domingo, 25 de outubro de 2009

‘Ela morreu tentando ajudá-lo’, diz amiga de jovem estrangulada

Bárbara Calazans, de 18 anos, teria tentado impedir suspeito de usar crack.
Bruno Kligierman foi preso em casa e já teria sido internado diversas vezes.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

 

Estrangulada na tarde de sábado (24), Bárbara Calazans, de 18 anos, teria tentado impedir o assassino de usar drogas. A informação foi dada por amigas dela, durante o seu velório, na tarde deste domingo (25), no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

“Ela morreu porque tentou ajudá-lo a não usar a droga. Ela gostava de ajudar todo mundo e não tinha preconceitos”, contou a estudante Tamires Lopes, de 18 anos, amiga de infância de Bárbara. De acordo com ela, Bruno Kliegierman, de 26, que confessou o crime, não era namorado da vítima. “Eles eram amigos há alguns meses”, completou.

Bruno seria usuário de crack

A relação de romance dos dois foi informada pelo pai de Bruno à polícia. Em depoimento, Luis Fernando Proa, disse que o filho lhe telefonou após o crime, contando o ocorrido e ameaçando se matar. Ele, então, chamou a polícia. Ainda segundo Proa, Bruno era dependente químico, fumava crack e já havia sido internado diversas vezes.

De acordo com amigos de Bárbara, ela e Bruno teriam discutido por que ela queria dissuadi-lo de usar a droga, já que ele estaria com um teste de TV marcado. Os dois, eventualmente, faziam figurações em novelas. Bruno foi preso em flagrante e será indiciado por homicídio.
“Sou amiga das duas famílias.

O pai de Bruno estava nessa luta para livrá-lo das drogas há seis anos. Ele não era violento e, por isso, os amigos, como Bárbara e o meu filho, tentavam ajudá-lo. A família dele está muito abalada. Não só pela prisão dele, mas pela morte dela.

Estão até pensando em se oferecer para arcar com os custos do velório ou oferecer algum outro tipo de ajuda”, contou a secretária Helena Saloña, de 51 anos.

Como foi

Segundo a polícia, o crime aconteceu no apartamento de Bruno, na Rua Ferreira Viana, no Flamengo, na Zona Sul do Rio. A vítima moraria do outro lado da rua com a família.

Bruno foi preso ainda no apartamento, e não resistiu à prisão. Na delegacia, ele contou que tinha fumado crack momentos antes da discussão.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Nenhum comentário: