segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Menina desaparece em Duque de Caxias

Priscilla Souza

O desaparecimento de uma menina, de 6 anos, no bairro do Divino, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, intriga a Polícia Civil, que ainda não tem pistas sobre o paradeiro da criança. Lavinia Azeredo de Oliveira sumiu de dentro do quarto onde dormia por volta das 5h de domingo. Quando acordou, a mãe já não encontrou mais a filha em casa. Andreia Azeredo percebeu que uma das janelas e a porta estavam abertas.

Lavinia Azeredo de Oliveira / Foto: Reprodução

- Eu fechei a janela do quarto quando coloquei ela para dormir e tranquei a porta. A janela só abre por dentro. Eu acredito que alguém chamou minha filha e a atraiu pra fora de casa - disse a mãe.

A casa não tinha sinais de arrombamento. Para chegar à janela do quarto da menina, é necessário passar pelo portão da casa e pela garagem. A família afirma que não ouviu barulho algum na madrugada.

Família acusa amante

A amante do pai de Lavínia é uma das suspeitas. Luciene Reis Santana, de 24 anos, foi acusada pelo pai da menina, Rony dos Santos de Oliveira, de ter sequestrado a criança em retaliação ao fato de ele não ter aceitado manter o romance. Rony ficou na casa de Luciene, no bairro Pantanal, até às 3h, horas antes do desaparecimento da menina.

- Eu estava na casa dela. Nós brigamos porque ela não aceitava que eu não queria mais. Até ameaçou se matar. Eu voltei para casa e, de manhã, minha filha tinha sumido. Eu só quero a minha filha de volta - afirmou o pai.

Em depoimento na 60ª DP (Campos Elíseos), Luciene confirmou o relacionamento com o pai de Lavínia, mas negou que tenha sequestrado a menina. O delegado Robson Rocha afirma que, para a polícia, o sumiço da criança ainda é um mistério.

- Nós estamos na estaca zero. A Luciene é uma das suspeitas, mas nós não descartamos ninguém. Há muitas contradições a serem verificadas. Nossa luta inicial é contra o tempo. A gente quer encontrar a menina viva - ressaltou o delegado.

Peritos estiveram na casa da família e colheram impressões digitais. A polícia pediu ainda a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos para ajudar nas investigações.

Casos de Polícia - Extra Online

Após cinco horas de depoimento, Verônica desabafa: 'Meu marido é um monstro'

Aos prantos, funkeira rebate acusações de Márcio Costa e o chama de 'covarde'

Rio - Após cinco horas de depoimento na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Verônica Costa deixou o local por volta das 13h30 nesta segunda-feira e fez um desabafo para os jornalistas. A funkeira e ex-vereadora chegou por volta das 7h30 para se defender da acusação de agressão e cárcere privado contra o marido, o empresário Mário Costa.

"Ele (Márcio Costa) precisa de ajuda médica. Ele só gosta de dinheiro. Não tenho como perdoá-lo. Em um mês perdi 18 quilos. Ele sempre me batia e eu nunca ia na delegacia. Ele quando está drogado é um cara covarde. Não mereço isso. A Justiça vai provar minha inocência. Meu marido é um monstro", criticou.

                           

Aos prantos, Verônica chamou o marido de 'drogado' e 'covarde' | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Bastante emocionada, a funkeira chorou muito e não poupou críticas ao marido. "As mulheres não podem deixar o marido bater. Quando deixa levantar a mão, a pessoa tem que ir à delegacia. Não podemos sofrer delegacia. Faltava coragem para largar ele. Se ele não tivesse me exposto tanto, eu continuaria casada com esse monstro. Quem se mistura com porcos, farelo come. Não quero mais me envolver em nenhuma relação amorosa. Minha palavra perdeu a credibilidade por causa disso tudo".

Perguntada sobre as supostas agressões, Verônica Costa negou que tenha torturado o marido. "A polícia não achou nada na minha casa. O Márcio sempre me arrancou dinheiro. Depois de ter inventado essa história toda, ele ainda esteve na minha casa e roubou quatro computadores do meu filho Jonathan e uma filmadora da minha produtora. Minha família e meus amigos já tinham me alertado. Só eu e meus filhos sabem do meu sofrimento. Sou uma pessoa feita de amor e a Justiça vai provar minha inocência".

Acusada de tortura

Na noite da última terça-feira, antes de ser hospitalizado, Márcio registrou ocorrência na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) alegando que Verônica, os dois irmãos, o cunhado e o padrasto amarraram seus braços e pés com correntes, o agrediram e o torturaram por quase 20 horas. Ele disse ainda que jogaram produto químico e ameaçaram atear fogo.

Foto: Divulgação

O marido de Verônica Costa, Márcio Costa, passou por uma cirurgia plástica por causa das queimaduras | Foto: Divulgação

A funkeira, no entanto, se defendeu dizendo que o marido teria chegado em casa machucado e alcoolizado, exigindo-lhe R$ 100 mil. Como se recusou a fornecer a quantia, Verônica afirma que teria sido chantageada pelo companheiro.

Gasolina no banheiro

Na quarta-feira, uma perícia foi realizada na casa da ex-vereadora. No local foram encontrados gasolina no banheiro e gaze, que segundo Márcio, teria sido usada para tapar seus olhos. O crime de tortura é considerado hediondo pela Legislação Brasileira. Caso seja condenada, Verônica pode pegar até 20 anos de cadeira.

Casal problemático

Márcio é sobrinho do empresário Rômulo Costa, dono da Furacão 2000 e ex-marido de Verônica. O relacionamento do casal sempre foi marcado por polêmicas: em setembro, Verônica teria sido agredida por Márcio. Ela chegou a registrar queixa na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), em Jacarepaguá, em outubro, após as eleições. Em depoimento, a Mãe Loura afirmou que o marido apontou uma pistola para a cabeça dela e apertou o gatilho.

O DIA ONLINE - RIO

Crystal: Polícia vai indiciar motorista por homicídio culposo de trânsito

Rio - A Polícia Civil vai indiciar por homicídio culposo Moacir dos Santos, 52 anos, motorista do veículo em que estava a menina Crystal, de apenas um ano e dois meses.

O carro caiu no Rio Morto, no Recreio, na Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira. Crystal veio a falecer um dia depois. Segundo a polícia, o aposentado inicialmente iria responder por lesão corporal de trânsito, mas com a morte da menina a situação mudou. Caso seja constatado álcool nos exames feitos por Moacir o caso pode ficar mais grave.

Pais passal mal no enterrro

O enterro da menina Crystal, de apenas um ano e dois meses, aconteceu na tarde do último sábado, no cemitério de Inhaúma e foi marcado por muita tristeza e emoção. A mãe dela, Elisivane Cardoso, precisou ser amparada por parentes. A tia de Crystal, Elisane Rocha, passou mal e chegou a desmaiar durante o enterro.

A menina estava internada desde a tarde de quinta-feira, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Miguel Couto, na Gávea, após ser resgatada com vida de uma profundidade de quatro metros e ficar submersa por 20 minutos, no Rio Morto, onde o carro que ela viajava com a mãe caiu.

Foto: Carlos Wrede/ Agência O Dia

A mãe (E)  e a tia (D) de Crystal precisaram ser amparadas durante o enterro | Foto: Carlo Wrede/ Agência O Dia

A avó materna de Crystal rebateu as acusações de maus tratos feitas pela mãe de Alessandro Sabino, pai da criança. "A declaração dela é uma mentira. Nunca houve maus tratos", desabafou. Sobre o motorista que dirigia o carro durante o acidente, a avó afirmou: "Nunca tinha visto aquele traste".

No início da madrugada, o pai de Crystal, o enfermeiro Alessandro Sabino, de 26 anos, e a mãe dele, Liziet Fátima Sabino Faria, de 57 anos, deixaram o Hospital Miguel Couto. Amparado por familiares, ele saiu sem falar com os jornalistas.

A família da mãe também acusou o pai. Segundo Elisane Rocha, de 30 anos, tia de Crystal, Alessandro nunca se interessou em registrar a criança. Ainda segundo ela, ele só começou a pagar a pensão da filha após determinação da Justiça.

Foto: Carlos Wrede/ Agência O Dia

Familiares e amigos se despedem da menina | Foto: Carlos Wrede/ Agência O Dia

SEM HABILITAÇÃO

O bebê estaria sem cadeirinha, ao lado da mãe, Elisivane Cardoso da Costa, 26 anos, no banco de trás do Audi dirigido pelo aposentado Moacir dos Santos, 52.

O motorista, que estava com carteira de habilitação vencida há oito anos, confessou que ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir. Ele perdeu a direção ao tentar uma ultrapassagem arriscada, caindo no rio.

