terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Rio registra os primeiros casos de dengue tipo 4 - Rio

Mosquitos Aedes aegypti, trasmissores da dengue Foto: Custodio Coimbra

Extra

A Secretaria municipal de Saúde do Rio informou nesta terça-feira (31) que foram confirmados na semana passada os seis primeiros casos de dengue do tipo 4 nas zonas norte e oeste da cidade.

Na mesma semana, a secretaria notificou 21 casos da doença, totalizando 1.234 este ano. Já a Secretaria estadual de Saúde divulgou boletim informando que foram notificados em todo o estado 2.711 casos da doença. Esse número não inclui os casos registrados no município do Rio.

Mosquitos Aedes aegypti, trasmissores da dengue

Os locais onde foram identificados casos de dengue tipo 4 tiveram intensificadas as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, com o objetivo de evitar a propagação da doença, conforme informou o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria municipal de Saúde do Rio, Márcio Garcia.

Segundo ele, a notificação da presença do vírus tipo 4 no município reforça a possibilidade de uma nova epidemia de dengue na cidade.

- Nós já estávamos preparados para a presença da dengue do tipo 4. Isso só faz fortalecer a nossa expectativa de viver uma grande epidemia no ano de 2012 - disse Garcia.

Extra Online

Bombeiros recolhem mais partes de corpos em depósito na Baixada

De acordo com a corporação, chega a 10 o número de partes recolhidas de vítimas de desabamento de três prédios no Centro

Rio -  A Secretaria Estadual de Defesa Civil do Rio informou na tarde desta terça-feira que já recolheu dez partes de corpos de vítimas do desabamento de três prédios no centro da capital em um depósito na rodovia Washington Luiz, na Baixada Fluminense, para onde estão sendo levados os entulhos. Ainda não se sabe se o restos mortais pertencem à vítimas já identificadas ou se a outras pessoas que continuam desaparecidas.

Ato ecumênico foi feito em homenagem aos mortos e desaparecidos no desabamento dos prédios | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Ato ecumênico foi feito em homenagem aos mortos e desaparecidos no desabamento dos prédios | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

De acordo com o órgão, só hoje, foram recolhidas dois pedaços. Todo o material está sendo levado para o IML (Instituto Médico Legal). O reconhecimento poderá ser feito por exame de DNA. Alguns parentes das vítimas já tiveram o material genético recolhido para análise.

A tragédia, ocorrida no último dia 25, já tem 17 mortes confirmadas. Cinco pessoas continuam desaparecidas. Os bombeiros prosseguem com as buscas no local do desmoronamento, na avenida Treze de Maio.

Dos 17 mortos, 15 já foram identificados:

Daniel de Souza Jorge Amaral, 26 anos,

Miriene Lopes dos Santos, de 66 anos,

Moisés de Araujo Costa, de 57 anos;

Elenice Consani Quedas, de 64 anos;

Kelly da Costa Meneses, de 24 anos;

Margarida Vieira de Carvalho, de 65 anos;

Cornélio Ribeiro Lopes, de 73 anos;

Flavio Porrozzi Soares, de 34 anos;

Nilson Assunção Ferreira, de 50 anos;

Amaro Tavares da Silva, de 40 anos;

Alessandra Alves Lima, de 29 anos;

Celso Renato Braga Cabral, de 46 anos;

Gustavo da Costa Cunha, de 34 anos;

Luiz Leandro de Vasconcellos

Margarida de Carvalho.

Parentes acompanham buscas em depósito

Representantes da Associação das Vítimas da Treze de Maio acompanham o trabalho dos bombeiros nesta terça-feira no depósito da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A recém-criada entidade teve garantida sua presença no local por medida judicial.

O grupo de advogados que fundou a associação mantinha um escritório no 13º andar do Edifício Liberdade, que ao desabar, pôs abaixo também mais dois prédios. Na noite desta segunda-feira, mais dois corpos, dos 17 resgatados, foram identificados pela Polícia Civil. Os corpos são de Daniel de Souza Amaral, de 26 anos, sepultado nesta terça, e Miriene Lopes dos Santos, de 66 anos.

Os bombeiros continuam vasculhando a montanha de entulhos com o auxilio de máquinas e cães farejadores. A todo momento, o trabalho das retroescavadeiras é interrompido para que os animais façam a procura por possíveis vítimas.

Também na manhã desta terça-feira, a advogada Ildenia Castro, que trabalhava em um escritório de contabilidade do Edifício Colombo, esteve no depósito da Comlurb buscando informações com a Defesa Civil para reaver pertences. Ela recebeu explicações sobre os procedimentos adotados pela Prefeitura, em conjunto com o governo do estado, para separação dos documentos e objetos de interesse das pessoas e empresas que tiveram perdas materiais no desabamento.

Enterro de jovem de Niterói

Sob clima de muita comoção, o corpo do analista de sistemas Daniel de Souza, de 26 anos, uma das vítimas do desabamento de três prédios na última quarta-feira, foi sepultado nesta terça no Cemitério do Maruí, em Niterói, na Região Metropolitana. Cerca de 100 pessoas, entre amigos e parentes, acompanharam o cortejo. A mãe de Daniel passou mal durante o enterro e precisou ser amparada. Daniel era casado há pouco mais de um mês.

"A gente não esperava. Minha mãe está a base de remédios", disse Daniele, irmã da vítima. Daniel, segundo familares, fazia hora-extra porque trabalhava em um projeto com outros colegas.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Femiliares e amigos se emocionaram durante enterro de Daniel | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Retirada dos escombros

Uma empresa de engenharia vai realizar a retirada do reboco do prédio vizinho ao edifício Liberdade, um dos três que desabou na última quarta-feira, no Centro. O trabalho, segundo o engenheiro Manoel Jorge Dias, especialista em implosão, será feito manualmente por funcionários com auxílio de uma plataforma.

"A Prefeitura contratou uma empresa especializada em fazer escoramentos e retirada dos escombros que ainda estão pendurados. Essa empresa também vai auxiliar o trabalho do Corpo de Bombeiros, para acessar locais que ainda não foram acessados, como o prisma de ventilação de aproximadamente 12 metros, onde possivelmente há pessoas”, disse o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta.

Encaminhadas para o IML, as partes de corpos encontradas serão submetidas a exames de DNA para saber se são da mesma pessoa ou de vítimas diferentes. “Há situações parecidas em que os corpos nunca foram encontrados. É uma possibilidade. Além disso, os corpos podem estar carbonizados. Por isso, além de partes de corpos, começo a procurar ossos”, afirmou Simões.

Para garantir que mais nada possa ter sido levado por engano para o galpão, os bombeiros começaram a peneirar o material, separando partes sólidas das líquidas. Na área do desabamento, na Avenida Treze de Maio, quase 95% da pilha de concreto já foi retirada. Por causa disto, a equipe de resgate e o uso de maquinários foram reduzidos para uma escavadeira e 15 homens. As ações agora se concentram no duto de ventilação e na parte dos fundos dos imóveis, onde ainda há entulho e mau cheiro.

“Os trabalhos vão continuar até que tenhamos convicção de que não há mais nada. A diferença é que estamos em áreas onde máquinas não entram. É mais manual”, disse.

Questionado sobre a rapidez na remoção do entulho, o que poderia ter causado a mutilação de corpos, Simões garantiu que a prioridade era a busca por sobreviventes. “Se não tivesse sido rápido, talvez diriam que não priorizei possíveis sobreviventes. O trabalho foi difícil. Tudo está muito compactado e, isso por si só, já mutila os corpos”.

Segurança e fiscalização

Para aumentar a segurança e a fiscalização no galpão da Comlurb em Duque de Caxias, para onde estão sendo levados os destroços dos prédios, a Prefeitura do Rio instalou duas câmeras que monitoram os trabalhos durante 24 horas. O prefeito Eduardo Paes voltou a comentar o episódio de possíveis furtos em um depósito na Zona Portuária e chamou de “delinquentes” os quatro funcionários suspeitos de uma empresa privada. Eles foram demitidos.

“As câmeras ajudarão a reforçar a segurança no depósito, pois é inacreditável que estes delinquentes estivessem mexendo em entulhos de uma tragédia como essa”, afirmou.

Por enquanto, todo o entulho está sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros. Somente após a conclusão das buscas, a Polícia Civil e o Instituto de Criminalística Carlos Éboli realizarão a perícia técnica nos escombros. Depois, uma empresa que ainda será contratada pela prefeitura, ficará responsável por fazer a separação dos bens materiais que estão em meio aos escombros.

As informações são do IG

O Dia Online

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PMs denunciam péssimas condições de trabalho em UPPs e garantem greve

Paralisação inclui policiais civis e bombeiros. Corporação não trabalha com hipótese de greve

Jorge Lourenço

Enquanto aguarda um posicionamento do governo e da corporação sobre o movimento grevista, integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro dão claros indícios de que a greve no começo de fevereiro é inevitável. Ao Jornal do Brasil, um grupo de policiais militares lotados em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) denunciou uma série de irregularidades que afligem o carro-chefe da política fluminense no quesito segurança pública (confira vídeo abaixo).

Baixos salários, escalas de trabalho que superam 70 horas semanais, agentes de outros municípios forçados a viver nas UPPs em função do sistema deficitário de vale-transporte oferecido pelo governo do estado,  gratificações incompatíveis com determinadas funções, problemas no "bico legalizado" do Proes. Estas são apenas algumas das razões pelas quais, segundo os integrantes do movimento grevista, foi escolhido o dia 8 de fevereiro como data limite para receber algum posicionamento das autoridades.

