sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Comando da PM no RJ decide demitir policiais presos suspeitos de furto

Dois capitães são suspeitos de participar de quadrilha de furto de cabos.
Comandante diz que oficiais estão 'diretamente envolvidos'.

Do G1 RJ

 

O comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou na manhã desta sexta-feira (27) que se inicie imediatamente um processo disciplinar para a demissão de dois oficiais presos durante a madrugada, suspeitos de participação em uma quadrilha que furtava cabos de fibra ótica na Zona Sul do Rio.

Foram dois meses de investigação que mostraram que os dois capitães da PM davam cobertura à quadrilha. O lucro com o roubo de cabos chegava a R$ 300 mil.

A prisão em flagrante foi realizada no começo da madrugada desta sexta-feira (27). Os capitães, um do 2º BPM (Botafogo) e outro do Batalhão de Choque (BPChoque), estavam na Praia de Botafogo acompanhados de nove prestadores de serviço de uma empresa de telefonia.

O grupo estaria se preparando, segundo a polícia, para furtar cabos de fibra ótica. Para não levantar suspeitas, os técnicos usavam equipamentos e uniformes como se estivessem trabalhando. No local, quatro carros e um caminhão foram apreendidos.

PM não vai aguardar investigação da Polícia Civil

Segundo o delegado Alan Luxardo da 9ª DP (Catete), os furtos eram feitos sempre à noite, com o apoio dos dois policiais militares.

De acordo com a PM, o comandante da corporação não vai esperar o resultado das investigações por parte da Polícia Civil. “As evidências que se tem até agora apresentam robustez suficiente para a convicção de que os oficiais estão diretamente envolvidos neste crime”, diz a nota enviada pela PM.

Mário Sérgio ordenou que o caso seja tratado com “máxima prioridade”, “porque é inadmissível que policias pagos com dinheiro público para proteger a população e os bens privados e públicos sejam covardemente seus dilapidadores”.

Segundo a polícia, os furtos aconteciam apenas na Zona Sul da cidade. A quadrilha agia há quase um ano.

G1 - notícias do Rio de Janeiro

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Agência da Receita acessou dados de Ana Maria Braga

Por LEANDRO COLON, estadao.com.br

O computador que violou os sigilos fiscais de quatro tucanos também foi usado para abrir e imprimir a declaração de renda da apresentadora Ana Maria Braga, da Rede Globo. Os dados de Ana Maria foram acessados às 11h15 do dia 16 de novembro do ano passado no computador da servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos, na delegacia da Receita Federal em Mauá (SP).

Semanas antes, no dia 8 de outubro, o mesmo equipamento acessou os dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de três pessoas ligadas ao alto comando do partido, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. A consulta aos dados fiscais de Ana Maria Braga está na página 433 do processo aberto pela Corregedoria da Receita Federal para investigar o episódio envolvendo Eduardo Jorge.

Procurada, a apresentadora negou qualquer relação tributária na região de Mauá. Segundo sua assessoria, a declaração de renda dela é feita na cidade de São Paulo, onde reside. Afirmou que está 'surpresa' com isso e que pretende consultar os advogados para decidir o que vai fazer. Ela informou que nunca foi notificada de qualquer problema com a Receita Federal.

No processo da corregedoria, há a relação de pedidos feitos pelos próprios contribuintes à agência de Mauá para obter cópias das declarações de renda. O nome de Ana Maria Braga não aparece nesses pedidos. A Receita montou uma tabela com todos os acessos feitos, entre agosto e dezembro de 2009, a partir do computador de Adeildda e de mais duas servidoras consideradas suspeitas de violarem os dados dos tucanos. No quadro, há a data, o horário, o computador de origem e o CPF do contribuinte alvo do acesso da Receita.

O CPF de Ana Maria Braga aparece numa consulta em 16 de novembro por meio do computador identificado como '10.58.56.17', o mesmo usado para acessar as informações dos tucanos. Segundo a informação da Receita, os servidores acessaram a declaração de renda de 2009 da apresentadora do programa Mais Você.

A reportagem cruzou o CPF com o site da Receita, onde aparece 'Ana Maria Braga Maffei', o nome completo da jornalista da Rede Globo. O número do CPF não é uma informação sigilosa, está à disposição dos contribuintes no site da Receita, mas a declaração de renda é protegida por sigilo constitucional.

Senha

A investigação da Receita e os depoimentos de pelo menos oito funcionários da agência revelam, no mínimo, um descontrole de senhas e acessos a dados considerados sigilosos de contribuintes brasileiros. As funcionárias investigadas no episódio das pessoas ligadas ao PSDB negam envolvimento com as consultas. Dona da senha que abriu essas informações, a servidora Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva alega que repassou o código a colegas de trabalho e diz que não tem responsabilidade no caso.

A oposição acusa setores do governo de violarem sigilos fiscais para fabricar um dossiê no período eleitoral. Os servidores do Fisco abriram, do mesmo computador, os dados sigilosos de Eduardo Jorge e de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado, todos vinculados ao alto comando tucano.

MSN Estadão

Governo anuncia lista de 100 cidades para plano de banda larga

Por Karla Mendes, da Agência Estado, estadao.com.br

O governo anunciou nesta quinta-feira, 26, a lista das 100 primeiras cidades que serão cobertas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) além das 16 capitais já divulgadas anteriormente. Segundo o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, a relação contempla municípios da Região Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo o executivo, mesmo em cidades de maior porte, a exemplo de Campinas e Guarulhos, em São Paulo, a rede será expandida para a periferia, de modo a promover a universalização do acesso à banda larga. Santanna afirmou que mais de 50% das cidades eleitas têm índice de penetração inferior a 0,19% no acesso.