O motorista, Elisivane e outra mulher que estava no carro saíram ilesos.

O laudo do IML com a causa da morte de Crystal será divulgado daqui a 10 dias.

O DIA ONLINE - RIO

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tristeza pela morte de Crystal

Menina morre um dia depois de ser salva de afogamento e comove até equipe de resgate

Rio - Resgatada com vida de uma profundidade de quase quatro metros no Rio Morto, no Recreio dos Bandeirantes, quinta-feira, após ficar 20 minutos submersa, Crystal da Silva Cardoso, de 1 ano e 2 meses, não resistiu a complicações e morreu às 20h30 desta sexta-feira.

Médicos tentavam salvá-la durante todo o dia, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde, na porta, vários bombeiros que a tinham socorrido, parentes, vizinhos e até desconhecidos fizeram corrente de fé pela recuperação do bebê. A causa da morte será divulgada após a liberação do laudo do IML.

Foto: Ivaldo A. Silva / Agência O Dia

Cristal da Silva Cardoso, de 1 ano e 2 meses,  foi localizada no fundo do canal, desacordada | Foto: Ivaldo A. Silva / Agência O Dia

Indiciado

“Tive um pressentimento ruim hoje à tarde, embora estivesse cheio de esperança de que ela sobrevivesse. Infelizmente, ela era muito frágil e lutou até onde pôde pela vida. Para nós, fica apenas a sensação de que cumprimos nosso dever. Mas a vitória completa era ela vencer a morte”, lamentou o cabo bombeiro Luiz Carlos Castellar, 33 anos, do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, ao saber da morte da criança através de O DIA.

Ao chegar ao local, 20 minutos depois do acidente, Catellar levou menos de um minuto para encontrar a menina, mesmo com a água turva pela poluição. O último boletim médico, no final da tarde, dava conta de que estava em estado grave, mas estável, respirando por aparelhos.

“Nossos bravos guerreiros estão arrasados, mas prontos novamente amanhã (hoje) para realizar novos e difíceis salvamentos. Somos treinados para isso, embora seja difícil separar o lado profissional do emocional”, disse o relações públicas do Corpo de Bombeiros, coronel Evandro Bezerra.

SEM HABILITAÇÃO

O bebê estaria sem cadeirinha, ao lado da mãe, Elisivane Cardoso da Costa, 26 anos, no banco de trás do Audi dirigido pelo aposentado Moacir dos Santos, 52.

O motorista, que estava com carteira de habilitação vencida há oito anos, teria confessado que ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir.

Ele perdeu a direção ao tentar uma ultrapassagem arriscada, caindo no rio. O motorista, Elisivane e outra mulher que estava no carro saíram ilesos.

Foto: Ivaldo Silva / Agência O Dia

A menina é retirada do canal pelo Corpo de Bombeiros e voluntários que ajudaram no resgate | Foto: Ivaldo A. Silva / Agência O Dia

Na 42ª DP (Recreio), onde foi indiciado por lesão corporal culposa, Moacir agora poderá responder também por homicídio. O Detran abriu processo para cassar a carteira de habilitação dele.

A tia de Crystal, Elisane Rocha, 30 anos, disse que o pai da criança nunca quis registrar a menina, e só pagou pensão no mês passado por determinação da Justiça. Ele e alguns familaires tentaram agredir a mãe da criança, mas foram contidos.

Família: queixa de maus-tratos à criança

Pela manhã, a avó paterna de Crystal, Liziet Fátima Sabino Faria, 57 anos, se queixou que o bebê era vítima de maus tratos pela mãe, Elisivane, desde que nasceu. Por esse motivo, ela e o filho, o enfermeiro Alessandro Sabino, 26 anos, tentavam obter a guarda da criança.

“Ela dá surras na minha neta por motivos banais e costuma deixá-la sozinha em casa. Há um bom tempo nós temos denunciado isso à Justiça. Só espero que agora não seja tarde”, desabafou Liziet, mostrando documento com marcação de audiência sobre o caso para junho.

Abalado, Alessandro, que só viveu três meses com Elisivane, não deu declarações. A mãe da criança passou o dia no hospital com a filha e também não falou sobre o assunto.

O cabo bombeiro Luiz Carlos Castellar, 33 anos, que resgatou Crystal do fundo do rio, foi abraçado e cumprimentado como herói nas ruas, nesta sexta-feira, assim como os colegas da equipe de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca.

Pescador fica abalado com a perda

O pescador Antônio de Oliveira Nunes, 56 anos, que fez o resgate da mãe de Crystal e do casal de amigos, submersos no Rio Morto, ficou muito abalado com a morte da menina. Ele recebeu a notícia na noite de ontem e, no primeiro momento, não acreditou.
“Pensava em visitá-la neste sábado no hospital. É muito sofrimento, uma morte tão jovem, mas fiz o que podia e isso me conforta”, desabafou.

Ex-gari e morador da comunidade do Terreirão, Antônio voltou ontem ao local da tragédia e achou, abandonado, à margem do canal, um para-choque dianteiro, com a placa de São Paulo FYT 9999, que seria do Audi acidentado. Emocionado, lembrou que pescava, a 100 metros de distância, quando viu o carro capotar e mergulhar no canal.

“A menina, que estava sentada numa cadeira que parecia ser de plástico, foi cuspida e desapareceu. Saí correndo, desesperado, mergulhei no canal, e salvei a mãe do bebê e o casal de amigos. Foi uma cena horrível”, frisou.

Reportagem de Francisco Edson Alves e Geraldo Perelo

O DIA ONLINE - RIO

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vêronica Costa é procurada pela polícia

Thamyres Dias

Policiais da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) tentam localizar a funkeira Verônica Costa. Ela será intimada a prestar esclarecimentos à polícia por causa das supostas agressões ao marido, Márcio Costa. A funkeira pode ser indiciada pelo crime de tortura.

 

Verônica Costa / Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira, o segurança do condomínio onde o casal vive e um vizinho que ajudou a socorrer Márcio Costa prestaram depoimento na delegacia. Os policias que investigam o caso fizeram uma perícia na residência de Verônica e Márcio Costa. Eles encontraram gasolina e gaze, que teriam sido usados na suposta sessão de tortura.

O marido da funkeira Verônica Costa acusa a mulher de tortura e tentativa de homicídio. Márcio Costa, esteve, na noite desta terça-feira, na 42ª DP. Segundo o empresário, por volta de 21h de segunda-feira, o irmão, a irmã, o cunhado e o padrasto da funkeira foram até a residência do casal.

Em seguida, por ordem de Verônica, eles teriam amarrado Márcio Costa no banheiro e iniciado uma sessão de agressões e tortura. Márcio Costa só conseguiu escapar na terça-feira à tarde, quando pulou o muro e pediu ajuda a um vizinho.

Casos de Polícia - Extra Online

Vereadores de Duque de Caxias são transferidos para presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul

Extra

Dois vereadores de Duque de Caxias e outros dois supostos milicianos presos durante a Operação Capa Preta foram transferidos, nesta quarta-feira (23/02), para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

O pedido de transferência foi feito pelo subprocurador-Geral de Justiça de Atribuição Originária Institucional e Judicial do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Antônio José Campos Moreira, diante da suspeita de participação deles em uma série de crimes, inclusive dois homicídios, cometidos desde a operação, realizada em dezembro de 2010.

O vereador Chiquinho Grandão, de Duque de Caxias, foi transferido para Campo Grande / Foto: O Globo / Arquivo

Até então custodiados no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, o vereador Jonas Gonçalves da Silva (o Jonas É Nós) e o soldado PM Ângelo Sávio Lima de Castro (o Castro) seguiram do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a penitenciária de segurança máxima às 7h30m.

A transferência contou com o auxílio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O mesmo destino tiveram o vereador Sebastião Ferreira da Silva (o Chiquinho Grandão) e Éder Fábio Gonçalves da Silva (o Fabinho É Nós) – ex-PM e filho de Jonas, que estavam no Complexo Penitenciário de Gericinó. A permanência em Campo Grande, conforme decisão da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ocorrerá durante prazo inicial de 360 dias.

De acordo com a investigação que deflagrou, em 21 de dezembro, a operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco), a milícia Família É Nós era a mais bem estruturada de Caxias, na Baixada Fluminense.

Mesmo presos e respondendo à ação penal pelo crime de quadrilha armada, os líderes do bando continuaram agindo para cooptar, coagir e matar autoridades e testemunhas que prestaram declarações contra eles. O subprocurador-Geral de Justiça ressaltou o êxito da parceria com a Draco e os delegados Cláudio Ferraz e Alexandre Capote.

