação

Adriano iniciou sua carreira no cinema, mas, se tornou conhecido atuando em novelas da TV Tupi, Globo, Bandeirantes e Record. Atualmente ele está no ar, na reexibição de "Mulheres de Areia", na Rede Globo. Mas, também atuou em "Selva de Pedra", "Ciranda de Pedra", "Vale Tudo". Seu último trabalho foi na Rede Record, onde participou do elenco da novela "Promessas de Amor".

O corpo do ator está sendo velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Segundo informações da família, ele será cremado na próxima quinta-feira.

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Ex-PM morto era acusado de participar de atentado na Região dos Lagos

Wellington Vaz de Oliveira, de 38 anos, foi assassinado na noite deste sábado ao ser fuzilado

POR ROBERTA TRINDADE

Rio - O ex-cabo da Polícia Militar, Wellington Vaz de Oliveira, de 38 anos, assassinado na noite deste sábado, é acusado de participação no atentado ao também ex-PM Francisco César Silva de Oliveira, o Chico Bala, de 41 anos, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em agosto de 2007. Na ocasião, a mulher e o enteado de Chico Bala foram mortos. O outro acusado de envolvimento no crime, José Carlos da Silva, o Tropeço, 42, - que foi expulso da PM em 1999 - fugiu junto com Vaz, que é citado na CPI das milícias como integrante da  Liga da Justiça.

Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Carro de ex-PM apresenta dezenas de marcas de tiros de fuzil | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Wellington foi executado dentro de seu veículo - o Gol preto placa KOM 8476 - em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na noite do último sábado. O crime ocorreu na Rua Maria Lorosa, pouco após Vaz ter saído de uma churrascaria. Ele foi surpreendido por três homens que desceram de uma Kombi e efetuaram cerca de 50 disparos contra seu automóvel.

O chefe do Setor de Inteligência da especializada, comissário José Carlos Guimarães, afirmou que diligências já estão sendo realizadas e que as equipes vão tentar localizar estabelecimentos próximos ao local do crime que possuam sistema de câmeras de vigilância para solicitar as imagens. Familiares da vítima devem prestar depoimento nos próximos dias. Ainda não há suspeitos.

O ex-PM estava foragido da Unidade Prisional (UP) - antigo Batalhão Especial Prisional (BEP) -, em Benfica, na Zona Norte do Rio, há um ano e dois meses. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) estão responsáveis pelas investigações.Os dois, que respondiam a um processo por homicídio qualificado, participavam de uma obra para aumentar o muro do presídio e o desaparecimento só foi notado na contagem de presos feita à noite.

Atentado contra Chico Bala

O atentado contra Chico Bala ocorreu no dia 27 de agosto de 2007, quando ele ainda era lotado no 25º BPM (Cabo Frio). O então PM estava no banco do carona, acompanhado pela mulher, que estava ao volante, Maria Cláudia Silva de Oliveira, 31, pelo enteado Yan Coutinho da Silva, 13, e pelo sobrinho, Luan Santos Braga, 19.

Todos estavam dentro do carro passando pela Rua 23, perto do Campo do Cancela, no bairro Balneário. O então sargento foi atingido nas costas, na mão, no ombro e duas vezes no braço. Seu enteado, baleado na cabeça e no braço, não resistiu e morreu ainda no local. Sua mulher, atingida na nuca e na barriga, morreu dois dias depois, no hospital.

Horas após o atentado, o então cabo Vaz foi preso, em companhia do ex-sargento da PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, 40 (expulso em 1992), do ex-PM José Carlos da Silva, o Tropeço, e do inspetor da Polícia Civil André Luiz da Silva Malvar, que era lotado no Instituto Félix Pacheco (IFP) e genro do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, 63. Os quatro - todos indiciados no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias - estavam no interior de um Ford Focus, na altura do KM 30 da Via Lagos, em Araruama.

Com eles havia três fuzis - um AR 15 Colt, calibre 223, um Parafal calibre 7,62 de fabricação argentina, com numeração suprimida, e um Windhan calibre 556, com numeração suprimida e lanterna acoplada ao cano -, cinco pistolas - sendo uma Glock calibre 45, uma Glock .40, uma Taurus 9mm, uma Taurus .40 e uma Taurus PT 92, calibre 9mm -, 44 carregadores, cinco rádios Nextel, três rádio-transmissores, quatro celulares, dois binóculos, quatro toucas ninja, duas lunetas e duas granadas M-9, além de R$ 1.900.

O ex-policial civil também responde pela morte do inspetor da Polícia Civil Félix dos Santos Tostes, em fevereiro de 2007, juntamente com o ex-veredor Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras. Este último foi assassinado em junho de 2009, aos 42 anos. Ao ser preso, minutos após o atentado ao ex-PM Chico Bala, Malvar estava de posse de uma arma que, após perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), constatou-se ser a mesma utilizada no homicídio de Félix.

Colaboraram Bruno Guedes e Helvio Lessa

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Agentes do Bope apreendem fuzis na Favela da Rocinha

Rio - Agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) apreenderam, na manhã desta terça-feira, mais 10 fuzis em um beco da localidade conhecida como Roupa Suja, na Favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul da cidade. No início da tarde, os policiais apreenderam ainda mais 19 fuzis e duas pistolas dentro de uma casa na Rua 2, após denuncia de moradores.

De acordo com o batalhão, as armas seguiram para apresentação no Posto de Comando do Bope, na Via Ápia, e depois foram levadas para o 23º BPM (Leblon). Nesta segunda, o Bope anunciou a apreensão de 20 fuzis, duas metralhadoras ponto 30 (arma antiaérea), dois lança rojões, sete pistolas, uma carabina ponto 30, duas granadas e uma espingarda na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. O material foi achado enterrado em uma mata na localidade conhecida como Dioneia.

Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Policiais do Bope mostram armas de alto poder de destruição que foram encontradas | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Esse foi o maior arsenal apreendido desde o início da ocupação, que começou na madrugada deste domingo. Com esse 18 fuzis, chega a 33 o número desse tipo de arma que foi apreendida, já que até às 16h desta segunda-feira era contabilizado 15 fuzis encontrados na operação. Dos 18 fuzis recolhidos na Dioneia, oito eram do modelo G3, sete AR-15, três fuzis Fal, um AK 47 e um M16. Segundo a PM, o material foi encontrado graças às denúncias feitas pela população.

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Policiais apreendem armamento pesado na Favela da Rocinha | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Drogas e material pirata apreendido

Entre as substâncias entorpecentes apreendidas na favela desde o início da ocupação estão 120 kg de maconha (papelotes, tabletes), 60 kg de pasta base de cocaína, 135 kg de cocaína, 135 pedras de crack e 38 comprimidos de ecstasy. A polícia ainda recuperou 75 motos, dois automóveis, 50 cartões de crédito, 38 máquinas caça-níqueis, quatro radiotransmissores, uma réplica de pistola, um notebook, um Ipod, uma câmera digital, uma barraca de camping, uma capa de colete, duas gandolas, uma farda do Exército, cerca de 150 camisas da Polícia Civil e material hospitalar.

Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

Produtos piratas, entre eles, 21 mil mídias, foram apreendidas na Rocinha | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

Foram estouradas ainda três centrais de TV a cabo clandestinas, onde foram encontrados quatro decodificadores e 17 receptores. Foram apreendidas ainda 21 mil mídias (CDs e DVDs) piratas, quatro monitores de TV LCD e material para embalar drogas.

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Morre homem baleado em briga de trânsito na Rio-Petrópolis

POR LUARLINDO ERNESTO

Rio - Uma briga de trânsito terminou em tragédia na madrugada desta terça-feira, no km 120 da Rodovia Washington Luís, na altura do Parque Beira-Mar, em Gramacho, Duque de Caxias, Baixada Fluminense, no sentido Petrópolis. O baleado, Rafael Antonio César Dias Ferreira, de 34 anos, que ainda chegou a ser levado com vida para o Hospital Moacir do Carmo, também em Caxias, morreu pouco depois.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não divulgou a possível identidade do criminoso. De acordo com as informações da Concer, dois veículos se envolveram em um acidente. Os motoristas teriam discutido e se envolvido em uma briga que terminou nos tiros disparados contra Rafael. O trânsito fluía em meia pista logo após o acidente. Agentes da PRF foram para o local.

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Chefão do tráfico montou verdadeiro 'bunker' na mata

Rio - A mata que cerca a Favela da Rocinha era o grande refúgio do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Além de matar e ocultar corpos de desafetos, aquele foi o local escolhido pelo chefão do pó para esconder seu arsenal e drogas. Há informes de que o traficante também tenha enterrado dinheiro dias antes da ocupação.

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Policiais do Bope apresentam armas, munição e drogas apreendidas na Rocinha | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Desde que entrou na Rocinha, domingo, a polícia já encontrou 174 armas, boa parte delas enterrada no alto da favela. A certeza de que reconstruiria seu ‘império do crime’ era tanta, que o criminoso montou um verdadeiro ‘bunker’ embaixo da favela: uma cisterna foi especialmente construída para abrigar o material.

Durante dois dias, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) vasculharam a mata em busca de armas deixadas para trás pelos bandidos. E, ontem, trocaram os fuzis por pás e picaretas até encontrarem, na localidade Dionéia, um paiol do tráfico: 24 fuzis, uma metralhadora antiaérea ponto 30, sete pistolas, duas granadas, dois lança-rojões e 25 quilos de cocaína, além de cerca de 3 mil projéteis de diversos calibres. Os policiais saíram da mata, carregando o material sobre os ombros, e aos gritos de: ‘caveira’’.

Por volta das 17h, agentes da 39ª DP (Pavuna) localizaram um dos mais bem estruturados esconderijos da quadrilha, na localidade Vila Verde, atrás da UPA da Rocinha. Uma cisterna foi construída com estrutura de concreto, onde estavam escondidos 4 fuzis — um com mira telescópica — 5 pistolas, 14 granadas, munição, 2 placas de cerâmicas para coletes que suportam tiro de fuzil, cocaína e 42 carregadores.

O abrigo tinha cerca de um metro de concreto de espessura e, para apreender o material, policiais precisaram de britadeira da prefeitura para perfurar o cimento. O material estava embalado com plásticos e fitas adesivas.

Além de abrigar o material bélico da quadrilha, a mata era o local usado pelo ‘Bonde Picota’, grupo comandado pelo traficante Miro, braço direito do chefão Nem, que tinha a missão de esquartejar e ocultar os corpos dos inimigos. Eles são apontados pela polícia como os responsáveis pela execução da modelo Luana Rodrigues Souza, 24 anos, e de uma amiga dela. Domingo, a polícia encontrou as armas: dois machados com a inscrição ‘Bonde do Picota’.

Camisas semelhantes à da Polícia Civil em refinaria de pó

Equipes do Bope apreenderam na favela 150 camisas semelhantes às usadas pela Polícia Civil, além de roupas camufladas. Policiais do Bope também recolheram 16 caça-níqueis na Estrada da Gávea.

À tarde, uma moradora avisou ao Bope que uma casa na Rua 2 era usada pelo tráfico como refinaria de cocaína. Lá os policiais apreenderam 90 litros de ácido sulfúrico, 50 litros de éter e 30kg de pó branco que pode ser cocaína ou produto para misturar à droga.

O Bope também chegou a uma casa no Largo do 199 que seria de gerente do Nem conhecido como Xexéo. A polícia apreendeu touca ninja e anotações do tráfico, inclusive escala de plantões de ‘soldados’.

Também morador da Rocinha, Aroldo dos Santos, 31, se entregou nesta segunda-feira à polícia. Condenado por associação para o tráfico, ele estava foragido há 13 anos e foi convencido a se render pela mãe. Ao todo, 8 suspeitos já foram presos desde a ocupação, no domingo.

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Estratégia para fazer Nem delatar maus policiais

Informações em troca de redução da pena, a delação premiada pode ser oferecida ao traficante que comandou a Rocinha

POR ADRIANA CRUZ

Rio - A cúpula da Segurança Pública monta estratégia para convencer o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, a denunciar policiais corruptos. A delação premiada, informações em troca de redução de pena nos processos, é uma das hipóteses que está sendo estudada para ser oferecida ao bandido. Na madrugada de quinta-feira, após ser preso pela Polícia Federal, Nem garantiu aos agentes que boa parte do seus lucros era destinada ao pagamento de propina a maus policiais.

Nem está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó | Foto: Divulgação

“Seria uma oportunidade importante o oferecimento de uma medida judicial para que o Nem contribua com a Justiça e com a polícia. Qualquer tipo de palavra ou assunto que esteja no depoimento será minuciosamente estudado”, declarou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Para discutir a melhor forma de trazer Nem para o lado dos bons policiais, irão se reunir ainda esta semana os corregedores das Polícias Civil e Militar, além da Geral Unificada, e membros do Ministério Público estadual, como o promotor Homero das Neves Freitas Filho. “Temos policiais que prestavam ajuda ao Nem fora da favela e outros dentro. Ele contava com algum serviço de segurança fora do morro”, afirmou Beltrame.

Nesta segunda-feira, os delegados Marcelo Fernandes e Jayme Berbat, da Corregedoria-Geral Unificada (CGU), foram ouvir o depoimento de Nem no presídio de segurança máxima Bangu 1, no Complexo de Gericinó. Porém, o criminoso se recusou a prestar declarações.

Na quinta-feira, agentes da Corregedoria da Polícia Civil tentaram ouvi-lo, em vão. Na véspera, três policiais civis foram presos escoltando bandidos da quadrilha de Nem.

Bandido mais procurado do Rio é preso

Nem foi preso durante operação do Batalhão de Choque, em frente ao Clube Piraquê, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, no início da madrugada desta quinta-feira. O cerco aconteceu quando policiais, nas proximidades de um dos acessos a Rocinha, na Estrada da Gávea, desconfiaram de um veículo.

Após abordagem, os ocupantes do carro afirmaram que eram de um consulado e, diante da insistência dos policiais em revistar o veículo, ofereceram dinheiro aos agentes. Após recusa por parte dos policiais militares, a busca no carro foi feita e Nem foi encontrado dentro do porta-malas de um Corolla preto.

Poucas horas antes, um "bonde" com traficantes, escoltado por três policiais civil, um policial militar reformado e um ex-PM, foi detido próximo ao Jóquei da Gávea, também Zona Sul da cidade. A ação foi conduzida por homens Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Os traficantes presos na ação são: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio; Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe, um dos líderes do tráfico na mesma comunidade; Paulo Roberto Lima da Luz, o Paulinho; Varquir Garcia dos Santos, o Carré, e Sandro Oliveira.

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domingo, 13 de novembro de 2011

Prefeitura retoma ações de coleta de lixo na Rocinha e Vidigal nesta segunda-feira

Serviços de conservação de logradouros e manutenção da iluminação pública terão início na quarta-feira

Rio - A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos, retoma a partir das 7 horas da manhã da segunda-feira, os serviços de coleta de lixo nas comunidades da Rocinha e Vidigal, na Zona Sul da cidade. Tanto a paralisação, que ocorreu às 15 horas de sábado, dia 12, quanto a retomada dos serviços foram definidas sob orientação da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Nesta segunda-feira, o trabalho de coleta de lixo será realizado por 157 homens, entre garis comunitários e da Comlurb, apoiados por caminhões basculantes, caminhões compactadores, retroescavadeiras e mini tratores.

Também a partir de entendimento com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, os serviços de conservação de logradouros e de manutenção da iluminação pública terão início na próxima quarta-feira, dia 16, às 8 horas da manhã.

O contingente de equipes da Coordenadoria Geral de Conservação e da Rioluz será reforçado para a execução das atividades nas duas comunidades.

A Prefeitura do Rio segue trabalhando em estreita cooperação com as forças de segurança do Governo do Estado. Até  terca-feira a prioridade será dada ao trabalho das forças policiais.

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Balanço final de apreensões na Rocinha tem 15 fuzis e 15 mil munições

Policiais recolheram 60 kg de pasta base de cocaína e acharam 20 pistolas no primeiro dia de ocupação nas duas favelas

Rio - A Secretaria de Segurança Pública divulgou, no início da noite deste domingo, o balanço final do primeiro dia de ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal, na Zona Sul do Rio.

De acordo com a pasta, foram apreendidos ao longo do dia 20 pistolas, 15 fuzis, três granadas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, cerca de 15 mil munições de diversos calibres (fuzis 762 e 556, pistolas 9 mm e 40, e metralhadora ponto 40), sete lunetas, 61 bombas artesanais, 102 carregadores para fuzil e outros 56 de calibres diversos.

Foto: Divulgação

Fuzis foram encontrados na mata da Rocinha | Foto: João Laet / Agência O Dia

Em relação às drogas, foram recolhidas 112 kg de maconha e outros 80 tabletes e 145 trouxinhas do mesmo entorpecente, 60 kg de pasta base de cocaína e outros 14 tabletes da mesma droga.

Como a totalização do material recolhido só foi concluída no fim da tarde, o número de apreensões foi diferente do que o divulgado durante o dia.

Os policiais recolheram também 75 motos e um Toyota Hilux, 17 máquinas caça-níqueis, uma pistola desmontada, uma réplica da mesma arma, um notebook, um Ipod, uma câmera digital, dois rádiotransmissores, uma barraca de camping, uma capa de colete, uma farda do Exército, uma camisa da Polícia Civil, duas centrais clandestinas de TV a cabo, além de material hospitalar que servia para tratar de bandidos baleados.

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Beltrame elogia trabalho em conjunto realizado na Rocinha

De acordo com ele, o trabalho não tem data para terminar e o importante é devolver dignidade aos moradores da região, que se livraram do 'jogo do fuzil'

Rio - O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, fez questão de exaltar o trabalho dos policiais que atuaram na tomada da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, neste domingo. De acordo com ele, o trabalho não tem data para terminar e o importante é devolver dignidade aos moradores da região. Beltrame ainda elogiou o trabalho realizado em conjunto. "Foi uma ação combinada com instituições às quais serei eternamente grato. Sem essa filosofia de trabalhar, não seria possível fazer o que se fez hoje, oficialmente entregando áreas que há 30, 40 anos estavam na mão de um comando, um império paralelo", disse.

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Beltrame participou de entrevista coletiva Foto: João Laet / Agência O Dia

Beltrame não confirmou se a casa do traficante Nem, localizada neste domingo, servirá como base da UPP. “Não vamos utilizar a tomada desta residência como troféu. Se acharmos que a casa do Nem servirá como ponto para a instalação da UPP, assim será feito, mas se tivermos outro ponto também poderá ser nesse ponto. Ainda vamos avaliar”

O governador Sérgio Cabral comemorou a chegada da força policial aos morros antes dominados pelo tráfico de drogas. De acordo com o político, este domingo é um dia para não ser esquecido.

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

"Nossa equipe passou horas e horas trabalhando nesta operação, todo mundo tem que agradecer a essas pessoas, pois elas dedicaram suas vidas, os seus trabalhos a essa operação, que só foi possível graças à união das forças públicas que trabalharam para o bem comum. Creio que esse é um dia histórico e emocionante para todo o Brasil", afirmou.

O governador reiterou que a entrada definitiva da polícia nas comunidades vai ajudar os moradores da região. "Nós estamos recuperando esse território para os 100 mil moradores da Rocinha, pessoas que precisavam de paz".

As casas dos traficantes Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe, foram localizadas neste domingo por policiais do Bope na Favela da Rocinha. Nem foi preso na madrugada da última quinta no porta-malas de um carro. A polícia também localizou imóvel de Danubia de Souza Rangel, mulher do bandido. A residência conta com uma bela vista da comunidade.

Já a casa luxuosa de Peixe tem piscina, hidromassagem, churrasqueira e um grande aquário na sala. O criminoso foi preso na última quarta-feira, na Gávea, quando tentava fugir escoltados por policiais.

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Policiais encontraram casa da mulher do traficante Nem | Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Policiais do Bope encontraram neste domingo, durante incursão na localidade conhecida como Laboriô, na Rocinha, 13 armas, sendo 11 fuzis 762, um AR 15 e uma escopeta calibre 12. Segundo os agentes, as armas estavam enterradas. Um dos fuzis possuí um desenho de um coelho. Segundo a polícia, a arma pertenceria ao traficante Coelho, preso na Gávea na quarta-feira. As buscas por drogas e traficantes na comunidade continua.

A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, comemorou neste domingo a ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu por homens. As três comunidades foram dominadas sem troca de tiros.

"Moradores da Rocinha e da cidade do Rio recebem seu território de volta", disse a delegada, que pediu a população que denuncie possíveis criminosos que ainda estejam nas comunidades. "Peço às mulheres que informem a localização de armas, drogas e traficantes". Denúncias podem ser feitas pelos telefones (21) 2332-9915 e 2253-1155. O anonimato é garantido.

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Imóvel de Danubia de Souza Rangel, mulher de Nem | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

As vias de acesso à Rocinha, ao Vidigal e à Chácara do Céu foram liberadas na manhã deste domingo pela Secretaria de Segurança. As comunidades foram ocupadas por policiais que participam da operação Choque de Paz. Dezenas de motocicletas foram apreendidas por policiais neste domingo na Rocinha. Os veículos, que estavam abandonados e atrapalhando a circulação dos militares, são levados da comunidade em caminhões. Há suspeitas de que muitas dessas motos sejam roubadas.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Após a ocupação da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, cerca de 120 agentes da Polícia Federal (PF) estão nas comunidades na manhã deste domingo para cumprir mais de 30 mandados de prisão e busca e apreensão. Segundo o delegado Valmir Lemos de Oliveira, superintendente da PF, 30 homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também participam da ação.

O coronel Pinheiro Neto, chefe do Estado Maior Operacional da PM, afirmou que equipes do Bope cercaram áreas de mata no entorno da favela. "Especialistas ocuparam há cerca de 36 horas rotas de fugas utilizadas por criminosos em matagais", explicou.

A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, informou que agentes fazem buscas em algumas áreas da favela. "Pontos específicos de investigação estão sendo averiguados. Após a ocupação que começa efetivamente a varredura", disse.

A operação 'Choque de Paz' começou às 4h10. Cerca de 300 homens do Bope subiram a Rocinha com o apoio de sete blindados da Marinha, Caveirões e helicópteros. Ainda não há registro de confrontos armados.

Pelo menos dois Caveirões foram impedidos de subir as favelas por causa do óleo na pista jogado por traficantes. Num dos acessos à Rocinha pela Estrada da Gávea, policiais tiveram que pedir o auxílio da Unidade de Intervenção Tática do Bope para jogar areia na pista e facilidade a movimentação do blindado. No caminho foram encontradas ainda várias motocicletas queimadas.

Foragido é preso

Um homem suspeito de envolvimento com tráfico de drogas foi preso na madrugada deste domingo, na Rocinha, na Zona Sul. O acusado foi detido no hospital de campanha montado na comunidade. O homem descia a favela na garupa de uma moto e, ao chegar à barreira policial, ele afirmou que passava mal.

Após ser levado ao hospital, foi descoberto que o suspeito estava foragido da Justiça desde 2009, quando cumpria pena na penitenciária Bangu 8. De acordo com a Polícia Civil, ele responde por roubo. O caso foi registrado na 15ª DP (Gávea).

Operação Choque de Paz

As favelas da Rocinha e do Vidigal amanheceram ocupadas pela polícia. Cerca de dois mil homens de diversas forças de segurança entraram, nas primeiras horas da madrugada deste domingo, no território há décadas dominado pelo tráfico. Batizada de ‘Operação Choque de Paz’ — em homenagem aos policiais do Batalhão de Choque que prenderam o chefão do pó Antônio Bonfim Lopes, o Nem —, a ação que abrirá caminho para instalar a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do estado do Rio difere em quase tudo das 18 ocupações anteriores.

A retomada dos territórios começou com a chegada de homens dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e Choque pelos principais acessos da comunidade, transportados por 18 blindados de guerra da Marinha, além do sobrevoo de helicópteros. O efetivo de fuzileiros navais hoje na Rocinha — 194 homens — supera o da megaoperação para retomar o Complexo do Alemão, há um ano, onde atuaram 127 militares da Marinha. A ação conta também com apoio das polícias Civil, Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal.

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sábado, 12 de novembro de 2011

Quase 200 militares e 18 blindados reforçarão a ocupação da Rocinha e do Vidigal

Extra

O reforço da Marinha para ocupação da Rocinha e do Vidigal, que está prevista para o início da madrugada deste domingo, supera o empenhado na operação no Complexo do Alemão, há um ano.

Dezoito blindados vão participar da operação

Ao todo, 18 blindados e 194 fuzileiros navais darão apoio a ação, sendo 19 oficiais, somando a maior participação da Marinha em operações da secretaria estadual de segurança, segundo o comandante Yerson de Oliveira, capitão de Mar e Guerra do comando de fuzileiros navais da esquadra.

Veículos são da Marinha

Os blindados serão usados para dar apoio no transporte das forças de ocupação, e os fuzileiros têm a orientação de agir apenas em própria defesa. A orientação dos veículos será auxiliada por imagens em alta definição das entradas da favela, filmadas durante sobrevoos de helicóptero que os militares fizeram.

Blindados serão usados para o transporte dos homens

- Estamos indo para o pior. O nosso planejamento foi em cima disso.

O objetivo é fazer com que as equipes policias possam desembarcar dentro da comunidade.

Nossos militares foram orientados a gir com cautela e a reagir apenas em caso de ataque dos bandidos - explicou o comandante.