Do contrário, o Rio de Janeiro corre o risco de ficar sem o policiamento rotineiro a partir do dia 10 de fevereiro. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros também dão sinais de que podem aderir ao movimento, o que instalaria o verdadeiro caos no estado.

"O perfil dos nossos governantes é o daquela pessoa que paga para ver. Eles vão esperar o problema estourar para depois vir tentar remediar. Desde a nossa reunião com o comandante-geral Erir Ribeiro (no dia 12 de janeiro), não tivemos posicionamento algum das autoridades", revela o cabo João Carlos Soares Gurgel, um dos líderes do movimento grevista. "O escudo deles é o nosso regulamento covarde e inconstitucional, que pode mandar nos prender em caso de rebeldia. Hoje, vivemos em condições análogas à escravidão".

Caso a greve se confirme, a tendência é que o Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) sejam acionados emergencialmente, já que a greve não é unânime entre eles. Isso acontece porque os dois são os batalhões que recebem as melhores gratificações da corporação.

"Como o Bope tem uma boa visão na sociedade, a ideia de governo é colocá-los para reprimir qualquer movimentação, como fizeram com os bombeiros. Também temos o apoio de alguns membros do Bope. Na passeata de domingo, onde reunimos 25 mil pessoas, eles também compareceram", aponta o cabo Gurgel. "Eles sabem que recebem uma boa gratificação mas, se forem baleados numa operação e colocados fora de combate, voltam a ganhar o mesmo que qualquer policial militar. A nossa luta é pela incorporação dessas gratificações.

Milhares de bombeiros e policiais fizeram protesto em Copacabana no domingo (29), reivindicando por melhorias salariais e melhores condições de trabalho. Fotos: Vítor Silva / Jornal do Brasil

Denúncias

Ao JB, os policiais militares lotados em UPPs garantem que o movimento ganhou força nas comunidades pacificadas. A ideia deles é se aquartelar e cessar as atividades até que o governo responda às reivindicações.

"A situação nas comunidades com UPPs realmente vai ficar complicada. Elas ficarão fragilizadas", disse um dos policiais, que também denunciou uma suposta venda irregular de folgas entre os agentes. "Como os policiais que moram no interior não conseguem voltar para casa, já que recebem um vale-transporte de apenas R$ 90, eles acabam vendendo folgas para outros companheiros".

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que "o comando-geral da não considera a possibilidade de paralisação de atividades - que é, cabe ressaltar, vedada pela Constituição Federal a militares, tanto federais, quanto estaduais". A corporação também informou que mantém diálogo com os representantes do movimento de greve.

Sobre as denúncias de policiais forçados a viver nas UPPs, o comando-geral apontou que a solução do problema tem sido a transferência gradativa dos agentes para os seus municípios de origem, e que apenas 129 dos 3.932 policiais lotados em comunidades pacificadas estão nesta situação. A assessoria de imprensa também negou ordem de prontidão na véspera da data programada para a greve.

A Polícia Militar não comentou a possibilidade de usar o Bope para intervir nas comunidades pacificadas caso a greve aconteça.

Jornal do Brasil

domingo, 29 de janeiro de 2012

Com Presença de 20 mil participantes, policiais pedem melhores salários em Copacabana

Jornal do Brasil

Com viaturas de brinquedos, faixas na cabeça e muita disposição para reivindicar um reajuste salarial para os profissionais da segurança pública, cerca de 20 mil agentes - entre policiais militares, civis e bombeiros -  transformaram o cenário nas imediações dos postos 2 e 3, na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

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Dois dias antes da aguardada manifestação, o governador do Estado, Sérgio Cabral, decidiu antecipar as parcelas de um reajuste previsto até 2013. A medida, no entanto, foi insuficiente para frear a briga da categoria por melhorias.

protestoSAB7854

"Chega de ser a polícia militar com o pior salário do país inteiro. Chega de termos que trabalhar em até três serviços para termos que sustentar nossa família. Hoje o governo estadual não vê o policial militar como um trabalhador. Não recebemos adicional por insalubridade e trabalhamos até 72 horas por semana, quando o correto seriam 40 horas semanais. Trata-se de um total desrespeito ao trabalhador", acusou o cabo João Carlos Gurgel, que participou na manifestação na orla de Copacabana.

Os praças reivindicam piso salarial de R$ 3 mil.

Engana-se quem pensa que entre os manifestantes estavam apenas homens do Corpo de Bombeiros e PM. O que mais chamava a atenção por quem transitava pela orla foi o grande número de crianças levadas para homenagear as duas corporações.

protestoSAB7847

Hoje o salário de um soldado da Polícia Militar é de R$ 1.277,13, o de um cabo R$ 1.471,01, terceiro a primeiro sargento: de R$1.723,42 a 2.086,92. Já o de um oficial pode chegar a R$ 6.122,42. É o caso do posto de coronel.

A população nos aplaudiu. Teve até quem pendurasse bandeiras nos prédios. Estão todos muito solidários à nossa causa

protestoSAB7831

Com a medida anunciada pelo governo do estado na última sexta-feira (27), policiais civis, militares, bombeiros e inspetores de administração penitenciária do estado do Rio terão um reajuste salarial de 38,81% entre 2012 e 2013. A mudança, no entanto, não é suficiente para os agentes.

"Com esta modificação no repasse do reajuste, é como se recebêssemos 10% de reajuste este ano, mais 10% em 2013 e o mesmo percentual em 2014. Descontando-se a inflação de 6% ao ano, é o mesmo que receber um reajuste de apenas 4% por ano", reclamou o cabo Gurgel, segundo quem a população está solidária à reivindicação.

"A população nos aplaudiu. Teve até quem pendurasse bandeiras nos prédios. Estão todos muito solidários à nossa causa. O apoio do povo é fundamental. É o reconhecimento do nosso trabalho", comemorou Gurgel. 

Assuntos de Polícia

'Há possibilidade dos corpos terem sido carbonizados', diz Simões

POR FELIPE FREIRE

Rio - Pela primeira vez desde que os trabalhos de busca começaram, o secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sergio Simões, cogitou a possibilidade de que os corpos de desaparecidos no desabamento de três prédios no Centro do Rio não sejam encontrados.

"Há possibilidade dos corpos terem sido carbonizados. Por isso não estou mais procurando corpo, mas sim procurando ossos. Estamos peneirando (no galpão da Washington Luiz) e separando tudo o que é sólido de tudo o que é líquido", confirmou o Simões. "Há situações parecidas em que os corpos nunca foram encontrados. É uma possibilidade que existe".

De acordo com o secretário, as buscas continuam nos próximos dias. Na Avenida Treze de Maio, uma escavadeira e 15 homens do Corpo de Bombeiros continuarão trabalhando, principalmente, no duto de ventilação e na parte dos fundos dos imóveis.

Escombros na Rodovia Washington Luiz

De acordo com a Prefeitura, todo o entulho está sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que realiza o trabalho de buscas por vítimas. Somente após a conclusão das buscas, a Polícia Civil e o Instituto Carlos Eboli realizarão a perícia técnica nos escombros.

Depois do término desta parte do trabalho, a Prefeitura do Rio, com supervisão das autoridades policiais, contratará uma empresa que ficará responsável por fazer a separação dos bens materiais que estão em meio aos escombros.

A Procuradoria Geral do Município e a Polícia Civil adotarão todas as medidas possíveis para que o processo de separação seja acompanhado também pelos proprietários, a fim de que os bens sejam identificados e depois liberados pelas autoridades policiais.

O DIA ONLINE

Bombeiros encontram partes de corpos em lixão

POR ANGÉLICA PAULO

Rio - Bombeiros encontraram partes de corpos de vítimas do desabamento de três prédios no Centro do Rio enquanto realizavam buscas nos entulhos levados para um depósito na Rodovia Washington Luis, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite deste sábado. De acordo com a Polícia Civil, partes de couro cabeludo, ossos e uma mão foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e vão passar por perícia.

O objetivo é saber se os restos mortais pertencem aos corpos que já foram encontrados ou se fazem parte de outras vítimas ainda não resgatadas.

Número de desaparecidos é corrigido e passa para cinco

A Secretaria Municipal de Assistência Social divulgou, na noite deste sábado, que o número de desaparecidos no desabamento de três prédios no Centro do Rio foi corrigido e passou para cinco. Mais cedo, o secretário de Defesa Civil do estado do Rio, Sérgio Simões, havia afirmado que, após uma recontagem, esse número era de sete.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Bombeiros seguem na busca por corpos neste sábado | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

O oficial afirmou que, apesar de quase 90% do local do desabamento já ter sido revistado, a busca por corpos é dificultada devido ao estado dos mesmos. “É como se os corpos tivessem se mimetizado com os escombros. Eles se misturaram ao concreto, à lama, e isso dificulta o nosso trabalho”, disse o coronel.

Ainda de acordo com Simões, dos 17 corpos já resgatados, três vão precisar necessariamente de um exame de DNA para serem reconhecidos. Até o momento já foram retirados sete homens e seis mulheres, além de quatro pessoas cujo o sexo não pôde ser determinado.

Sérgio Simões, disse neste sábado que máquinas e equipes de resgate foram enviados ao aterro na rodovia Washington Luiz para onde são levados os destroços dos três prédios que desabaram na noite da última quarta-feira, no Centro. Nesta sexta-feira, a 13ª vítima, que seria uma mulher, foi encontrada por funcionários da Comlurb que identificaram os restos mortais no aterro.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

"Não descarto a possibilidade de haver corpos entre os escombros. Encontramos um corpo nesta madrugada que facilmente seria confundido, pois estava misturado aos destroços. Os escombros serão mantidos no mesmo local e só serão enviados para a área de descarte depois de avaliação posterior", disse Simões.

O DIA ONLINE

sábado, 28 de janeiro de 2012

O DIA ONLINE - RIO - Número de desaparecidos passa por recontagem e sobe para sete

Dos 17 corpos já resgatados três vão precisar necessariamente de um exame de DNA para serem reconhecidos

Rio - O Secretário Estadual de Defesa Civil e chefe do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, afirmou no início da tarde deste sábado que subiu para sete o número de corpos ainda não encontrados. Isso porque os bombeiros trabalham com informações repassadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que por sua vez recebe informações de pessoas que reclamam por desaparecidos.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Bombeiros seguem na busca por corpos neste sábado | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

O oficial afirmou que, apesar de quase 90% do local do desabamento já ter sido revistado, a busca por corpos é dificultada devido ao estado dos mesmos. “É como se os corpos tivessem se mimetizado com os escombros. Eles se misturaram ao concreto, à lama, e isso dificulta o nosso trabalho”, disse o coronel.

Ainda de acordo com Simões, dos 17 corpos já resgatados três vão precisar necessariamente de um exame de DNA para serem reconhecidos. Até o momento já foram retirados sete homens e seis mulheres, além de quatro pessoas cujo o sexo não pôde ser determinado.

Sérgio Simões, disse neste sábado que máquinas e equipes de resgate foram enviados ao aterro na rodovia Washington Luiz para onde são levados os destroços dos três prédios que desabaram na noite da última quarta-feira, no Centro. Nesta sexta-feira, a 13ª vítima, que seria uma mulher, foi encontrada por funcionários da Comlurb que identificaram os restos mortais no aterro.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

"Não descarto a possibilidade de haver corpos entre os escombros. Encontramos um corpo nesta madrugada que facilmente seria confundido, pois estava misturado aos destroços. Os escombros serão mantidos no mesmo local e só serão enviados para a área de descarte depois de avaliação posterior", disse Simões.

O DIA ONLINE

Bombeiros procuram corpos em entulho de desabamento que já foi removido

POR FELIPE FREIRE

Rio - O comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, disse neste sábado que máquinas e equipes de resgate foram enviados ao aterro na rodovia Washington Luiz para onde são levados os destroços dos três prédios que desabaram na noite da última quarta-feira, no Centro. Nesta sexta-feira, a 13ª vítima, que seria uma mulher, foi encontrada por funcionários da Comlurb que identificaram os restos mortais no aterro.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

"Não descarto a possibilidade de haver corpos entre os escombros. Encontramos um corpo nesta madrugada que facilmente seria confundido, pois estava misturado aos destroços. Os escombros serão mantidos no mesmo local e só serão enviados para a área de descarte depois de avaliação posterior", disse Simões.

Cães farejadores são utilizados nesta manhã na Avenida Treze de Maio. Os animais realizaram uma rápida vistoria na parte dos fundos dos edifícios e sinalizaram para possíveis vítimas. Nessa área, segundo Simões, há muitos escombros e pelo menos 10 lajes sobrepostas. "Vamos detalhar também a caixa de escadas que ficava na lateral do prédio. Os bombeiros fazem busca manual ali", acrescentou.

Sergio Simões informou no final da noite desta sexta-feira que houve uma recontagem em conjunto com a secretaria municipal de Assistência Social no número inicial de desaparecidos; agora são 22. Entre as vítimas, 17 já foram encontradas, cinco seguem desaparecidas e outras seis pessoas ficaram feridas, após o desabamento.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Ainda segundo o comandante, algumas famílias teriam procurado por pessoas que não estariam no local do desabamento dos três prédios no Centro. O 15° corpo foi encontrado na noite de sexta, enquanto o 16° e o 17°( ambos masculinos) foram encontrados na madrugada deste sábado. As identidades ainda não foram reveladas pelas autoridades.

Segundo o sub-secretário da Defesa Civil do Rio, Marcos Motta, 27 famílias foram até a secretaria de Assistência Social a procura de parentes, no entanto, alguns não deixaram contato e não voltaram mais. Segundo Marcos Motta, a secretaria trabalha com 22 vítimas.

“A operação entra numa fase de busca minuciosa, devemos considerar os detalhes. As buscas serão muito mais manual, sem as máquinas", afirmou Sergio Simões. “Não encontramos a quantidade de corpos que procurávamos, portanto vamos voltar a revirar os escombros, os cães farejadores já estão aqui e vão começar a agir pela manhã. A maioria dos corpos estavam próximos das escadas, o que indica que tentaram se salvar", completou.

Segundo o Comandante Sergio Simões, 2/3 dos escombros já foram retirados e a previsão é de que as buscas sigam até domingo.

Na manhã deste sábado, o prédio que fica ao lado dos escombros, na Av. Almirante Barroso, passa por uma vistoria. Segundo Marcos Motta, o prédio não corre risco de desabamento, no entanto será necessário um reparo nas estruturas e pilares de sustentação.

O DIA ONLINE

Vítimas tentaram fugir da morte

Ao menos 4 corpos estavam em área de escape. Um morto foi parar em um lixão de entulhos

Rio - Algumas vítimas da tragédia na Avenida Treze de Maio tiveram tempo para tentar fugir desesperadamente da morte, ao perceberem que o prédio de número 44, de 20 andares, desabava. Segundo o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, pelo menos quatro corpos foram encontrados entre os escombros de um corredor e escada que davam acesso à área de escape do edifício. Esse beco não ruiu. Um corpo que seria de uma mulher foi jogado com os entulhos em aterro de lixo em Duque de Caxias, na Baixada.

“O local em que estavam nos faz crer que as pessoas tentaram deixar o local às pressas. Tudo indica que o prédio deu sinais de que viria abaixo e houve um momento em que as pessoas tentaram sair dele, mas, infelizmente, não conseguiram”, lamentou o comandante Simões.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Apesar da chuva, durante o dia ainda houve muita fumaça e poeira no local da tragédia | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

De acordo com o secretário, todos os corpos já encontrados estavam muito machucados, com cortes profundos e grandes traumas. “Esses são mais indícios de que essas pessoas não morreram por causa de uma possível explosão provocada por gás, mas atingidas por enormes pedaços de concreto e vergalhões. Esse cenário nos mostra que houve um impacto muito forte da estrutura”, comentou o coronel.

Apesar do pânico e correria que pode ter ocorrido em alguns andares, outras vítimas não tiveram tempo sequer de sair das salas. Outros corpos foram encontrados em meio a destroços de carteiras de estudantes, sugerindo que eles estivessem ainda sentados na hora da tragédia.

Os cadáveres seriam de alunos de um curso de informática da empresa Tecnologia Organizacional (TO), que ocupava seis pavimentos. As aulas costumavam acabar às 20h30, três minutos antes da hora em que o prédio 44 ruiu, derrubando mais dois.

Mais mortos podem estar em depósitos da Comlurb

O coronel Sérgio Simões não descartou que possa haver outros corpos no depósito de entulho da Comlurb às margens da Rodovia Washington Luis, em Duque de Caxias, ou na área pública usada para este fim na Zona Portuária.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Na madrugada desta sexta-feira, funcionários da Comlurb encontraram o corpo no depósito de lixo, em Caxias. “Pode haver (mais corpos), embora haja uma supervisão permanente nesses locais. Se no término dos trabalhos o número de pessoas desaparecidas informadas não bater com os encontrados, poderemos ter que checar de novo esses locais”, admitiu.

Simões minimizou o erro da equipe que está removendo os escombros: “Isso aconteceu num momento crítico, em que as equipes de resgate trabalhavam sob chuva intensa e de madrugada. Não considero uma falha e isso não tira o brilho e a dedicação dos bombeiros nessa operação dolorosa”, defendeu ele. O secretário garantiu que já pediu “mais atenção” dos operários.

Famílias podem ganhar na Justiça indenizações de até R$ 1 milhão

Famílias dos mortos no desabamento terão direito a indenizações que podem chegar a R$ 1 milhão. Segundo o advogado Leonardo Amarante, para se chegar ao valor, multiplica-se a renda mensal da vítima pelo número de anos que ela ainda teria de vida, a chamada sobrevida, calculada pela IBGE.

Para dar entrada nas ações na Justiça, os parentes deverão aguardar o laudo da perícia e a conclusão do inquérito policial, que poderá indiciar responsáveis pela tragédia. “A dor da perda de uma vida não tem preço. Mas a indenização atenua esse sofrimento”, pondera Amarante, que representa vítimas de acidentes como Palace II e Bateau Mouche.

Caberá ao juiz arbitrar o valor. As indenizações menores, para funcionários que ganhavam um salário mínimo, devem ficar em torno de R$ 300 mil. Segundo o advogado, o seguro do prédio serve só para cobrir bens materiais perdidos no desmoronamento.

O DIA ONLINE

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Retirada dos escombros de prédios que desabaram deve durar 2 meses

Trabalho de resgate deve continuar nas próximas 24 horas, diz Defesa Civil.
Arcebispo do Rio celebrará missa de 7º dia em memória das vítimas no dia 2.