— A medida foi a resposta necessária aos atos atentatórios à vida humana e à dignidade da Justiça, colocando a cúpula da perigosa quadrilha longe de sua base territorial e área de influência — acrescentou Campos Moreira.

Crimes em série na Baixada

O sargento reformado da Polícia Militar Nelson Franco Coutinho foi morto a tiros em 27 de janeiro, por volta das 10h, quando dirigia seu veículo na Avenida Pelotas, em Jardim Gramacho, área de atuação da milícia. Ele havia atuado como informante no curso das investigações e, pouco antes de ser assassinado, revelara que os quatro milicianos planejavam matar todos que contribuíram para a prisão deles.

Em 5 de fevereiro, por volta das 20h, Lucas José Antônio, que figurava como testemunha, foi assassinado a tiros de grosso calibre em frente ao seu estabelecimento comercial, no bairro São Bento, outra área de atuação da quadrilha. Pouco antes do homicídio, a Draco obteve a informação de que ele vinha sendo coagido pelos integrantes da cúpula da milícia a negar o teor das declarações que prestou no Inquérito Policial.

No mesmo dia em que a operação foi deflagrada (21/12), a polícia obteve a informação de que os integrantes da Família É Nós planejavam um atentado contra o delegado Substituto da Draco, Alexandre Capote.

Em 25 de janeiro, uma testemunha foi à sede da delegacia e informou ter sofrido ameaças de morte, além de ter sido perguntada se aceitaria mudar seu depoimento em troca de R$ 200 mil. Em 4 de fevereiro, outra testemunha prestou declarações na sede do MP e informou que foi abordada por Jonas É Nós, que lhe perguntou se aceitaria dinheiro para negar o conteúdo das declarações.

Venda de armas para traficantes do Alemão

A Operação Capa Preta cumpriu 34 mandados de prisão contra pessoas denunciadas pelo MPRJ pelo crime de quadrilha armada, resultando na captura de 30 milicianos. Buscas e apreensões foram realizadas em 57 endereços, inclusive na Câmara Municipal de Duque de Caxias. Armas e munições foram encontradas.

De acordo com a denúncia do MPRJ, Jonas – soldado reformado da Polícia Militar, seu filho Éder Fábio Gonçalves da Silva – ex-PM – e Chiquinho comandavam o bando fundado há cerca de três anos, que atuava nas localidades de Gramacho, São Bento, Lote XV, São José, Parque Fluminense, Parque Muisa, Pantanal, Jardim Leal, Guaíra, Sarapuí, Vila Rosário e Parque Suécia, dividindo as regiões de Caxias em áreas de influência. Nos outros escalões, havia 13 PMs, outros três ex-PMs, um policial civil, um fuzileiro naval e um terceiro-sargento do Exército.

A milícia é investigada por cerca de 50 homicídios, cometidos desde 2007. O grupo paramilitar movimentava cerca de R$ 300 mil por mês, por meio de atividades ilegais como cobrança de “taxas de proteção” de moradores e comerciantes, monopólio da venda de cestas básicas, comércio de armas de fogo com traficantes do Complexo do Alemão e outros criminosos, tráfico de influência, agiotagem, esbulho de propriedades e parcelamento irregular do solo urbano, exploração da distribuição de sinal de TV a cabo (“gatonet”) e internet (“gatovelox”), venda de combustíveis de origem espúria, transporte coletivo alternativo (vans e moto-táxis), venda de botijões de gás de cozinha (GLP) e uso de caça-níqueis e outros jogos de azar.

De acordo com o MPRJ, o “quartel-general” da milícia fica em Gramacho, onde Jonas possui um centro social. As ações da quadrilha envolvem a prática de homicídios coletivos, ocultação e destruição de cadáveres, torturas, lesões corporais graves, extorsões, ameaças, constrangimentos ilegais e injúrias. Os réus respondem à ação penal pelo crime de quadrilha armada. Jonas, Éder e Castro são processados ainda pelo crime de extorsão.

Casos de Polícia - Extra Online

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mulher Filé é vítima de sequestro-relâmpago em Duque de Caxias

Yani de Simone ficou por cerca de meia hora em poder dos bandidos e foi agredida

POR MARCELLO VICTOR

Rio - A dançarina e funkeira Yani de Simone Pires da Silva, de 21 anos, conhecida como Mulher Filé, foi vítima de um sequestro-relâmpago, no início da madrugada desta terça-feira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Apesar de reconhecida pelos bandidos, ela foi agredida, ameaçada de morte e ficou em poder dos marginais por cerca de uma hora.

Eles levaram o veículo dela, carteira, cartões de crédito, R$ 1 mil, roupas de shows e material para a confecção da fantasia de rainha de bateria da escola de samba Tradição, do Grupo B. Ela calcula o prejuízo em cerca de R$ 5 mil.

Foto: Rafael Moraes / Agência O Dia

Vítima de um sequestro-relâmpago, Mulher Filé disse que foi agradida e ameaçada de morte. 'Não me sai da cabeça a arma apontada o tempo todo para mim' | Foto: Rafael Moraes / Agência O Dia

"Não me sai da cabeça a arma dele (bandido) na minha cara e apontada o tempo todo para mim", disse angustiada Mulher Filé.

Yani contou que tinha feito uma participação no aniversário de Etiane, uma de suas dançarinas, em um espaço de eventos na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Pilar, na noite de segunda-feira.

Ela deixou o local dirigindo seu veículo, o Gol vermelho placa KOX-3898, na companhia de Camila, também sua dançarina, por volta de 23h45. Elas seguiam para o show do grupo Exaltasamba, no clube Monte Líbano, no Leblon.

Bandidos armados

Cerca de 200 metros após, o veículo foi fechado por outro carro. As duas foram rendidas por quatro homens armados e colocadas no bando traseiro do Gol. Ordenadas a ficar de cabeça baixa, elas levatam tapas na cabeça sempre que faziam menção de levantar o membro. Um dos mais nervosos do bando chegou a ameaçar Camila de morte caso ela continuasse a chorar. Um quinto bandido ficou no veículo da quadrilha.

"Esse mais alterado perguntou onde estava o alarme do carro. Eu disse que não tinha. Ele insistiu e então me deu um ultimato: se ele achasse o alarme, me mataria", relembrou ainda nervosa Mulher Filé.

Segundo a funkeira, diante da situação crítica ela se identificou como Mulher Filé. Um dos bandidos chegou a dizer que tinha visto juntamente com a esposa o DVD da dançarina. Ele se convenceu em liberar as duas, mas insistiu com relação a entrega do suposto alarme do veículo.

Um outro bandido elogiou a beleza e o corpo das dançarinas e, segundo Yani, chegou a insinuar que o grupo poderia de alguma foram se aproveitar sexualmente das vítimas, mas acabou demovido da idéia pelos outros.

Mulher Filé e Camila foram levadas até a Rodovia Washington Luís e deixadas em frente a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), cerca de uma hora depois da abordagem. A quadrilha fugiu no carro. A dançarinha dela teve uma câmera digital e documentos levados. Deseperadas, elas ficaram na rodovia pedindo por socorro a motoristas que passavam pelo local. Elas foram ajudadas por duas mulheres e depois por policiais rodoviários federais.

"Só depois que eu saí do carro é que senti medo. A minha preocupação o tempo todo foi tentar acalmar a minha amiga e um dos bandidos que estava muito nervoso. Fiquei com medo deles resolverem voltar e fazer algo com a gente. Fiquei correndo, zanzando pela rodovia como uma louca", relembrou Mulher Filé.

Após registrar a ocorrência na 60ª DP (Campos Elíseos), ela foi 'medicada' em casa pela mãe, Cássia de Simone, com calmantes de florais e suco de maracujá. No entanto, até início da manhã ela permanecia acordada aguardando notícias sobre a recuperação do veículo.

Recuperação do veículo é presente de aniversário para funkeira

Apesar dos momentos de terror vividos entre o fim da noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira, Yani de Simone tem um único desejo: recuperar o veículo roubado. Ela acredita que encontrar o Gol ano 2009 será seu melhor presente de aniversário, comemorado na próxima segunda-feira, quando completará 22 anos. Segundo a funkeira, o carro é usado em seus deslocamentos pelo Rio de Janeiro na sequência de shows que realiza de quinta-feira a domingo por todo o estado.

"Meu carro também é meu instrumento de trabalho. Dependo dele para me deslocar entre os lugares que faço shows. Também levo meus dançarinos e meu DJ em casa sempre após a maratona de espetáculos. Quero meu carro de volta", implorou a Mulher Filé. Segundo ela, o veículo é financiando e não tem seguro.

