sábado, 31 de outubro de 2009

Preso "chefe" de milícia que atua na Zona Oeste do Rio

GOLPE NA LIGA DA JUSTIÇA

Maciel Valente de Souza foi preso em Itacuruçá. - Foto: Domingos Peixoto/O Globo

Policiais da 35ª DP (Campo Grande) e da Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste) prenderam, no fim da tarde de sexta-feira, Maciel Valente de Souza, de 33 anos, no distrito de Itacuruçá, em Mangaratiba, na Costa Verde do estado. Segundo a polícia, ele estava chefiando a milícia "Liga da Justiça" desde a prisão do ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, capturado em 13 de maio, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Contra Maciel, havia dois mandados de prisão por formação de quadrilha e homicídio. Batman havia sucedido os irmãos Natalino e Jerominho Guimarães no comando da Liga da Justiça, após a prisão dos dois no ano passado.

Maciel foi preso junto com um PM e três garotas de programa, enquanto abria seu carro. Os cinco haviam acabado de fazer um passeio de barco pelo mar de Itacuruçá. O PM, que também foi preso, foi identificado como José David Ramalho, o Selva. Ele é soldado do 2º BPM (Botafogo) e foi levado para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica. O soldado foi indiciado por porte ilegal de munição de calibres 9 mm e 7.62, e favorecimento pessoal. As garotas de programa prestaram depoimento e foram liberadas.

Caso de Polícia - Extra Online

Bebê baleada em favela do Rio tem alta

Kaiane, de 11 meses, levou um tiro no braço no dia 25.
Sua mãe morreu no tiroteio; missa de 7º dia será neste sábado.

Cláudia Loureiro Do G1, no Rio

Foto: Reprodução TV Globo

A pequena Kaiane está na casa da tia (Foto: Reprodução TV Globo)

O bebê Kaiane do Nascimento Aragão, de 11 meses, que ficou ferida num tiroteio na Favela Kelson's, na Penha, no subúrbio do Rio, teve alta na manhã deste sábado (31) e está na casa dos avós, em Brás de Pina, no subúrbio. Ela está com braço engessado, mas se recupera bem do ferimento. As informações são de familiares.

Kaiane levou um tiro no braço no domingo passado (25) e estava internada Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Missa de 7º dia

No tiroteio, a mãe de Kaiane, a dona de casa Ana Cristina Costa do Nascimento, de 24 anos, foi ferida nas costas e acabou morrendo. O tiro saiu pelo peito e atingiu o braço do bebê.

A missa de 7º dia de Ana Cristina será celebrada neste sábado, às 19h, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Favela Kelson's, segundo informou o tio da vítima.

Os pais de Ana Cristina souberam da notícia pelo rádio, na madrugada do dia 26, por volta das 2h da manhã. Ela era a filha do meio.  
“Fiquei doido quando ouvi o nome da minha filha no rádio. Sinto o que todos os pais sente, é a dor de pai e de mãe”, disse ele.

Investigação

No dia 27, o delegado que investiga o crime, Felipe Ettore, da 22ª DP (Penha), informou que aguarda os laudos o Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICE), para saber o calibre da arma. O prazo é de 10 a 15 dias. Caso a bala não tenha sido retida, o delegado disse que há outras formas de se chegar à arma do crime.

Testemunhas afirmam que a bala partiu dos policias. Já a Polícia Militar diz que a viatura do batalhão que fazia o patrulhamento no local foi alvejada e os policias não revidaram.
Ettore informou ainda que vai ouvir os parentes de Ana Cristina que estavam no local no momento do tiroteio, como o primo e o marido. Ele aguarda a família se restabelecer do trauma: “Os laudos são mais importantes. Não preciso fazer eles reverem essa cena trágica nesse momento”.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Mulher é baleada dentro de carro ao passar por falsa blitz na Zona Norte

Criminosos atiraram sete vezes contra o carro da vítima. Dois tiros atingiram os braços e o ombro da motorista. Uma senhora de 76 anos estava no banco carona e conseguiu sair ilesa

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio- Uma festa em família quase termina em tragédia para a dona de casa Rosângela Francesca Ciancio Menezes, de 48 anos. Rosângela foi baleada ao passar por uma falsa blitz, no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, no fim da noite de sexta-feira.

Foto: Reprodução do site 'Daily Mail'

Bandidos dispararam sete tiros contra o carro da dona de casa, que estava acompanhada da tia de 76 anos. Foto: Osvaldo Prado / Agência O Dia

O carro da vítima, um Corsa, foi atingido por sete disparos de pistola, segundo a perícia. Dois tiros atingiram os braços e o ombro de Rosângela. De acordo com familiares, ela retornava do aniversário de uma cunhada,  em Quintino, e seguia para o Méier, onde deixaria uma tia em casa.

O carro da dona de casa foi abordado por cerca de seis criminosos, quando ela passava na esquina das Ruas Daniel Carneiro com Monsenhor Jerônimo. Testemunhas disseram que os bandidos estavam em dois veículos, um Gol e um Bora.

A tia da vítima, a idosa Amélia Gentile Tarcitano, de 76 anos, estava no banco carona do carro , mas não foi atingida pelos disparos.

Segundo policiais do 3º BPM (Méier), há indícios de que os mesmos criminosos tenham praticado, algumas horas antes, um roubo de carro, em Cascadura. Após o incidente, foi realizado um cerco pela região, mas os bandidos não foram encontrados. O caso foi registrado na 26ª DP (Todos os santos).

Mesmo baleada, a dona de casa conseguiu dirigir o carro por cerca de 200 metros          

Mesmo baleada, Rosângela ainda conseguiu dirigir o carro e parar em um posto de gasolina, a cerca de 200 metros de distância. Ela estacionou o veículo no pátio do posto,  na Avenida Amaro Cavalcanti, onde pediu socorro.

Quatro estudantes, que passavam pelo local, retiraram a dona de casa do carro e fizeram os primeiros socorros. Um homem que abastecia o carro levou a dona de casa e a idosa para o Hospital Salgado Filho, no Méier.

Casada e mãe de dois filhos, Rosângela passará por uma cirurgia nos braços, na manhã deste sábado. Em estado de choque, a idosa também foi internada. Segundo os médicos, elas não correm risco de vida.

"Estamos vivendo um período de completo descontrole no Rio de Janeiro. A violência tomou conta das ruas. Estamos todos com medo. Até os policiais têm medo de sair às ruas", disse o tio da vítima, Humberto Cairo, 68, que é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Méier.   

O DIA ONLINE - RIO

Núbia ganha no TSE, mas não assume

Liminar concede à ex-prefeita de Magé direito de voltar ao cargo, mas está impedida porque responde a processo por crime eleitoral

POR MARCO ANTONIO CANOSA, RIO DE JANEIRO

Rio - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu, na quarta-feira, liminar cancelando o afastamento da ex-prefeita de Magé, Núbia Cozzolino, do cargo. A liminar vale até o julgamento do Habbeas Corpus impetrado pelo advogado de Núbia, José Carlos Tavares Sarmento. A decisão, porém, não permite a volta dela à prefeitura, pois anula apenas o afastamento decidido pelo Tribuna Regional Eleitoral (TRE), por suspeita de crime eleitoral.

Foto: Alexandre Vieira / Agência O DIA

Núbia diz que está muito triste porque está sendo perseguida

A ex-prefeita continua a responder a vários processos por crime eleitoral. Ela foi cassada por abuso de poder político e declarada inelegível por três anos. Perdeu em todas as instâncias a que recorreu e seu canditado a vice, Rozan Gomes, assumiu o cargo.

Em seu despacho, o relator do processo no TSE, Ricardo Lewandowski, assinala que “no que tange ao seu afastamento do cargo de Prefeita Municipal, como medida cautelar em processo por crime eleitoral, entendo que não foi suficientemente demonstrada sua necessidade”.
A ex-prefeita disse que não comemorou a decisão porque ela não muda sua situação. “Não estou comemorando. Estou sim, muito triste por causa de toda essa perseguição. Isto aqui não é um Estado democrático e sim, policial. Os acusadores nunca são punidos por aquilo que falam e não conseguem provar”, disse Núbia, acrescentando que vai processar o Estado e pedir indenização de R$ 100 milhões por danos morais.

O TRE acatou, em setembro, denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra Núbia por distribuição irregular de cestas básicas durante seu primeiro mandato como prefeita, de 2003 a 2006, e determinou o afastamento dela da prefeitura, mas ela já não estava no cargo. Dias antes, Núbia havia sido afastada pelo Tribunal de Justiça (TJ), em uma ação criminal onde ela é acusada pelo Ministério Público (MP) estadual de formação de quadrilha e peculato, por fraudes na folha de pagamento do município e em licitações na compra de uniformes escolares.

Afastamento e prisão

Denunciada por formação de quadrilha e peculato, Núbia Cozzolino foi afastada do cargo de prefeita de Magé por decisão da Justiça no dia 12 de setembro. Ela foi denunciada ano passado pelo Ministério Público durante a operação 'Uniforme Fantasma', sob a acusação de fazer parte de um esquema de organizações não-governamentais que cometiam fraudes na folha de pagamento do município e em licitações que envolviam a compra de uniformes escolares.

No dia 11 de setembro, Núbia saiu do cargo de prefeita e transmitiu o posto para o vice-prefeito Rozan Gomes, depois que o Tribunal de Justiça ameaçou usar força policial para que ela cumprisse a determinação judicial de afastamento.

No início de outubro, Núbia Cozzolino foi presa sob a acusação de adulterar combustíveis, mas liberada depois de pagar R$ 6 mil de fiança na 66ª DP (Piabetá). Núbia foi surpreendida durante uma blitz, em que fiscais constataram que a gasolina de um posto de sua propriedade, em Guapimirim, era ‘batizada’. Segundo o delegado Adriano Leal, da 66ª DP, a quantidade de álcool adicionado à gasolina estava 3% acima do permitido pela legislação.

O DIA ONLINE - RIO

Polícia prende três suspeitos de assaltos na Tijuca

Eles teriam assaltado quatro lojas no último domingo.
PMs conseguiram prendê-los depois de perseguição.