Do RJTV

A retirada dos escombros dos três prédios que desabaram no Centro do Rio de Janeiro deve durar dois meses, de acordo com a previsão do secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões. Ainda de acordo com Simões, o trabalho de resgate deve continuar nas próximas 24 horas.

Por volta das 17h, a Secretaria estadual de Defesa Civil informou que um quarto corpo foi encontrado sob os escombros. No total, são três homens e uma mulher.

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, convoca parentes e amigos das vítimas para uma missa de 7º dia, no dia 2 de fevereiro, às 10h, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.

G1 -  Rio de Janeiro

Prefeitura diz que há 22 desaparecidos após desabamento no Centro do RJ

Três prédios desabaram na noite de quarta-feira (25) perto da Cinelândia.
Até as 17h desta quinta, 4 mortos foram encontrados, segundo Defesa Civil.

Henrique Porto Do G1 RJ

A Prefeitura do Rio informou nesta quinta-feira (26) que 22 pessoas estão sendo procuradas após o desabamento de três prédios no Centro do Rio de Janeiro. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou em coletiva à imprensa que 26 famílias procuraram informações sobre pessoas desaparecidas. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, quatro mortos estariam entre os procurados.

Paes também afirmou que "a princípio não há risco estrutural para os prédios" que estão ao redor dos que desabaram na noite de quarta-feira (25).

O prefeito também afirmou que as interdições do tráfego no Centro continuam na sexta-feira (27). "Para continuar facilitando a operação, o trabalho do Corpo de Bombeiros e todos os serviços públicos que estão disponibilizados naquela área, decidimos por bem manter todos os bloqueios e modificações de trânsito estabelecidas no dia de hoje (quinta). Portanto, além da Treze de Maio, o trecho da Almirante Barroso entre aa avenidas Rio Branco e Almirante Barroso continuam interrompidos para o trânsito. E a Rua Senados Dantas manterá sua mão invertida."

Paes reforçou o pedido para que as aqueles que trabalham nos prédios da Rua Treze de Maio não retornem aos escritórios. "O acessos a esses prédios continuará bloqueado", destacou.

Paes reúne secretariado para tratar de medidas após desabamento no Centro do Rio (Foto: Henrique Porto/G1)

Paes reúne secretariado para tratar de medidas após desabamento no Centro do Rio (Foto: Henrique Porto/G1)

Questionado sobre a possibilidade de obras irregulares terem ocasionado a tragédia, Paes afirmou que é cedo para falar sobre as causas do desabamento. "Os engenheiros que visitaram o local, o coronel Simões (secretário estadual de Defesa Civil), descartam a possibilidade de explosão, falam de problema estrutural, mas temos que aguardar as investigações", afirmou Paes. "O que a gente pede é responsabilidade", completou o prefeito sobre as especulações sobre as causas do desmoronamento.

Cabral decreta luto de três dias

O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial de três dias no estado do Rio de Janeiro em memória dos mortos no desabamento dos três prédios no Centro da cidade. De acordo com o governo do estado, o decreto será publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta (27).

A Assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o Município fará o mesmo.

Resgate

O trabalho de resgate em meio aos escombros dos três prédios que desabaram no Centro do Rio de Janeirox continua nesta noite. O G1 chegou próximo ao local do desabamento, onde bombeiros, cães farejadores e muitas máquinas removem os escombros em busca de vítimas.

Por volta das 17h, a Secretaria estadual de Defesa Civil informou que um quarto corpo foi encontrado sob os escombros. No total, são três homens e uma mulher.

Nesta tarde, era possível ver muita fumaça saindo do prédio número 6 da Avenida Almirante Barroso, que foi atingido pelos escombros do desabamento dos outros três imóveis. A fumaça negra saiu do prédio por cerca de uma hora, assustando quem estava no local.

A dentista Carmem Lúcia Mello Ferraz, de 44 anos, contou que desceu 14 andares de escada ao sentir o tremor na noite de quarta-feira, e conseguiu escapar. Segundo ela, do nono ao sétimo andar as paredes das escadas caíram e ela conseguiu ver o estrago dos prédios ao lado. A dentista explicou que a lateral do seu edifício fica na Avenida Treze de Mario e as paredes das escadas são juntas às do prédio de 10 andares que veio abaixo.

Já o advogado Cláudio de Taunay trabalhava no 16º andar e tentou descer pelas escadas, mas como o 7º andar já estava obstruído pelos destroços, teve de subir todos os lances novamente e acabou resgatado do terraço pelos bombeiros.  

Feridos

De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, seis pessoas ficaram feridas. No início da noite desta quinta, os três feridos que estavam internados no Hospital Souza Aguiar foram liberados. O quadro mais grave é o da mulher que teve lesão no couro cabeludo, passou por cirurgia e foi transferida para um hospital particular.

G1 - em Rio de Janeiro

Cabral lamenta a tragédia e diz que acompanha os trabalhos

O Globo

RIO - Mais de 15 horas após o desabamento de três prédios que deixou pelo menos três mortos, no Centro do Rio, o governador Sérgio Cabral quebrou o silêncio e falou em entrevista à Rádio CBN. Ele lamentou a tragédia, e afirmou que vem acompanhando os trabalhos, que estão sob o comando do prefeito Eduardo Paes e do secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, desde a noite da quarta-feira. Em sua avaliação, a tragédia poderia ter sido ainda maior caso tivesse ocorrido horas antes.

- Diante da tragédia, pelo menos não foi num momento de pico de movimento de um dos corações do Centro do Rio. Essa tragédia podia ter tido dimensões muito mais graves se tivesse ocorrido horas antes. Sem dúvida, a queda de um prédio de 20 andares, de um prédio de 10 andares e de outro com quatro andares é algo que choca em qualquer lugar do mundo. Resta ainda a esperança de que haja pessoas sobreviventes e, em última análise, resgatar os corpos e, depois ainda, retirar os escombros - afirmou Cabral à CBN.

Ainda em entrevista à rádio, o governador afirmou que as famílias das vítimas terão todo o apoio da prefeitura, com ajuda do governo estadual. Segundo ele, num primeiro momento eles devem receber auxílio psicológico, numa segundo assistência e acompanhamento.

- O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Rodrigo Bethlem, e o prefeito Eduardo Paes desde o primeiro momento teve essa preocupação, que é o atendimento num primeiro momento da assistência social e psicológica daqueles naturalmente aflitos e angustiados com seus parentes e amigos. E num segundo momento, evidentemente uma assistência e todo o trabalho de acompanhamento dessas pessoas. A prefeitura do Rio deu demonstrações, num caso muito mais extremo, que foi o caso da escola de Realengo, que eles deram um exemplo de capacidade não só de gerenciamento da crise, mas como também de atendimento aos familiares das vítimas daquela tragédia. Então, certamente, o mesmo ocorrerá, com o apoio do estado, com os familiares das vítimas desse desabamento - disse.

Em nota, a assessoria do governador disse que Cabral foi informado sobre o desabamento, na noite de quarta-feira, imediatamente após o ocorrido, por Sérgio Simões. “O governador manteve então contato permanente com ele e também com o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, além do prefeito do Rio, Eduardo Paes. O Governo do Estado, portanto, esteve presente desde o primeiro momento e de forma ininterrupta na remoção dos escombros e no resgate e atendimento às vítimas”, ressaltou a nota.

A presidente Dilma Rousseff, que está em Porto Alegre para o Fórum Social Temático, falou por telefone, na manhã desta quinta-feira, com o governador Sérgio Cabral e com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, oferecendo apoio do governo federal para os trabalhos de socorro às vítimas do desabamento. Dilma também prestou solidariedade às famílias das vítimas e aos sobreviventes do tragédia. A presidente cancelou sua ida ao Rio, marcada para sexta-feira, quando participaria da inauguração da ponte ligando o campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) à Linha Vermelha.

Extra Online

Desabamento muda o cenário no Centro

Eletícia Quintão

A nuvem de poeira que se levantou depois do desabamento de três prédios no Centro do Rio mudou o cenário naquela região da cidade. Os soldados do Corpo de Bombeiros trabalham no local com cães farejadores para encontrar vítimas do acidente.

Nuvem de poeira intensa no local

Nuvem de poeira intensa no local Foto: Jorge William / O Globo

Há muitos curiosos no lugar e os funcionários do Theatro Municipal subiram no telhado para observar o trabalho das equipes de resgate. À medida em que os bombeiros remexem os destroços a nuvem de poeira aumenta.

A nuvem de poeira

A nuvem de poeira Foto: Jorge William / O Globo

Mais uma visão da paisagem modificada com a tragédia

Mais uma visão da paisagem modificada com a tragédia Foto: Jorge William / O Globo

A nuvem de poeira aumenta conforme segue o trabalho das equipes de resgate

A nuvem de poeira aumenta conforme segue o trabalho das equipes de resgate Foto: Jorge William / O Globo

A poeira tomou conta do ar

Extra Online

Ainda é possível encontrar sobreviventes de desmoronamento, diz Defesa Civil

Prefeito Eduardo Paes reitera que desabamento no Centro da cidade não tem relação com explosão

Rio - O subsecretário de Estado de Defesa Civil, coronel Jerri Andrade Pires, reacendeu as esperanças de alguns familiares dos desaparecidos ao afirmar que ainda há chances de encontrar sobreviventes sob os escombros dos prédios da Avenida Treze de Maio, no Centro da cidade. Em coletiva nesta quinta-feira, a Defesa Civil divulgou que, no último balanço, ainda constam 22 pessoas desaparecidas. Quatro corpos foram encontrados pelos bombeiros nesta quinta-feira.

O prefeito Eduardo Paes continua afirmando que o desabamento do prédio não tem relação com algum tipo de explosão. Paes explicou que muitas possibilidades ainda precisam ser analisadas para se chegar à causa do desmoronamento. "A probabilidade do desabamento ter sido causado por uma explosão é zero", sentenciou.

A Prefeitura anunciou que nenhum prédio da Treze de Maio vai funcionar nesta sexta-feira. A previsão é de que a região seja liberada ao tráfego até segunda. Paes afirmou que vai solicitar à Justiça uma flexibilidade nos prazos relacionados aos escritórios de advocacia localizados naquela área.

O DIA ONLINE

Quarta vítima fatal é retirada de escombros de prédio no Centro

Rio - Os bombeiros retiraram, durante as buscas na tarde desta quinta-feira, mais um corpo de uma vítima do desabamento de três prédios na Avenida Treze de Maio, no Centro da cidade. Quatro mortes estão confirmadas pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil até o momento. Ainda de acordo com a Secretaria, o quarto corpo encontrado é de uma mulher. Equipes de busca e salvamento continuam no local e contam com o auxílio de cães farejadores.

Feridos recebem alta

Quatro vítimas, que foram hospitalizadas por conta do desabamento de três prédios receberam alta. Duas pessoas ainda estão internadas por conta de ferimentos no desastres. O Corpo de Bombeiros ainda procura por pelo menos 21 desaparecidos. Francisco Rodrigues da Costa, de 37 anos, teve ferimentos leves e foi liberado ainda no início da madrugada desta quinta-feira.

Alexandro da Silva dos Santos, de 31, também recebeu alta, ele não sofreu ferimentos após se salvar dentro do elevador do edifício Liberdade. André Luiz da Silva, de 37 anos, teve alta nesta quinta-feira, por volta de 16h30, ele deu entrada na unidade apresentado quadro de dores abdominais e ferimentos leves. Todos estavam internados no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.

Já uma mulher, não identificada, de iniciais M. M., de 48 anos, foi por conta própria ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, apresentando escoriações. Ela recebeu alta, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Das vítimas que ainda estão internadas, Marcelo Antonio Moreira, de 50, que teve um trauma leve na face e lesão num dos olhos, tem previsão de alta ainda para esta quinta-feira do Hospital Souza Aguiar. Cristiane do Carmo, de 28 anos, foi transferida por volta de 15h para a Casa de Portugal, em Rio Comprido, na Zona Norte do Rio. Ela sofreu uma lesão no couro cabeludo, foi submetida a uma cirurgia e tem quadro estável, sem previsão de alta.

Vítimas fatais são identificadas

As três vítimas do desabamento do prédio no Centro já foram identificadas.

Celso Renato Braga Cabral, de 44 anos;

Cornélio Ribeiro Lopes, de 73, morreram na tragédia.

O catador de papel Moiséis Morais da Silva seria a terceira vítima, mas a informação não foi confirmada pela Polícia Civil.

Os corpos estão no Instituto Médico Legal (IML), no Centro.

O reconhecimento foi feito por amigos e parentes das vítimas.  

O DIA ONLINE

Quatro feridos em desabamento de prédios receberam alta

Duas pessoas seguem internadas. Defesa Civil já confirmou três mortes 21 pessoas estariam desaparecidas

POR LIVIA ARAGÃO

Rio - Quatro vítimas, que foram hospitalizadas por conta do desabamento de três prédios na Avenida Treze de Maio, no Centro, receberam alta, na tarde desta quinta-feira. Duas pessoas ainda estão internadas por conta de ferimentos no desastres. A Defesa Civil confirma quatro mortes, até o momento, e o Corpo de Bombeiros ainda procura por pelo menos 21 desaparecidos.

Francisco Rodrigues da Costa, de 37 anos, teve ferimentos leves e foi liberado ainda no início da madrugada desta quinta. Alexandro da Silva dos Santos, de 31, não sofreu ferimentos após se salvar dentro do elevador do edifício Liberdade e também recebeu alta do hospital. André Luiz da Silva, de 37 anos, deixou o hospital por volta de 16h30. Ele deu entrada na unidade apresentado quadro de dores abdominais e ferimentos leves. Todos estavam internados no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio.

Já uma mulher, não identificada, de iniciais M. M., de 48 anos, foi por conta própria ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, apresentando escoriações. Ela recebeu alta, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Das vítimas que ainda estão internadas, Marcelo Antonio Moreira, de 50, que teve um trauma leve na face e lesão em um dos olhos, tem previsão de alta ainda para esta quinta-feira do Hospital Souza Aguiar. Cristiane do Carmo, de 28 anos, foi transferida por volta de 15h para a Casa de Portugal, em Rio Comprido, na Zona Norte. Ela sofreu uma lesão no couro cabeludo, foi submetida a uma cirurgia e tem quadro estável, sem previsão de alta.

Vítimas fatais são identificadas

Duas vítimas do desabamento do prédio no Centro já foram identificadas. Celso Renato Braga Cabral, de 44 anos, e Cornélio Ribeiro Lopes, de 73, morreram na tragédia. O catador de papel Moisés Morais da Silva seria a terceira vítima, mas a informação não foi confirmada pela Polícia Civil. A quarta vítima é uma mulher ainda não identificada. Os corpos estão no Instituto Médico Legal (IML), no Centro. O reconhecimento foi feito por amigos e parentes das vítimas. 

Foto: Divulgação

Por volta das 20h30 desta quarta, um edifício de 20 andares desabou na Avenida Treze de Maio, 44, e, com a queda, os imóveis ao lado, um de oito e outro de quatro andares, também ruíram. 

O Corpo de Bombeiros ainda procura por pelo menos 21 desaparecidos. O engenheiro, especialista em estrutura, Antonio Eulálio Pedrosa, disse pela manhã que a causa mais provável para a tragédia é alguma alteração estrutural feita no edifício maior. Eram realizadas obras no 3º e no 9º andar do prédio. "A empresa que realizava a obra pode ter retirado alguma viga a danificado toda a estrutura do prédio", afirmou.

Corpos foram resgatados na manhã desta quinta-feira | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Seis pessoas ficaram feridas. Cinco delas foram levadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e duas receberam alta. A sexta vítima procurou socorro por conta própria no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e também já foi liberada.

Três dos seis feridos no desabamento seguem internadas no Hospital Souza Aguiar. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Cristiane do Carmo, de 28 anos, sofreu uma lesão no couro cabeludo, foi submetida a uma cirurgia e está em estado estável, sem previsão de alta. André Luiz da Silva, 37, e Marcelo Antônio Moreira, 50, que seria o zelador do prédio de oito andares, seguem internados, mas devem ser liberados nesta quinta-feira.

O DIA ONLINE

'Achei que ia morrer, o telefone me salvou', diz pintor que se protegeu em elevador

POR ANGÉLICA FERNANDES

Rio - O pintor de paredes Alexandro da Silva Fonseca, de 31 anos, conseguiu se salvar do desabamento no prédio na Avenida Treze de Maio, no Centro, porque se refugiou dentro do elevador. Ele seguia para começar o expediente no 9º andar e, após o desmoronamento, pediu socorro pelo celular para um amigo que estava fora do prédio.

"Achei que ia morrer. Lembrei que estava com o celular no bolso e liguei para o meu compadre, que estava perto e e falou com os bombeiros. O telefone me salvou", afirmou Alexandro. Ele recebeu alta do Hospital Municipal Souza Aguiar e saiu sorridente ao lado de familiares. De acordo com o pintor de paredes, o elevador caiu e ficou preso entre os terceiro e quarto andares. O elevador caiu com a porta aberta.

Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Alexandro deixou hospital ao lado da mãe, Ioneide da Silva Fonseca Santos, de 60 anos | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

"A primeira coisa que pensei foi na minha família. Passou um filme na minha cabeça quando o elevador despencou. Não tinha a menor ideia do que iria acontecer, se iria ficar vivo ou morrer. Pedi muito a Deus. Orei muito. Os amigos do lado de fora me pediam para ficar calmo (pelo telefone). A única sorte que tive foi esse telefone. De dez em dez minutos ele (o amigo) me ligava para saber como eu estava. Eu falava que estava com muita fumaça, poeira e não conseguia enxergar nada. Assim foi até os bombeiros chegarem. Foi por mais de uma hora", relatou Alexandro.

Três corpos já foram encontrados, nesta quinta-feira, vítimas do desabamento. O engenheiro civil, especialista em estrutura do Crea, Antonio Eulálio Pedrosa disse pela manhã que a causa mais provável para a tragédia é alguma alteração estrutural feita no edifício de 20 andares . Eram realizadas obras no 3º e no 9º andar do prédio. "A empresa que realizava a obra pode ter retirado alguma viga a danificado toda a estrutura do prédio", afirmou.

Corpos foram resgatados na manhã desta quinta-feira | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

No total, o Corpo de Bombeiros ainda procura por pelo menos 18 desaparecidos. Seis pessoas ficaram feridas. Cinco delas foram levadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Ccentro, e duas receberam alta. A sexta vítima procurou socorro por conta própria no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e também já foi liberada. Entre as vítimas fatais localizadas nesta quinta-feira estão os catadores de papel Moises Morais da Silva e uma mulher, identificada apenas como Margarida.