Outra preocupação da dançarina é com relação a seu vestuário. Com o veículo, os bandidos levaram boa parte das roupas, sandálias e a mala de maquiagem que utiliza em suas apresentações. O material, segundo ela, costumava ficar no veículo já que faz vários shows e troca várias vezes de roupa durante o maratona de espetáculos.

A dançarina também teve roubado parte do material comprado por ela (cristais e brilhantes) que seria entregue à escola de samba Tradição. Ela será a rainha de bateria da agremiação no desfile do Grupo de Acesso B, na Marquês de Sapucaí. Ela já havia investido cerca de R$ 3 mil. O valor total da fantasia está avaliado em R$ 10 mil.

Os bandidos também levaram da funkeira um relógio de R$ 1.200 e uma bota de R$ 700.

Mãe denuncia insegurança em Duque de Caxias

Uma idéia que já vinha sendo estudada pela funkeira Mulher Filé ganhou força após o incidente desta terça-feira. A dançarina já vinha estudando a possibilidade da contratação de um segurança para acompanhá-la nos shows. Ela, no entanto, já estuda a possibilidade de ter um guarda-costas. Ela vai estudar o assunto com a mãe e o empresário.

Para Cássia de Simone, mãe e motorista da filha nos dias de shows, outros incidentes já haviam ocorrido com outros DJs na região do bairro de Pilar, onde a filha foi abordada pelos bandidos. Apesar do susto com Yane, ele mostrou indignação com as condições de Duque de Caxias.

"Parece que não tem ninguém cuidando de Duque de Caxias. É rua esburacada, sem iluminação e sem policiamento", denunciou.

Para Cássia, o objetivo dos bandidos era aguardar a saída de um dos participantes do evento na casa de eventos para roubar um veículo. "Infelizmente foi o nosso, o mais caidinho de todos entre os que estavam lá", disse.

O DIA ONLINE

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ex-árbitro Oscar Roberto Godói deixa a UTI em São Paulo

São Paulo - O ex-árbitro de futebol Oscar Roberto Godói, baleado em uma tentativa de assalto na última quarta-feira em São Paulo, deixou nesta segunda-feira a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, na capital paulista, e foi transferido para um quarto. De acordo com a instituição, o estado de saúde de Godói é estável. Ele respira sem a ajuda de aparelhos desde sexta-feira.

Foto: Divulgação

Retrato falado do suspeito de ter atirado contra Godói | Foto: Divulgação

Nesta segunda-feira, a polícia divulgou um novo retrato falado do suspeito de atirar no ex-árbitro. O desenho foi feito por um policial que esteve no hospital e recebeu da vítima detalhes importantes para a elaboração do retrato. Segundo testemunhas, ele aparenta 28 anos, é pardo claro, mede 1,78m, é magro e tem cabelos e olhos castanhos escuros.

Godói foi atacado e m uma rua da Zona Oeste da capital paulista. O ex-árbitro teria reagido ao assalto, entrando em "luta corporal" com o criminoso. Ele foi atingido por quatro disparos.

Nesta segunda-feira, foram divulgadas as imagens de uma câmera de segurança, que registrou o momento em que Godói foi abordado pelo suposto assaltante.

Com informações do Terra

O DIA ONLINE

Operação da PRF contará com faixa reversível para melhorar o trânsito na BR-101

Rio - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prepara para o Carnaval deste ano uma grande operação com o objetivo de melhorar o fluxo de trânsito na BR 101 Norte (em direção à Região dos Lagos). Haverá mudanças no tráfego de veículos de carga, pontos de ônibus e ambulantes serão proibidos de trabalhar na via.

A PRF informou que a Operação Carnaval será uma ação integrada entre vários órgãos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o  Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário do RJ (SETRERJ), a Concessionária Ponte SA, Autopista Fluminense, Secretaria Municipal de Transportes de Itaboraí e Secretaria Municipal de Trânsito de Itaboraí.

Durante a coletiva realizada, nesta segunda-feira, a PRF divulgou as providências que serão tomadas. De acordo com a polícia, nos dias 4 e 5 de março a rodovia terá uma faixa reversível no período da manhã do km 299 ao km 291 em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, o que deixará menos crítico os trevos de Manilha e Varandinha. A PRF explicou que a faixa não será aberta a ônibus, caminhões e outros veículos de carga. Estes só poderão usar as duas faixas tradicionais.

O ponto do km 321,5 será fechado e o ponto em frente à garagem da viação 1001 passará para a pista interna. A segunda medida será definitiva. Nos dias 3,4 e 5 de março o ponto do km 322 ficará interditado, dessa forma, os coletivos que saem de Niterói terão de parar logo que entrarem na BR-101 e os que partirem do Rio farão ponto logo depois da ponte. A meta é diminuir o ‘rabo de fila’ de veículos, que reflete diretamente no trânsito.

Durante a operação, estará à disposição dos usuários 20 viaturas de inspeção, 14 guinchos leves, um guincho pesado, 12 ambulâncias e uma viatura de combate a incêndio.

De acordo com a PFR, no trecho da faixa reversível, os pedestres contarão com dez pontos sinalizados de travessia e a presença de ambulantes será proibida.

O DIA ONLINE

Homem confessa ter matado pastor evangélico e é preso em Inhaúma

Rio - Policiais militares do 3° BPM (Méier) prendeu, na tarde desta segunda-feira, Alessandro da Rocha Teixeira, 35 anos, pela morte do pastor evangélico Heguinaldo da Silva Viana, 44 anos, neste domingo, no bairro de Santíssimo, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com a PM, ele foi preso após uma denúncia anônima que indicava o paradeiro de Alessandro. Segundo a denúncia, ele estava na Rua Atheneu, em Inhaúma. Ele foi abordado e encaminhado para a 34ª DP onde confessou ter assassinado o pastor.

No momento Alessandro está sendo ecaminhado para a Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

De acordo com testemunhas, o pastor - que já havia registrado queixa contra o suspeito na 35ª DP (Campo Grande), em dezembro de 2010 - discutiu momentos antes com o rapaz por causa da cantoria. O acusado está foragido e a Delegacia de Homicídios assumiu as investigações do caso.

Heguinaldo morreu no local, na Rua Teixeira Campos, e o corpo ainda se encontra no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande.

O DIA ONLINE

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Polícia fecha fábrica clandestina de cosméticos no Distrito Federal

DFTV

Reprodução de imagem DFTV

BRASÍLIA - A polícia descobriu uma fábrica clandestina de cosméticos que funcionava em uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal. No local, foram apreendidos 60 litros de formol, além de cremes, xampus, 500 embalagens vazias e rótulos.

Segundo a delegada Suzana Machado, da Delegacia do Consumidor, duas mulheres perderam o cabelo depois de fazer escova progressiva com o produto fabricado de forma irregular. A perda do cabelo foi definitiva.

O grupo já atua no mercado há pelo menos um ano e meio. Os cremes eram vendidos para salões da Ceilândia, Samambaia e Taguatinga Norte.

Na casa, a área de serviço servia de laboratório. A mistura de creme para alisar cabelos e formol era feita no liquidificador.

- Qualquer cosmético para ser produzido, manipulado e para ser estocado tem que ter autorização da Anvisa. Isso é uma obrigação legal - diz a delegada.

Três pessoas foram presas, duas da mesma família. Além de adulterar os cosméticos, o grupo também falsificava os rótulos com código de barras e número de autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

- Era tão flagrante a adulteração que era de outra categoria de produtos. Eles estavam fabricando cosméticos de produtos de higiene pessoal com numeração de produtos de limpeza de ambientes - diz o representante da Anvisa Francisco Reis Júnior.

Os policiais desconfiam que funerárias forneciam o formol aos falsificadores. Nos salões, o uso de formol só é permitido pela Anvisa em quantidade de até 0,2% nos cabelos e 5% para endurecimento de unhas.

Os produtos da empresa tinham 180 vezes mais formol que o permitido.

Uma quantidade maior de formol pode causar sérios problemas à saúde, como irritação e até cegueira. Os presos vão responder por adulteração e falsificação de cosméticos. A pena para esse crime é de até 15 anos de prisão.

Extra Online

Bope fará evento de vale-tudo dois dias antes do UFC Brasil

José Maurício Costa

André Pederneiras, presidente do Shooto, explica que evento no Bope contará com pelo menos dois militares entre os lutadores / Foto: Divulgação / Marcelo Alonso

José Maurício Costa

O quartel general do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio) será palco do “Fight for the Bope”. Trata-se de um evento de artes marciais mistas (MMA) com a participação de policiais da tropa especial entre os lutadores.

O evento está programado para o próximo dia 25 de agosto, dois dias antes da edição nacional do Ultimate Fighting Championship (UFC), que também acontece no Rio de Janeiro no segundo semestre de 2011.

O evento no Bope nasce inspirado no similar americano “Fight for the troops” criado em 2008 pelo UFC americano. A idéia é montar um ringue no quartel e promover lutas nas regras do MMA para um pequeno grupo de convidados, que doam mantimentos para alguma comunidade carente.

A versão nacional deve reunir cerca de 300 convidados na platéia, que assistirão a oito combates. Pelo menos dois militares do Bope serão selecionados para integrarem a relação de lutadores.

- Há vários integrantes do Bope que são lutadores e a idéia nasceu em conversa com o comandante René. Vamos aproveitar que teríamos uma edição do Shooto Brasil em agosto (edição nacional de um evento de MMA japonês) e a promoveremos dentro do quartel general do Bope.

Será dois dias antes do UFC Brasil e em um momento em que a cidade vai estar respirando lutas - explica André Pederneiras, presidente do Shooto na América

Extra Online

Humorista Shaolin passa por segunda cirurgia de reconstrução do braço esquerdo em SP - Brasil - Extra Online

Portal Paraíba

JOÃO PESSOA - O humorista paraibano Francisco Jozenilton Veloso, o Shaolin, foi submetido no Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, a uma segunda cirurgia de reconstrução do braço esquerdo. Shaolin sofreu um acidente de trânsito na BR-230, em Campina Grande, Paraíba, no último dia 18.

Foto: Reprodução

Um caminhão colidiu lateralmente no veículo do humorista, que capotou várias vezes e saiu da pista. Com o impacto, Shaolin perdeu metade do úmero (osso que une o ombro ao cotovelo) e parte da musculatura do braço. Ele ainda sofreu traumatismo cranioencefálico grave e uma contusão torácica.

Reprodução de imagem/TV Record

Na segunda cirurgia a que o humorista foi submetido, os médicos retiraram parte da musculatura da perna e implantaram no membro superior. A primeira cirurgia em Shaolin aconteceu há seis dias. Na ocasião, a equipe médica retirou parte do músculo do tórax e enxertou no membro superior.

O paciente permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HC. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, ele está sedado e seu estado de saúde ainda é grave.

Segundo Ricardo Santos, produtor e cunhado de Shaolin, os médicos devem realizar uma série de cirurgias para recuperar o braço do humorista. Segundo ele, ainda está prevista a implantação de uma prótese no local do úmero.

O laudo da Polícia Rodoviária Federal apontou o motorista do caminhão, Jobson Clemente Benício, de 23 anos, como culpado do acidente. O documento oficial foi finalizado na última quinta-feira e encaminhado à Polícia Civil para auxiliar no inquérito investigativo.

Extra Online

Polícia de SP divulga retrato falado de suspeito de ter baleado ex-árbitro Oscar Roberto Godói

G1, SPTV, Fernando Teixeira e Marcelle Ribeiro, O Globo, Bom Dia S.Paulo, Bom Dia Brasil

Retrato falado de agressor de ex-árbitro foi divulgado nesta sexta pela polícia - Reprodução G1

SÃO PAULO - Foi divulgado na tarde desta sexta-feira pela Polícia Civil de São Paulo o retrato falado do suspeito de ter atirado contra o ex-árbitro e comentarista Oscar Roberto Godói durante uma tentativa de assalto na noite de quarta-feira, no bairro de Perdizes, em São Paulo.

Godói está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, onde passou por uma cirurgia. Ele já respira sem auxílio de aparelhos, segundo o último boletim médico divulgado.

O retrato falado foi feito com base no relato de uma testemunha. A testemunha, uma mulher, é filha de uma moradora vizinha do prédio do amigo de Godói, em Perdizes, onde o crime aconteceu. A mãe dela também viu a ação criminosa da janela do edifício.

Ela estava a menos de 20 metros de distância do criminoso e da vítima. A testemunha descreveu o agressor como um homem calvo, branco, alto, com mais de 1,70m, magro, de cerca de 28 anos, que usava camiseta branca e calça jeans clara.

Nesta quinta-feira, a polícia de São Paulo divulgou uma imagemdo suspeito de atirar no ex-árbitro. A imagem foi retirada de um vídeo feito pela câmera de segurança do prédio onde Godói iria jantar com um amigo, na Rua Diana. Na imagem, é possível ver um homem alto de camiseta branca, passando em frente ao prédio e indo em direção ao ex-árbitro.

Ainda segundo a polícia, as imagens mostram o árbitro e o ladrão em "embate corporal". O vídeo também mostra o momento em que o ex-árbitro foi baleado. Para a polícia, quando Godói caiu no chão ele já tinha levado os tiros.

Mas a sequência das imagens não foi divulgada na íntegra pela polícia. Novas imagens estão sendo procuradas em câmeras de prédios próximos para que a polícia identifique possíveis comparsas e consiga refazer a rota de fuga usada pelo ladrão. A polícia deve fazer um retrato falado do bandido.

- A hipótese é que ele tenha seguido o ex-árbitro de moto até o prédio e quando estacionou, o bandido se aproximou para roubar - disse o delegado Marco Aurélio Batista.

O delegado diz que um porteiro de um prédio é uma das testemunhas que será ouvida.

O ladrão disparou quatro tiros e dois atingiram o árbitro. Godói foi submetido a uma cirurgia na madrugada desta quinta-feira. Um dos tiros atravessou o tórax e perfurou o pulmão.

A outra bala ficou alojada na região cervical, perto da coluna, mas sem provocar lesão de medula. Foi feita uma drenagem no tórax, mas uma das balas não foi retirada pelos médicos.

O ex-árbitro Godoi - Foto: Reprodução de internet

Em nota, o HC afirmou que o estado de Godói é grave, porém estável. A cirurgia demorou pouco mais de 2 horas.

Minutos antes de Godói ser baleado, um rapaz teve o carro roubado nas proximidades.

- Estacionei o carro, tranquei, demos uns quatro ou cinco passos. Chegou um individo pediu a chave, sacou o revolver. Eu entreguei - conta Rafael Barbosa.

Extra Online

Horário de verão termina neste fim de semana

Extra Online

Fim de tarde no Arpador. Horário de verão termina neste fim de semana. / Foto: Marco Antônio Teixeira / O Globo

 

A estação mais quente do ano só termina no dia 20 de março, mas o horário de verão chega ao fim neste fim de semana. À meia-noite de sábado para domingo, moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem atrasar os relógios em uma hora.

Onze estados brasileiros adotaram a medida, que entrou em vigor no dia 17 de outubro do ano passado. Vale lembrar que as regiões do Norte e Nordeste não seguiram o horário de verão.

Extra Online

Neguinho da Beija-Flor manda esposa recuperar carro

Luana Trindade

 

Neguinho da Beija-Flor passa no teste do bafômetro / Foto: Fernando Quevedo / O Globo

Depois de uma noite de sono tumultuada após ter o carro apreendido nesta sexta-feira, em uma Megaoperação Lei Seca, na Avenida Brasil, na altura da Penha, Neguinho da Beija-Flor já recuperou seu veículo. Sempre irreverente, o cantor reclamou da burocracia da Lei Seca e disse que agora "os caras que apreenderam seu carro devem se reunir para comemorar com churrasco".

- Hoje, tive que fazer uma procuração no cartório para a minha mulher poder tirar o carro. Ela pagou o IPVA atrasado e multa, e eu já estou com o carro. Mas deu um trabalho danado, pô! É muita burocracia - reclamou Neguinho.

O cantor voltava do ensaio da escola de samba Beija-Flor, em Nilópolis, quando foi parado na blitz. Neguinho fez o teste do bafômetro e não foi detectado consumo de álcool.

- Ainda me chamaram de senhor! Não sou senhor, sou o Neguinho da Beija-Flor!

Apesar de apoioar a Lei Seca, o cantor ficou irritado com a atitude dos agentes.

- A Lei Seca é uma operação maravilhosa, mas todo remédio tem uma contra-indicação. Eu aprovo, bato palma, porque ajuda a preservar vidas, mas está se tornando uma operação Caça-Talento. Os caras são que nem maria-chuteira, não podem ver um artista. Eles fazem isso para valorizar a operação, para chamar a atenção da mídia - afirmou, indignado, o vocalista da Beija-Flor.

