sexta-feira, 21 de março de 2014

Idoso reage a assalto e quebra arma do agressor ao meio

Vítima reagiu porque já havia tido um carro roubado

O Dia

São Paulo - Um idoso de 64 anos que reagiu a um assalto em Praia Grande, no litoral de São Paulo, tentou dominar o criminoso com tanta força que acabou quebrando a arma do suspeito ao meio, de acordo com a polícia. O idoso foi encaminhado ao hospital, após levar mais de dez golpes na cabeça e ficar ferido, no assalto que aconteceu na tarde de quinta-feira.

O suspeito é um menor de 17 anos, foragido da Fundação Casa, que conseguiu levar o carro da vítima, mas foi preso logo em seguida. O idoso, que não quis ser identificado, disse que reagiu porque já havia tido um carro roubado há poucos dias.

Idoso tentou dominar o criminoso com tanta força que quebrou a arma ao meio Foto:  Divulgação

A vítima relatou que o assalto foi anunciado quando ele estava esperando o semáforo abrir, quando voltava para casa após deixar a neta na escola. O jovem chegou apontando a arma na direção do idoso, porém quando o menor foi sair com o carro, ao engatar a marcha, ele deu ré. A vítima aproveitou e entrou dentro do carro, pulando em cima do adolescente.

"A solução foi dar uma coronhada na minha cabeça. Começou a me bater e me deu umas 10 coronhadas, mas eu não largava ele", disse. Ao tentar se livrar do homem, o foragido jogou a arma no chão do automóvel e mordeu a mão do idoso, que desistiu da briga, deixando o menor fugir com o carro.

De acordo com a polícia, o suspeito de 17 anos que já havia passado pela Fundação Casa várias vezes, foi alcançado pela viatura após uma ligação anônima e imagens captadas pelas câmeras da central de monitoramento do município. "Ele cometeu danos ao patrimônio público, ameaçou funcionários, manteve pessoas em cárcere e se evadiu. Depois veio cometer esse crime. É um garoto de alta periculosidade que já cometeu diversos crimes", conta o delegado do caso, Siulen Vieira Leung.

O Dia

Na manhã seguinte ao ataque, Complexo de Manguinhos tem comércio fechado e cenário de destruição

Ana Carolina Torres e Guilherme Pinto

Na manhã seguinte ao ataque que deixou três policiais feridos no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, e teve o contêiner da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mandela incendiado, o cenário no conjunto de favelas é de destruição nesta sexta-feira.

Postes caídos no chão no local onde o contêiner da UPP foi incendiado Postes caídos no chão no local onde o contêiner da UPP foi incendiado Foto: Guilherme Pinto / Extra

Como a fiação elétrica foi destruída pelas chamas, parte do comércio não abriu as portas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação quatro escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) estão sem atendimento na região por causa da violência no entorno. As unidades atendem a 3.993 alunos.

Há postes ainda caídos no chão. Crianças e adolescentes se arriscam numa brincadeira perigosa nos fios destruídos.

                 Crianças e adolescentes numa perigosa brincadeira nos fios incendiados          Crianças e adolescentes numa perigosa brincadeira nos fios incendiados Foto: Guilherme Pino / Extra

Moradores passaram a noite às escuras. Técnicos da Light trabalham para tentar restabelecer a energia.

- Na hora da confusão, eles (os policiais) deram tiros nos transformadores. E aí a gente teve que passar a noite sem luz. Ninguém dormiu por causa dos mosquitos. E hoje está todo mundo sentado na calçada, porque ficar dentro de casa com esse calor não dá. Sem falar na comida estragada na geladeira. Quem vai pagar por isso? - perguntou a moradora Isa Francisca Vargas, de 53 anos.