Apoio é o maior já prestado a uma operação da secretaria de segurança

O oficial também recomendou à população das duas comunidades que deixe as ruas livres de carros e outros tipos de obstáculos.

Militares pediram que população não deixe obstáculos nas ruas

- Os blindados são cegos, surdos e mudos. Eles podem amassar veículos ou mesmo atingir uma pessoa.

Rocinha foi sobrevoada por militares, que fizeram imagens das saídas da comunidade

Dezoito blindados vão participar da operaçãoFoto: Angelo Antônio Duarte / Agência O Globo

Casos de Polícia - Extra Online

Alguns moradores deixam a Rocinha a poucas horas da ocupação

POR FELIPE FREIRE

Rio - Clima aparentemente tranquilo nas intermediações da Rocinha, na Zona Sul do Rio, a poucas horas da ocupação policial. Alguns moradores estão descendo a comunidade com malas e bolsas de roupa. Carros do Bope já estão começando a cercar o entorno da favela. Batalhões da Polícia Militar fazem a revista em alguns moradores, pedindo documento de identificação.

Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Neste domingo, o camelódromo da Rocinha, que fica no pé da favela, não irá funcionar. O transporte alternativo, de vans e kombis, também será interrompido por causa da ocupação.

Moradores estão recebendo instruções e o telefone da Corregedoria da Polícia Militar para denunciar possíveis abusos durante a ação policial.

O DIA ONLINE

Polícia encontra motos para fuga de Nem e seu bando

Bope apreende oito veículos superpotentes roubados que estavam escondidos em condomínio de luxo na Gávea, ao lado da Rocinha. Trilha na mata serviria como acesso até o asfalto

POR GUILHERME SANTOS

Rio - A tropa de elite da Polícia Militar do Rio comprovou na tarde desta sexta-feira que a audácia de traficantes da Rocinha ultrapassou os limites geográficos da favela e chegou a condomínio de luxo na Gávea, na Zona Sul do Rio. A fim de checar denúncia anônima, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estiveram no Gávea Parque, à Rua Arantes Filho, onde encontraram e apreenderam oito motos, que seriam usadas por traficantes na tentativa de fugir ao cerco imposto pelas forças de segurança nos últimos dias no entorno da favela.

Dois suspeitos, entre eles um adolescente de 16 anos, foram encontrados sentados em motos e acabaram levados para averiguação na 14ª DP (Leblon). Eles podem responder por receptação. Segundo moradores de algumas das 42 casas do condomínio, os veículos teriam sido levados ao Gávea Parque na madrugada de quarta-feira, com forte aparato de segurança feito pelo bando.

“Por volta das 4h, bandidos subiram com muitas motos, e um deles carregava dois fuzis cruzados nas costas”, afirmou M., 52.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

PMs do Bope recolhem as oito motos achadas num condomínio de luxo, com 42 casas, na Gávea, Zona Sul | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Segundo o subtenente Murilo Pontes, trilha numa mata servia como acesso ao asfalto e 'rota de fuga' para bandidos. Ainda de acordo com o oficial, uma Yamaha Fazer 600 azul, placa KZD-2452, era usada por Nem em passeios pela comunidade que comandou durante seis anos.

Outra moto de alta velocidade, uma Kawasaki 750 Z, sem placa, seria para Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como ex-chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio, e preso poucas horas antes de Nem. A moto estava com pelo menos quatro adesivos do famoso coelhinho da revista Playboy.

As motos apreendidas foram: duas Yamaha Fazer 600 cc e uma Fazer 250 cc, três Honda Twister 250 cc, uma Kawasaki 750 Z e uma Honda XR 300.

Operação na Vila Vintém para capturar fugitivos

A polícia realizou nesta sexta-feira operação na Vila Vintém, em Padre Miguel, para fechar o cerco contra traficantes da Rocinha em fuga para aquela comunidade, dominada pela mesma facção criminosa de Nem. Oito suspeitos foram presos, dois menores, apreendidos, e outros dois, mortos. Desses, seis eram da Rocinha, incluindo as vítimas, que morreram no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.

Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Parazinho (sem camisa, ao lado de PM) e Sérgio Silva (baleado na cabeça) | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Entre os detidos está Jurandir Silva Santos, 38, o Parazinho, considerado o gerente-geral do tráfico do Valão, localidade com as bocas mais rentáveis da Rocinha. Segundo a PM, ele é o terceiro homem na hierarquia da quadrilha da favela, encarregado de comprar as armas do bando. Foram apreendidos três fuzis, duas pistolas, crack, cocaína e maconha hidropônica.

“Quem vier para a Vila Vintém procurando a sorte, vai encontrar o azar”, avisou a delegada da 34 DP (Bangu), Marcia Julião.

O DIA ONLINE

Marinha contará com 194 homens e 18 blindados para operação na Rocinha

POR VANIA CUNHA

Rio - Faltando poucas horas para a ocupação da Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, a Marinha informou, em coletiva, que irá utilizar 194 fuzileiros navais e 18 blindados na ação.

De acordo com o capitão de Mar e Guerra Yerson de Oliveira Neto, que irá comandar a operação deste domingo, a Marinha está preparada para o pior, para um "combate sério".

Na primeira parceria da Marinha com a Polícia do Rio, no Complexo do Alemão, foram deslocados 127 combatentes. "No Alemão, tivemos que agir rápido. Não tivemos tempo para nos preparar como agora. Aprendemos muito com aquela operação. O terreno lá também era mais complicado. Achamos que pode acontecer o pior", afirmou o oficial.

Foto: André Mourão / Agência O Dia

Foto: André Mourão / Agência O Dia

Dos 18 carros que farão o transporte de tropa, 7 são CLANF (blindados que estão preparados para ações no mar e na terra), 6 M113 e 4 Piranhas. Todos os carros tem abertura superior para utilizar armamento pesado.

Dos fuzileiros, 19 são oficiais e 185 praças.

Capitão Yerson de Oliveira Neto recomendou ainda para a população ter cuidado. "A tropa inteira foi treinada para atuar com blindados, mas a população tem que estar preparada", disse, alertando ainda para os moradores tirarem carros, motos e patrimônios da rua.

O DIA ONLINE

Nem: 'O crack destrói as pessoas, a famílias e a comunidade inteira'

Traficante confirma que dava propina a policiais corruptos

Rio - Nem, chefe do tráfico de drogas da Rocinha, se diz flamenguista, fã do ex-presidente Lula e considera José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio, "um dos caras mais inteligentes" que ele já viu.

Em entrevista a jornalista Ruth de Aquino, da revista Época, o traficante, até então o bandido mais procurado pela polícia do Rio de Janeiro, faz uma análise das Unidades de Polícia Pacificadoras instaladas nas comunidades cariocas.

"O Rio precisava de um projeto assim. A sociedade tem razão em não suportar bandidos descendo armados do morro para assaltar no asfalto e depois voltar. Aqui na Rocinha não tem roubo de carro, ninguém rouba nada, às vezes uma moto ou outra. Não gosto de ver bandido com um monte de arma pendurada, fantasiado.

A UPP é um projeto excelente, mas tem problemas. Imagina os policiais mal remunerados, mesmo os novos, controlando todos os becos de uma favela. Quantos não vão aceitar R$ 100 para ignorar a boca de fumo?"

Foto: Paulo Araujo / Agência O Dia

Foto: Paulo Araujo / Agência O Dia

Antônio Francisco Bonfim Lopes enaltece também o ex-presidente Lula e conta que ex-criminosos da favela hoje trabalham na construção civil graças ao PAC instalado na Rocinha.

"Adoro o Lula. Ele foi quem combateu o crime com mais sucesso. Por causa do PAC da Rocinha. Cinquenta dos meus homens saíram do tráfico para trabalhar nas obras. Sabe quantos voltaram para o crime? Nenhum. Porque viram que tinham trabalho e futuro na construção civil."

Na entrevista, Nem conta ainda que não usa drogas e que só bebe álcool. Recrimina o uso do crack.

“Não negocio crack e proíbo trazer crack para a Rocinha. Porque isso destrói as pessoas, as famílias e a comunidade inteira. Conheço gente que usa cocaína há 30 anos e que funciona. Mas com o crack as pessoas assaltam e roubam tudo na frente.”

O traficante, preso na última quarta-feira, confirma que paga propina a policiais corruptos. “Pago muito por mês a policiais. Mas tenho mais policiais amigos do que policiais a quem eu pago. Eles sabem que eu digo: nada de atirar em policial que entra na favela. São todos pais de família, vêm para cá mandados, vão levar um tiro sem mais nem menos?”

Sobre religião, Nem disse que tem o hábito de ler a Bíblia. E garante: “Não vou para o inferno".