Extra Online

MP denuncia quatro quadrilhas formada por policiais civis e PMs

Atividades ilícitas de milicianos que atuavam na Favela Roquete Pinto eram facilitadas pelo delegado Carlos Oliveira

Rio - Uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Guilhotina, o Ministério Público do Estado Rio de Janeiro, por intermédio da 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos Policiais, denunciou, nesta sexta-feira, ao Juízo da 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio, Policiais Civis e Militares, além de informantes, que se apropriaram de bens e pertences apreendidos em diligências e operações.

Atuando em delegacias ou em posições estratégicas da Segurança Pública, esses policiais formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente, utilizando-se das facilidades proporcionadas pelos cargos que exerciam.

Foto: Marcelo Hollanda / Agência O Dia

O delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira em foto tirada em 2006 | Foto: Marcelo Hollanda / Agência O Dia

De acordo com o MP, as acusações enquadraram-se nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional, entre outros, que variam de acordo com a conduta individual de cada acusado.

Assinaram as denúncias os Promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça, Márcio José Nobre de Almeida e Luis Otávio Figueira Lopes.
Carlos Oliveira
Em uma das denúncias, os Promotores de Justiça sustentam que as atividades ilícitas do grupo de milicianos que atuava na Favela Roquete Pinto, em Ramos, na Zona Norte do Rio, eram facilitadas pelo ex-Subchefe Operacional de Polícia Civil Carlos Antonio Luiz de Oliveira.

Segundo o MPRJ, Oliveira “atuava controlando as autoridades policiais das delegacias nas quais os milicianos exerciam suas funções, de modo a permitir as empreitadas delituosas para a aquisição de armas e outros ‘espólios de guerra’”.

Neste caso, foram denunciados quatro policiais civis, seis PMs (um deles da reserva) e três traficantes, além de Oliveira e de mais sete pessoas que controlavam serviços como o transporte alternativo, segurança privada, “gatonet” e distribuição de gás e água na Favela Roquete Pinto.

Em um trecho da denúncia, os Promotores de Justiça comentaram também que, em duas operações comandadas pelo ex-Subchefe Operacional da PC, em 2005 e em 2008, parte do grupo apropriou-se de armas e munições, algumas para serem revendidas e outras para o uso próprio.

“Arrego”

Na segunda denúncia, os Promotores da 1ª Central de Inquéritos acusam sete pessoas – sendo três policiais civis e dois PMs – de atuarem em uma quadrilha que “se aproveitava da confiança que lhe era depositada e do local de trabalho (no caso, a Delegacia de Combate às Drogas)” para se apropriar de bens e valores de criminosos.

De acordo com as apurações, os denunciados faziam apreensões em territórios dominados pelo Comando Vermelho e revendiam o material apreendido para integrantes de grupos da facção ADA, liderados pelos traficantes Nem, da Rocinha, e Roupinol, do Morro de São Carlos.

Também de acordo com a denúncia, quatro policiais teriam negociado um “arrego” com os traficantes, recebendo em troca um pagamento mensal de R$ 50 mil para o repasse de informações sobre operações policiais.

Complexo do Alemão

A terceira denúncia apontou o envolvimento de quatro PMs na apropriação de bens de traficantes durante a ocupação do Complexo do Alemão. A prática foi flagrada em gravações telefônicas entre os acusados, realizadas com autorização da Justiça. 

Os envolvidos responderão, genericamente, pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva, entre outros descritos na denúncia, como a acusação de prática de “arrego”, feita por um sargento ao traficante Roupinol e por um PM na prática de agiotagem por utilizar a conta-corrente de terceiros.

Casas de jogos

A quarta denúncia citou o envolvimento de dez PMs, dois policiais civis e mais uma pessoa na prestação de segurança privada, mediante pagamento, em estabelecimentos nos quais eram praticados crimes e contravenções.

Os acusados atuariam, em grupos específicos, em casas de exploração de jogos de azar e caça-níqueis em, pelo menos, três imóveis, localizados em Botafogo, Bonsucesso e Barra de Guaratiba.

À Justiça, eles responderão por formação de quadrilha e corrupção passiva. Neste caso, o MPRJ aguarda, entretanto, a chegada de mais documentos que visam à apuração exata das condutas, localização de casas de jogos e identificação de possíveis policiais que teriam recebido vantagens indevidas para eventuais complementos à denúncia.

O DIA ONLINE

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mulher é flagrada tentando entrar em presídio com celular nas partes íntimas

Rio - Inspetoras da Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4) flagraram, na manhã desta quinta-feira, uma mulher tentanto entrar no presídio com um celular escondido nas partes íntimas.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Noêmia Francisca da Silva, de 59 anos, ia visitar o filho, preso em Bangu 4, Adriano da Silva. O objeto foi identificado através de um detector de metais.

Ainda segundo a Seap, a visitante ainda tentou remover o telefone do corpo, mas não conseguiu. Ela foi encaminhada para o Hospital Alexandre Fleming, em Marechal Hermes, na Zona Norte.

O DIA ONLINE

Estuprador é preso em Xerém

Thamyres Dias

Policiais do 61ª DP (Xerém) prenderam, na noite desta terça-feira, Isaías Correa Mesquita, de 28 anos, acusado de roubo e estupro de menores. Monstro, como é conhecido, estava foragido desde 10 de dezembro do ano passado, quando recebeu um indulto de Natal e não retornou para a prisão.

Isaias Correa Mesquita foi preso em Xerém / Foto: Guilherme Pinto / Extra

Condenado a 7 anos de detenção por roubo e tráfico de drogas, ele foi encontrado graças ao depoimento de uma jovem de 16 anos que afirma ter sido violentada por ele na tarde de ontem. Pelo menos mais uma menina de 17 anos foi atacada por Monstro e há indícios de que ele tenha feito outras vítimas, inclusive crianças.

- Na casa dele nós encontramos três mochilas infantis e um caderno rosa com desenhos feitos, provavelmente, por uma adolescente. A suspeita é que ele guarde uma 'lembrança' de cada vítima - afirma o Comissário de Polícia Eduardo Sampaio, responsável pelas investigações no caso.

Segundo a menor, ela estava no ponto de ônibus quando um homem se aproximou, dizendo estar armado, e ordenou que ela o seguisse. Ao chegar em um local isolado, ele teria violentado a jovem e roubado seu celular. Antes de liberá-la, Monstro ainda mandou que ela tirasse a roupa e lavasse em um córrego para tentar esconder manchas de sangue.

Casos de Polícia - Extra Online

Testemunha da Operação Guilhotina diz que policial do Bope vendeu informações e armas para traficantes

Marcos Nunes

Testemunha que provocou a prisão de 38 pessoas, o informante Magno Carmo Pereira também revelou, ao depor na Polícia Federal (PF), que um "caveira" do Batalhão de Operações Especiais (Bope) vendeu informações e espólio de guerra para as quadrilhas dos traficantes Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Rogério Rios Mosqueira, o Rogério Roupinol.

                     

Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha / Foto: Reprodução

O PM teria vendido para o tráfico carregadores de fuzil e pelo menos uma pistola. Ele foi identificado nas declarações da testemunha pelo prenome de Alexandre, e seria cabo ou sargento.

Frequentador da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e ligado ao grupo liderado por Leonardo da Sila Torres, o Trovão, um dos presos na Operação Guilhotina, o policial teria levado o informante à entrada da Rocinha em um Fox prateado.

Em seguida, Magno entrou na favela e vendeu de volta a Nem, como o EXTRA adiantou ontem, a mesma maconha que havia sido apreendida pelo Bope. A carga custou R$ 11 mil. No entanto, em seu depoimento, o informante não revelou a data que a negociação foi concretizada. Esta não teria sido a única vez em que o policial procurou o informante.

A testemunha revelou ainda no depoimento que o PM Alexandre lhe passou uma mochila com documentos, apreendida durante um tiroteio com traficantes, na Rocinha, no dia 12 de agosto de 2009.

Segundo o informante, o PM também teria lhe repassado carregadores de fuzil e uma pistola, encontrados na mata após o tiroteio. A arma é a mesma que Roupinol, nesta ocasião também abrigado na Rocinha, havia comprado por cerca de R$ 7 mil dos policiais do grupo de Trovão e que fora originalmente apreendida no Morro da Coroa no dia 24 de julho de 2009. Pela devolução do material, Nem pagou R$ 10 mil.

Procurado pelo EXTRA, o relações-públicas do Bope, capitão Ivan Blaz, disse que a corporação tomará as providências cabíveis em torno do caso, assim que tiver acesso oficial ao depoimento de Magno.

Casos de Polícia - Extra Online

Operação Guilhotina: Polícia Federal investiga se banda podre matou sargento

Fernando Torres

O inquérito da Operação Guilhotina, que prendeu 20 PMs e dez policiais civis, levantou suspeitas sobre a morte do segundo sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho, de 28 anos.