Do G1, no Rio

Policiais do 6º BPM (Tijuca) prenderam, neste sábado (31), três homens suspeitos de praticar quatro assaltos a estabelecimentos comerciais no último domingo, na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

A quadrilha já teria praticado assaltos a pedestres, neste sábado, quando um carro do batalhão começou a perseguir os supeitos, que fugiam num táxi.

Durante a perseguição, o veículo teria se envolvido numa colisão, mas a PM ainda está checando essa informação.

Os suspeitos foram presos e encaminhados para a 19ª DP (Tijuca), onde a ocorrência foi registrada.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Dono de marmoraria é morto no Centro do Rio

Seu corpo foi encontrado na manhã deste sábado (31) na loja.
Cliente que estaria chegando ao local também foi baleado.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

O dono de uma marmoraria foi morto a tiros na manhã deste sábado (31) no Centro do Rio. A loja fica na Rua Moncorvo Filho. Segundo informações da 4ª DP (Praça da República), onde a ocorrência foi registrada, Edinei César de Arruda Santos, de 34 anos, tinha várias perfurações de tiros no corpo e já estava morto quando a polícia chegou ao local.

Um outro rapaz, que seria cliente da loja e estaria chegando ao local na hora do crime, também foi baleado. Ele ainda tentou correr, mas acabou ferido nas costas. Carlos Henrique Rosa da Silva, de 38 anos, foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, e está no centro cirúrgico, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria municipal de Saúde.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Morre terceira pessoa após acidente na Washington Luiz

Um casal morreu na hora, e um rapaz em hospital.
Outras duas jovens já receberam alta.

Do G1, no Rio

 

Subiu para três o número de mortos no acidente na Rodovia Washington Luiz, no Rio, na madrugada deste sábado (31).

Um casal morreu na hora e três pessoas foram levadas para o Hospital de Saracuruna, em Caxias na Baixada Fluminense. Um rapaz ainda não identificado morreu no hospital. Outras duas jovens já receberam alta.

Segundo a concessionária que administra a via, Concer, o carro em que estavam cinco pessoas capotou por volta de 4h na pista sentido Rio, altura do Km 113, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O trânsito chegou a ficar em meia pista.

Motociclista morre em acidente

Um outro acidente, dessa vez na Linha Vermelha, no acesso à Rodovia Washington Luiz, altura de Duque Caxias, matou um motociclista e feriu uma mulher que estava na garupa. As informações são dos bombeiros de Caxias e do Grupamento Operacional para Tecnologias Avançadas (Gota).

Segundo bombeiros, Efigênia de Oliveira Lima estava na garupa da moto e foi levada para o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.
De acordo com informações iniciais, o acidente teria envolvido também um carro de passeio e o motorista teria fugido sem prestar socorro.
O trânsito ficou bastante congestionado, mas já começou a normalizar, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio).

Operação da PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou seu efetivo desde as 0h de sexta-feira (30) com 700 policiais para os cerca de 1.600 quilômetros de rodovias federais no estado do Rio. Para reprimir infrações, haverá radares móveis e bafômetros.
Para quem pretende viajar rumo a Região dos Lagos, a Ponte Rio-Niterói estima que cerca de 275 mil veículos passem por lá entre esta sexta e a próxima segunda (2). O pedágio custa R$ 4 para carros de passeio, e só é cobrado no sentido Niterói, na Região Metropolitana.

Veja o que abre e o que fecha no feriadão

Na Via Lagos, o valor da tarifa custa a partir de R$ 14,40 durante o feriadão e é cobrado nos dois sentidos, por onde devem passar cerca de 130 mil veículos.
Há ainda pedágios na BR-101 em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e em Rio Bonito, na Baixada Litorânea, trechos administrados pela Autopista Fluminense. No primeiro, a cobrança é feita apenas no sentido Rio e, no segundo, nos dois sentidos. A tarifa custa a partir de R$ 2,50 cada.

Dutra e BR-040

Já para quem vai passar pela Via Dutra, onde são esperados cerca de 170 mil veículos, há pedágio em Seropédica, na Região Metropolitana, e Itatiaia, na Região Sul Fluminense, com valores a partir de R$ 8,80.

Na rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040), a tarifa é de R$ 7,50 para carros de passeio.

G1 > Edição Rio de Janeiro

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Avião da FAB que estava desaparecido é encontrado na Amazônia

Avião da FAB que estava desaparecido é encontrado na Amazônia
O Globo

Um helicóptero da Aeronáutica pousou no Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul (AC), desta sexta-feira, com os primeiros quatro sobreviventes do acidente com o avião da FAB no Amazonas - Foto: Aureo Neto (Especial para O Globo)

RIO - Nove das 11 pessoas que estavam a bordo do avião modelo C-98 Caravan da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez um pouso forçado na quinta-feira pela manhã , no Amazonas, sobreviveram. De acordo com a FAB, há um desaparecido e indícios de que uma pessoa morreu.( Memória: acidentes com aeronaves da FAB )

Os sobreviventes, entre eles uma grávida de 14 semanas, foram levados para o Hospital Geral do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no Acre. Eles passam bem e devem receber alta no sábado.

Fábio Pimentel, diretor clínico do Hospital Geral de Juruá, disse ao site G1 que "todos estão bem".

- Felizmente, nenhuma das vítimas sofreu fraturas ou teve lesões sérias - disse ele.

Mapa do local onde o avião desapareceu  - Arte/O Globo

O C-98 - que transportava 7 funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e quatro militares - pousou no Igarapé Jacurapá, na margem direita do Rio Ituí, afluente do Rio Javari, na quinta-feira, e foi localizado às 10h da manhã desta sexta-feira (horário local) por integrantes da tribo Matis. A aldeia fica localizada a nove horas de barco do município de Atalaia do Norte (AM), em meio à Floresta Amazônica.

Os índios fizeram contato, via rádio, com a administração executiva regional da Funai em Atalaia do Norte, que passou as coordenadas do avião para o Comando da Aeronáutica em Manaus.

Um helicóptero da Aeronáutica pousou no Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul (AC), desta sexta-feira, com os primeiros quatro sobreviventes do acidente com o avião da FAB no Amazonas - Foto: Aureo Neto (Agência O Globo)

No total, oito aviões - sete da Força Aérea e um do Exército - participaram da operação de resgate. Foram dois helicópteros H-60L BlackHawk, um KC-130 Hércules, um SC-95 Bandeirante, dois C-105 Amazonas e um R-99, além de um helicóptero HM-3 Super Cougar do Exército. As operações de busca se concentravam numa área determinada de acordo com o sinal de emergência emitido pelo avião 58 minutos após a decolagem, na manhã de quinta-feira.

A lista dos sobreviventes resgatados

No início da tarde, a FAB divulgou a lista dos sobreviventes resgatados. São eles: os militares Carlos Wagner Ottone Veiga (1° Tenente), José Ananias da Silva Pereira (2° Tenente) e Edmar Simões Lourenço (1° Sargento); e os passageiros Josiléia Vanessa de Almeida (enfermeira a serviço da Funasa); Maria das Graças Rodrigues Nobre (técnica da Funasa); Maria das Dores Silva Carvalho (técnica da Funasa); Marina de Almeida Lima (técnica da Funasa); Diana Rodrigues Soares (técnica da Funasa); Marcelo Nápoles de Melo (técnico da Funasa).

Não há informações ainda sobre o suboficial Marcelo dos Santos Dias, mecânico do avião, e sobre o técnico Da Funasa João de Abreu Filho. Um helicóptero HM-3 Cougar do Exército prossegue com as buscas, inclusive com mergulhadores. Índios voluntários percorrem as margens do Rio Ituí fazendo buscas até o Igarapé Jacupará, local do pouso forçado da aeronave.

Aeronave emitiu sinal de alerta após a decolagem

A aeronave realizava uma missão em apoio Funasa e havia decolado de Cruzeiro do Sul (AC) às 8h30m de quinta-feira, horário local, com destino à Tabatinga (AM), onde pousaria às 10h15m. A missão dava apoio à Operação Gota, do Ministério da Saúde, de vacinação de comunidades indígenas.

À noite, a FAB informou que o avião emitiu sinal de alerta 58 minutos após a decolagem. O sinal foi captado pelo Salvaero. Ainda segundo a FAB, "eram boas as condições meteorológicas no horário do desaparecimento da aeronave".

O modelo C-98 Caravan foi desenvolvido no início dos anos 1980 nos Estados Unidos para transporte de pequenas cargas e passageiros em curtas distâncias. No Brasil, é utilizado desde 1987 em tarefas de apoio, utilitárias e de evacuação aeromédica. Também é usado pelo Correio Aéreo Nacional e em ações cívico-sociais do Exército.

Extra Online

Após prender irmã e mulher de traficante, polícia procura por mais 13 suspeitos

Cerca de 200 homens de várias delegacias foram ao Morro do Borel.
Mãe do traficante Robocop morava em apartamento que foi confiscado.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

A Polícia Civil informou, na noite desta sexta-feira (30), que ainda procura por 13 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no Morro do Borel, na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Pela manhã, dez pessoas foram presas, entre elas a irmã e a esposa do traficante Isaías do Borel, durante Operação Família S/A na comunidade.

Cerca de 200 policiais civis, com apoio de dois helicópteros, participaram da operação contra um esquema de lavagem de dinheiro de integrantes do tráfico de drogas. A ação visava cumprir 36 mandados de prisão e outros de busca e apreensão no Morro do Borel. Segundo a polícia, do total, 26 foram cumpridos nesta sexta.

“Esse tipo de medida vai gerar o efeito que nós queremos. É que vai gerar o efeito da perda financeira que essas pessoas vão passar a ter", disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

A polícia ainda procura por 13 suspeitos, entre eles Moisés Timóteo Lisboa, apontado como chefe do tráfico do Morro do Borel. Segundo a polícia, ele assumiu o ponto de venda de drogas da comunidade após a prisão de Isaías do Borel, que cumpre pena num presídio de segurança máxima. De acordo com as investigações, mesmo preso há 17 anos, Isaías ainda dava ordens à quadrilha.

Segundo o delegado Ronaldo Oliveira, do Departamento de Polícia da Capital, um apartamento foi confiscado na operação. Foram apreendidos documentos e três carros.

