quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Netos mandaram matar o administrador do Cemitério do Caju

Athos Moura

Estão foragidos

Leonardo Correa / Wania Corredo

A Delegacia de Homicídios (DH) apresentou, nesta quinta-feira, Leonardo Correa dos Anjos, de 23 anos, apontado como um dos participantes no assassinato do administrador do Cemitério do Caju Paulo Francisco Rodrigues, em maio deste ano. De acordo com o delegado titular da DH, Felipe Ettore, o crime foi encomendado pelos netos de Paulo Francisco, os irmãos Marcus Vinícius Rodrigues dos Santos, de 28 anos, e Paulo Palmieiri Rodrigues dos Santos, de 29.

Segundo Ettore, os irmãos trabalhavam com o avô, mas depois de diversas brigas e um suposto envolvimento da dupla na falsificação da certidão de óbito do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, da Rocinha, eles foram demitidos. Os irmãos, que estão foragidos, contrataram assassinos de aluguel da Abolição, Zona Norte do Rio, por R$ 5 mil. A quantia foi paga em duas parcelas, uma de R$ 2 mil e outra de R$ 3 mil para não levantarem suspeitas, movimentando grande quantia de dinheiro de suas contas bancárias.

Paulo Francisco foi assassinado em 10 de maio, na porta de casa, em Água Santa, quando saía para trabalhar com seu motorista. Em depoimento na DH, Leonardo Correa contou que os mandantes do crime forneceram todos os detalhes da rotina da vítima, e exigiram que o crime fosse forjado para parecer uma tentativa de assalto. Por isso, pouparam a vida do motoristas e levaram pertences da vítima. Leonardo deu cobertura à ação, e quem efetuou os dois disparos na nunca de Paulo Francisco foi Bruno Sá Simão Saviti, de 20 anos, morto 14 dias depois, em circunstâncias ainda investigadas pela DH.

Os três foram indiciados por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e mediante promessa de pagamento. A pena pode chegar a 30 anos.

Casos de Polícia: Extra Online

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