Supostamente, ele teria reagido à prisão e morrido em confronto com policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), em 30 de junho do ano passado, mas a Polícia Federal encontrou indícios de que o segundo sargento foi morto numa espécie de “acerto de contas” por não ter quitado uma dívida gerada em uma compra de armas desviadas por policiais do Rio de Janeiro.

O Sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho foi morto numa ação do Dcod, num motel na Taquara / Foto: Fabio Rossi / O Globo/1.7.2010

Apontado como traficante internacional de armas, Volber foi morto num motel em Jacarepaguá. Na época, o caso foi registrado como auto de resistência, ou seja, morte em confronto, mas seria, de acordo com a PF, um homicídio. Depois de comprar fuzis desviados de operações, Volber não teria pago aos sócios de farda. A cobrança chegou à bala.

O registro de ocorrência número 902-00110/2010, de 1º de julho de 2010, ao qual o EXTRA teve acesso, foi lavrado por dois policiais: o sargento PM Ivan Jorge Evangelista de Araújo, adido na Dcod, e o inspetor Robson Rodrigues Alves da Costa, da mesma unidade operacional.

Evangelista foi preso na Guilhotina e apontado pela PF como integrante do grupo dos PMs Floriano Jorge Evangelista de Araújo, o Xexa, Wellington Pereira Araújo e Carlos Eduardo Nepomuceno Santos, o Edu ou Nepô, indiciados por terem, segundo a PF, furtado pertecentes de traficantes na ocupação do Complexo do Alemão, em novembro de 2010 — entre os quais, sete pares de tênis.

No dia em que Volber foi morto, os policiais teriam levado todo o dinheiro e armas com maior poder de fogo — fuzis e metralhadoras — que estavam com ele.

Na delegacia, foram apresentadas duas pistolas Glock 380, registradas em nome do militar, dois carregadores, dois cartuchos e dois estojos de munição. Os policiais alegaram que “ao chegarem no local, foram alvo de disparos de arma de fogo, sendo o agressor atingido, vindo a falecer no hospital”.

Titular da Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas da Polícia Federal, o delegado Allan Dias afirmou que o caso de Volber, por se tratar de um homicídio, será compartilhado com a Corregedoria Geral Unificada. Um processo administrativo vai ser instaurado e os policiais envolvidos podem ser expulsos.

De acordo com um dossiê elaborado pela 2 Companhia de Inteligência do Exército (CiaIntlg), Volber Roberto Filho era fornecedor de armas (matuto) para traficantes da facção que domina a Favela da Rocinha e milicianos da Região Metropolitana.

Ele fazia a ponte entre policiais e bandidos, estabelecendo o que o relatório chama de "jogo duplo". À Justiça, ele admitiu que começou a se relacionar com criminosos quando conheceu Paulo César Silva dos Santos, o Linho, morto em 2003.

Informes da 2 CiaIntlg também apontam Volber como um dos executores do plano para a instalação dos explosivos no carro do contraventor Rogério de Andrade. No atentado, ocorrido em 8 de abril de 2010, na Barra, morreu o filho do bicheiro.

Lotado no 21º Batalhão Logístico do Exército (BLog), em Deodoro, ainda fazia segurança para a milícia de Realengo e Magalhães Bastos, na Zona Oeste.

Volber tinha ligação com o matuto Valdenício Antunes Barbosa, o Val ou João Grandão, que foi preso em 1 de novembro de 2007 e responde a processo, na 40ª Vara Criminal da Capital, por tráfico de armas e formação de quadrilha.

O dossiê revela que o segundo sargento "desviava armamento do BLog e chegou a ter 30 fuzis em sua casa, em Padre Miguel, onde fazia manutenção e revenda".

Casos de Polícia - Extra Online

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Chefe de Polícia Civil do RJ anuncia parte da nova equipe

Delegada Martha Rocha é a primeira mulher a ocupar o cargo.
Na terça (15), ela afirmou que o grande desafio é lutar pelos bons policiais.

Aluizio Freire Do G1 RJ

Martha Rocha apresenta parte de sua equipe (Foto: Aluizio Freire/G1)

Delegados Luis Zettermann, Sérgio Caldas, Fernando Velloso e Gilson Soares, (da esq. para dir) com a chefe de Polícia Civil ao centro durante apresentação de parte da nova equipe (Foto: Aluizio Freire/G1)

A chefe de Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, divulgou na tarde desta quarta-feira (16) parte dos nomes da sua nova equipe. O anúncio foi feito no prédio da Chefia de Polícia, no Centro do Rio, durante uma entrevista coletiva.

O delegado Sérgio Caldas será o subchefe administrativo e o delegado Fernando Velloso assume a subchefia operacional, no lugar do delegado Rodrigo Oliveira. O corregedor Gilson Soares será mantido no cargo. No entanto, os nomes dos diretores de Policiamento da Capital e do Departamento Geral de Polícia Especializada ainda não foram escolhidos. Eles devem ser definidos até sexta-feira (17).

O delegado Sérgio Caldas já passou pela Assessoria de Planejamento da Polícia Civil (Asplan), foi diretor da Academia de Polícia (Acadepol), diretor de Polícia da capital, também foi titular da 82ª DP (Maricá) e atualmente estava à frente da 78ª DP (Fonseca).

O delegado Fernando Velloso já esteve à frente da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), da 7ª DP (Santa Teresa), e de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, ele havia deixado a 14ª DP (Leblon) para assumir a Delegacia de Repressão Contra Crimes de Propriedade Imaterial, antes de ser nomeado subchefe operacional.

Já a delegada Jéssica Almeida, que era diretora de Ensino e Pesquisa da Secretaria de Segurança, vai ser a diretora da Acadepol. A chefia do gabinete de Martha Rocha ficará a cargo do delegado Luis Zettermann, que ocupava a direção de Projetos Executivos da Polícia.

A chefe de Polícia Civil afirmou que "o que pesou na escolha dos nomes foi a experiência, competência e seriedade desses delegados".

Draco é reaberta, diz chefe de Polícia Civil

A delegada Martha Rocha informou que a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), que estava lacrada desde a noite de domingo (13) por determinação do ex-chefe de Polícia Allan Turnowski, foi reaberta nesta quarta-feira (16).

A delegacia foi lacrada após denúncias de que agentes da unidade estariam envolvidos num esquema de cobrança de propinas de empresários investigados em licitações com suspeita de fraude.

"Recomendei ao corregedor a instauração de inquérito e procedimento disciplinar. A Corregedoria tem 30 dias para dar uma resposta efetiva. Ao final disso, apresentaremos resultados à Secretaria de Segurança", disse a delegada.

Na segunda-feira (14), primeiro dia em que a delegacia passou a ficar subordinada diretamente à Secretaria de Segurança, e não mais à Polícia Civil, Allan Turnowski entregou à Corregedoria Interna de Polícia (Coinpol), documentos de investigações que, segundo ele, apontam irregularidades na Draco, e comprometeriam o delegado Cláudio Ferraz e um inspetor.

Ferraz ajudou na Operação Guilhotina, que prendeu o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da Polícia Civil, que respondia na hierarquia apenas a Turnowski.

Em entrevista ao RJTV nesta quarta, a delegada Marta Rocha afirmou que a polícia estará presente em qualquer lugar que tiver crime no Rio. “Não há campo em que a Polícia Civil não vá. Não há área intocável. Onde estiver o crime, a Polícia Civil vai estar atuando”, resumiu a nova chefe de Polícia Civil do Rio.

“A Polícia Civil vai trabalhar com resultados, com metas, mas vamos estar preocupados com a questão da lisura. A Polícia Civil recebeu uma chefe de polícia que adora trabalhar e ama esse estado. Estou sendo premiada durante uma trajetória de quase 30 anos e essa premiação não será em vão”, completou.

A nomeação de Martha Rocha foi oficializada nesta quarta, com a publicação no Diário Oficial, por decreto do governador Sérgio Cabral. O documento traz ainda a exoneração do delegado Allan Turnowski, que ocupava o cargo anteriormente.

Perfil

Martha é a primeira mulher a ocupar o cargo e deixa a direção geral da Divisão de Polícias de Atendimento à Mulher (DPAM). Ela entrou na Polícia Civil em 1983.

Ela começou sua carreira policial como única mulher no plantão da 14ª DP (Leblon). Foi delegada titular da 15ª (Gávea), 12ª DP (Copacabana), 18ª (Praça da Bandeira), 20ª DP (Grajaú) e 37ª (Ilha do Governador). Em 1999, ela ocupou o cargo de subchefe de polícia. Ainda segundo a Secretaria de Segurança, Martha Rocha também já atuou como corregedora de polícia.