A entrevista foi feita na Favela da Rocinha, no último dia 4.

O DIA ONLINE

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Corregedoria vai a presídio para ouvir Nem sobre delegados da Civil

Traficante será ouvido sobre suposta rendição que estaria sendo negociada entre advogados e policiais de Maricá

POR ROBERTA TRINDADE

Rio - O sub-corregedor da Polícia Civil, delegado Paulo Henrique da Silva Ribeiro, está na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino - antigo Bangu 1 - no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Ele foi à unidade para ouvir o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, 35 anos, chefão do tráfico da Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Preso no final da noite da última quarta-feira, ele teria tentado se entregar à Polícia Civil antes da abordagem de uma equipe do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque).

O delegado Roberto Gomes Nunes, titular da 82ª DP (Maricá), esteve no local da prisão de Nem acompanhado por dois inspetores também lotados na delegacia da Região dos Lagos. Ele passou a manhã desta sexta-feira prestando esclarecimentos na Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), juntamente com um inspetor identificado apenas como Mussi. Um terceiro policial, conhecido como Figueiredo, continua sendo aguardado.

Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Delegado Roberto Gomes foi ouvido nesta sexta-feira | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

O sub-chefe operacional da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, esteve na sede da Coinpol, no início da tarde, e disse que concederia entrevista coletiva para falar sobre o assunto ainda nesta sexta-feira.

Depoimento de delegado não foi revelado

A delegada Tatiana Loch, diretora da Divisão de Assuntos Internos do órgão, disse que o advogado de Nem negociava a rendição do criminoso com o delegado. No entanto, o conteúdo do depoimento do delegado Roberto Nunes ainda não foi divulgado.

"A notícia que me foi passada na noite quando eu fui acionada pelo corregedor de Polícia para proceder ao Clube Naval é que esses policiais estariam tratando junto aos advogados do Nem a rendição dele. Então são esses servidores que deverão explicar como surgiu essa ligação entre eles que justificasse eles estarem intermediando essa rendição do traficante. São esses esclarecimentos que estão sendo colhidos agora formalmente para verificar se houve ou não alguma irregularidade", afirmou a delegada, explicando como chegou à Lagoa, local da prisão do traficante.

"Fui acionada à meia noite daquele dia e recebi a missão de proceder ao Clube Naval pois estaria acontecendo alguma tratativa nesse sentido junto aos advogados do Nem para a sua rendição e uma das condições que teria sido imposta pelo advogado para que o seu cliente se entregasse seria a presença de uma autoridade policial da Corregedoria de Polícia", disse.

Bandido mais procurado do Rio é preso

Nem foi preso durante operação do Batalhão de Choque, em frente ao Clube Piraquê, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, no início da madrugada desta quinta-feira. O cerco aconteceu quando policiais, nas proximidades de um dos acessos a Rocinha, na Estrada da Gávea, desconfiaram de um veículo. Após abordagem, os ocupantes do carro afirmaram que eram de um consulado e, diante da insistência dos policiais em revistar o veículo, ofereceram dinheiro aos agentes. Após recusa por parte dos policiais militares, a busca no carro foi feita e Nem foi encontrado dentro do porta-malas de um Corolla preto.

Foto: Gabriela Moreira / Agência O Dia

Nem foi fotografado na chegada à sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, na madrugada desta quinta-feira | Foto: Gabriela Moreira / Agência O Dia

Poucas horas antes, um "bonde" com traficantes, escoltado por três policiais civil, um policial militar reformado e um ex-PM, foi detido próximo ao Jóquei da Gávea, também Zona Sul da cidade. A ação foi conduzida por homens Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Os traficantes presos na ação são: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio; Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe, um dos líderes do tráfico na mesma comunidade; Paulo Roberto Lima da Luz, o Paulinho; Varquir Garcia dos Santos, o Carré, e Sandro Oliveira.

O DIA ONLINE

Nem da Rocinha ficará isolado em cela até a semana que vem

Traficante só vai poder receber visitas e tomar banho de sol na próxima terça-feira

Rio - O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, vai ficar em uma cela isolada, sem direito a visita e banho de sol, até a próxima terça-feira, pelo menos.

O chefe do tráfico na Rocinha, na Zona Sul do Rio, está preso na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu I), localizada no complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.

Foto: Divulgação

Nem apresentou novo visual ao chegar na penitenciária | Foto: Divulgação

A partir da próxima semana, ele passará a tomar banho de sol por duas horas ao dia, receber a visita de familiares que estejam cadastrados na unidade prisional e se encontrar com advogados a cada 10 dias.

Nem chegou ao presídio na tarde desta quinta-feira. Ao dar entrada na unidade ele teve a cabeça raspada e passou a utilizar o uniforme padrão, camisa verde e calça jeans. O chefe do tráfico foi preso na madrugada de quinta, por homens do Batalhão de Choque, na Lagoa, Zona Sul do Rio.

Bandido mais procurado do Rio é preso

Nem foi preso durante operação do Batalhão de Choque, em frente ao Clube Piraquê, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, no início da madrugada desta quinta-feira.

O cerco aconteceu quando policiais, nas proximidades de um dos acessos a Rocinha, na Estrada da Gávea, desconfiaram de um veículo.

Após abordagem, os ocupantes do carro afirmaram que eram de um consulado e, diante da insistência dos policiais em revistar o veículo, ofereceram dinheiro aos agentes.

Após recusa por parte dos policiais militares, a busca no carro foi feita e Nem foi encontrado dentro do porta-malas de um Corolla preto.

Poucas horas antes, um "bonde" com traficantes, escoltado por três policiais civil, um policial militar reformado e um ex-PM, foi detido próximo ao Jóquei da Gávea, também Zona Sul da cidade.

A ação foi conduzida por homens Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Os traficantes presos na ação são: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio; Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe, um dos líderes do tráfico na mesma comunidade; Paulo Roberto Lima da Luz, o Paulinho; Varquir Garcia dos Santos, o Carré, e Sandro Oliveira.

O DIA ONLINE

PM que recusou R$ 1 milhão de Nem diz que não fez nada de 'anormal'

Ele tem salário de R$ 3 mil por mês.

Traficante foi encontrado em porta-malas de carro na quinta-feira (10).

Rosanne D'Agostino Do G1 RJ

Policial contou que filhos gostaram de o ver na televisão (Foto: Rosanne D'Agostino)

Policial contou que filhos gostaram de o ver na
televisão (Foto: Rosanne D'Agostino)

Pouco mais de R$ 3 mil é o salário do 1º tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva, 35 anos, policial militar do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro que recusou suborno de R$ 1 milhão ao prender o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha. “Não tive nenhuma atitude anormal”, afirmou nesta sexta-feira (11) o PM.

Segundo o tenente, o salário não é o que deve mover um policial. “Caráter, valores formam um policial honesto”, disse.

O traficante Nem foi preso na madrugada de quinta-feira (10), enquanto tentava fugir no porta-malas de um carro, em consequência da ação de homens do Batalhão de Choque, que faziam revistas nos acessos à comunidade da Rocinha. Antes da prisão, os homens que o ajudavam chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno em troca da liberdade de Nem, segundo a polícia.

“Só fiz o meu trabalho, aquilo que sou treinado para fazer, o que acreditava, os valores que meu pai e minha mãe me colocavam desde criança. Acredito que sejam os valores que a maioria da sociedade tem, então não fiz nada demais, não tive nenhuma atitude anormal”, disse o 1º tenente em entrevista no batalhão.

Segundo Gomes, seus três filhos acompanharam tudo pela televisão e tentavam protegê-lo. “Meus filhos fizeram muita brincadeira por conta de ver o pai dentro da televisão, dando tchau, tentando interação, que todo mundo sabe que é impossível, mas no mundo imaginário de uma criança, tudo é possível”, contou.

PM não se considera herói

O PM também diz que não se considera um herói. “Quando aparece um exemplo positivo, o policial fica grato de ter essa oportunidade de mostrar para a sociedade de que a minoria não vence”, disse.

Ao longo de 10 anos e seis meses de corporação, e há dois anos e seis meses no Batalhão de Choque, o PM disse ainda que não pretende ser lembrado apenas por este fato. “Espero que até lá eu não precise lembrar de um gesto de dez anos passados. Espero ter gestos tamanhos para mostrar para eles”, afirmou ele, que apenas que espera que isso sirva de lição no futuro. “Lição de honestidade, honra, de integridade moral.”

Traficante aparece careca e de uniforme em foto tirada em Bangu 1

Na noite de quinta-feira, a Secretaria de estado de Administração Penitenciária (Seap) divulgou a foto de Nem já na penitenciária de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste. Segundo a Seap, ele teve o cabelo raspado e terá que usar uniforme.