A operação

Ao todo, foram expedidos 36 mandados de prisão, sendo que 13 pessoas já estavam presas. Logo no início da operação, policiais confiscaram uma apartamento na Rua Conde de Bonfim, onde estava morando a mãe do traficante Robocop, que seria parente do traficante Isaías do Borel, preso desde 2007, e que cumpre pena no presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.

O detido, segundo a polícia, é o motorista da família de Isaías. Entre os presos estão ainda a mulher e uma irmã do traficante. Não houve troca de tiros na chegada da polícia no Morro do Borel.

Em outro endereço, os agentes prenderam Sílvia Rosário Rodrigues, mulher de Isaías, que, de acordo com as investigações, é o contato entre os presos e os integrantes do bando que atua do lado de fora. As ordens seriam passadas durante as visitas.

G1 > Edição Rio de Janeiro

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Traficante Tola é levado para Catanduvas

Outros dez presos de "alta periculosidade" já foram transferidos.
Operação foi feita sob forte esquema de segurança.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

O traficante Marcio da Silva Lima, o Tola, foi transferido na tarde desta quinta-feira (29) do Rio, onde estava preso em Bangu I para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, sob forte esquema de segurança da Secretaria de estado de Administração Penitenciária (Seap).

A transferência foi determinada pela Justiça, que atendeu a solicitação da Secretaria estadual de Segurança Pública.

Foram usados sete veículos da Seap, com cerca de 30 inspetores penitenciários do serviço de operações especiais do grupamento de escolta. O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) também deu reforço ao esquema de segurança.

Para o deslocamento do preso da Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), na Zona Oeste, para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no subúrbio, o preso aguardou na carceragem da Polícia Federal até o embarque, onde foi escoltado por policiais federais.

Tola foi preso em sua fazenda, na cidade de Durandé, interior de Minas Gerais. O traficante já tinha cinco mandados de prisão por tráfico e homicídio.

10 traficantes transferidos

Autoridades do Rio já transferiram dez presos considerados de "alta periculosidade" para um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul.
Os criminosos são suspeitos de pertencerem a facções rivais que, há duas semanas, provocaram diversos confrontos na Zona Norte do Rio de Janeiro. No total, 42 pessoas morreram.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Conheça o layout e os recursos do novo Orkut

Rede de relacionamentos mais importante do Brasil fica com jeito de Facebook

POR RENATO COZTA, RIO DE JANEIRO

Rio - Parece que ascensão do microblogging Twitter e o crescimento do Facebook, influenciaram as mudanças que foram anunciadas para o orkut na manhã desta quinta-feira (27), em São Paulo pelo Google. As páginas da rede de relacionamento mais influente no Brasil passaram por uma reformulação no layout e ficaram mais limpas. Além disso, os usuários ganharam novos recursos para se comunicar com seus amigos.

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Layout já com as mudanças. Crédito: divulgação

A primeira grande mudança está na diminuição do número de páginas usadas para interagir com os seus contatos. Agora, funções como comentários,  bate-papo,  visualização de vídeos e pesquisa nas listas de amigos e comunidades serão concentradas em apenas em uma página. O código usado pelo Orkut foi reescrito para diminuir o consumo da máquina do usuário e dos servidores do Google. Além disso, a rede de relacionamentos não vai funcionar mais no Internet Explorer 6.

>> FOTOGALERIA: Veja as fotos da nova interface

Na página inicial do serviço ganhou o recurso 'contar algo para os seus amigos', na qual você pode escrever uma frase que fica visível para quem está na sua lista.  Um pouco mais abaixo, será possível ver e comentar as atualizações enviadas por seus contatos, sejam fotos vídeos ou textos. A nova função é bem parecida com que já existe no Facebook, provando que a rede de relacionamento do Google está absorvendo algumas funcionalidades da concorrência.

Com a nova interface, as fotos da comunidades e dos contatos ficaram um pouco maiores, facilitando a visualização. A cor dos perfis pode ser trocada  e na seção 'sobre mim' o usuário vai poder colocar um vídeo ou aplicativos Open Social. O função 'indicar amigos', que já existia, ganhou mais visibilidade para que os internautas possam sugerir novos seus perfis para os seus amigos.

Para conhecer o novo orkut, os usuários receberam um convite, como era feito logo quando o serviço foi criado. Se quiser saber se alguns de seus contatos já tem acesso às mudanças, basta procurar o ícone  ao lado do nome dele.

O DIA ONLINE

Avião da FAB desaparecido levava 11 pessoas

Entre os passageiros estavam funcionários da Funasa

Manaus - A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), modelo Caravan C-98, que desapareu no trajeto entre os municípios de Cruzeiro do Sul (AC) e Tabatinga (AM), na manhã desta quinta-feira, na fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru levava, 11 pessoas. Entre os passageiros estavam militares e funcionários da  Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O número de ocupantes do voo foi divulgado pela Força Aérea Brasileira (FAB), através de nota.

Foto: Divulgação Aeronáutica

Aeronave, semelhante à da foto, desapareceu nesta quinta-feira. Foto: Divulgação Aeronáutica

Os civis são servidores do Distrito de Especial de Saúde (DSEI) do município de Atalaia do Norte, que fica próximo a Tabatinga. Eles foram para Cruzeiro do Sul participar da Operação Gota - de vacinação em aldeias. A aeronave pertence ao 7º Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA), que fica em Manaus.
Segundo a nota oficial, a aeronave partiu às 8h30 (10h30 de Brasília) de Cruzeiro do Sul e deveria ter pousado em Tabatinga às 10h15, hora local. A região entre as duas cidades fica na área indígena Vale do Javari, que é formada por mata densa e rios quase sem fluxo de embarcações.
A FAB informou que vai montar a base das operações de buscas na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre (AC).

O relevo do local, segundo uma fonte da aeronáutica, deve dificultar as buscas à aeronave. Não há cidades por todo o trajeto, somente pequenos destacamentos do Exército, como Vila Bitencourt e Estirão do Equador. Dois helicópteros H-60 Blackhawk e um avião C-105 Amazonas da FAB estão realizando buscas na região.

O DIA ONLINE - BRASIL

Assassino de integrante do AfroReggae tem prisão legalizada

Crise na polícia

Renge (à esquerda) e Romarinho na delegacia. Foto: Fernando Quevedo / O Globo

Reginaldo Martins da Silva, de 32 anos, o Renge (na foto de camisa azul), teve a prisão  temporária decretada por um juiz de plantão no Tribunal de Justiça. Preso em em Itaguaí, ele é acusado de ser um dos dois homens que assassinaram a tiros, durante um assalto, no dia 17, no Centro do Rio, o coordenador social do AfroReggae Evandro João Silva.

Além de Renge, já está preso Rui Mário Maurício Macedo, de 34, o Romarinho. Segundo a polícia, os dois vão passar por uma acareação para saber quem foi o autor do disparo que matou Evandro João.

Dois PMs, acusados de liberar os bandidos, após tomar das mãos dos assaltantes uma jaqueta e um tênis da vítima, estiveram na 1ª DP (Praça Mauá). Eles reconheceram Romarinho como sendo um dos homens que abordaram, na madrugada do dia 17, na Rua do Carmo, logo após o assassinato do coordenador do AfroReggae.

Caso de Polícia - Extra Online

Idoso é ferido por bala perdida em assalto na Tijuca

Agente do Desipe teria reagido à 'saidinha de banco' e também foi baleado.
Segundo bombeiros, outra pessoa também teria sido atingida.

Carolina Lauriano Do G1, no Rio

Um idoso e um agente do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe) foram baleados após um assalto na Rua Haddock Lobo, na Tijuca, na Zona Norte do Rio nesta quinta-feira (29). O idoso que estava passando no local foi atingido por bala perdida. E segundo as primeiras informações do 6º BMP (Tijuca), o agente do Desipe teria reagido ao assalto. A polícia, que estava com uma viatura na região, ajudou a socorrer os feridos.

Ainda segundo a polícia, as vítimas teriam sido levadas para o Hospital Santa Terezinha, também na Tijuca, e o agente penitenciário estaria no Centro de Tratamento Intensivo (CTI).

A polícia informou que durante o golpe conhecido como "saidinha de banco", houve troca de tiros e os pedestres ficaram assustados. De acordo com a PM, os dois suspeitos estavam em uma moto.
Bombeiros do quartel do Maracanã, na Zona Norte, foram acionados, mas quando chegaram ao local as vítimas já tinham sido socorridas. Segundo os bombeiros, além do idoso, mais uma pessoa teria sido vítima de bala perdida.

O 6º BPM informou ainda que as viaturas do batalhão fazem buscas para localizar os dois suspeitos.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Termina operação que encontrou paiol em Acari

Material foi achado em prédio na entrada da favela.
Não há presos nem feridos.

Do G1, no Rio

Terminou a operação feita na tarde desta quinta-feira (29) na Favela de Acari, no subúrbio do Rio. Dentro de um prédio, na entrada da comunidade, foram encontradas diversas armas.

Segundo o delegado Deoclécio Assis Filho, 50 homens participaram da ação.

Foram apreendidos quatro fuzis, duas metralhadoras, um lança rojão, 13 granadas, cinco pistolas, carregadores de armas, grande quantidade de munição, radiotransmissores e roupas pretas imitando fardas da polícia.

Outras operações

Também nesta quinta (29), policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) estão em operação na favela de Parada de Lucas, no subúrbio, e a Polícia Militar faz operação de rotina na Zona Oeste. Cerca de 20 policiais do 14º BPM (Bangu) estão em Senador Camará. Ainda não há balanço das ações.

G1 > Edição Rio de Janeiro

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Polícia prende um dos acusados de assalto a prédio de luxo no Leblon

Rio - A Polícia Civil informou, nesta terça-feira, que um homem acusado de participar do assalto a um luxuoso prédio na Avenida Delfim Moreira, no Leblon, Zona Sul do Rio, foi preso por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). O bando usava uniforme dos Correios para praticar os crimes.

Policiais militares no prédio do Leblon | Foto: Gilvan de Souza

Todos os bandidos, segundo a polícia, já tiveram suas identidades reveladas. Entre eles estaria um bandido conhecido apenas como 'cagado', que também teria envolvimento com o tráfico de drogas da Favela do Vidigal, também no Leblon. Ele teria forjado a própria morte, na semana passada, quando moradores da comunidade disseram ter achado seis corpos. A Polícia nada encontrou.

No dia 15 de setembro, os bandidos roubaram cinco dos sete apartamentos do Edifício Golden Coast. Disfarçados de entregadores, um deles com o uniforme dos Correios, eles entraram no edifício carregando umas caixas, renderam o porteiro e foram até os apartamentos das vítimas.

Segundo a PM,  os suspeitos roubaram R$ 700 de um morador que chegava ao local; e, nos apartamentos, levaram joias, um laptop, R$ 5 mil, 4 mil euros e 9 mil dólares; além de um automóvel de luxo, usado na fuga.

Acostumados a fazer treinos na Praia do Leblon, os jogadores do Flamengo perceberam a movimentação incomum, com diversos carros da polícia. Chegou-se a temer por uma troca de tiros entre policiais e bandidos, mas a atividade não foi paralisada e não houve problema com nenhum atleta. O caso será registrado na 14ª DP (Leblon).

O DIA ONLINE - RIO

Justiça do Rio manda transferir traficante 'Tola' para Catanduvas

Governo do Rio havia feito pedido à 40ª Vara Criminal.
Marcio da Silva Lima foi condenado por tráfico e homicídio.

Do G1, no Rio

A Justiça do Rio determinou nesta terça-feira (27) a transferência imediata do traficante Márcio da Silva Lima, o 'Tola', para o presídio federal de segurança máxima em Catanduvas, no interior do Paraná. A 40ª Vara Criminal atendeu a um pedido do Governo do Rio. O traficante estava preso desde abril de 2009 no presídio de Bangu I.

Márcio da Silva Lima foi preso em sua fazenda, na cidade de Durandé, interior de Minas Gerais. O traficante já tinha cinco mandados de prisão por tráfico e homicídio.

Dez presos transferidos para Mato Grosso do Sul

Na semana passada, autoridades do Rio transferiram dez presos considerados de "alta periculosidade" para um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul. Os criminosos são suspeitos de pertencerem a facções rivais que, há duas semanas, provocaram diversos confrontos na Zona Norte do Rio de Janeiro. No total, 42 pessoas morreram.

Batman em Catanduvas

Há duas semanas, Ricardo Batman, suspeito de chefiar uma milícia, foi transferido para Catanduvas, no Paraná, depois de ter ficado foragido desde outubro de 2008, quando fugiu do presídio Bangu 8. Na ocasião, o diretor do presídio, Luiz Henrigue Burgos, foi exonerado do cargo.

G1 > Edição Rio de Janeiro

MP vai investigar se distribuidoras de energia lucraram com reajuste errado

Tribunal de Contas apontou falha no reajuste de energia da Aneel.
Para TCU, cobrança indevida gerou prejuízo de R$ 1 bi aos consumidores.

Do G1, no Rio

 

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (27) que investigará se as distribuidoras de energia Light, Ampla e Energisa tiveram enriquecimento ilícito com o erro no reajuste tarifário apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). As procuradorias da República no Rio de Janeiro e em Nova Friburgo, na Região Serrana, instauraram investigações para identificar possíveis ganhos indevidos das empresas.

A metodologia incorreta adotada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no reajuste tarifário teria gerado um prejuízo anual de R$ 1 bilhão aos consumidores, segundo a área técnica do TCU.
No inquérito civil público aberto em Nova Friburgo, o MPF já pediu esclarecimentos à Aneel sobre os reajustes praticados nos últimos cinco anos pelas concessionárias que atuam em 11 municípios da região, como Nova Friburgo, Bom Jardim, Cantagalo e Carmo.

As duas investigações instauradas pelo MPF pretendem esclarecer os valores indevidamente recebidos por cada concessionária que atua no estado. Segundo o MPF, a atuação visa defender o consumidor e a área econômica.

Em Brasília, o grupo de trabalho Energia e Combustíveis, da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, pedirá o ressarcimento dos consumidores pela tarifa de luz paga a mais. Os procuradores da República que compõem o GT discutirão com a Aneel uma forma de reembolsar os prejudicados pelo cálculo errado. Se houver resistência das distribuidoras em atender à solução negociada com a agência reguladora, o GT pretende coordenar a proposição de ações civis públicas pelo MPF nos estados e no Distrito Federal.

G1 > Edição Rio de Janeiro

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mãe morta por bala perdida na Penha é enterrada

Filha dela, de 11 meses, continua internada em estado grave.
Crime aconteceu no domingo (25), na Favela Kelson's.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

O corpo de Ana Cristina Costa do Nascimento, de 24 anos, morta por bala perdida no domingo (25), na Favela Kelson's, na Penha, subúrbio do Rio, foi enterrado na tarde desta segunda-feira (26), no Cemitério de Irajá. A bala atingiu as costas da dona de casa, saiu pelo peito e acertou o braço de um bebê de 11 meses, que estava no colo da mãe.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, a criança está se recuperando bem de uma cirurgia pela qual passou no antebraço. A secretaria informou, no entanto, que o estado de saúde dela ainda é grave. Ele segue internada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, sem previsão de alta.

O enterro de Ana Cristina reuniu mais de cem pessoas. Com pedidos de paz e cartazes de protestos, parentes e amigos fizeram um pedido ao lado do caixão com o corpo da dona de casa. Além do bebê de 11 meses, Ana Cristina deixa dois outros filhos de 6 e 3 anos, respectivamente.

Também na tarde desta segunda, moradores queimaram pneus em protesto contra a morte a dona de casa, no acesso à Favela Kelson's. Policiais militares voltaram para o local para liberar o trânsito. Um carro blindado foi usado. Segundo a Polícia Militar, o veículo foi usado para proteger as equipes.

Depois da manifestação, a Polícia Civil fez uma perícia no local do crime. Os PMs que faziam o patrulhamento no momento do tiroteio acompanharam o trabalho. Agentes da 22ª DP (Penha), onde o crime está sendo investigado, não quiseram dar detalhes sobre as investigações e informou apenas que o resultado da perícia deve ficar pronto em dez dias.

O delegado Felipe Ettore, da 22ª DP, disse que está investigando todas as possibilidades: de o tiro que matou Ana Cristina e feriu a filha dela ter partido dos policiais ou dos criminosos. O delegado vai aguardar o laudo que vai informar o calibre da bala que atingiu a vítima e a filha dela.

Marido acusa policiais

Pela manhã, o marido de Ana Cristina afirmou que os disparos que mataram a sua mulher e feriram sua filha vieram de policiais. “A polícia, quando foi por volta de umas 22h30, a polícia entrou, o poste estava claro, tinha luz, dava pra eles verem que tinha uma família seguindo pra ir embora pra sua casa e eles entraram atirando”, disse o marido da vítima que não quis se identificar.

O porta-voz da Polícia Militar, capitão Ivan Blaz, reafirmou, na tarde desta segunda-feira, que policiais do 16º BPM faziam patrulhamento na região na noite de domingo quando a viatura foi alvejada por traficantes. Ele disse que os policiais não revidaram, porque havia muitos pedestres na rua, no momento.

Blaz disse ainda que a PM lamenta a morte da vítima e que as armas dos policias já foram disponibilizadas para a perícia, para colaborar com a apuração dos fatos. A PM informou também que ajudou os feridos.

Foto: Celso Meira / Agência O Globo

O padrinho da bebê internada, que socorreu mãe e filha, com a camisa suja de sangue (Foto: Celso Meira / Agência O Globo)

Como foi o crime

O crime aconteceu quando Ana Cristina e mais seis pessoas – entre elas, o marido e mais dois filhos - passavam pela Rua Marcílio Dias, em direção à Avenida Brasil e vários disparos foram feitos na noite de domingo.

De acordo com parentes das vítimas, por volta das 22h de domingo, a vítima, que morava em Vista Alegre, no subúrbio, saía da favela com a família. Segundo eles, ela tinha ido visitar a irmã, que mora na Favela Kelsons, e seguia para um ponto de ônibus na Avenida Brasil, quando policiais em quatro patrulhas do 16º BPM (Olaria), entraram atirando na favela.

Eles informaram ainda que outras pessoas do grupo não foram atingidas pelas balas porque conseguiram se jogar no chão, no momento dos disparos.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Acidente com dois ônibus deixa feridos na Zona Oeste

Vítimas estariam presas nas ferragens.
Bombeiros estão no local.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Foto: Reprodução TV Globo

Ônibus bateram de frente, e acidente deixou passageiros feridos (Foto: Reprodução TV Globo)

Um acidente entre dois ônibus em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, deixou várias pessoas feridas na tarde desta segunda-feira (26). Segundo os bombeiros, não há informações do número de feridos, mas haveria vítimas presas nas ferragens dos ônibus.
Segundo as primeiras informações, os dois ônibus teriam batido de frente na Avenida das Américas. De acordo com o quartel de Guaratiba, as vítimas podem ser levadas para os hospitais Rocha Faria, em Campo Grande, Pedro II, em Santa Cruz, e Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.

A Avenida das Américas foi interditada nos dois sentidos.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Após confronto no Morro dos Macacos, moradores reclamam de falta de luz

Light informa que recebeu apenas uma reclamação de morador.
Posto de saúde só deve reabrir nesta terça (27), segundo prefeitura.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

Nove dias após os confrontos que resultaram na queda de um helicóptero da Polícia Militar, moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, reclamam de falta de luz e de um posto de saúde, que permanece fechado.

Segundo a prefeitura, o posto de saúde da família localizado no alto do morro ficou fechado na semana passada por causa dos conflitos entre policiais e traficantes e, nesta segunda-feira (26), não abriu por causa do feriado do funcionalismo público.

Enquanto isso, diz a Secretaria municipal de Saúde, o atendimento tem sido feito no posto Maria Augusta Estrela, na Rua Visconde de Santa Isabel. A previsão da prefeitura é que, se houver condições de segurança, a unidade volte a operar normalmente a partir desta terça-feira (27).

