domingo, 25 de outubro de 2009

Tratamentos estéticos ajudam a revigorar pele de fumantes

Lista dos dermatologistas recomenda ácido retinóico e peelings.
Consumir nicotina dificulta recuperação da vitalidade da pele.

Do G1, no Rio

Foto: Thamine Leta/G1

A esteticista Márcia Rodrigues fuma há 31 anos e opta por tratamentos caseiros (Foto: Thamine Leta/G1)

Muitos fumantes investem tempo e dinheiro em tratamentos estéticos que revitalizam a pele prejudicada pelo cigarro. Segundo os especialistas, pessoas que fumam tendem a desenvolver, precocemente, flacidez e rugas no rosto.
A dermatologista Maria Fernanda Gavazzoni, alerta para os danos que a nicotina pode causar. “A nicotina causa dano em todos os órgãos, pois o sangue chega em menor quantidade. Não é diferente no caso do rosto. Os radicais livres se acumulam e provocam flacidez, aspecto amarelado, além de deixar a pele grossa”, diz a médica.
A esteticista Márcia Rodrigues, de 44 anos, diz  que fuma desde os 13 anos e que tanto tempo  consumindo nicotina deixou sua pele prejudicada. “Perde o brilho e, principalmente, a elasticidade. Não faço tratamentos profundos, mas hidrato a todo momento e bebo muito líquido, isso ajuda”, contou.
As dicas de Márcia estão entre as recomendações de dermatologistas e mostram que é possível seguir um tratamento barato e caseiro. Para quem tem urgência em ver a pele revigorada, existem novidades que custam caro no mercado, mas mostram melhoras quase que imediatas.
“O ácido retinóico pode ser passado na pele em casa, e dá resultado, porque estimula a renovação do colágeno. Já quem quiser investir em um resultado mais rápido, pode fazer sessões de peeling”, explica a dermatologista Maria Fernanda.
Para aplicar ácido retinóico, é necessário receita médica e, se comprado em uma farmácia de manipulação, pode custar entre R$ 12 e R$ 15. Segundo Maria Fernanda, uma sessão de peeling varia entre R$150 e R$ 400. Para obter o resultado esperado, o ideal é fazer seis vezes o mesmo ritual.

Cuidados desde a juventude

Foto: Thamine Leta/G1

Renata investiu na hidronutrição para revigorar a pele (Foto: Thamine Leta/G1)

A estudante Renata Muller, de 22 anos, começou a fumar há quatro anos, e desde então se preocupa com a pele. Ela sabe que o cigarro acelera o envelhecimento e tem medo que, em alguns anos, a pele tenha aspecto flácido e amarelado.
“Minha primeira providência é parar de fumar, e isso já estou fazendo. Os danos podem ser reparados com tratamento, e no meu caso isso vai prevenir problemas futuros”, contou.
No caso dela, o tratamento mais adequado foi a hidronutrição, na clínica de estética Onodera. O tratamento começa com esfoliação da pele com um tônico e se intensifica com um aparelho ionizador, auxiliando o restabelecimento da tonicidade, viço e maciez. Para ver resultado, são dez sessões de 60 minutos, custando cada uma R$ 80. 

Mulheres que fumam envelhecem mais rápido

Outro fator de preocupação para as fumantes é que elas tem a pele mais prejudicada pelo cigarro do que os homens. Segundo a médica Juliane Rocio, do Instituto de Dermatologia do Rio, o tabagismo gera um estado de diminuição nos níveis de estrogênio, e isso compromete a saúde da pele das mulheres.
“Devido à diminuição do hormônio feminino na pele, causado pela nicotina, as mulheres ficam mais susceptíveis ao envelhecimento pelo tabagismo”, contou.

A má notícia: a pessoa pode se empenhar em realizar os tratamentos, mas será difícil recuperar totalmente a vitalidade da pele. Quanto mais tempo o paciente ingerir nicotina, menos resultado vai conseguir. Por isso, a melhor opção ainda é deixar o cigarro.

“O fato de não mais submeter à pele diariamente ao ataque devastador da nicotina aumenta a chance de ter uma pele cada vez mais saudável , ainda mais se associar aos cuidados diários básicos”, recomenda a médica Juliane.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Nenhum comentário: