terça-feira, 20 de outubro de 2009

Madrugada foi de aparente tranquilidade no entorno do Morro dos Macacos

Permanece o cerco policial às favelas que entraram em conflito.
Polícia está à procura de suspeito de ter chefiado os ataques.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

A madrugada desta terça-feira (20) foi de aparente tranquilidade para os moradores de Vila Isabel, na Zona Norte, e Engenho Novo, no Rio. Os morros dos Macacos, São João, do Quieto e da Matriz continuam cercados por policiais desde o conflito de sábado (17), quando um helicóptero da PM foi abatido, matando três policiais.

O corpo do cabo Izo Gomes Patrício, que morreu na manhã de segunda, será enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Ele era um dos policiais que estavam no helicóptero e teve queimaduras por quase todo o corpo.

Desde os conflitos que começaram na madrugada de sábado, foram contablizadas 20 mortes na região, incluindo os três policiais.
A Polícia continua à procura do traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, que segundo investigações, seria suspeito de chefiar a invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel.

Contra ele existem 14 mandados de prisão. Ele é considerado foragido da Justiça desde que foi beneficiado com a progressão de regime – passando de fechado para regime semi-aberto – e não mais retornou à cadeia.

A polícia informa ainda que operações poderão ser realizadas a qualquer momento.

Na segunda-feira (19), em operação realizada na favela do Jacarezinho, no subúrbio do Rio, um suspeito foi preso. Segundo a polícia, ele teria confessado participação na invasão, mas disse que teria confirmado após sofrer tortura.

Faculdade fechada

Apesar da aparente calma, a violência no último sábado ainda causa preocupação. Na noite de segunda-feira (19), uma faculdade particular da região suspendeu as aulas. Ela fica perto do acesso a um dos morros onde há reforço na segurança.

A reportagem do Jornal da Globo conversou com muitos alunos que saíram de casa ou do trabalho para estudar, e foram surpreendidos com os portões fechados.

A Polícia Militar informou que mantém o reforço no policiamento na Zona Norte da cidade, e que não há prazo para que terminem as operações em favelas da região.

A guerra entre quadrilhas aconteceu em uma área que corresponde a menos de 1% do território da cidade. Até segunda-feira o Disque-Denúncia recebeu 60 ligações sobre a guerra de traficantes por ataques. As informações estão sendo repassadas à Secretaria de Segurança.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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