Falta de luz

“Há vários estabelecimentos sem luz e cerca de 60% das casas também”, diz o presidente da Associação de Moradores do Parque Vila Isabel, no Morro dos Macacos, Mário Lima. Segundo ele, a maior parte da população da região, que havia deixado suas casas por falta de segurança, já retornou ao morro.

“Acho que ainda deve ter pouco menos de 30% fora. Quem ainda reluta é quem mora muito perto de onde tudo aconteceu”, explica.
De acordo com Mário, também chegou a haver problemas na rede de águas, em instalações da Cedae, que foi solucionado pela empresa no dia seguinte à operação policial.

Disque-Light

A Light informou em nota que "não há em seu sistema registro de falta de energia entre seus clientes residentes no Morro dos Macacos, em decorrência dos conflitos ocorridos no fim de semana do dia 17". Segundo a empresa, apenas uma solicitação foi registrada, às 16h33m desta segunda-feira (26), e se encontra em atendimento.

A empresa orienta os moradores da região que estiverem sem energia a solicitar atendimento pelo Disque-Light (0800-0210-196), fornecendo o endereço e o código do cliente.

G1 > Edição Rio de Janeiro

domingo, 25 de outubro de 2009

‘Ela morreu tentando ajudá-lo’, diz amiga de jovem estrangulada

Bárbara Calazans, de 18 anos, teria tentado impedir suspeito de usar crack.
Bruno Kligierman foi preso em casa e já teria sido internado diversas vezes.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

 

Estrangulada na tarde de sábado (24), Bárbara Calazans, de 18 anos, teria tentado impedir o assassino de usar drogas. A informação foi dada por amigas dela, durante o seu velório, na tarde deste domingo (25), no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

“Ela morreu porque tentou ajudá-lo a não usar a droga. Ela gostava de ajudar todo mundo e não tinha preconceitos”, contou a estudante Tamires Lopes, de 18 anos, amiga de infância de Bárbara. De acordo com ela, Bruno Kliegierman, de 26, que confessou o crime, não era namorado da vítima. “Eles eram amigos há alguns meses”, completou.

Bruno seria usuário de crack

A relação de romance dos dois foi informada pelo pai de Bruno à polícia. Em depoimento, Luis Fernando Proa, disse que o filho lhe telefonou após o crime, contando o ocorrido e ameaçando se matar. Ele, então, chamou a polícia. Ainda segundo Proa, Bruno era dependente químico, fumava crack e já havia sido internado diversas vezes.

De acordo com amigos de Bárbara, ela e Bruno teriam discutido por que ela queria dissuadi-lo de usar a droga, já que ele estaria com um teste de TV marcado. Os dois, eventualmente, faziam figurações em novelas. Bruno foi preso em flagrante e será indiciado por homicídio.
“Sou amiga das duas famílias.

O pai de Bruno estava nessa luta para livrá-lo das drogas há seis anos. Ele não era violento e, por isso, os amigos, como Bárbara e o meu filho, tentavam ajudá-lo. A família dele está muito abalada. Não só pela prisão dele, mas pela morte dela.

Estão até pensando em se oferecer para arcar com os custos do velório ou oferecer algum outro tipo de ajuda”, contou a secretária Helena Saloña, de 51 anos.

Como foi

Segundo a polícia, o crime aconteceu no apartamento de Bruno, na Rua Ferreira Viana, no Flamengo, na Zona Sul do Rio. A vítima moraria do outro lado da rua com a família.

Bruno foi preso ainda no apartamento, e não resistiu à prisão. Na delegacia, ele contou que tinha fumado crack momentos antes da discussão.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Vestidos invadem moda funk no verão e desbancam os shortinhos

Para estilistas, funkeiras estão mais comportadas.
Valeska Popozuda, Priscila Nocetti e Tati Princesa já adotaram.

Carolina Lauriano Do G1, no Rio

Foto: PH / Divulgação

Valeska Popozuda com o vestido da nova coleção da Pixação, que ainda vai chegar às lojas (Foto: PH / Divulgação)

A dupla shortinho e top já era para as meninas que frequentam baile funk. A moda agora é descer até o chão de vestido. Quem afirma isso são os estilistas das principais marcas da massa funkeira e também as divas do ritmo.

“Os vestidos invadiram. Quando você coloca shortinho e blusa, fica básica. Mas quando você coloca vestido, quem não tem corpo fica com corpo, e quem já tem, fica mais gostosa ainda”, disse Valeska Santos, cantora do grupo Gaiola das Popozudas e também modelo da marca Pixação, que traz muito vestido na nova coleção.

Estampas florais, cores fortes, modelos curtinhos, justos, balonê, de um ombro só e também tomara-que-caia são as características em comum a todas as lojas que estão mudando a vitrine para a moda verão.

Foto: Divulgação

Priscila Nocetti com os modelos de um ombro só e tomara-que-caia (Foto: Divulgação)

Para Cláudio Beck, responsável pelas roupas da HBS, que tem à frente Priscila Nocetti, primeira-dama do funk e apresentadora de televisão, a moda nos bailes está mais fashion e as meninas, mais comportadas.

“O vestido já foi mais curto. O conceito de roupa para baile funk está mudando, não tem mais aquela apelação sexual. Hoje é até cafona aquela calça apertada com top, todas as marcas estão mudando de linha. O vestido é mais feminino, a roupa do funk não é mais vulgar”, afirmou ele.
Priscila, que é casada com Rômulo Costa, o fundador da Furacão 2000, fez couro: “Sou casada, tenho filha, então uso uma roupa mais comportada. A nova coleção tem muito vestido, vai bombar. A moda de roupa muito curta e justa está passando”.
Mas os shortinhos não saíram de cena completamente. Segundo Cláudio, eles são “a peça básica do funk”. A diferença, de acordo com estilistas e funkeiras, é que hoje para usar o short é preciso vestir uma blusa mais solta e comportada.

Foto: Divulgação

A ACR aposta nos babados (Foto: Divulgação)

A nova coleção da marca ACR, que também é febre entre os frequentadores do baile, aposta nos vestidos estampados e com babados. Segundo a estilista Soraya Amora, o forte são os curtos com brilho.

“As meninas adotaram o vestido porque ele é sensual, assim como o funk. Como eles são peças rodadas, isso ajuda. As meninas mudaram, Não vão mais tão peladas para os bailes”, afirmou.
Outra musa do funk que adotou os vestidos no guarda-roupa foi Taty Princesa, cantora da dupla “A Princesa e o Plebeu”. Ela acredita que os justos e curtos é que vão fazer mais sucesso.

“O que você vê nas lojas são os vestidos. Fiz shows um tempão com shortinho, mas é bom variar e o que está fazendo a cabeça da galera são os vestidos. Eu tenho usado muito nos meus shows”, declarou.

Foto: Divulgação

Taty Princesa adotou os vestidos no seu guarda-roupa (Foto: Divulgação)

Short por baixo para rebolar

Mas para rebolar, às vezes o vestido pode não ser tão confortável. Tati Princesa revela seu o truque: “Uso o vestido bem colado no corpo com um shortinho por baixo, porque senão não dá pra rebolar no palco. O vestido é complicado para ir até o chão, com o shortinho facilita”.
Já Valeska Popozuda, prefere usar a nova moda só fora dos palcos: “O problema do shortinho por baixo é que pode marcar, tem que ser sem costura. Ir só de calcinha incomoda porque a roupa vai subindo. Tem menina que não esquenta, deixa subir até onde dá. Eu prefiro usar o shortinho clássico nos shows. Mas fora deles, adotei o vestido”, declarou.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Morre passageira que chegou ao Rio em avião procedente de Nova York

Segundo assessoria da TAM, ela se sentiu mal durante o voo.
G1 procurou Infraero, que ainda não se pronunciou sobre o fato.

Do G1, no Rio

 

A assessoria de imprensa da TAM informou neste domingo (25) que uma passageira do voo JJ 8079 (Nova York-Rio de Janeiro) morreu ao desembarcar neste sábado (24) no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da companhia aérea, a passageira, ainda não identificada, começou a passar mal quando a aeronave se aproximava do Rio. A causa da morte não foi divulgada.

Leia a íntegra da nota divulgada pela TAM:

"Uma passageira do voo JJ 8079 (Nova York/Galeão) faleceu após desembarcar no Rio de Janeiro neste sábado. Ela começou a se sentir mal quando a aeronave se aproximava da cidade, e o comandante acionou o pessoal de terra da TAM para que pedisse o socorro médico da Infraero, o que foi feito em seguida, às 5h05. O avião pousou e, às 5h28, abriu as portas.

O atendimento de emergência não se encontrava no finger, e a passageira desembarcou acompanhada por um funcionário da companhia aérea, que a conduziria ao ambulatório ao aeroporto. Ainda no finger, porém, ela desmaiou.

O serviço médico da Infraero foi acionado pela segunda vez e chegou ao local às 5h53, levando a passageira em uma ambulância. A TAM se solidariza com seus familiares e amigos"

Desde a noite de sábado, o G1 procura a assessoria da Infraero no Rio, mas não conseguiu contato. A assessoria da estatal em Brasília disse que não tinha informações sobre o caso para divulgar.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Menor é morto durante tiroteio em São João de Meriti

Ação foi realizada na noite de sábado (24).
Outros dois menores foram apreendidos durante a ação.

Do G1, no Rio

Um menor foi morto e outros dois foram apreendidos durante uma operação da Polícia Militar realizada no Morro da Andorinha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. As informações são da assessoria da PM.

A operação foi realizada no sábado (24). De acordo com a PM, policiais foram enviados ao local para verificar uma denúncia de que criminosos envolvidos na queda do helicóptero da PM, na semana passada, no Morro São João, estariam escondidos na comunidade.

Os policiais foram recebidos a tiros. No confronto, o menor, de 16 anos, foi atingido pelo disparo e morreu no local. Ainda segundo a polícia, foram apreendidos durante a ação uma granada, um revólver, munição e um radiotrasmissor, além de 156 pedras de crack.

Os menores foram levados para a 54º DP (Belford Roxo).