Nesse primeiro momento, Santanna afirmou que a Telebrás não vai operar diretamente no fornecimento do serviço ao consumidor final. Os agentes desse processo serão pequenos provedores locais, que terão de ofertar internet com velocidade mínima de 512 Kbps ao preço máximo de R$ 35. Em 2011, 1063 outras cidades serão cobertas e, segundo o presidente da Telebrás, até 2014 todo o País terá conexão pelo PNBL.

Veja a lista das 100 primeiras cidades que serão cobertas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL):

- Arapiraca (AL)

- Messias (AL)

- Palmeira dos Índios (AL)

- Joaquim Gomes (AL)

- Pilar (AL)

- Rio Largo (AL)

- Feira de Santana (BA)

- Itabuna (BA)

- Camaçari (BA)

- Governador Mangabeira (BA)

- Eunápolis (BA)

- Governador Lomanto (BA)

- Muritiba (BA)

- Presidente Tancredo Neves (BA)

- Sobral (CE)

- São Gonçalo do Amarante (CE)

- Quixadá (CE)

- Barreira (CE)

- Maranguape (CE)

- Russas (CE)

- Cariacica (ES)

- Domingos Martins (ES)

- Conceição da Barra (ES)

- Piúma (ES)

- São Mateus (ES)

- Vila Velha (ES)

- Itapemirim (ES)

- Anápolis (GO)

- Aparecida de Goiânia (GO)

- Trindade (GO)

- Águas Lindas de Goiás (GO)

- Alexânia (GO)

- Itumbiara (GO)

- Imperatriz (MA)

- Paço do Lumiar (MA)

- Presidente Dutra (MA)

- Porto Franco (MA)

- Grajaú (MA)

- Barra do Corda (MA)

- Barbacena (MG)

- Juiz de Fora (MG)

- Conselheiro Lafaiete (MG)

- Ibirité (MG)

- Sabará (MG)

- Uberaba (MG)

- Ribeirão das Neves (MG)

- Santa Luzia (MG)

- Campina Grande (PB)

- Campo de Santana (PB)

- Araruna (PB)

- Riachão (PB)

- Dona Inês (PB)

- Bananeiras (PB)

- Duas Estradas (PB)

- Carpina (PE)

- Tracunhaém (PE)

- Nazaré da Mata (PE)

- Paudalho (PE)

- Limoeiro (PE)

- Aliança (PE)

- Piripiri (PI)

- Campo Maior (PI)

- José de Freitas (PI)

- Piracuruca (PI)

- Batalha (PI)

- São João da Fronteira (PI)

- Angra dos Reis (RJ)

- Nova Iguaçú (RJ)

- São Gonçalo (RJ)

- Piraí (RJ)

- Mesquita (RJ)

- Rio das Flores (RJ)

- Duque de Caxias (RJ)

- Casimiro de Abreu (RJ)

- Santa Cruz (RN)

- Nova Cruz (RN)

- Passa e Fica (RN)

- Parnamirim (RN)

- Lagoa d'Anta (RN)

- Extremoz (RN)

- Açu (RN)

- Nossa Senhora da Glória (SE)

- Barra dos Coqueiros (SE)

- Laranjeiras (SE)

- Japaratuba (SE)

- São Cristóvão (SE)

- Carira (SE)

- Campinas (SP)

- Guarulhos (SP)

- Pedreira (SP)

- Serrana (SP)

- Conchal (SP)

- Embu (SP)

- São Carlos (SP)

- Gurupi (TO)

- Araguaína (TO)

- Guaraí (TO)

- Paraíso do Tocantins (TO)

- Wanderlândia (TO)

- Porto Nacional (TO)

MSN Estadão

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Passageiros de barca revelam que batida em pedras foi forte

Camila Freitas

pane elétrica

Passageiros do catamarã que bateu nesta segunda -feira - Foto: César Alves / Extra Online

Vídeo exclusivo mostra os momentos de tensão na barca que bateu em pedras

Passageiros que estavam na barca que se chocou contra pedras próximo à estação de Niterói, na manhã desta segunda-feira, revelaram que a batida foi muito forte e que algumas pessoas chegaram a ser atiradas a cinco metros de distância no monento da colisão. Os usuários reclamam que os tripulantes demoraram a fornecer informações sobre o acidente.

- Foi uma batida muito brusca, as pessoas começaram a correr e a cair umas por cima das outras. Houve princípio de tumulto e os funcionários que trabalham na lanchonete localizada dentro da embarcação foram atirados a cinco metros de distância - conta o web designer César Alves.

Passageiros da barca enfrentam tumulto após batida. Foto: César Alves/Extra Online

O gerente de atendimento ao cliente da Barcas S.A, Mário de Góes, informou que a colisão ocorreu devido à uma pane elétrica e que todas as medidas cabíveis foram tomadas. Ainda de acordo com ele, já houve uma reconfiguração das malhas e as barcas trabalham com atraso de 10 a 15 minutos.