Policiais patrulham a favela, enquanto moradores ficam na calçada por causa do forte calor Policiais patrulham a favela, enquanto moradores ficam na calçada por causa do forte calor Foto: Guilherme Pinto / Extra

Nascida e criada no Complexo de Manguinhos - ela primeiro morou na Varginha e, depois, se mudou para o Mandela -, Isa disse que a noite desta quinta a lembrou do tempo em que o local ainda não havia sido pacificado. A UPP do conjunto de favelas foi inaugurada em janeiro de 2013.  A fiação destruída pelo fogo                                     A fiação destruída pelo fogo Foto: Guilherme Pinto / Extra

O contêiner incendiado ainda não foi substituído. O policiamento está reforçado na região.

Ataques em série

Os ataques desta quinta começaram na Favela de Manguinhos e deixaram três PMs feridos. O capitão Gabriel Toledo, comandante da UPP, levou um tiro na coxa e foi operado no Hospital Central da PM, no Estácio, na Zona Norte da cidade. Em seguida, o contêiner da UPP foi incendiado. Carros da unidade também foram queimados.

O contêiner da UPP Mandela em chamasO contêiner da UPP Mandela em chamas Foto: Foto de leitor

Os carros da PM incendiados em Manguinhos Os carros da PM incendiados em Manguinhos Foto: Foto de leitor

No Morro Camarista Méier, no Complexo do Lins, e no Complexo do Alemão, ambos na Zona Norte, sedes de UPPs foram atacadas a tiros. Um ônibus foi incendiado no Lins de Vasconcelos.

extra.globo.com

Novos contêineres chegam ao Complexo de Manguinhos para substituir os queimados em ataque

Guilherme Pinto

Dois novos contêineres chegaram no início da tarde desta sexta-feira ao Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do do Rio, para substituir os cinco que serviam de sede para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Mandela, queimados durante um ataque na noite de quinta.

O novo contêiner chega a Manguinhos O novo contêiner chega a Manguinhos Foto: Guilherme Pinto / Extra

Na ocasião, três PMs, incluindo o comandante da UPP de Manguinhos, ficaram feridos. As estruturas foram colocadas a cerca de dois metros do local onde haviam sido instaladas as que foram destruídas.

O trabalho dos garis onde as cinco bases foram queimadas O trabalho dos garis onde as cinco bases foram queimadas Foto: Guilherme Pinto / Extra

Durante a manhã desta sexta, garis da Comlurb trabalharam na limpeza do local onde os contêineres foram queimados. Moradores fizeram uma espécie de garimpo no meio dos entulhos. Algumas crianças e adolescentes, ignorando o perigo, brincaram de se pendurar nos fios de alta tensão. Técnicos da Light trabalham para restabelecer a energia em alguns trechos do conjunto de favelas. Parte do comércio não abriu as portas por causa da falta de luz.

As crianças brincam com os fios de alta tensão As crianças brincam com os fios de alta tensão Foto: Guilherme Pinto / Extra

Por causa da violência, quatro escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) ficaram sem atendimento na região, informou a Secretaria Municipal de Educação. As unidades atendem a 3.993 alunos.

O policiamento foi reforçado no Complexo de Manguinhos. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e de outras UPPs patrulham a região.

extra.globo.com

quinta-feira, 20 de março de 2014

Comandante da UPP Manguinhos é atingido por tiro na favela

O capitão Gabriel Toledo, comandante da UPP Manguinhos, foi atingido por um tiro numa perna durante uma ação na comunidade. Ele estava acompanhado de outros três policiais, dois também baleados e um ferido na cabeça por uma pedrada. A sede da UPP foi incendiada.

Comandante Toledo Comandante Toledo Foto: Divulgação

Sede da UPP Manguinhos é incendiada Sede da UPP Manguinhos é incendiada

No Complexo de Manguinhos, a sede da UPP na Favela do Mandela foi incendiada. O capitão Gabriel Toledo, comandante da UPP Manguinhos, foi atingido por um tiro numa perna durante ação na comunidade No Complexo de Manguinhos, a sede da UPP na Favela do Mandela foi incendiada. O capitão Gabriel Toledo, comandante da UPP Manguinhos, foi atingido por um tiro numa perna durante ação na comunidade Foto: Foto de leitor

No momento está acontecendo uma operação na favela reunindo homens do Bope, Batalhão de Choque e Grupamento Aero Marítimo.