Em nota, a Seap informou que o traficante não tem direito a receber visitas e nem a tomar banho de sol, por enquanto. A Seap informou, ainda, que o criminoso está preso em uma cela individual.

G1 - Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em Regime Disciplinar Diferenciado, Nem já teve o cabelo cortado e usa uniforme padrão no Bangu 1

De acordo com a Secretaria de Estado de Adminstração Penitenciária, o traficante Nem da Rocinha já está preso no presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó, onde terá que se adaptar à mesma rotina dos demais presos na unidade.

Em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), Nem terá direito a apenas duas horas de banho de sol por dia. Nas outras 22 horas, deve ficar confinado numa cela individual.

 

Nem da Rocinha é levado para Bangu 1 Foto: Reuters

O traficante já teve o cabelo cortado, seguindo o mesmo procedimento que aconteceu com Alexander Mendes da Silva, o Polegar da Mangueira, preso em setembro no Paraguai. Ele também já usa o uniforme padrão: camisa verde, calça jeans e tênis azul.

O Bangu 1 possui quatro galerias com 12 celas individuais. Há alguns anos, uma das galerias já era destinada a presos no RDD. Considerado o presídio mais seguro do Estado, Bangu 1 abrigava presos de alta periculosidade — líderes de facções de tráficos de drogas.

Casos de Polícia - Extra Online

Nem da Rocinha estava escondido na mala do carro quando foi preso

Marcelo Gomes

O traficante Nem estava escondido na mala do carro quando foi preso por policiais militares do Batalhão de Choque, na Gávea. O carro foi parado numa das descidas da Rocinha. Nele estavam um advogado e um homem que se identificou como funcionário do Consulado do Congo e outro que se identificou cono cônsul do Congo.

Preso, Nem é levado para a Polícia Federal Foto: Reprodução da TV Globo

Os homens se recusaram a abrir a mala do carro, o que deixou os policiais desconfiados. Logo depois chegaram policiais federais para ajudar. Diante do impasse, os policiais resolveram levar o Corolla preto para a Delegacia da Polícia Federal, na Zona Portuária.

Chegando à Lagoa, os homens resolveram tentar subornar os policiais, primeiramente oferecendo R$ 20 mil e logo depois R$ 30 mil. Os policiais resolveram, então, abrir a mala e acharam o traficante Nem lá dentro.

O bandido estava vestido com calça social preta, sapato preto e camisa de botão azul claro.

- Existe ainda muito policial honesto que honra a farda que veste - desabafou o cabo do Batalhão de Choque Fábio Souto, que participou da prisão.

Casos de Polícia - Extra Online

Traficante Nem da Rocinha é preso pela polícia na Lagoa

Extra

O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi preso pouco depois da meia-noite desta quinta-feira, na Lagoa, por policiais do Batalhão de Choque (BPChq).

O traficante Nem, chefe da venda de drogas na Rocinha Foto: Reprodução

Segundo informações do “Jornal da Globo”, Nem estava num carro com mais dois homens, que também foram presos. Ele estaria com uma mala de dinheiro e teria tentado subornar os policiais. Nem está sendo levado para a superintendência da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio.  

Casos de Polícia - Extra Online

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Secretaria de Segurança identifica presos em ação na Zona Sul

Rio - A Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) divulgou na noite desta quarta-feira o nome dos 10 presos do bonde que tentou fugir da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Entre eles estão cinco traficantes e cinco policiais civis e militares, que faziam a escolta dos bandidos.

Foto: André Mourão / Agência O Dia

Traficante Coelho (de preto) está entre os presos na ação da PF | Foto: André Mourão / Agência O Dia

Os traficantes presos são Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio, na região central do Rio, Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe, um dos líderes do tráfico na mesma comunidade, Paulo Roberto Lima da Luz, o Paulinho, Varquir Garcia dos Santos, o Carré, e Sandro Oliveira.

Entre os policiais civis, estão Carlos Daniel Ferreira Dias, lotado na Secretaria de Saúde Pública, Carlos Renato Rodrigues Tenório, lotado na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas e Wagner de Souza Neves, lotado na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas. Também foram presos o policial militar reformado José Faustino Silva e o ex-PM,  Flávio Melo dos Santos.

A ação

No fim da tarde desta quarta-feira, cerca de 40 agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal armaram um cerco para prender um bonde com traficantes. O bando preso é de 10 pessoas, sendo cinco traficantes, dois policiais militares - um reformado e outro excluído - e três policiais civis.

Foto: André Mourão / Agência O Dia

Armas e drogas são apreendidas durante a operação | Foto: André Mourão / Agência O Dia

Os policiais estariam escoltando os criminosos que tentavam deixar a comunidade em quatro carros particulares. A ação aconteceu próximo ao Jóquei Clube, na Gávea, na Zona Sul do Rio.

Os traficantes foram abordados em quatro carros diferentes. Em um deles, a polícia apreendeu fuzis, cinco granadas, cinco pistolas e munições. Durante a fuga, dois homens em uma motocicleta que faziam parte do comboio roubaram outra moto e conseguiram fugir em direção do Túnel Rebouças, no sentido Zona Sul. 

Corregedoria fez varredura na Rocinha

Policiais da Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), estiveram, nesta quarta-feira, na Rocinha, em São Conrado, para checar informações de que policiais estariam planejando uma operação para retirar o traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, da favela. A ação que aconteceria na favela foi suspensa após a Corregedoria receber uma denúncia sobre o suposto plano.

Foto: André Mourão / Agência O Dia

Presos são levados para a Superintendência da PF | Foto: André Mourão / Agência O Dia

Na manhã desta quarta-feira, o clima na Rocinha era de aparente tranquilidade. Uma grande operação da Civil estaria prestes a ser deflagrada na favela nos próximos dias.

O objetivo é promover um verdadeiro 'choque de ordem' com várias delegacias especializadas e centenas de agentes, com o intutito de reprimir o comércio de produtos piratas e a exploração clandestina de sinais de TV e Internet. Em seguida, o Bope ocuparia a comunidade para a instalação da UPP.

Colaboraram: Gabriela Moreira, Maria Inez Magalhães e Vania Cunha

O DIA ONLINE

Confira as imagens da casa que era esconderijo do Matemático

Rio - A Polícia Militar divulgou, nesta quarta-feira, o vídeo com as imagens do local que seria a casa do traficante Marcos José Sabino Pereira, o Matemático. No vídeo, os agentes mostram alguns detalhes da suposta residência do criminoso, que conta com aparelhos para realização de exercícios, piso de porcelanato, diversas televisões, entre outros detalhes. A casa dos homens que seriam seguranças de Matemático também é mostrada nas imagens.

Esconderijo descoberto

Policiais do 14º BPM (Bangu) encontraram a casa que seria esconderijo do Matemático nesta quarta-feira. De acordo com a polícia, a residência na Vila Aliança seria um dos imóveis pertencentes ao chefe de uma facção criminosa que atua na região de Senador Camará, na Zona Oeste. Algumas televisões foram apreendidas na casa. 

A polícia informou ainda que escutas telefônicas que capturaram bandidos falando sobre a invasão na casa do Matemático. Na operação realizada na área da Favela da Coreia, Vila Aliança e Rebu, um homem foi preso suspeita de participação no tráfico de drogas, com ele foram encontrados uma pistola .40 e um rádio transmissor.

Nesta terça-feira, várias escolas não funcionaram e cerca de 5 mil estudantes ficaram sem aula na região, palco de intenso conflito nas últimas semanas. Houve tumulto entre policiais e moradores. Segundo a PM, os moradores são obrigados por traficantes a realizar manifestações contra a presença da polícia na Coreia.

Também na terça, agentes da 22ª DP (Penha) prenderam Aline Santos da Silva, de 32 anos. Contra ela está expedido um mandado de prisão pela 2ª Vara Criminal de Bangu pelo crime de tráfico de drogas. Aline, que é acusada de ser aliada do Matemático, foi capturada na comunidade da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.

Fotos: Divulgação

Aline Santos da Silva seria aliada do traficante Matemático | Fotos: Divulgação

Segundo os agentes, Aline fazia parte do tráfico na Comunidade do Fumacê, em Realengo, Zona Oeste, e, após guerras entre facções criminosas da região, fugiu para se esconder no Complexo da Penha, já que não era muito conhecida na localidade. Ainda de acordo com os policiais, foram passadas informações de que a criminosa estaria traficando drogas na Vila Cruzeiro.  