G1 > Edição Rio de Janeiro

Andar de táxi sai mais barato

Pesquisa da Coppe/UFRJ mostra que usar só carros de praça sai mais em conta do que financiar veículo popular

POR CELSO OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO

Rio - Moradora de Vila Isabel, a médica gastroenterologista Maria de Lourdes Magalhães, 54 anos, só anda de táxi. O luxo, na verdade, representa economia de R$ 1 mil mensais na despesa familiar com transporte. As contas feitas em casa por Lourdes foram esmiuçadas em estudo da Coordenadoria de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da UFRJ (Coppe): táxi é mesmo mais barato do que carro particular.

Lourdes só anda de táxi desde que percebeu que gastaria R$ 1 mil a menos por mês se vendesse o seu carro. Foto: Fábio Gonçalves / Agência O DIA

Autor da análise, o engenheiro civil Luiz Afonso de Sousa mostra que os gastos apontados pelo taxímetro durante um mês, em deslocamentos para trabalho e lazer, são menores do que os do financiamento de um carro popular em 60 meses. A conta inclui a distância percorrida nos 30 dias.

Em 2000 Maria de Lourdes vendeu seu Palio Weekend 98, cuja prestação era de R$ 1.052, e aderiu ao carro de praça, reduzindo a despesa mensal com transporte de R$ 2 mil para R$ 1 mil. “Minha filha de 10 anos dava menos prejuízo”, lembra. A menina, hoje universitária, também só vai de táxi para faculdade, cursos e passeios.

Segundo Luiz, quem financia carro de R$ 25 mil e se desloca até 700 km por mês gasta R$ 1.104 em 30 dias. No táxi, desembolsaria R$ 956,40. Se o automóvel custa R$ 30 mil e o deslocamento fica entre 700 km e 1.500 km, a despesa é de R$ 1.475. Nesse caso, o táxi não passaria de R$ 1.250.

"Mesmo com o carro na garagem por muito tempo, prestação e seguro precisam ser pagos todo mês. Com manutenção, combustível e gastos eventuais como pedágio, o táxi vira opção mais barata”, diz Luiz Afonso, mestrando na Coppe.

dos carros de praça, o professor Felipe Muanis, 37, nunca quis aprender a guiar e se beneficia da economia: “Ter carro está enraizado na nossa cultura, mas você pode ser roubado, bater, se estressar com o trânsito, além dos gastos com manutenção, imposto”.

Orientador do trabalho, o professor Paulo Cezar Ribeiro diz que a mudança de hábito ajudaria a desafogar as vias do Rio, onde a frota de carros já atinge a soma de 1,8 milhão e deve duplicar nos próximos anos. “O resultado é catastrófico, com congestionamento a qualquer hora. Haveria menos carros se, em vez de comprar, as pessoas usassem mais táxis”.

Frota de automóveis deve triplicar

As previsões de especialistas são sombrias para o futuro do trânsito no mundo. A frota brasileira de 33 milhões de automóveis deve triplicar nos próximos anos, estima o engenheiro de transportes Paulo Cezar Ribeiro.

“O estudo do Luiz propõe solução interessante que ajuda, mas os governos precisam investir nos transportes de massa: trem e metrô”.
Morador do Humaitá, o professor de audiovisual Felipe Muanis gasta de R$ 100 a R$ 150 por mês com táxis. Ele sabe o que é transporte público eficiente.

“Morei na Alemanha e lá todos pegam trem para todos os lugares. Eles só usam carro nas viagens de fim de semana”, conta.

O DIA ONLINE - RIO

Polícia investiga morte do traficante Cagado

Camilo Coelho – Extra Online

Vidigal

Os setores de inteligência das policias Civil e Militar estão investigando a possível morte do traficante José Ricardo Ribeiro Rosa, o Cagado, que estava escondido na Favela do Vidigal, na Zona Sul. Segundo as primeiras informações, o bandido teria sido morto às 3h pelos próprios comparsas no alto do morro, perto da quadra olímpica, onde acontecia um baile funk.

Dois homens que estariam com ele também teriam sido mortos, mas os corpos ainda não apareceram. Segundo policiais da 15a DP (Gávea), ninguém deu entrada até agora no hospital da área, o Miguel Couto.

O serviço-reservado do 23o BPM (Leblon) informou que a morte do bandido está 99% confirmada, faltando apenas descobrir onde está o corpo. A ordem para a morte de Cagado teria partido da Favela da Rocinha, mais especificamente do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem.

Cagado é apontado pela polícia como um dos maiores ladrões da Zona Sul. Ele foi condenado a mais de 20 anos de prisão e ficou conhecido depois de, em abril do ano passado, liderar uma invasão aos morros Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme, que hoje estão sob domínio da Polícia Militar.

O bandido também é conhecido pelas trocas de facção e o bom relacionamento que tinha com bandidos da Rocinha.

Caso de Polícia - Extra Online

Chefões do tráfico vão para presídio federal

Camilo Coelho – Extra Online

Segurança Máxima

A secretaria de Segurança anunciou na noite desta sexta-feira uma lista com os nomes de 10 traficantes que serão transferidos na manhã de sábado para o presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A lista foi encaminhada para o Tribunal de Justiça e ao Ministério Público, que aceitaram a transferência. Na lista aparecem nomes como o do traficantes Nei da Conceição Cruz, o Nei Facão, que foi recapturado no começo do mês após deixar o sistema no regime semi-aberto e não retornar.

Também será transferido o traficante Fábio Pinto dos Santos, o Fabinho São João, que é chefe da venda de drogas no Morro do São João, de onde teria partido o disparo que derrubou o helicóptero da Polícia Militar.

Veja a lista:

1) NEI DA CONCEIÇÃO CRUZ (“NEI FACÃO”)
2) CASSIO MONTEIRO DAS NEVES ("CASSIO DA MANGUEIRA")
3) MARCIO SILVA MATOS (“MARCINHO MULETA”)
4) ROBERTO FERREIRA VIEIRA (“ROBERTINHO DO JACARÉ”)
5) JORGE ALEXANDRE CANDIDO MARIA (“SOMBRA”)
6) MARCELO SOARES DE MEDEIROS (“MARCELO PQD”)
7) FÁBIO PINTO DOS SANTOS (“FABINHO SÃO JOÃO”)
8) OCIMAR NUNES ROBERT (“BARBOSINHA”)
9) CLAUDECYR DE OLIVEIRA ("NOQUINHA")
10) EDGAR ALVES ANDRADE (“DOCA”)

Caso de Polícia - Extra Online

Traficantes ostentam armas numa rua de acesso ao Morro dos Macacos

Uma semana depois...

Valéria Maniero

Foto de Fábio Guimarães

Uma semana depois do confronto no Morro dos Macacos, que terminou com 12 mortes, incluindo a de três policiais que estavam no helicóptero da Polícia Militar (PM) abatido, traficantes armados continuam vigiando as ruas que dão acesso à favela, em Vila Isabel.

Ontem de manhã, uma equipe do EXTRA flagrou dois bandidos com pistolas, numa entrada próxima à Rua Visconde de Santa Isabel, onde dois policiais militares do 6 BPM (Tijuca) reforçavam a segurança, em frente à carceragem da Polinter.

Escondidos atrás de uma árvore, os traficantes usaram uma criança para mandar recado à equipe de reportagem:

Foto de Fábio Guimarães

- Moço, se continuar fotografando, ele vai te dar tiro", disse o garoto de, no máximo, seis anos. "Quem vai me dar tiro?", perguntou o fotógrafo. "O menino que mandou dizer", respondeu.

Tomada pelo pânico há uma semana, o bairro da Zona Norte volta, aos poucos, à normalidade, apesar da queda do movimento no comércio local.

— As vendas caíram bem, acho que as pessoas ainda estão com medo de sair, mas está mais tranquilo — disse um vendedor que não quis se identificar.

Quem passava pela praça Barão de Drummond tinha mesmo essa sensação. Enquanto aposentados jogavam damas, crianças que não puderam sair de casa esses dias todos, por causa da violência, voltaram ao local para brincar.

— É a primeira vez que trago o meu filho, depois da guerra que teve por aqui. No sábado passado, passei a noite acordado por causa dos tiros. E as famílias que moram na comunidade lotaram essa mesma praça, carregando as roupas nas mãos. O clima era muito pesado — contou um morador, que trabalha na Guarda
Municipal.

De olho no filho que brincava na pracinha, uma moradora do Morro dos Macacos falou
pouco, mas o bastante para ser compreendida.

— Não posso falar muito, porque moro na comunidade, mas graças a Deus, agora está (calmo). Deixei de fazer algumas coisas, ainda mais tendo criança ... Esse foi o primeiro dia que saí — afirmou.

Em ronda pelo bairro, a equipe de reportagem encontrou carros da PM reforçando o policiamento nas ruas próximas ao Morro dos Macacos. Até a tarde de ontem, a Polícia Militar não havia feito nenhuma operação na comunidade, segundo o relações públicas interino da corporação, capitão Ivan Blaz.

Caso de Polícia - Extra Online

Jovem de 18 anos é morta pelo namorado na Zona Sul

Segundo a polícia, suspeito é usuário de drogas; ele foi preso.
Crime ocorreu no Flamengo no sábado (24).

Do G1, no Rio

Uma jovem de 18 anos foi morta pelo namorado, de 26 anos, no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com informações da 5ª DP (Mem de Sá), a vítima morreu estrangulada. O suspeito, que seria usuário de drogas, foi preso.

O crime ocorreu no sábado (24) no apartamento do suspeito, na Rua Ferreira Viana. Segundo a polícia, Bruno Kligierman, 26 anos, estrangulou a namorada, identificada como Bárbara Calazans Laino, após uma discussão. Ele estaria sob o efeito de drogas.

De acordo com informações da delegacia, após o crime, o suspeito teria ligado para seu pai e contou que havia matado a namorada. O pai ligou para a Polícia Militar, que mandou uma equipe do 2º BPM (Botafogo) ao local. Bruno ainda estava no apartamento, e não resistiu à prisão.

Bruno contou na delegacia que tinha fumado crack momentos antes de discutir com a namorada. Segundo a polícia, o pai do suspeito contou que seu filho é usuário de drogas, e que ele já teria sido internado diversas vezes.

O caso foi registrado na 5ª DP, que era a central de flagrantes de sábado.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Preso irmão suspeito de matar acrobata da Intrépida Trupe

Suspeito foi visto por testemunhas saindo do local do crime.
Anderson Guimarães já era considerado foragido da polícia.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

A polícia prendeu neste sábado (24) Anderson Guimarães, suspeito de matar o irmão, o acrobata da Intrépida Trupe, Caio Guimarães. A vítima foi encontrada morta em seu apartamento no último domingo (18), em Santa Teresa, no Centro do Rio.

Na noite de sexta-feira (23), o namorado de Anderson prestou depoimento na 7ª DP (Santa Teresa).

A assessoria da Polícia Civil informou que vai divulgar mais detalhes da prisão na tarde deste sábado.

Já há indícios de envolvimento dos dois

Segundo o delegado Fernando Veloso, já há indícios do envolvimento "de Anderson, que é homossexual, e do namorado dele". 

"O que a gente tem que esclarecer é quanto a esse suposto namorado do autor e o nível de envolvimento que ele teve no crime”, disse Veloso, afirmando que o parceiro de Anderson esteve no local e que, após o crime, os dois teriam continuado na casa, ouvindo musica, falando alto e consumindo vinho e cerveja.

O delegado acredita que Anderson possa sofrer de desequilíbrio mental, devido aos relatos de comportamento agressivo do acusado. Ele já teria tentado atacar o irmão com uma faca. O motivo do assassinato, segundo o delegado, seria uma série de fatores.

O suspeito estaria sem residência fixa e estava morando com o irmão. Os objetos roubados por ele da casa de Caio são valiosos, segundo a polícia, e poderia servir para comprar drogas.

Circunstâncias do crime

De acordo com a polícia, as portas do quarto e da rua estavam trancadas. A arma do crime, uma marreta, foi recolhida no local e estava, segundo Veloso, escondida e embrulhada em um saco.

Também foram recolhidas taças e garrafas de vinho que estavam na mesa, o que, para o delegado, demonstra possibilidades de o autor do crime ter permanecido no local durante muito tempo depois do ocorrido. 
Todos os objetos recolhidos foram encaminhados para o Instituto Félix Pacheco, para a identificação das digitais. Segundo o delegado, pelas circunstâncias do crime, Caio foi atacado pelas costas e não houve luta. 

G1 > Edição Rio de Janeiro

Tratamentos estéticos ajudam a revigorar pele de fumantes

Lista dos dermatologistas recomenda ácido retinóico e peelings.
Consumir nicotina dificulta recuperação da vitalidade da pele.

Do G1, no Rio

Foto: Thamine Leta/G1

A esteticista Márcia Rodrigues fuma há 31 anos e opta por tratamentos caseiros (Foto: Thamine Leta/G1)

Muitos fumantes investem tempo e dinheiro em tratamentos estéticos que revitalizam a pele prejudicada pelo cigarro. Segundo os especialistas, pessoas que fumam tendem a desenvolver, precocemente, flacidez e rugas no rosto.
A dermatologista Maria Fernanda Gavazzoni, alerta para os danos que a nicotina pode causar. “A nicotina causa dano em todos os órgãos, pois o sangue chega em menor quantidade. Não é diferente no caso do rosto. Os radicais livres se acumulam e provocam flacidez, aspecto amarelado, além de deixar a pele grossa”, diz a médica.
A esteticista Márcia Rodrigues, de 44 anos, diz  que fuma desde os 13 anos e que tanto tempo  consumindo nicotina deixou sua pele prejudicada. “Perde o brilho e, principalmente, a elasticidade. Não faço tratamentos profundos, mas hidrato a todo momento e bebo muito líquido, isso ajuda”, contou.
As dicas de Márcia estão entre as recomendações de dermatologistas e mostram que é possível seguir um tratamento barato e caseiro. Para quem tem urgência em ver a pele revigorada, existem novidades que custam caro no mercado, mas mostram melhoras quase que imediatas.
“O ácido retinóico pode ser passado na pele em casa, e dá resultado, porque estimula a renovação do colágeno. Já quem quiser investir em um resultado mais rápido, pode fazer sessões de peeling”, explica a dermatologista Maria Fernanda.
Para aplicar ácido retinóico, é necessário receita médica e, se comprado em uma farmácia de manipulação, pode custar entre R$ 12 e R$ 15. Segundo Maria Fernanda, uma sessão de peeling varia entre R$150 e R$ 400. Para obter o resultado esperado, o ideal é fazer seis vezes o mesmo ritual.

Cuidados desde a juventude

Foto: Thamine Leta/G1

Renata investiu na hidronutrição para revigorar a pele (Foto: Thamine Leta/G1)

A estudante Renata Muller, de 22 anos, começou a fumar há quatro anos, e desde então se preocupa com a pele. Ela sabe que o cigarro acelera o envelhecimento e tem medo que, em alguns anos, a pele tenha aspecto flácido e amarelado.
“Minha primeira providência é parar de fumar, e isso já estou fazendo. Os danos podem ser reparados com tratamento, e no meu caso isso vai prevenir problemas futuros”, contou.
No caso dela, o tratamento mais adequado foi a hidronutrição, na clínica de estética Onodera. O tratamento começa com esfoliação da pele com um tônico e se intensifica com um aparelho ionizador, auxiliando o restabelecimento da tonicidade, viço e maciez. Para ver resultado, são dez sessões de 60 minutos, custando cada uma R$ 80. 

Mulheres que fumam envelhecem mais rápido

Outro fator de preocupação para as fumantes é que elas tem a pele mais prejudicada pelo cigarro do que os homens. Segundo a médica Juliane Rocio, do Instituto de Dermatologia do Rio, o tabagismo gera um estado de diminuição nos níveis de estrogênio, e isso compromete a saúde da pele das mulheres.
“Devido à diminuição do hormônio feminino na pele, causado pela nicotina, as mulheres ficam mais susceptíveis ao envelhecimento pelo tabagismo”, contou.

A má notícia: a pessoa pode se empenhar em realizar os tratamentos, mas será difícil recuperar totalmente a vitalidade da pele. Quanto mais tempo o paciente ingerir nicotina, menos resultado vai conseguir. Por isso, a melhor opção ainda é deixar o cigarro.

“O fato de não mais submeter à pele diariamente ao ataque devastador da nicotina aumenta a chance de ter uma pele cada vez mais saudável , ainda mais se associar aos cuidados diários básicos”, recomenda a médica Juliane.

G1 > Edição Rio de Janeiro

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Magé prepara licitação e exige parada para manutenção

por Marcelo Dias

Vans

Pablo Jacob (Agência O Globo, 28/03/2008)

A Prefeitura de Magé instituiu a exigência de duas paradas mensais das vans do município para que os motoristas façam a manutenção dos veículos.

Segundo o secretário de Transportes, Vander Ferreira da Silva, a medida foi baixada porque os topiqueiros estariam circulando todos os dias sem verificar as condições das vans. A multa estipulada para quem desobedecer a ordem é de mil reais.
Além disso, a prefeitura prepara um edital para lici$ção das linhas municipais, com as vans operando onde não houver oferta de ônibus.

— Haverá licitação. A intenção é legalizar o transporte alternativo onde não houver linhas de ônibus. Assumi o cargo na semana passada e quero organizar o sistema. Eles rodam de segunda a segunda, sem manutenção. A cada dia, uma linha terá de parar para fazer isso. Não vamos prejudicar ninguém com essa medida, porque são só duas vezes por mês — afirmou o secretário.

Vander Ferreira da Silva disse também que negocia um novo convênio com o Detro, para reforçar a fiscalização na cidade e reprimir vans ilegais e sem condições de rodar.

Nova tentativa

Esta é a segunda tentativa de regulamentação das vans em Magé. Em 2003, a então prefeita Narriman Zito havia regularizado a situação de 120 topiqueiros, padronizando os veículos com cores conforme seus itinerários. À época, a prefeita pretendia $o exemplo das linhas intermunicipais do Detro.

Em 2004, Narriman perdeu a reeleição para Núbia Cozzolino, que prometera ampliar o número de permissões na cidade. Entretanto, o apoio maciço que a categoria lhe deu a obrigou a inchar o sistema, com mais de 400 vans no município, com muitos veículos para poucos passageiros. Depois, alguns motoristas denunciaram que a prefeita afastada os forçou a circular com propaganda ilegal de seu governo estampada nos carros.

Extra Online - Casos de Cidade

Expressão 'bandidos fardados' abre crise entre PM e AfroReggae

Coordenador do grupo criticou policiais publicamente em encontro no QG.
Comandante considerou ofensa: "refuto essa expressão dentro de quartel".

Aluizio Freire Do G1, no Rio

 

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Mario Sergio Duarte, considerou “ofensa à corporação” uma crítica feita pelo coordenador geral do AfroReagge, José Junior, que, ao final do encontro no Quartel Central , no Centro do Rio, chamou o capitão e o cabo envolvidos no caso de Evandro João da Silva de “bandidos fardados”.

Na coletiva, na tarde desta sexta(23), o coronel já enfrentara uma situação de constrangimento ao ouvir o músico Anderson Elias dos Santos sustentar que, 50 minutos após ser baleado, o coração de Evandro ainda batia, mas dois PMs teriam reagido com indiferença ao pedido de socorro.

Após o encontro com os representantes do AfroReggae, o coronel Duarte declarou aos jornalistas, que foram chamados à sala do comando:

“Não gostei do José Junior ter usado a expressão bandidos fardados. Não havia necessidade, tomei isso como uma ofensa à corporação. Ele foi acolhido neste quartel da Polícia Militar que está empenhado em elucidar todo o caso. Portanto, refuto essa expressão dentro do quartel. Não há dor que justifque isso”, disse o comandante da PM.

O AfroReggae, obra social que se empenha em evitar o envolvimento de jovens de comunidades com o narcotráfico, por meio da música, tem procurado, ao longo dos anos, manter um bom relacionamento com a Polícia Militar.

Nova denúncia de omissão

O comandante geral do PM do Rio, Mario Sergio Duarte, enfrentou nova situação de constrangimento numa coletiva na tarde desta sexta-feira (23) ao saber que pode ter havido omissão de outros policiais do 13º BPM na morte do coordenador de projeto sociais do AfroReggae Evandro João Silva, na madrugada de domingo (18).