Os policiais feridos foram encaminhados para o Hospital Geral de Bonsucesso. O ataque aconteceu numa localidade próxima à Cobal.

A Avenida Leopoldo Bulhões foi interditada A Avenida Leopoldo Bulhões foi interditada Foto: Paolla Serra / Extra

Ainda à noite, a sede da UPP do Lins na localidade Boca do Mato também foi atacada. Um tiro acertou a fachada da unidade. Ninguém ficou ferido neste episódio.

O governador do Rio comentou, em nota, o assunto:

"O Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, declara que essa é mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do Poder Público.

O Governador Sérgio Cabral mantém o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação".

Mais cedo, uma intensa troca de tiros entre traficantes e policiais da UPP de Manguinhos levou a polícia a interromper o tráfego de veículos nos dois sentidos da Avenida Leopoldo Bulhões, na altura de Benfica.

Policiais do Batalhão de Choque e do 22º BPM (Maré) foram deslocados à região para dar apoio aos PMs da UPP. Antes do processo de ocupação, o local era conhecido como ‘Faixa de Gaza’.

Caveirão chega a Manguinhos Caveirão chega a Manguinhos Foto: Paolla Serra / Extra

De acordo com informações do Centro de Operações Rio, a via está fechada entre a Avenida Dom Hélder Câmara e a Rua Uranos. A opção para os motoristas que seguem pela Rua Uranos em direção a Benfica é a Avenida Brasil. Já aqueles que vão para Bonsucesso, podem optar pela Avenida Dom Helder Câmara.

Extra

Comandante de UPP e soldado ficam feridos após tumulto em Manguinhos

Gabriel de Toledo teria sido atingido de raspão por um tiro e praça levou uma pedrada na cabeça

O Dia

Rio - O comandante da UPP de Manguinhos, Gabriel de Toledo, teria sido atingido por um tiro de raspão na coxa após um tumulto entre PMs e moradores da localidade, na noite desta quinta-feira, em Bonsucesso, Zona Norte do Rio. De acordo com as primeiras informações, um soldado levou uma pedrada na cabeça. Outras duas pessoas também teriam sido baleadas pelos PMs. Uma viatura foi apedrejada no Mandela e outras três incendiadas. O container da UPP Arará/Mandela foi incendiado durante o confronto. Por conta do incêndio, a comunidade ficou às escuras.

Os feridos foram encaminhados para o Hospital Geral de Bonsucesso e o capitão Gabriel Toledo está fora de perigo. Ele foi transferido para o Hospital Central da PM, no Estácio. A confusão teria começado após moradores de um prédio da 'Minha Casa, Minha Vida' terem atacado os policiais. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque (BPChq) foram acionados. 

Container da UPP pegando fogo

Foto:  Divulgação

A Rua Leopoldo Bulhões foi interditada nos dois sentidos, entre a Dom Hélder Câmara e a região da Rua Uranos. Quem segue para Benfica, deve utilizar a Avenida Brasil. Há lentidão na região. A circulação no ramal de Saracuruna foi interrompida.

Devido aos incidentes desta noite, o Comando da PM colocou todos os quartéis de prontidão.  Em Manguinhos permanecem PMs do Grupamento de Ações Táticas (GAT), Choque, Bope e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Por volta das 20h, a UPP do Complexo do Lins também foi atacada. Um pequeno confronto teve início, mas ninguém ficou ferido. PMs pediram que moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, ficassem em suas casas.

Em nota, o governador Sérgio Cabral declarou que "essa é mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do Poder Público. O governador mantém o firme compromisso assumido com as populações das comunidades e com a população de todo o estado do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados e manter a política da pacificação", encerrou o documento.

O Dia