Traficante procurado

Principal liderança de uma das facções criminosas mais violentas do Rio, Matemático, Batman ou Batgol, como ficou conhecido, é o chefe do tráfico do Complexo de favelas de Senador Camará, entre as principais comunidades comandadas por ele estão: Favela do Rebú, Coréia, Taquaral e Vila Aliança, além de comunidades do Complexo da Maré, na zona Norte. 

Desde que saiu pela porta da frente do Presídio em Abril de 2009, beneficiado pelo regime semiaberto, que o autorizou a trabalhar na funerária da família de sua advogada, jamais retornou a prisão. Com treze anotações na ficha criminal, Matemático está condenado a 12 anos de prisão. 

O DIA ONLINE

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Imagens feitas por cinegrafista morto estão sendo melhoradas, diz delegado

Gravação feita em Antares está sendo tratada no Instituto de Criminalística.
Delegado acredita que serão importantes para identificar o autor do disparo.

Alba Valéria Mendonça Do G1 RJ

O delegado titular da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, disse, na tarde desta segunda-feira (7), que as imagens do tiroteio de domingo feitas pelo cinegrafista Gelson Domingos na Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste, serão fundamentais para identificar o autor do crime. O cinegrafista da TV Bandeirantes morreu durante a operação ao ser atingido no peito por um tiro de fuzil.

"O material feito pelo cinegrafista foi enviado ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) para que sejam melhoradas. Acreditamos que elas são muito importantes para a identificação do autor do disparo que matou o jornalista", disse o delegado, acrescentando que, por enquanto, não pretende ouvir outros jornalistas que estiveram no confronto, "a não ser que eles tenham algo relevante sobre o caso a declarar".

O delegado disse ainda que não tem informações sobre os dois suspeitos presos nesta segunda-feira, por policiais do 27º BPM (Santa Cruz), no trajeto entre as favelas do Rola e de Antares. Um dos detidos, segundo policiais, seria parecido com o suspeito de ter atirado no cinegrafista. Eles foram detidos numa moto, com uma pistola e 400 papelotes de cocaína e levados para a 36ª DP (Santa Cruz).

Agentes da DH foram até lá para ver se conseguem fazer o reconhecimento deles com auxílio de fotografias.

Ao todo, já foram ouvidos no domingo, na DH, 16 policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais que participaram da operação, o repórter que acompanhava o cinegrafista baleado, e os oito presos maiores de idade detidos em Antares.

Corpo de cinegrafista é velado no Rio (Foto: Mylène Neno/G1)

Corpo de cinegrafista é velado no Rio (Foto: Mylène Neno/G1)

Enterro

O repórter Ernani Alves, que estava com Gelson Domigos quando ele foi baleado, falou sobre a morte do colega durante o velório nesta segunda. O cinegrafista usava um colete à prova de balas quando foi atingido.

“Nesse dia, a gente pegou às 4h para fazer a operação. Na verdade, a informação era que o Bope tinha entrado na favela e que o (Batalhão de) Choque fazia o cerco. Se presume que há uma certa segurança, mas claro que sempre há um risco”, disse Ernani.

"Como eu estava deitado no chão, não vi o momento em que ele foi atingido. Jamais queria ter feito essa reportagem. Jamais queria ter passado por isso. Não sei como vou continuar, mas é uma questão de honra. Só vou tirar meu descanso na hora em que o traficante que atirou no Gelson estiver preso e encaminhado pela promotoria para ser condenado”, afirmou.

Ernani afirmou que ele e Gelson eram grandes amigos e que trabalhavam diariamente juntos.

O corpo do cinegrafista foi enterrado por volta das 14h20 desta segunda no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio, com uma salva de palmas.

O coronel Frederico Caldas, coordenador de comunicação social Polícia Militar, também lamentou a morte do cinegrafista durante o velório. “O Gelson era muito querido pela corporação, tamanha a proximidade dele com a PM nas operações", afirmou.

Segundo o coronel, a operação em Antares foi planejada após informações do setor de inteligência do Batalhão de Choque. “Os PMs adotaram uma conduta de patrulha, de maneira técnica. Não podemos excluir que houve uma fatalidade mas nenhum policial ou morador foi ferido na operação. Os policiais arriscaram suas próprias vidas para socorrê-lo, mas infelizmente não foi possível”, disse ele.

G1 - Rio de Janeiro

Sindicato diz que colete usado por cinegrafista era inapropriado

Entidade questiona informações da emissora na qual o repórter trabalhava

Rio - O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio divulgou nota nesta segunda-feira informando que teve acesso ao colete à prova de balas usado pelo repórter cinematográfico Gelson Domingos, morto no domingo com tiro no peito durante cobertura de operação policial na favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A nota é acompanhada de fotos do colete utilizado por Gelson e nelas seria possível constatar que o equipamento não seria o adequado para a operação coberta pela equipe da Band.

Foto: Divulgação

Colete e placa 100% polietileno que faz a blindagem apresentam perfuração | Foto: Divulgação

Segundo a nota, o colete seria do tipo II-A. "Este tipo de indumentária protege contra tiros de armas como 9mm, com potencial bem abaixo dos fuzis usados em confrontos no Rio de Janeiro. Ao contrário do que a TV Bandeirantes afirmou, o equipamento não era do tipo III-A – que tem maior poder de defesa", diz o documento emitido pelo sindicato.

Algumas inscrições existentes no colete não podem ser lidas a olho nu mas é possível verificar que a blindagem é 100% polietileno. A placa da parte da frente do colete, que foi perfurada, apresenta data de 2003.

O colete seria entregue ainda nesta segunda-feira na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Foto: Divulgação

Especificações do equipamento mostram que ele era do tipo II-A | Foto: Divulgação

Critério para coberturas

O comandante da Polícia Militar do Rio, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse nesta segunda-feira que quer estabelecer um critério para coberturas jornalísticas de operações policiais nas favelas do estado. A afirmação foi feita um dia depois da morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, baleado durante uma operação policial na favela de Antares, na Zona Oeste da cidade, na manhã de domingo.

Foto: Arquivo pessoal

Gelson morreu ao ser baleado durante confronto entre traficantes e policiais | Foto: Arquivo pessoal

“Vamos tentar reunir os sindicatos dos cinegrafistas, dos jornalistas, para conversar, para ter um critério de segurança. Quando um policial falar com um repórter: 'daqui vocês não podem passar’, que eles entendam e, por segurança própria, obedeçam a orientação dos policiais”, disse o comandante da PM.

Segundo o comandante, a polícia não “convida” a imprensa para cobrir as operações dentro das favelas, mas os jornalistas acabam acompanhando os policiais por conta própria.

“A imprensa nunca foi convidada, só que o repórter, principalmente quem cobre a área policial, é um 'policial'. Infelizmente aconteceu isso [a morte] com esse nosso amigo”, afirmou.

Pedido de segurança

O corpo do repórter foi sepultado na tarde desta segunda-feira, no Cemitério do Caju, na Zona Portuário do Rio. O clima era de comoção entre familiares e companheiros de profissão. "Ele era um cara honesto e amava o que fazia, mas é uma profissão de risco. Eu peço que as empresas melhorem seus equipamentos de segurança para que outros familiares não percam pessoas queridas desta forma", emocionou-se o irmão de Gelson, Ricardo Silva.

O presidente da Associação Brasileira de Impresa (ABI), Maurício Azedo, destacou a necessidade de buscar incrementar a proteção aos profissionais que cobrem confrontos na cidade. "O profissional deve analisar todas as situações de risco. Jornalistas de campo devem ser cercados de medidas de segurança para evitar que episódios como este se repitam", afirmou Azedo.

O caixão com o corpo do cinegrafista estava coberto com uma bandeira do Vasco da Gama, time de futebol para o qual ele torcia. Algumas coroas de flores foram enviadas por emissoras de TV e redações de jornais em homenagem ao cinegrafista.

Veja as imagens do cinegrafista antes de morrer:

O DIA ONLINE

domingo, 6 de novembro de 2011

Cinegrafista da Band morre durante operação do Bope no Rio de Janeiro

Um cinegrafista da TV Bandeirantes foi morto, na manhã de hoje, quando cobria uma operação policial na favela de Antares, zona oeste do Rio.

               

Gelson Domingos foi atingido no peito por um tiro de fuzil. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento.

A Polícia Militar afirma que quatro bandidos morreram na operação e oito suspeitos foram presos. Entre eles o gerente do tráfico, Renato José Soares, conhecido como BBC, e o braço-direito dele, Leandro Ferreira de Araújo, o China.

Em nota, a corporação lamenta a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes e manifesta solidariedade à família e a todos os profissionais da mídia.

Band News

Polícia prende BBC, chefe do tráfico da Favela do Antares, em operação que matou cinegrafista da Band

Extra

Policiais do Batalhão de Operações Especiais e do Choque encerraram há pouco a operação na Favela do Antares, em Santa Cruz, que acontecia desde às 6h deste domingo e na qual o cinegrafista da TV Bandeirantes morreu baleado no peito.

Na ação, o chefe do tráfico conhecido como BBC, ou Bubuca, de 40 anos, foi preso. Outro bandido, o China, que seria o braço-direito do traficante, também foi encontrado. Os dois comandariam o tráfico nas favelas do Antares, Cesarão e Rola.

Operação policial em Antares Foto: Fernando Quevedo

Além deles, outros oito traficantes foram presos e quatro morreram durante o confronto.

Segundo a polícia, o motivo da operação foi uma denúncia anônima que informava o esconderijo de BBC. Cerca de 100 policiais, sob o comando do 1º tenente Leonardo Novo Oliveira Araújo, realizaram a operação em conjunto nesta manhã.

O material apreendido, que tem cocaína e armas, como pistola e fuzis, será levado para a 35ª DP, central de flagrantes. Depois o caso será encaminhado para a Delegacia de Homicídios.

Cinegrafista morre em cobertura

Gelson Domingos, de 46 anos, morreu após ser atingido com um tiro no peito e levado para a Unidade Pronto Atendimente em Santa Cruz, na Avenida Cesário de Melo. O secretário estadual de saúde Sérgio Côrtes esteve na unidade e lamentou a morte do profissional. Segundo Côrtes, Gelson chegou na UPA já apresentando parada cárdio-respiratória.

O cinegrafista também era funcionário da TV Brasil, mas no momento da operação particicpava da cobertura pela TV Bandeirantes. O corpo de Gelson seguiu para IML.

PM divulga nota de pesar

Em nota, a PM falou sobre a morte do cinegrafista: “A Polícia Militar lamenta profundamente a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes, Gelson Domingos da Silva, manifestando a mais sincera solidariedade à família e a todos os profissionais da mídia”.

Operação continua

Policiais do Batalhão de Operações Especiais e do Choque estão desde às 6h30m na comunidade. Eles entraram na favela pela área de lazer da Comlurb e foram recebidos a tiros. A PM ainda não informou o motivo da operação em Antares

Casos de Polícia - Extra Online

‘Ele filmou quem o matou’, diz colega de cinegrafista morto

Rio - O repórter Ernani Alves, da Bandeirantes, acompanhou o cinegrafista Gelson Domingos da Silva na cobertura da operação policial que aconteceu nesta manhã na Favela de Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.

                               Foto: Alexandre brum / Agência O Dia

                                 Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Segundo Alves, a equipe soube da grande operação da Polícia Militar por volta de 5h. Por volta das 6h30 manhã veio a informação de que o comboio de policiais do Bope e do choque estavam acessando a Avenida Brasil na altura do Caju. “Partimos imediatamente em alta velocidade para a Avenida Brasil e conseguimos encontrar o comboio na entrada para a Zona Oeste. Fomos a primeira equipe a entrar na Favela de Antares com o batalhão de operações especiais e choque.”

Alves afirmou que ele e Domingos avistaram um valão e, do outro lado, bandidos fortemente armados que começaram a exibir os armamentos para a equipe e para os policiais. O cinegrafista Gelson Domingos fez imagens desse grupo. Minutos depois, eles começaram a atirar contra a equipe e os policiais.

“Foi muito rápido. Ele foi atingido pelos disparos e caiu imediatamente. Não deu nem para tirar ele da viela. Homens do Batalhão de Operações Especiais começaram a atirar contra o grupo e fiquei no meio do fogo cruzado, e deitei no chão. Gelson em nenhum momento parou de filmar. Ele filmou quem o matou”, disse o repórter.

“Hoje é o dia mais triste da minha vida porque saí com um amigo para trabalhar e não retorno para a emissora com ele.”
Ernani Alves já prestou depoimento na delegacia de Santa Cruz. As imagens feitas por Domingos foram encaminhadas para a Polícia Civil para serem analisadas e comparadas com os presos na operação. Segundo Alves, quem matou Domingos foi provavelmente uma das pessoas presas.

Cinegrafista morre em cobertura

O cinegrafista Gelson Domingos, da Rede Bandeirantes, morreu após ser baleado durante um tiroteio entre policiais e traficantes. Ele, que estava fazendo a cobertura da ação, chegou a ser levado para a UPA do Cesarão, em Santa Cruz, em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos.

                              Foto: Arquivo pessoal

                                                      Foto: Arquivo pessoal

A Secretaria de Estado de Saúde informou que Gelson chegou à unidade às 7h40  já morto, por perfuração de bala na região do tórax.

Ainda assim foram feitas tentativas de reanimação, sem sucesso. O secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, foi à unidade de saúde para prestar todo apoio à família. E o corpo já foi transferido ao IML.

Agentes da Divisão de Homicidios pegarão depoimentos dos cinegrafistas que estavam próximos à vítima.

Operação tem mortos e presos

Subiu para oito o número de presos na operação realizada na Favela de Antares, desde o início da manhã deste domingo. Entre os presos, estão o gerente do tráfico local, conhecido como "BBC" e seu braço-direito "China". No confronto com policiais militares, quatro marginais foram mortos.

Até o momento, foram apreendidos: um fuzil AR 15 ; três pistolas, quatro carregadores de fuzil; três carregadores de pistola, cinco rádios transmissores, 1 kg de maconha, 574 trouxinhas de maconha, 522 pedras de crack, 100 papelotes de cocaína, 13 frascos de “cheirinho da loló”, nove motos,  R$ 3.154,00 e um celular.

Policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) estão reforçando o patrulhamento na região. As operações da Polícia Militar continuarão por tempo indeterminado. Todos os presos e o material apreendido estão sendo encaminhados para a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na Barra da Tijuca.

Cerca de 100 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Choque, com apoio da Companhia de cães, estão no local para uma operação desde às 6h30. Houve um intenso tiroteio por cerca de uma hora.

Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

De acordo com a PM, o objetivo da ação é checar informações da área de Inteligência do BOPE e do Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local.
Policiais fazem uma blitz na Avenida Antares em busca de criminosos.

Emissora lamenta perda

A Band divulgou uma nota oficial, em que o diretor de jornalismo da emissora lamenta a morte do funcionário, que deixa três filhos, dois netos e esposa. Leia o comunicado:

O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

O funcionário estava de colete à prova de balas – modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante."

Com informações são do IG

O DIA ONLINE

PM confirma 4 mortos e 6 presos em ação do Bope em favela do Rio

Cinegrafista da TV Bandeirantes morreu baleado na manhã deste domingo.
Ação na Favela de Antares contou com cerca de 100 policiais, segundo PM.

Do G1 RJ

A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou neste domingo (4) que quatro criminosos morreram e outros seis foram presos durante operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Na ação, um cinegrafista da TV Bandeirantes morreu baleado, na localidade conhecida como rua do Valão.

Em nota, a PM afirma que entre os presos estão o gerente do tráfico da comunidade e seu braço-direito. Ainda segundo a PM, cerca de 100 policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque, sob o comando do 1º tenente Leonardo Novo Oliveira Araújo, com apoio do Batalhão de Ações com Cães, participaram da ação, que também apreendeu armas e drogas, mas o montante ainda não foi contabilizado pela polícia. 

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, "Gelson Domingos da Silva chegou à UPA de Santa Cruz às 7h40 desta manhã de domingo, 6 de novembro, já morto, por perfuração de bala na região do tórax".  Ainda segundo a nota, "ainda assim foram feitas tentativas de reanimação, sem sucesso". O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, foi à unidade de saúde para prestar todo apoio à família da vítima.

De acordo com o Bope, a operação conta com o apoio dos agentes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).

Cinegrafista é morto durante ação do Bope na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio (Foto: Reprodução TV Globo)

Cinegrafista filmava ação do Bope momentos antes de ser baleado na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio, na manhã deste domingo (Foto: Reprodução TV Globo)

O Grupo Bandeirantes divulgou nota lamentando a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. "O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio", informou a nota.

Leia a nota na íntegra:

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

A Bandeirantes toma todas as precauções para garantir a segurança de seus jornalistas nas coberturas diárias no Estado do Rio, mas infelizmente, Gelson foi vítima da violência que atinge inocentes todos os dias no Brasil.

O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas - no momento em que foi baleado, mas foi atingido por um tiro de fuzil provavelmente disparado por um traficante. A bala atravessou o colete.

Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia.

O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência."

G1 - Rio de Janeiro