O Catamarã saiu às 7h50 da Praça XV, com dez minutos de atraso e estava com 376 passageiros. De acordo com a assessoria de imprensa da Barcas S.A, 18 pessoas ficaram feridas, entre elas, dois tripulantes. Os feridos foram levados para o Hospital Azevedo Lima. A Agetransp irá apurar as causas do acidente.

Bombeiros atendem passageiro ferido na colisão da barca. Foto: César Alves/ Extra Online

Casos de Cidade: Extra Online

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Traficantes delimitam visita de Gabeira e Cesar em favelas de Macaé

Candidatos são intimidados por bandidos com pistolas em comunidade no Norte Fluminense

POR PÂMELA OLIVEIRA

Macaé - Fernando Gabeira, candidato do PV ao governo do Rio, e Cesar Maia, candidato ao senado pelo DEM, tiveram momentos de tensão na manhã desta quinta-feira ao realizarem campanha no município de Macaé, no Norte Fluminense.

Em visita a duas favelas da cidade, o itinerário dos candidatos foi delimitado por traficantes que exibiram fuzis e pistolas e impediram que os dois circulassem por algumas áreas da comunidade.

Gabeira e Cesar Maia chegaram à favela da Nova Holanda pouco antes do meio-dia. Com apenas dez minutos de caminhada pela favela, acompanhado de alguns políticos locais e da imprensa, a comitiva foi parada por pessoas que se diziam da Associação de Moradores, dizendo que o acesso de todos estava impedido além daquelas três quadras. Gabeira enfrentou a proibição e questionou o porquê do ultimato.

Gabeira: 'Ninguém me segura'

"Eu vou em qualquer lugar do Rio de Janeiro. Ninguém me segura. Se a ditadura militar não me segurou, ninguém mais fazer isso", disse Gabeira a um dos moradores que barrou a equipe, seguindo com a caminhada pela favela.

Algumas pessoas passaram então a seguir a comitiva proibindo fotografias e a entrada de Gabeira e Cesar em algumas localidades da comunidade. A todo momento, homens armados circulavam de moto exibindo fuzis e pistolas, e muitos ameaçavam os fotógrafos caso alguma foto fosse tirada do local.

Os candidatos mostraram não se intimidar com os traficantes e inclusive entregaram "santinhos" e folhetos de campanha para alguns. "Vi gente armada, mas entreguei meu cartão, fingi que nada estava acontecendo e me afastei. Sou candidato e não policial", disse Cesar Maia.

Críticas à política de segurança

Gabeira lamentou o ocorrido: "Infelizmente essa era uma realidade do município do Rio e agora é estadual. Não existe uma política de segurança, o que existe é uma ocupação progressiva e irregular dessas comunidades, que sofre com a ação desses bandidos".

Gabeira lembrou ainda que em abril esteve na mesma comunidade, mas que desta vez o potencial de fogo mostrado pelos bandidos era bem maior.

"A violência é uma realidade no Rio que não se limita às comunidades que estão recebendo as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Eu duvido muito que o estado tenha homens e recursos suficientes para implantar as unidades em todas as favelas do Rio", declarou o candidato.

O Dia Online - Eleições 2010

Médico residente é encontrado morto no Hospital Souza Aguiar

POR LUARLINDO ERNESTO

Rio - O estudante de medicina Demétrio Francisco, 22 anos, foi encontrado morto no alojamento do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, nesta quinta-feira. Os familiares, sem contato até pelo celular, procuraram o hospital nesta manhã e o corpo foi localizado no dormitório. De acordo com parentes da vítima, o residente estava desaparecido há três dias.

Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia

Pouco depois de encontrarem o corpo do estudante de medicina, agentes da Polícia Civil estiveram no Hospital Souza Aguiar | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia

Técnicos da perícia técnica da Polícia Civil encontraram ampolas de morfina ao lado do corpo do estudante. O jovem também estava com uma agulha espetada no pé. Ele estava sobre uma poça de sangue e a TV estava ligada.

Demétrio trabalhava na cirurgia geral e, como os residentes estão em greve, ninguém apareceu no alojamento esta semana. Exames no IML podem determinar a causa da morte. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou apenas que um homem foi encontrado morto no alojamento.

O DIA ONLINE - RIO

Polícia afirma que militar teria mandado matar jovem em ônibus

Rio - A Polícia Civil informou, no final da tarde desta quinta-feira, que um militar teria sido o mandante da morte do adolescente Michael Jackson Ribeiro Martinez, de 16 anos, no último dia 7 de agosto. O estudante foi morto após discussão em um ônibus que passava pelo bairro Paraíso, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com o delegado Átila Lafere, da 56ª DP (Comendador Soares), colegas de uma unidade do Exército teriam reconhecido o militar pelas imagens do celular de uma passageira, que mostra o homem que ligou para o susposto irmão matar o rapaz.

Crime ocorreu após desentendimento

Michael Jackon foi morto após uma discussão no interior do ônibus em que viajava, em Nova Iguaçu. Após esbarrar em uma passageira, o estudante e o homem que acompanhava a mulher se desentenderam. O desconhecido ligou do telefone celular para um comparsa, que embarcou no ônibus, na Rua Joaquim Távora, no mesmo bairro. O criminoso entrou no coletivo, disparou contra o jovem e desapareceu. O pânico foi geral e, aproveitando a confusão, o casal e o criminoso fugiram.

O DIA ONLINE - RIO

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Casal é assaltado e agredido na Av. Brasil. E a polícia só assiste

Herculano Barreto Filho

Violência em Irajá

O jogador de futebol, com a marca da agressão no alto da cabeça. Foto: Cléber Júnior

Oito bandidos, armados com fuzis, espancaram vítimas com chutes e coronhadas, roubaram dois carros e aterrorizaram motoristas na Avenida Brasil, na altura de Irajá, no fim da madrugada deste sábado.

O crime ocorreu a cerca de cem metros de um posto da Polícia Militar, no sentido Centro da pista. Uma dona de casa de 30 anos, que pediu ajuda ao policial de plantão no posto, disse que ele admitiu ter presenciado o crime, mas não agiu.

A perseguição começou quando um jogador de futebol de 30 anos, que conduzia um Golf e estava com a mulher no carona, percebeu que um dos ocupantes de um Citroën C-4 Pallas estava apontando um fuzil para o seu carro. Ele acelerou e tentou despistar os bandidos, mas foi rendido quando criminosos que davam cobertura ao grupo, num Corolla, fecharam a passagem e colidiram no seu veículo.

Chutes e coronhadas

O homem foi agredido a coronhadas e precisou levar cinco pontos na cabeça.

— Eles saíram do carro perguntando se eu fugi porque era “polícia” e começaram a me agredir. Fiquei todo ensanguentado, no meio da Avenida Brasil.

A mulher foi arrancada do carro pelos cabelos e recebeu chutes na barriga. Tudo isso bem no meio da Avenida Brasil, que foi fechada pelos bandidos. Na fuga, eles ainda levaram um Corsa de outro motorista que passava pelo local.

Mulher: ‘Ele viu tudo e não fez nada’

A cabine da PM que fica perto do local do crime: policiais negam ter ouvido ou visto o ataque. Foto: Cléber Júnior

'Ele (o PM) viu e não fez nada. Mas foi melhor assim. O policial que estava lá iria morrer com a gente'. Parecendo conformada, a dona de casa agredida pelos bandidos afirmou, nesta segunda, que o PM dentro da cabine na Avenida Brasil não trocou tiros com os bandidos — e nem deveria, na opinião dela — ou pediu reforço para interceptar os ladrões em outro ponto da via. Ela e o marido descreveram os momentos de medo e impotência vividos no fim da madrugada de sábado.

— Eles fecharam a Brasil e desceram, com fuzis. Estavam todos bem vestidos. Usavam cordão de ouro no pescoço e não falavam gírias. Eles me agrediram com coronhadas na cabeça. Só não me mataram ali mesmo porque um outro homem desceu de um dos carros e disse: “Não mata, não”. Achei que ia morrer — disse o marido.

O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) pode instaurar Inquérito Policial Militar (IPM) ainda nesta terça para apurar o episódio. Os dois PMs que estavam de plantão no posto negaram a versão dada pelas vítimas e disseram que só ficaram sabendo do crime após a chegada da mulher.

A PM afirmou ter tomado providências após o crime, intensificando a fiscalização na Avenida Brasil, com patrulhamentos, blitzes e carros descaracterizados, para localizar os criminosos envolvidos nos dois roubos na via, próximo à Favela do Amarelinho.

O crime está sendo investigado pela 27 DP (Vicente de Carvalho), que apura a possibilidade de envolvimento de duas quadrilhas que atuam na área. O casal que foi vítima do ataque irá à delegacia nesta terça para tentar identificar suspeitos.

Casos de Polícia: Extra Online

MP pede novamente prisão de acusado de espancar taxista no Galeão

Foto: Reprodução

Circuito interno do aeroporto mostra taxistas espancando Kléber | Foto: Reprodução

Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu novamente, nesta terça-feira, a prisão preventiva do taxista José Cosmo Neres de Freitas, acusado de espancar o também taxista Kléber Luiz Oliveira da Rosa. O crime ocorreu na madrugada de 7 de julho, no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, na Ilha do Governador.

O pedido de prisão preventiva já havia sido pedido, mas foi indeferido pela 2ª Vara Criminal do Rio. Nesta terça, o promotor de Justiça Sauvei Lai, titular da 30ª Promotoria de Investigação Penal (PIP), da 1ª Central de Inquéritos, interpôs recurso contra a decisão anterior. No recurso, Sauvei reitera que os argumentos usados na denúncia contra José Cosmo são concretos e embasados em dados específicos, como formação de cartel, extenso histórico criminal do mesmo e a sua liderança na tentativa de matar Kléber.

De acordo com o promotor, as consequências só não foram piores graças à intervenção de pessoas que estavam no aeroporto, na hora do crime. Mesmo assim, Kléber, que ficou seis dias internado no serviço de neurocirurgia do Hospital Miguel Couto, sofreu múltiplas fraturas, debilidade da função mastigatória, teve amnésia e perdeu um dente.
Segundo o MPRJ, José Cosmo já havia se envolvido em outras brigas com outros taxistas pelo mesmo motivo – manter, para a cooperativa de táxi à qual pertence, o monopólio sobre a atividade de embarque de passageiros no Tom Jobim.

Além de José Cosmo, foram denunciados, por tentativa de homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha (o juiz rejeitou a formação de quadrilha) Edson Neres de Freitas, Wagner de Oliveira Manoel e Vinicius Araújo. Câmeras do circuito de segurança da Infraero os identificaram como agressores.

A causa do desentendimento estaria no fato de Kléber, que não pertence à cooperativa dos acusados, pegar um passageiro no aeroporto. Para eles, a cooperativa à qual pertencem teria direito exclusivo sobre “o ponto”, o que carece de amparo legal, já que a autorização da Prefeitura permite o uso do espaço público pela cooperativa apenas como base de apoio, e não para fins de monopólio.

O DIA ONLINE - RIO

Site Ficha Limpa: só 37 inscritos

Dos cadastrados, apenas 2 são candidatos a governador. Plínio é o único presidenciável

Marcelle Ribeiro

Vinte dias depois de ser lançado, o site Ficha Limpa (fichalimpa.org.br) tinha só 37 candidatos cadastrados até ontem à tarde, apesar de o interesse dos internautas ter sido grande. Foram mais de 113 mil visitas ao site, que reúne candidatos que se comprometem a prestar contas de campanha, pela internet, em tempo real, e que estejam em dia com a Lei da Ficha Limpa. O site é organizado pelo Instituto Ethos.

Apenas um candidato à Presidência se cadastrou: Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. O Ethos mandou uma carta aos presidenciáveis questionando o motivo de não terem nem ao menos tentado se cadastrar.

Apenas dois candidatos a governador estão registrados: Fernando Gabeira, que concorre ao governo do Rio pelo PV, e Soraya Tupinambá, que disputa o governo do Ceará pelo PSOL.

— A gente acha que, entrando os candidatos à Presidência (no site), vai dar um estímulo maior para que outros candidatos, a outros cargos, também entrem — diz o gerente de políticas públicas do Instituto Ethos, Caio Magri. Para ele, o número de inscritos não é pequeno: — Representa o início de uma caminhada nas eleições. Estar no cadastro exige que o candidato preste contas semanalmente e exige também mudanças políticas.

Dos cadastrados, além de Plínio, 28 políticos concorrem a deputado federal, dois a governador e seis ao Senado.

São Paulo é o estado com mais representantes: 13. Depois, vêm Rio (seis), Distrito Federal (cinco) e Santa Catarina (quatro). Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul têm dois cada, e a Bahia tem um.

Candidatos do Rio

Número      Nome Candidato                                   Partido   Cargo

43          Fernando Paulo Nagle Gabeira                    PV      Governador

5050       Francisco Rodrigues de Alencar Filho          PSOL   Dep Federal

233         Marcelo Augusto Diniz Cerqueira               PPS     Senador

1333       Antônio Carlos da Silva Biscaia                 PT       Dep Federal

4560       Marcelo Calero Faria Garcia            PSDB   Dep Federal

1313       Alessandro Lucciola Molon                       PT        Dep Federal

contato@fichalimpa.org.br

Ricardo Noblat: O Globo

domingo, 15 de agosto de 2010

Enterro da menina Joanna é marcado por confusão entre familiares

POR GUILHERME SCARPA

Rio - O enterro da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, que morreu após passar 26 dias internada na UTI, foi marcado por tristeza e protestos. A família, desolada, se revoltou quando Vanessa Marins, madrasta da menina, tentou entrar no cemitério. Casada com André Rodrigues Marins, pai de Joanna, Vanessa foi xingada de "filha da p...", "assassina" e "safada" pelos parentes da menina.

Cercada por familiares e amigos de Joanna, ela deixou o local assim que foi descoberta pela imprensa. Acompanhada de um rapaz que não foi identificado, Vanessa entrou em um carro preto e foi embora. André, o pai, não compareceu ao sepultamento da filha. Ele é suspeito de ter agredido a filha fisicamente antes de sua internação médica, que resultou em morte na última sexta-feira. 

Cristiane Ferraz, totalmente abalada emocionalmente, não quis se pronunciar em relação à morte da filha. O enterro aconteceu na tarde deste domingo, às 16h, no cemitério Jardim de Mesquita, no município de mesmo nome, na Baixada Fluminense.

Ontem à tarde, familiares e amigos da médica Cristiane Marcenal Ferraz, mãe de Joanna, fizeram manifestação na porta do Fórum de Nova Iguaçu. Foi de lá que saiu a decisão judicial que transferiu a guarda de Joanna da médica Cristiane Ferraz para o pai da menina, o técnico judiciário André Rodrigues Marins. A família da mãe acusa André de maltratar a criança.

“Nós já tínhamos feito dois registros de ocorrência por maus-tratos em 2007. Na primeira vez, a menina apareceu com uma mordida. E na segunda, com hematomas no corpo. A Justiça suspendeu as visitas dele, mas em janeiro de 2008 ele reconquistou o direito. Mas ficou dois anos sem ver a Joanna. Voltou a aparecer só em dezembro passado e depois houve o pedido de reversão de guarda”, contou Juliana Marcenal, tia de Joanna.

A médica Sarita Fernandes Pereira teria atendido Joanna no Hospital RioMar, para onde ela foi levada pelo pai após sofrer crise convulsiva. Lá, a menina foi medicada e liberada. Como não melhorou, André retornou com a filha no dia seguinte. Na ocasião, a criança foi atendida por Alex da Cunha Silva. Ele receitou dois medicamentos e a liberou ainda desacordada. Na terceira ida ao médico, o pai da menina trocou de hospital e a levou para o Amiu, onde ela ficou em coma até morrer.

O DIA ONLINE - RIO

Recompensa por netos que tramaram a morte de administrador do Caju

Disque Denúncia

Divulgação

O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 2 mil reais por informações que levem a captura de Marcus Vinícius Rodrigues dos Santos, de 28 anos, e Paulo Palmieri Rodrigues dos Santos, de 29 anos, suspeitos de mandarem assassinar o avô, o administrador do Cemitério do Caju, Paulo Francisco Rodrigues, de 81 anos, em Maio de 2010.

Os foragidos, que trabalhavam com o avô, foram demitidos por ele. Os dois teriam perdido o emprego, após a divulgação, de fevereiro, em um esquema de falsificação de atestado de óbito emitido em nome do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha.

Paulo morreu com dois tiros na nuca logo após sair de casa, no Encantado. Com a prisão de Leonardo Correa dos Anjos, de 23 anos, integrante de um grupo de matadores de aluguel a Delegacia de Homicídios, revelou que o crime foi encomendado pelos dois netos da vítima, mediante pagamento de R$ 5 mil que foram pagos em duas parcelas, sendo uma de R$ 3 mil e R$ 2 mil depois da empreitada. Os netos teriam recomendado que o homicídio, peracesse um roubo de seguido de morte. Leonardo, Marcus e Palmieri foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Somadas as penas, cada um pode pegar 30 anos de prisão.

Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de Marcos Vinícius e Paulo Palmieri, ligue (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.

Casos de Polícia: Extra Online

Com UPPs, Tijuca celebra a rotina sem violência

Pacificação de cinco comunidades devolve ao morador do bairro o gosto de sair de casa e poder circular por locais que antes eram evitados

POR VANIA CUNHA

Rio - ‘Isso aqui está uma tranquilidade, parece cidade do interior”. Há dois meses, a aposentada Severina Marques Barros, 87 anos, nem sonhava afirmar que a Tijuca poderia, sim, ser um bairro seguro para se viver. Subjugados pela violência imposta pelo tráfico durante décadas, moradores da região agora veem, com a implantação de cinco Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), a volta de uma normalidade há muito perdida.

Desde que foi morar na Tijuca há 13 anos, a aposentada testemunhou todo tipo de terror. Só em 2009, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), houve 41 assassinatos e 1.953 roubos a pedestres, mais de 162 por mês. Em outubro, a audácia dos bandidos chegou ao ápice, quando traficantes que invadiram o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, derrubaram um helicóptero da PM, matando três policiais.

Morador do Maracanã, Vitor Pires levou o filho João Gabriel para ver chafariz da Saens Pena | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

A comunidade deve ser a próxima a receber uma UPP. Com a pacificação da maioria das favelas da região, dobrou o trabalho para o entregador de quentinhas Douglas da Silva Miranda, 19 anos. Desde maio, quando houve a primeira ocupação, do Morro do Borel, o número de pedidos aumenta. “Recebemos chamados até das favelas. Antes, não podíamos passar em trechos das ruas São Miguel, Conde de Bonfim e Medeiros Pássaro. Era muito perigoso. Agora, não tem mais rua proibida de passar”, conta.
Douglas, que viu as gorjetas crescerem, tem outro motivo para festejar: “Já reúno a família na minha casa, no Morro da Casa Branca, sem medo. Sentia muita falta da minha tia, que mora na Formiga, e nunca podia ir lá pela rivalidade do tráfico. A gente só se via no Natal, na casa da minha avó, em Niterói”.

O advogado J., 43 anos, morador da Tijuca desde que nasceu, lembra com emoção a primeira noite em que dormiu sem o barulho de tiros. “Sentia que faltava algo, mas não sabia o quê. Quando me dei conta de que os disparos tinham silenciado para sempre, chorei. Amo este bairro e sempre quis que ele fosse um lugar bom para criar os meus filhos. Hoje, saio de casa com a certeza de que uma bala não vai atravessar a janela e atingir minha família. Gostaria que as autoridades trabalhassem para que essa paz durasse os próximos 43 anos”, torce.

O delegado Luís Cláudio Cruz, da 19ª DP (Tijuca), ressalta que, antes das UPPs, a polícia havia desestruturado as quadrilhas da região: “Conseguimos 55 mandados de prisão e cumprimos 35. Com as ocupações, poderemos nos dedicar mais às investigações de outros crimes”.

Em vez de shopping, praça vira opção

A sensação de segurança que domina o bairro fez com que a dona de casa Lucile Silva Maciel, 30 anos, se ‘aventurasse’ a brincar com a pequena Marina, de 2, na Praça Saens Pena. A cena era inimaginável para ela, que todos os anos sai de Caxambu (MG) para passar férias com parentes na Tijuca. “Só ia ao shopping porque tinha medo de passear pela rua. Nunca trouxe minha filha para a praça. Mas vi as notícias e estou percebendo a mudança. As pessoas estão muito mais tranquilas”, avalia.

Outro que passou a frequentar a praça com o filho é o analista de telecomunicações Vitor Faria Pires, 30. Vendo a felicidade de João Gabriel com o chafariz da praça, o morador do Maracanã faz sua análise: “A UPP é uma solução para diminuir a violência. Quando a gente tem filho, fica mais consciente, mais preocupado com o tipo de sociedade em que ele vai crescer”.

Para o presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Pedro Carsalade, a procura de moradores de outros bairros por imóveis na Tijuca vai elevar os preços em até 40% e atrair novos empreendimentos.
“Apesar da infraestrutura excelente, o bairro sofria com a violência do tráfico. Houve um período em que os preços caíram 60%, e o que mais se via eram placas de venda ou aluguel. Mas a situação já se reverteu”.

Em vez do medo da violência, o bate-papo nos bares

A nova rotina dos tijucanos também pode ser apreciada à noite. Passava das 19h, quando equipe de O DIA chegou à Praça Afonso Pena, lotada em plena quarta-feira: adultos se exercitando, crianças brincando, idosos disputando torneios de damas e casais namorando. Nem o frio espantou grupos de amigos do bate-papo nas mesas dos bares. “Já deixamos de sair várias vezes por medo da violência. Antes, a opção para não sair do bairro era sempre a praça de alimentação do shopping”, lembra a professora Maria Emília Barros, 36 anos.

A jornalista Roberta Cavalcante, 33, confessa que esperava o dia amanhecer para voltar das festas. “Não me sentia segura de voltar para casa de madrugada. Meus amigos tinham medo de vir para cá, achavam perigoso. Agora querem frequentar os bares da Tijuca”, conta.

A estimativa da Associação Comercial do Rio segue a linha positiva. “A Tijuca tem o terceiro melhor comércio de rua do Rio. A consolidação das UPPs pode fazer com que a valorização do comércio aumente em torno de 50% até maio de 2011”, estima Daniel Plá, presidente do Conselho Empresarial de Varejo da associação. “Essa segurança é uma oportunidade para o retorno de estabelecimentos que migraram e aumento de outros. Certamente haverá crescimento porque os lojistas vão optar pelas lojas de rua, já que os custos delas são menores”, ressalta.

O DIA ONLINE - RIO

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Morre no Rio menina com suspeita de maus-tratos atendida por falso médico

Criança de 5 anos sofreu uma parada cardíaca na noite desta sexta-feira.
Menina estava internada em coma desde 19 de julho.

Tássia Thum e Mylène Neno Do G1 RJ

A menina de 5 anos, suspeita de ter sofrido maus-tratos e atendida por um falso médico, morreu no início da noite desta sexta-feira (13). De acordo com o médico Hilton Magno Corrêa, a criança sofreu uma parada cardíaca. Ela estava internada em coma desde o dia 19 de julho, no Hospital Amiu, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Antes de dar entrada na unidade, ela passou por outros dois hospitais. No Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, ela foi atendida por um falso médico.

De acordo com o delegado Luiz Henrique Marques, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) e responsável pelas investigações, o falso médico é um estudante de medicina. A polícia informou ainda que o aluno teria aplicado um anticonvulsivo, e liberado a paciente desacordada.

Peritos querem esclarecer coma

Com a morte da menina, os peritos esperam esclarecer o que causou o coma na criança. Ela também apresentava uma mancha nas nádegas, que segundo  laudo do IML, pode ser uma queimadura. A polícia investiga a causa da mancha e se a mesma tem algum tipo de relação com o coma e com as convulsões que a menina teve.

"As investigações continuam. A primeira em relação a menina, e a segunda em relação ao falso médico", afirmou o delegado que lamentou o falecimento da criança.

Estudante de medicina deixou delegacia com o rosto coberto Estudante de medicina deixou delegacia com o rosto
coberto (Foto: Tássia Thum/G1)

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância na quinta-feira (12) para apurar o atendimento prestado à menina.

Estudante diz que foi contratado por médica

O estudante de medicina que teria atendido a menina prestou depoimento a polícia na quarta-feira (11).  De acordo com o delegado, o aluno admitiu que foi contratado por uma empresa terceirizada de propriedade de uma pediatra do Hospital Rio Mar para trabalhar no local.

Procurado pelo G1, o Hospital Rio Mar informou, por meio de sua assessoria, que a pediatra que seria responsável pela contratação do falso médico foi afastada da unidade. A direção do hospital estuda ainda a possibilidade de processar a médica. Ela trabalhava há 5 anos como coordenadora do hospital.

Aluno responderá por 4 crimes

Segundo o delegado, o falso médico confessou ter roubado o registro de um outro profissional, além de aplicar na criança uma dose da substância fenobarbital, indicada para crises convulsivas. De acordo com o policial, o estudante vai responder por tráfico de drogas por ter aplicado uma substância que pode causar dependência química, além dos crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e falsidade de documentos públicos.

Luiz Henrique Marques disse ainda que a pediatra responsável pela contratação também vai responder pelos mesmo crimes, já que foi comprovado que ela sabia da existência do falso médico.

Pais brigaram na Justiça pela guarda da filha

Desde o nascimento da menina, os pais brigaram na Justiça para ficar com a filha. Em maio, o pai conseguiu a guarda da criança alegando alienação parental, porque a mãe estaria colocando a menina contra ele. A mãe ficou 90 dias proibida de vê-la. Os pais trocam acusações do que teria provocado as manchas nas nádegas da criança.

G1 - notícias do Rio de Janeiro

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Netos mandaram matar o administrador do Cemitério do Caju

Athos Moura

Estão foragidos

Leonardo Correa / Wania Corredo

A Delegacia de Homicídios (DH) apresentou, nesta quinta-feira, Leonardo Correa dos Anjos, de 23 anos, apontado como um dos participantes no assassinato do administrador do Cemitério do Caju Paulo Francisco Rodrigues, em maio deste ano. De acordo com o delegado titular da DH, Felipe Ettore, o crime foi encomendado pelos netos de Paulo Francisco, os irmãos Marcus Vinícius Rodrigues dos Santos, de 28 anos, e Paulo Palmieiri Rodrigues dos Santos, de 29.