Um integrante do grupo, o músico  Anderson Elias dos Santos, contou que encontrou Evandro com vida, 50 minutos depois de o amigo ser baleado, pediu ajuda a dois PMs que estavam no local e os dois reagiram com indiferença.

“Recebi um telefonema dizendo que o Evandro que tinha sido baleado no Centro e corri para o local. Cheguei 50 minutos depois. Levantei a cabeça do Evandro, coloquei a mão no peito e senti que o coração ainda estava batendo. Pedi ajuda ao policial, mas ele disse que era assim mesmo, que o coração ia parando aos poucos”, explicou, acrescentando que se sentiu impotente vendo o amigo morrer.

Anderson disse que não sabe o nome do policial, já que era outra patrulha que chegara ao local. A viatura em que estava o cabo e o capitão suspeitos de crime não estava mais na Rua do Carmo, no Centro do Rio.

Desconcertado, o comandante geral da PM garantiu que “todas as coisas que estão sendo ditas serão investigadas”.

“A corporação tem que ter coragem pra encarar esse momento. A corporação está sendo acusada, e não queríamos passar por isso. É difícil passar por tudo isso, mas isso não significa que não tomaremos providências”, afirmou.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Tripulantes da polícia reclamam de falhas de segurança em helicópteros

Segundo eles, há problemas em cintos de segurança e roupas.
PM admite falha nas roupas e não comenta outras reclamações.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

Foto: Arquivo pessoal

Este é o cinto do tipo 'rabo de macaco' de um helicópteros da Polícia Civil (Foto: Arquivo pessoal)

Os helicópteros usados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro não oferecem condições de segurança, de acordo com declarações de policiais ao G1. Segundo eles, entre os problemas, há cintos de segurança inadequados e faltam  roupas antichamas, além de tanques autovedantes, que evitariam determinados tipos de incêndios.

A situação dos helicópteros usados pela PM ficou em evidência depois que um deles caiu e se incendiou no último dia 17 após uma operação no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, resultando na morte de três dos seis tripulantes.

Em nota, a própria PM admite que um dos equipamentos de segurança, os macacões de voo, "não foram aprovados por não atenderem as exigências técnicas do edital”. A PM não comentou os outros problemas de segurança relatados por tripulantes ao G1.

Na Polícia Civil, de acordo com policiais, a situação era semelhante à relatada na Polícia Militar, com uso de cintos de segurança improvisados, chamados de "rabos de macaco". Segundo os tripulantes da corporação, o material foi substituído após a queda do helicóptero da PM no Morro dos Macacos.

Questionada pelo G1, a Polícia Civil afirma que os equipamentos utilizados pela corporação sempre estiveram dentro do padrão exigido.

Policial morto teria tentado cortar cinto

“O cinto que usamos não é o mais indicado, porque este não há no mercado nacional. Usamos uma adaptação nacional feita na corporação. O Marcos Standler (um dos policiais mortos), inclusive, faleceu com um canivete na mão, tentando cortar o cinto para se soltar”, contou um policial militar, que preferiu não se identificar. Segundo ele, o relato de que Standler tentou cortar o cinto foi passado por um dos tripulantes.

"Ele não conseguiu abrir o equipamento", reiterou um outro PM. Em entrevista nesta sexta-feira (23), o piloto Marcelo Vaz de Souza não deu detalhes, mas afirmou que os soldados Marcos Standler e Ediney Canazaro não conseguiram sair do helicóptero.

Foto: Alícia Uchôa / G1

Este é o cinto de um helicóptero do modelo semelhante ao do abatido: os originais têm  três pontos e se soltam com o puxar de uma alavanca, o que não aconteceria com os da polícia  (Foto: Alícia Uchôa / G1)

Questionada sobre as condições em que o militar morreu, a PM não negou nem confirmou, apenas disse que "informações ou detalhes sobre o incidente com o helicóptero estão sendo apuradas".

'Rabos de macaco'

Na Polícia Civil, segundo policiais, até meados desta semana esses cintos, chamados de "rabo de macaco", eram utilizados.

"Eles eram improvisados com mosquetões (ganhos metálicos usados em escaladas) e cordas de rapel. Muitas vezes voávamos com apenas com dois ou três tripulantes com comunicador, os outros seguem sem nem conseguir ouvir o que se passa na operação, se comunicando apenas por sinais.

Os capacetes chegaram há cerca de um mês. Foi pedido depois que um colega morreu com um tiro na cabeça”, lembrou um policial civil, que também não quis se identificar.

Para o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Rodrigo Pimentel, o rabo de macaco não é o grande vilão da história. "Ele segura o policial na aeronave e é obrigatório pra quem opera com ela de porta aberta.

Na hora em que ela bate no chão, ele pode ter demorado para tirar, sim. Mas, sem o rabo de macaco, se o helicóptero cair, o policial pode cair da aeronave antes de ela chegar ao chão. Uma fita dessas é capaz de aguentar 600 kg e a mola mosquetão, de suportar até 2.000 kg", ponderou.

Roupas antichamas

No episódio do fim de semana, ainda de acordo com policiais, apenas piloto e copiloto estariam vestindo roupas antichamas, que só teria o uso liberado para oficiais. A corporação nega e alega que “o Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) adquiriu recentemente uniformes especiais para todos os tripulantes, entretanto, os macacões de voo não foram aprovados por não atenderem as exigências técnicas do edital”.

Ainda segundo a PM, por causa disso, o fabricante foi "inquirido para que fizesse os ajustes necessários para o atendimento das necessidades do GAM". A nota diz ainda que "o macacão de voo não suportaria o período de exposição ao incêndio ocorrido com a aeronave do GAM".

Indisponivel/Indisponivel

Óculos protetivos: os de cima têm reforço no entorno da lente; os de baixo são os cedidos pela Polícia Civil (Foto: Arquivo Pessoal)

"Segundo os fabricantes, essa roupa (feita de um tecido chamado nomex) resiste até 10 segundos já pegando fogo. O suficiente para tirá-la ou apagá-la. Mas as blusas pretas que normalmente usamos em operações especiais colam na pele", explica um policial civil.

"A roupa adequada talvez não impedisse os policiais de serem queimados. Mas aquele que morreu com 90% do corpo queimado, será que não poderia ter tido só de 30% do corpo afetado", questiona outro policial, com 20 anos de carreira.

Óculos de proteção

De acordo com ele, outro item reclamado pelos policiais são os óculos de proteção: "Recebemos um de proteção contra impactos volantes, que não é o apropriado, suporta, no máximo, estilhaços de concreto. Alguns de nós usa um  balístico, que resiste a estilhaços de tiros, comprados com recursos próprios".

Tanques autovedantes

"Uma outra coisa que seria interessante seria um tanque audovedante, que não é o utilizado, e que se fecha depois que o tiro passa e não vaza combustível", sugere um policial militar. De acordo com especialistas, haveria ainda a hipótese de balas traçantes poderiam ter colocado fogo em outros pontos do helicóptero.

O reservatório, no entanto, não evitaria todos os tipos de incêndio na aeronave.

"A bala traçante deixa um rastro de fumaça incandescente e pode incendiar o tanque se ele tiver meio cheio, porque teria, internamente, vapor de combustível", explica o especialista em segurança de voo Douglas Machado.

'Jogam a gente para a morte', diz policial

Segundo esse mesmo policial, é senso comum entre policiais que, em operações em favelas, o helicóptero vira o principal alvo.

“Há bandos em que a regra é parar no meio do confronto e atirar no helicóptero. Com todos no mesmo objetivo, uma hora acerta. Tem favelas em que a gente recebe fogo de todos os lados. A gente vai para o olho do furacão e não tem apoio logístico. Eles jogam a gente para a morte”, resume.

Foto: Agência O Globo/Fabiano Rocha

Helicóptero atingido em chamas (Foto: Agência O Globo/Fabiano Rocha)

"Na polícia, tudo é feito com jeitinho, mas estamos falando das nossas vidas. Perdi um amigo, mas podia ter sido eu", diz, emocionado, um policial que conhecia os agentes mortos no episódio. "Se uma peça do helicóptero não tem sua manutenção depois de determinadas horas de voo, ele é proibido de sair do chão. O mesmo deveria valer para os equipamentos da tripulação", completou.

Salários de tripulação

Cabos e soldados da Polícia Militar do Rio têm salário base de, no máximo, R$ 1.424,00 e R$ 1.182,00, respectivamente. Os dois capitães – piloto e copiloto do helicóptero abatido – ganham o adicional, diferentemente de soldados, cabos e sargentos. A assessoria da PM informa que todo seu pessoal do serviço aéreo recebe treinamento e bonificação.

“As gratificações são apenas para pilotos e copilotos. Um copiloto recebe uns R$ 2.500 e a gratificação do piloto fica entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Isso varia de acordo com as horas de voo dele”, contesta um tripulante que integra o Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) da Polícia Militar.

Segundo tripulantes da Polícia Civil, os valores salariais na corporação seguem o mesmo padrão. "Parece que só existe o piloto numa operação policial. Mas é uma equipe, todo mundo é necessário igual", reclama um dos policiais civis. "Nada é impossível pra polícia, desde que haja boa vontade e tática", completa o outro.

Burocracia x melhorias

Esta semana, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, desabafou num encontro com líderes cariocas de vários setores, que a burocracia atrapalha a implantação de melhorias na polícia. É o caso das cerca de 40 cabines blindadas da PM, segundo a secretaria, estariam impedidas de serem instaladas desde que uma empresa que perdeu a licitação entrou na Justiça para questionar o processo licitatório.

Em outros casos citados tanto por Beltrame, quanto pelo chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, à imprensa esta semana, carros blindados israelenses, russos e sul-africanos esbarram na autorização do exército para poderem ser adquiridos.

O helicóptero blindado que teve a compra autorizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, segundo a secretaria, ainda precisará passar por uma licitação internacional a pedido da Tribunal de Contas da União, para que se possa fazer o pedido e aguardar a entrega, o que pode levar um ano.

G1 > Edição Rio de Janeiro