Três dos seis feridos no desabamento seguem internadas no Hospital Souza Aguiar. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Cristiane do Carmo, de 28 anos, sofreu uma lesão no couro cabeludo, foi submetida a uma cirurgia e está em estado estável, sem previsão de alta. André Luiz da Silva, 37, e Marcelo Antônio Moreira, 50, que seria o zelador do prédio de oito andares, seguem internados, mas devem ser liberados nesta quinta-feira.

Entre os desaparecidos do desabamento está o analista de sistema Amado Tavares da Silva, de 45 anos. "Não quero acreditar que perdi o amor da minha vida", diz Elizabeth Senna namorada do desaparecido. Muito emocionada, Elizabeth conta que não deixará o posto de atendimento da Defesa Civil aos familiares das vítimas do desabamento. "Ficarei aqui até receber notícias dele", disse já chorando muito.

No momento do acidente, Silva estava trabalhando na empresa Tecnologia Organizacional (TO) que ficava no sexto andar do primeiro prédio que desabou. Para o presidente da empresa, Roberto Monteiro, que acompanha os trabalhos das equipes de busca, o cenário é "triste e não há muita esperança".

"Ontem (quarta) à noite, eu tinha uma equipe de 12 pessoas em treinamento na empresa. O curso terminaria às 21h. De todos os funcionários, só Amado permanece desaparecido", explicou Monteiro. Para ele, a esperança de encontrar sobreviventes fica menor a cada momento.

Crea afirma não haver registro de obra em prédio

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Equipes seguem as buscas no local da tragédia | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

O presidente do Conselho de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ), Luiz Antonio Cosenza, revelou na manhã desta quinta-feira que não há anotação no órgão de responsabilidade técnica nas duas obras que eram realizadas no prédio de 20 andares. Segundo ele, o último registro de comunicação de realização de reparos no edifício Liberdade é datado de 2008.

Ao contrário do prefeito Eduardo Paes, que praticamente descartou a possibilidade do desmoronamento ter sido provocado por uma explosão de gás, Cosenza disse que nada está sendo descartado pelo Crea. "Já sabemos que duas obras eram realizadas no terceiro e no nono andar do prédio. Para nós esse desmoronamento é uma surpresa. Segundo nossos especialistas, esses prédios do Centro do Rio são antigos e não tem um estrutura frágil. Estamos apurando o que houve", afirmou.

Ainda de acordo com Cosenza, o Crea tenta identificar o engenheiro responsável pela obra. O órgão quer saber que tipo de reforma estava sendo feita e o tipo de material usado. Caso não haja um representante técnico legal no comando da reforma, o dono da empresa pode ser denunciado por exercício ilegal da profissão, já que indiretamente teria assumido o risco.

Tragédia fecha ruas no Centro

Por conta do incidente, a Rua Evaristo da Veiga; a Avenida Almirante Barroso, entre Rio Branco e Senador Dantas, acesso à Avenida Rio Branco pela Avenida Presidente Vargas e Avenida Chile, encontram-se interditadas ao tráfego de veículos em ambos os sentidos. O desvio da Almirante Barroso para quem vem da Avenida Rio Branco está sendo feito pela Rua da Carioca. Quem vem da Avenida Henrique Valadares está sendo feito pela Rua Gomes Freire, acessando a Rua Mem de Sá e a Rua do Passeio.

De acordo com testemunhas, um tremor foi sentido pro volta de 20h30 junto de forte estrondo na hora do desabamento e uma grande nuvem branca tomou conta da região. Nos arredores do prédio foram ouvidos diversos gritos de socorro. Diversos veículos foram atingidos e há relatos de cheiro de gás no local. Cinco vítimas foram socorridas com vida logo após o desabamento e encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar.

Em virtude do desabamento a Secretaria de Estado de Saúde colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e Botafogo, que são as mais próximas. O secretário de Saúde Sérgio Côrtes também esteve no local.

O DIA ONLINE

Prédio desaba no Centro do Rio

Edifício ficava próximo ao Theatro Municipal e provocou a destruição parcial do imóvel vizinho. Relatos dão conta de tremor e forte estrondo na hora do desabamento

Rio - Um prédio de 20 andares desabou na noite desta quarta-feira na Avenida Treze de Maio, número 44, no Centro do Rio. Com a queda, os imóveis ao lado, um de oito e outro de quatro andares foram atingidos. O menor foi destruído enquanto o outro acabou parcialmente demolido. O prédio fica ao lado do Theatro Municipal, que foi atingido em seu anexo. Bombeiros, policiais militares e equipes da Prefeitura trabalham no local para encontrar vítimas. Até o momento, cinco pessoas - quatro homens e uma mulher - foram encaminhadas feridas para o Hospital Souza Aguiar.

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Por conta do incidente, a Rua Evaristo da Veiga; a Avenida Almirante Barroso, entre Rio Branco e Senador Dantas, acesso à Avenida Rio Branco pela Avenida Presidente Vargas e Avenida Chile, encontram-se interditadas ao tráfego de veículos em ambos os sentidos. O desvio da Almirante Barroso para quem vem da Avenida Rio Branco está sendo feito pela Rua da Carioca. Quem vem da Avenida Henrique Valadares está sendo feito pela Rua Gomes Freire, acessando a Rua Mem de Sá e a Rua do Passeio.

De acordo com testemunhas, um tremor foi sentido pro volta de 20h30 junto de forte estrondo na hora do desabamento e uma grande nuvem branca tomou conta da região. Nos arredores do prédio foram ouvidos diversos gritos de socorro. Diversos veículos foram atingidos e há relatos de cheiro de gás no local. Cinco vítimas foram socorridas com vida logo após o desabamento e encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar.

Arte: O Dia

Os feridos foram identificados como Marcelo Antonio Moreira, 50 anos, Francisco Rodrigues da Costa, 37, Cristiane do Carmos, 28, André, 37, e Alessandro, sem idade confirmada. Marcelo é zelador do prédio de oito andares e teve um corte na perna. Francisco, operário de uma obra no edifício maior teve ferimentos leves e já foi liberado. André também teve ferimentos leves, além de dor abdominal

Alessandro trabalhava como decorador em uma obra no 9º andar e foi resgatado dentro do elevador sem hematomas. Ele ficará em observação até o meio-dia desta quinta-feira. Já o estado de Cristiane inspira cuidados. Ela foi atingida por um bloco de concreto e sofreu uma lesão na cabeça. Cristiane trabalhava no prédio como decoradora.

Um cordão de isolamento foi formado e um prédio ao lado de 21 andares foi isolado e também correria risco de desabamento. Pessoas chegaram a ficar isoladas nos andares mais altos, já que escombros atingiram as escadas e a portaria do prédio.

O trabalho dos Bombeiros foi dificultado por conta da quantidade de carros no entorno do prédio que desabou. Desde o momento do desastre, diversas pessoas saíram dos escombros, sujos de terra, muitos chorando e alguns ensanguentados.

Em virtude do desabamento a Secretaria de Estado de Saúde colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e Botafogo, que são as mais próximas. O secretário de Saúde Sérgio Côrtes também esteve no local.

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Às 21h13, a Light foi acionada para cortar a luz em toda a região e equipes já se dirigiram ao local para realizar o serviço. Ainda não há informações sobre as causas do desabamento. A CEG também foi acionada e desligou toda a rede da região. A empresa não sabe o que pode ter causado o desastre.

Dois fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) estão acompanhando os trabalhos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. O objetivo é buscar as primeiras informações para detectar as causas do desabamento do edifício. Nesta quinta-feira, a partir das 9 horas, o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (CAPA), Luiz Antonio Cosenza, estará no local para dar prosseguimento aos trabalhos. 

O comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Sérgio Simões afirmou que não há risco de desabamento no prédio de 20 andares ao lado, que fica de frente para a Avenida Chile, e no prédio anexo ao Theatro Municipal. Simões disse ainda ser pequena a possibilidade de encontrarem sobreviventes debaixo dos escombros.

Um posto de referência, que estava na agência da Caixa Econômica Federal, foi transferido para o prédio da Câmara dos Vereadores. Lá, familiares podem buscar informações sobre pessoas desaparecidas.

Quatro estações do metrô fechadas

Visando a segurança dos passageiros, a direção do Metrô Rio fechou às 21h55 as estações Cinelândia, Carioca, Presidente Vargas e Uruguaiana, que ficam no entorno do desabamento. Nesta quinta-feira o funcionamento será nomal, informou o prefeito Eduardo Paes. 

A linha 1 funciona de Saens Pena até a Central e da Glória até General Osório, sendo interrompida no trecho do Centro. A linha 2 funciona da Pavuna até Estácio. Para ir à Central, é preciso fazer a transferência para a linha 1. A baldeação será no Estácio para desafogar a estação Central.

Foto: Leitor @rodriggomiranda

Poeira branca tomou conta de ruas do Centro | Foto: Leitor @rodriggomiranda

Os técnicos da concessionária, junto à Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, começaram a avaliar na noite desta quarta-feira se a tragédia afetou alguma estrutura do metrô ou se há vazamento de gás na região.

Testemunhas relatam pânico

Um homem que estava em frente ao prédio afirmou que ajudou a retirar três pessoas feridas dos escombros após o acidente. Orlando Silvino, de 52 anos, estava em um churrasquinho na frente da construção e afirmou que as pessoas foram levadas para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro.