Segundo Ettore, os irmãos trabalhavam com o avô, mas depois de diversas brigas e um suposto envolvimento da dupla na falsificação da certidão de óbito do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, da Rocinha, eles foram demitidos. Os irmãos, que estão foragidos, contrataram assassinos de aluguel da Abolição, Zona Norte do Rio, por R$ 5 mil. A quantia foi paga em duas parcelas, uma de R$ 2 mil e outra de R$ 3 mil para não levantarem suspeitas, movimentando grande quantia de dinheiro de suas contas bancárias.

Paulo Francisco foi assassinado em 10 de maio, na porta de casa, em Água Santa, quando saía para trabalhar com seu motorista. Em depoimento na DH, Leonardo Correa contou que os mandantes do crime forneceram todos os detalhes da rotina da vítima, e exigiram que o crime fosse forjado para parecer uma tentativa de assalto. Por isso, pouparam a vida do motoristas e levaram pertences da vítima. Leonardo deu cobertura à ação, e quem efetuou os dois disparos na nunca de Paulo Francisco foi Bruno Sá Simão Saviti, de 20 anos, morto 14 dias depois, em circunstâncias ainda investigadas pela DH.

Os três foram indiciados por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e mediante promessa de pagamento. A pena pode chegar a 30 anos.

Casos de Polícia: Extra Online

Diretor diz que acidente com jato foi causado por pane

Rio - O diretor de operações da OceanAir Táxi Aéreo, Ricardo Santos, disse nesta quinta-feira que o acidente com o jato Learjet durante o pouso no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, foi causado por uma pane. De acordo com Santos, a aeronave não havia apresentado nenhum problema antes.

Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Trabalho de remoção do jatinho da Baía terminou no final da tarde | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Conforme o diretor, o piloto percebeu a falha logo depois de decolar do aeroporto. Ele, então, retornou ao Santos Dumont, que deslizou na pista, tentou parar com uma volta na pista, mas acabou caindo no mar. Para Santos, o piloto realizou o procedimento correto. "Foi uma operação segura, mesmo com a aeronave tendo parado no quebra-mar, a 2 m da cabeceira da pista. Foi um pouso de emergência seguro", afirmou.

Ainda segundo o diretor, a investigação vai determinar se a pane foi mecânica ou eletrônica. O problema cortou a comunicação do piloto com a torre e ele teve que acionar um dispositivo para avisar o comando que estava em uma emergência.

A empresa já iniciou a investigação, em conjunto com o Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para apurar os motivos da pane. O diretor informou ainda que um relatório preliminar vai indicar a provável causa e deve ficar pronto em cinco dias. A análise mais aprofundada sobre o acidente deve sair em 30 dias, mas o prazo pode ser prorrogado até 90 dias.

Três pessoas estavam a bordo

O jato caiu com três pessoas a bordo. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o acidente ocorreu durante o pouso da aeronave, que deslizou na pista e ficou parcialmente submersa. As três pessoas foram resgatadas com vida.

"O avião não conseguiu pousar na pista. A Infraero resgatou os passageiros  que se encontram no Posto de Primeiros Socorros do aeroporto. As vítimas do acidente passam bem", informou a Infraero através de sua página no Twitter.

O plano de voo da aeronave incluía uma parada no Aeroporto Internacional Tom Jobim, onde a apresentadora Xuxa embarcaria para Recife - lá ela participaria de um desfile. Xuxa nem chegou a sair de casa. De acordo com a Infraero, o avião teria deslizado na pista depois de ter um dos pneus furados quando tentava pousar - o acidente ocorreu às 9h16.

O DIA ONLINE - RIO

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Batata, vereador de Magé, será julgado por assassinato

O juiz Daniel Vianna Vargas, da Vara Criminal de Magé, decidiu levar a júri popular o vereador Genivaldo Ferreira Nogueira, o Batata. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato do também vereador Alexandre Augusto Pereira Alcântara, morto a tiros em 16 de janeiro de 2002, após uma emboscada na Estrada Rio-Magé. A vítima estava num carro, acompanhada de sua mãe, Edilia Rodrigues Pereira de Alcântara, e do motorista Arnaldo de Souza Santos, que também foram mortos.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido praticado por vingança política porque, na época, Batata era presidente da Câmara de Vereadores de Magé e adversário político de Alexandre. O MP registrou ainda que era de conhecimento de todos que a vítima possuía como ideal realizar uma reforma administrativa na Câmara a fim de reduzir os poderes concentrados nas mãos do presidente. A vítima estava, ainda, elaborando um dossiê relatando diversas irregularidades ocorridas na administração do acusado.

O triplo homicídio, de acordo com a acusação, foi cometido mediante recurso que tornou impossível a defesa das vítimas, pois os assassinos perseguiram o veículo, efetuando diversos disparos, sem que as vítimas tivessem a oportunidade de sair de dentro do carro. A mãe do vereador Alexandre e seu motorista teriam sido assassinados também para assegurar a impunidade do crime.

O juiz decidiu que Batata poderá recorrer em liberdade, uma vez que existe decisão superior neste sentido. O julgamento do vereador ainda não tem data prevista para ser realizado.

Casos de Polícia: Extra Online