O analista de sistemas Fernando Amaro, de 29 anos, também estava na frente do prédio e contou que fugiu das primeiras pedras que cairam antes do desabamento total. De acordo com Fernando, ele aguardava um grupo de 10 amigos que faziam um treinamento no 6º andar. Os bombeiros aumentaram o isolamento no local para impedir a aproximação de curiosos.

Reportagem de Bruno Menezes, Christina Nascimento, Clarissa Mello, Diogo Dias, Francisco Edson Alves, Guilherme Santos, Maria Luisa Barros, Pamela Oliveira, e Ricardo Albuquerque

O DIA ONLINE

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Delegada que se diz agredida pelo marido juiz faz exame de corpo de delito

Marcelo Gomes

A delegada Helen Sardenberg saiu, às 17h50m desta terça-feira, do Tribunal de Justiça do Rio (TJ), onde pediu o afastamento de sua casa do marido, o juiz Murilo Kieling, do 3º Tribunal do Júri da Capital. A delegada pediu também que o magistrado seja proibido de ficar a menos de 50 metros dela.

As duas medidas estão previstas na Lei Maria da Penha, que protege mulheres vítimas de violência doméstica. A delegada entregou o pedido à Presidência do TJ, que deverá encaminhar o caso à Corregedoria. Helen permaneceu cerca de uma hora no Tribunal.

No início da tarde, a delegada esteve no Instituto Médico Legal (IML) para ser submetida a exame de corpo de delito. O laudo do IML atestou que Helen tem uma equimose nas costas. É com base neste laudo que ela pediu que seu marido seja proibido de permanecer em casa. O casal tem dois filhos pequenos.

— Há dois meses estou tentando me separar e venho sofrendo assédio moral. Ele me xinga de coisas impublicáveis, até na frente das crianças. Na noite de domingo, durante mais uma discussão, ele me agrediu com soco nas costas, saiu de casa e foi dar parte contra mim na 77ª DP (Icaraí).

Quando eu soube, também fui à delegacia me defender. Não é porque sou delegada que estou fazendo isso. Toda mulher que é vítima de violência doméstica tem o direito de se defender.

Extra Online

Poda de árvores motivou apagão no Rio e na Baixada, diz Furnas

Empresa diz que linha de transmissão foi afetada devido a serviços no município de Rio Claro

Rio - Furnas informou, na tarde desta terça-feira, que o desligamento das linhas LT Angra-São José e LT Adrianópolis-São José ocorreu devido a serviços de poda seletiva de árvores no distrito de Lídice, no município de Rio Claro.

Durante o serviço foi provocado um curto-circuito que causou o desligamento de dois circuitos de 500kV que alimentam a Subestação São José, localizada na Baixada Fluminense. De acordo com a nota, não houve danos aos equipamentos e as linhas de transmissão foram imediatamente liberadas para reenergização.

Fornecimento restabelecido

Também nesta terça-feira, a Light informou que o fornecimento de energia elétrica foi totalmente restabelecido em bairros da Zona Norte por volta do meio-dia. Às 10h30, houve oscilação de energia em diversos bairros e interrupção no fornecimento em pontos da Zona Norte, Ilha do Governador e Baixada Fluminense. A interrupção afetou cerca de 840 mil clientes da Light e 100 mil da Ampla, na Baixada, elevando a 940 mil o total de pessoas afetadas pelo apagão.

Apesar da informação divulgada pela Light, usuários ainda relatam que trechos do bairro Engenho da Rainha estão às escuras. De acordo com o internauta @Otto_Guilherme, a Rua Mário Ferreira ainda não tem energia.

Foto: Felipe Schmidt / Agência O Dia

Estação da Pavuna ficou fechada por 40 minutos | Foto: Felipe Schmidt / Agência O Dia

A falha na transmissão de energia ocorreu no Sistema Interligado Nacional (SIN) e não tem relação com o sistema de distribuição da Light.

A Linha 2 do metrô e o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, tiveram serviços prejudicados pela pane elétrica. A falta de energia não poupou nem o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório. Ele postou no Twitter que ficou 20 minutos parado no teleférico do Complexo do Alemão, que, segundo ele, funciona con geradores apenas para retirar passageiros.

Problemas também na Baixada
Bairros da Zona Norte, como Bonsucesso, Quintino, Piedade, Vila da Penha, Olaria e Ilha do Governador foram afatedos. Na Baixada Fluminense, moradores de São João de Meriti, Caxias e Nova Iguaçu também reclamaram de apagão.

Segundo a Ampla, o fornecimento de energia já foi restabelecido nos bairros de Campos Elísios, Saracuruna , Jardim Primavera, Figueira, Mauá e Parque Império, em Duque de Caxias, afetados pelo desarme da substação de São José, pertencente a Eletrobras Furnas. A interrupção ocorreu de 10h41 às 11h36, afetando 100 mil clientes da distribuidora.

Foto: Felipe Schmidt / Agência O Dia

População sofre com falta de luz na Zona Norte, Baixada e Ilha do Governador | Foto: Felipe Schmidt / Agência O Dia

A concessionária MetrôRio informou por volta das 11h57, através do Twitter, que a linha 2 já opera normalmente de Pavuna a Botafogo. Durante o apagão, o trecho entre Inhaúma e Pavuna foi temporariamente interrompido e a linha 2 operou apenas de Maria da Graça a Botafogo. De acordo com a empresa, por volta das 11h45, o fornecimento de energia foi restabelecido.

De acordo com a Infraero, o fornecimento de energia no Galeão começou a ser normalizado por volta das 11h. Várias companhias fecharam seus guichês e painés eletrônicos ficaram apagados. Nenhum voo foi prejudicado.

Segunda-feira caótica no metrô

A segunda-feira foi caótica para aqueles que precisaram se deslocar no metrô. Quatro estações fecharam, as demais superlotaram e passageiros encararam momentos de desespero trancados por até 40 minutos nas composições, sem informação sobre o que ocorria.

Foto: Agência O Dia

Na estação de metrô da Central, plataforma estava abarrotada de passageiros | Foto: Agência O Dia

Os que optaram por ônibus ou carro sofreram com as interdições e inversões de mão nas ruas do Centro para obras do Porto Maravilha — o engarrafamento chegou ao Aterro do Flamengo, Ponte Rio-Niterói e Avenida Brasil.

'Filme de terror'

“Parecia filme de terror. O metrô ficou parado entre as estações e ninguém dizia o que estava acontecendo. As pessoas ficaram desesperadas batendo nos vidros. Teve gente que desmaiou. Tentamos falar no mecanismo de emergência, mas ninguém respondia. Algumas pessoas mudaram de vagão pelas portas das composições para tentar informação”, conta o comerciante Rodrigo Henriques, 31, que ficou parado entre Catete e Largo do Machado. Ele saiu encharcado de suor.

Mãe de Rodrigo, Rosana Andrade, 50, é hipertensa e teve que ser amparada: “Achei que ia morrer, foi um horror. O metrô estava tão cheio quando deu o problema que as pessoas não conseguiam se mexer. Estava difícil respirar. O ar condicionado não deu vazão e ficou muito quente”.

A série de problemas no metrô começou por volta das 8h50. Passageiros que seguiam para a Pavuna precisaram desembarcar na Glória por causa de um defeito na porta da composição. Pouco depois, na estação Central, outro trem apresentou avarias e causou atraso nas viagens.

Sem visão

O problema mais grave ainda estava por vir. Por causa de pane no sistema de sinalização automática, as estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos, Cantagalo e General Osório fecharam entre 10h50 e 11h20. O intervalo entre os trens chegou a 12 minutos.

“Fiquei mais de meia hora entre as estações Siqueira Campos e Cardeal Arcoverde. Como a sinalização ainda não tinha voltado, a condutora disse que iria visualizar a próxima a olho nu”, conta o advogado Nelson Mendes, 27.

Viagem termina em caminhada na linha férrea

Problemas técnicos também atingiram um trem da SuperVia que seguia de Santa Cruz para a Central do Brasil. Mais uma vez, os passageiros tiveram que desembarcar da composição e caminhar cerca de 400 metros nos trilhos até a estação mais próxima.

A falha no sistema elétrico foi identificada às 15h39, próximo à estação Central. Mais cedo, por volta das 6h30, passageiros de duas composições do mesmo ramal precisaram mudar de trem. A concessionária afirmou que a baldeação foi realizada por causa de uma vistoria de rotina.

A Agetransp, agência que regula o transporte ferroviário e metroviário, instaurou dois processos para apurar os motivos dos incidentes no metrô. Sobre o trem, o órgão não informou se vai investigar a causa do problema nem se vai lavrar multa.

Corrida por ônibus e táxi

Com estações superlotadas, atrasos e sem informações sobre o que estava acontecendo, muitos usuários do metrô desistiram de usar o transporte público. Na estação de Botafogo, passageiros disputavam táxis. Na estação Central do Brasil, ônibus saíram lotados para as Zonas Norte e Sul.

O DIA ONLINE

Emissão de guias do IPVA 2012 está suspensa até sexta, diz Detran

Rio - Em virtude da atualização da base de dados, a emissão de guias do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotor (IPVA) 2012 está suspensa até sexta-feira. A partir de sábado, as guias poderão ser emitidas normalmente, conforme informou a Secretaria de Fazenda, em nota divulgada nesta terça-feira. 

Foto: Divulgação

Nova tabela de pagamento do IPVA | Foto: Divulgação

A mesma questão resultou em alterações na tabela de pagamento do IPVA. Assim, o pagamento da cota única com desconto e da primeira parcela das placas terminadas em zero, 1, 2, 3 e 4 foi prorrogado, respectivamente, para os dias 12, 14, 15, 19 e 21 de março. A segunda e terceira parcelas destas mesmas placas  também tiveram suas datas modificadas, como se pode  observar na tabela. Os vencimentos das demais placas serão mantidos nas mesmas datas divulgadas anteriormente.

O DIA ONLINE

sábado, 14 de janeiro de 2012

Jovem é assassinado em seu apartamento na Barra da Tijuca

POR MARIA INEZ MAGALHÃES

Rio - Funcionário da Unimed da Barra Marcelo Fortes Marins, 34 anos, foi encontrado morto na manhã desre sábado em seu apartamento na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Ele estava com as mãos amarradas para trás com um fio, várias marcas de pancadas no peito e, principalmente no rosto, deitado de bruços no chão da sala de short. O corpo foi encontrado por um vizinho que viu  a porta do apartamento entreaberta. A Divisão de Homicídios (DH) investiga se Marcelo foi vítima de latrocínio.

A especializada já tem um suspeito e acredita que pode ser alguém conhecido da vítima, já que peritos não encontraram no apartamento sinais de arrombamento na casa.

Marcelo morava sozinho e, segundo a polícia, o apartamento estava revirado mas porque ele estava arrumando a casa que foi lacrada para uma nova perícia. “Ele era um rapaz ótimo. Nunca soube de nada errado dele”, disse uma vizinha. O laufo do Instituto Médico-Legal (IML) vai dizer se a causa da morte foram ou não as pancadas.

Muito chocados com o crime, amigos de trabalho e parentes estiveram na DH mas não quiseram comentar o caso. O enterro de Marcelo será neste domingo.

O DIA ONLINE

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Greve dos policiais militares do Rio pode acontecer em pleno Carnaval

Na próxima quarta-feira, os líderes do movimento grevista da Polícia Militar do Rio de Janeiro devem se reunir para traçar suas reivindicações e estratégias. O descontentamento da tropa ganhou força das redes sociais e a maioria dos agentes é favorável à greve, que tenta melhorar as condições de trabalho da categoria.

Os responsáveis pelo movimento defendem que a greve deve acontecer pouco antes do começo do Carnaval carioca, em fevereiro. Para eles, a necessidade de proteção durante a festa será fundamental para pressionar o governo.

O único temor dos policiais é não conseguir mobilizar toda a tropa a tempo, já que falta pouco mais de um mês para o Carnaval. Porém, antes mesmo da greve começar, o governo se sentiu ameaçado pelo movimento e antecipou um reajusta de 20% para os policiais, além de reduzir os critérios de tempo para promoções. Atualmente, os PMs do Rio têm o pior salário do Brasil.

A tentativa do governo em acalmar os ânimos dos PMs acabou dando mais força aos grevistas, que tiveram a inspiração para promover a greve vinda dos policiais civis e militares do Ceará, que tiveram seus pedidos atendidos após entrarem em greve simultaneamente.

Jornal do Brasil

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Marquise que desabou em loja de Magé, matando um, estaria amarrada ao imóvel

Extra

Foi identificado como Alexandre da Silva, de cerca de 40 anos, o homem morto depois que a marquise de uma loja de produtos automotivos desabou em Magé, na Baixada Fluminense, na manhã desta quarta-feira. Ele seria dono do comércio, localizado na BR 093 (Magé-Manilha). Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar estão no local aguardando a perícia.

A fachada da loja, depois do desabamento

A fachada da loja, depois do desabamento Foto: Divulgação / Prefeitura de Magé

Segundo o coordenador de Defesa Civil de Magé, Gilber Tâmara, o imóvel foi interditado e, assim que a perícia terminar, agentes do órgão farão uma vistoria no local. Há informações de que a marquise era uma adaptação que foi acoplada, por amarração, à estrutura do estabelecimento.

As informações são da assessoria de imprensa da Prefeitura de Magé

Extra Online

SUS vai bancar a troca de próteses de silicone das marcas PIP e Rofil

Brasília - O Sistema Único de Saúde (SUS) irá bancar a troca de próteses de silicone de seios que estejam rompidas de mulheres com implantes das marcas francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa Rofil. Serão atendidas pacientes que fizeram o implante para uma reconstrução mamária ou por fim estético nas redes pública ou particular.

Anteriormente, o Ministério da Saúde havia informado que o atendimento estava garantido para as pacientes que tivessem feito somente o implante mamário por causa de questões de saúde, como retirada de um seio por causa de câncer. A rede pública faz cirurgias de implantes de silicone nos seios somente para reparação.

A mudança ocorreu depois de determinação da presidenta Dilma Rousseff, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano.

“A partir do momento que se identifica a ruptura do implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e vai amparar as mulheres independentemente da origem da prótese”, disse Barbano, após reunião com representantes dos cirurgiões plásticos e mastologistas.

A rede pública irá financiar a retirada da prótese e também a colocação de outra, conforme Barbano. Estima-se que 12,5 mil brasileiras usam implantes da PIP e 7 mil da Rofil. As duas empresas usaram silicone industrial, não indicado para próteses de seio. O produto aumenta o risco de ruptura do implante ou vazamento o que provoca inflamação da mama ou outros problemas de saúde.

De acordo com Barbano, 39 mulheres enviaram queixas a Anvisa de ruptura da prótese da PIP desde abril de 2010. Elas relataram dores e deformidade no implantes e, após exames, foi constatada a ruptura. As usuárias, segundo o diretor, já fizeram a troca do implante.

A Anvisa e os médicos farão um rastreamento das pacientes para chamá-las para uma avaliação clínica. Ainda hoje, deve ser divulgado um protocolo e uma lista de quais exames as pacientes devem fazer e os serviços de saúde públicos a serem procurados.

A agência reguladora mantém a posição que o implante deve ser removido somente em caso de ruptura ou risco aparente e descarta uma retirada preventiva, como foi recomendada pelo governo francês e a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.

Com informações da Agência Brasil

O DIA ONLINE

Bombeiros encontram família soterrada dentro de Fusca em Sapucaia

Rio - Homens do Corpo de Bombeiros encontraram na tarde desta quarta-feira um Fusca que foi soterrado com uma família inteira em seu interior, após deslizamento nas Rua dos Barros, no distrito de Jamapará, em Sapucaia, no Centro-Sul Fluminense. Segundo informações da prefeitura do município, foram localizados cinco corpos no veículo.

Segundo informações de moradores da região, com o começo da chuva forte, no domingo, a família saiu de casa e buscou abrigo no automóvel, recém-comprado. Com o deslizamento, o automóvel acabou atingido, enquanto a residência da família acabou ficando praticamente intacta, com ocorrência de queda de barreira apenas na cozinha do imóvel.

Fotos: Divulgação

Veículo foi atingido pelo soterramento e cinco pessoas morreram | Fotos: Divulgação

Estavam no carro Francisco Edézio Lopes, de 46 anos, Valdinéia sua esposa, as duas filhas do casal, Francine, de 15 anos, e Vitória, de 7, e ainda um primo, Sebastião Lopes. Outro irmão do lavrador, José Osnir Lopes, estava com a família, mas preferiu ficar dentro da casa e se salvou, já que o imóvel não foi atingido e o carro soterrado.

Os corpos de outras 13 vítimas já haviam sido localizados até a noite de terça-feira. O deslizamento aconteceu na madrugada de segunda-feira e atingiu nove casas.

A meta das equipes de resgate é terminar o trabalho de buscas por vítimas do deslizamento em Jamapará, em Sapucaia, no Centro-Sul Fluminense, até quinta-feira. A informação foi dada nesta quarta pelo secretário estadual da Defesa Civil, Sérgio Simões. Uma máquina hidráulica usada para fragmentar rochas de grandes dimensões facilita o trabalho no local. "Nossa meta é terminar o trabalho até amanhã (quinta-feira), mas a área ainda pode apresentar deslizamentos", disse Simões.

Foto: Alex Oliveira / Folha Popular

Em Sapucaia, 60 homens do Corpo de Bombeiros, cães e voluntários buscam por vítimas do deslizamento | Foto: Alex Oliveira / Folha Popular

As buscas pelos corpos remomeçaram por volta das 7h30 desta quarta-feira. Na noite desta terça-feira, os trabalhos chegaram a ser interrompidos devido ao aumento da intensidade das chuvas no local.

Saques registrados

A Defesa Civil liberou a entrada de moradores nas casas que estão interditadas, pois já houve registro de saques. "Vou tirar as coisas de mais valor. Estou com medo de saquearem meus pertences. Não confio mais, tentaram invadir minha casa pela janela", disse o morador Manoel da Silva, de 63 anos.

O secretário municipal de Defesa Civil do município, Marco Antonio Teixeira, disse nesta quarta-feira que, por conta dos deslizamentos, 50 casas já foram interditadas e outras 80 podem ser fechadas nas próximas horas.

A chuva já deixa 11.650 pessoas fora de casa, entre desalojados e desabrigados no estado. Em Sapucaia, o risco de novos deslizamentos dificulta o trabalho dos bombeiros. Nesta terça-feira, cinco vítimas foram sepultadas. A previsão é de chuva forte em todo estado até quinta-feira.

Reportagem de Christina Nascimento, Felipe Freire e Lívia Aragão

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