A delegada foi ainda vice-presidente da Comissão de Organização da Polícia Civil na Rio 92 e implantou a Delegacia de Atendimento ao Turista (DEAT), além de ter sido professora da Academia de Polícia.

Enquanto atuou como delegada titular da 15ª DP (Gávea), ela foi a responsável pelas investigações do sequestro ao ônibus 174, em 2000, que terminou com a morte de uma refém e do sequestrador. Na época, ela indiciou o comandante do Bope, que participava da operação.

G1 - Rio de Janeiro

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Número de mortos na Serra passa de 900

Rio - Rio - O número de mortos em consequência das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro já chega a 902, de acordo com os dados divulgados pela Polícia Civil nesta terça-feira.

Em Teresópolis, o número de mortos chega a 379. Nova Friburgo registra 426 óbitos, Petrópolis, 71, e Sumidouro, 21 mortes. Em São José do Vale do Rio Preto, foram encontrados quatro corpos, e em Bom Jardim, uma pessoa morreu.

Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história

Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe natural do Brasil. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro do ano passado, em Angra dos Reis e, em abril, na capital e Niterói.

Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.

Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate. Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da região, também contabilizam mortos.

O DIA ONLINE

MC acusado de matar a mulher se apresenta à Polícia Civil

POR ALESSANDRO FERREIRA

Rio - Acusado de matar a ex-mulher a tiros, na manhã da última sexta-feira, o cantor de funk Marcelo Pereira da Silva, o MC Ratão, 37 anos, se apresentou segunda-feira a policiais da 82ª DP (Maricá), acompanhado de seu advogado.

Ele confessou o crime e disse ter agido em legítima defesa, pois sua ex-companheira, Luciana Bilé da Silva, 32, teria tentado feri-lo com uma faca.

Segundo a polícia, o funkeiro afirmou ter ido à casa de Luciana, em Inoã, distrito de Maricá, para cobrar a partilha de bens no valor de aproximadamente R$ 90 mil, que o casal teria amealhado enquanto viveu junto.

               Foto: Divulgação

MC Ratão se apresentou à polícia nesta segunda-feira | Foto: divulgação

A versão do funkeiro, contudo, é desmentida pelo filho da vítima, de 12 anos, principal testemunha do crime. Segundo o menino, Luciana não agrediu Marcelo em nenhum momento. "O garoto viu a discussão entre o casal, até o momento em que o Marcelo sacou seu revólver calibre 38 e atirou contra a vítima.

Ainda segundo o menor,  briga começara por causa dos ciúmes do MC, que estava separado de Luciana, mas não aceitava que ela tivesse outros relacionamentos", explicou o delegado Marcelo Braga Maia, titular da 82ª DP.

"Vizinhos de Luciana também ouviram a discussão e relataram que o motivo era o ciúme que Marcelo sentia da ex-mulher. Há relatos dele como uma pessoa muito possessiva e ciumenta", completou o delegado.

Segundo as investigações, esta não foi a primeira vez em que Marcelo agrediu a ex. Há alguns meses, ele teria tentado incendiar uma casa que ela ganhara do primeiro marido, pai de seu filho, para que os dois morassem juntos.

O funkeiro já tinha passagens pela polícia por agredir outras mulheres e tinha mandado de prisão expedido pela Vara da Família de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, com base em uma dívida de pensão alimentícia relativa ao filho que teve com outra mulher.

Após atirar em Luciana, Marcelo pegou a moto e fugiu para a casa de uma irmã, em Nova Iguaçu, onde ficou escondido durante o fim de semana.

Ele disse aos policiais que a arma do crime - comprada de um conhecido, em Rio do Ouro, São Gonçalo - estava amarrada na moto e teria caído na estrada durante a fuga.

O revólver não foi encontrado nas casas da irmã e da mãe do funkeiro, já vasculhadas pelos agentes. Marcelo teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça e já está na carceragem da Polinter de Neves, em São Gonçalo.

O DIA ONLINE

A Delegada Marta Rocha é a nova chefe da Polícia Civil do Rio

A delegada Marta Rocha é a nova chefe da Polícia Civi do Rio de Janeiro. A decisão foi divulgada na noite desta terça-feira. Marta Rocha irá substituir o delegado Allan Trunowski que pediu demissão nesta manhã. O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, esteve reunido com assessores durante esta tarde para decidir quem ocuparia o cargo.

A saída de Allan Turnowski foi definida em reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a mais adequada para "preservar o bom funcionamento das instituições". Ainda segundo a Secretaria, Beltrame aproveitou o encontro para agradecer publicamente a dedicação e a fidelidade do delegado Turnowski durante sua gestão.

Beltrame disse ainda que "eventuais mudanças na equipe não vão prejudicar o compromisso assumido com a sociedade que é o de fazer do Rio um lugar cada vez mais seguro". Entre os cotados para substituir Turnowski estão os delegados Márcio Franco, Fernando Veloso e Rivaldo Barbosa.

Em nota divulgada nesta terça, Trunowski agradeceu a confiança depositada pelo Secretário Beltrame e por Sérgio Cabral. No texto, o delegado disse ainda que teve uma "conversa franca" com Beltrame antes de tomar a decisão. Por fim, Turnowski considera que sucessor poderá levar a Polícia "a outro patamar".

O ex-chefe da Polícia Civil disse, ainda, que tem certeza que esta é a melhor decisão para o momento. Turnowski disse, ainda, que tem certeza que esta é a melhor decisão para o momento.

Entenda a guerra na polícia

Um dia após determinar devassa na Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos e Especiais (Draco-IE), o então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, apresentou nesta segunda-feira documentos que, segundo ele, apontam para indícios de irregularidades cometidas pelo delegado Cláudio Ferraz e policiais de sua equipe.

Durante a inspeção na especializada, agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil localizaram dois registros com a mesma numeração. Também foram recolhidas seis armas que estariam sem autos de apreensão.

Foto: João Laet / Agência O Dia

Alan Turnowski sai da antiga sede da Polinter | Foto: João Laet / Agência O Dia

Turnowski também apresentou carta anônima, que teria sido deixada na portaria de seu prédio no fim de semana, com acusações de corrupção envolvendo a Draco. As denúncias acirraram o clima de guerra na Polícia Civil, iniciada sexta-feira após a Operação Guilhotina.

Entre os presos está o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da instituição e braço direito de Turnowski, suspeito de negociar armas apreendidas com traficantes e de ligação com milícias.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O delegado titular da Draco, Claudio Ferraz, acompanhou a varredura | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A devassa na Draco começou nesta segunda-feira às 8h. Denúncias feitas por Turnowski sugerem que agentes da Draco estariam envolvidos em esquema de fraudes e extorsão contra empresários e prefeituras de Rio das Ostras, Magé e São Gonçalo para não levar inquéritos adiante. Um desses procedimentos refere-se a uma investigação de possível fraude em licitação na prefeitura de Rio das Ostras.

“As suspeitas são de que inquéritos estavam sendo arquivados por alguma vantagem indevida, ou seja, propina”, afirmou Turnowski, que vai pedir ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) informações sobre as licitações.

O inquérito aberto em agosto de 2008 para apurar a possível fraude foi arquivado dois dias depois. Os dois documentos que tratam do assunto têm o mesmo número e são originais. Apenas um estava no inquérito, o outro foi entregue a Turnowski.

Turnowski nega ação de represália

O então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, negou que a devassa na Draco seja uma represália contra Ferraz, que admitiu ter colaborado nas investigações da Operação Guilhotina. “Dei contribuições à Polícia Federal, sim.

A Secretaria de Segurança sabia. Tinha o total conhecimento desse fato. Mas não tenho o que falar. Isso é uma questão do chefe de Polícia. Ele deve ter lá os seus motivos para agir dessa forma”, disse Ferraz.

Turnowski rebateu: “Se fosse represália, teria que ser com a Polícia Federal, que foi quem prendeu os policiais. Essa é a apenas a primeira das delegacias que serão vasculhadas. Eu farei a limpeza”.

Em seguida, afirmou que exoneraria Ferraz se ele ainda fosse subordinado à Polícia Civil. Semana passada, a Draco passou para a esfera da Secretaria de Segurança, e o delegado foi escolhido para coordenar a área de Contra-Inteligência.

Corregedor da Polícia Civil, Gilson Emiliano disse que tem 30 dias para concluir as investigações. De manhã, especulou-se que R$ 50 mil haviam sido apreendidos na gaveta de um agente da Draco, o que foi desmentido pelo corregedor. “Se estivesse na minha gaveta, ficaria muito feliz”, ironizou Ferraz.

A Prefeitura de Rio das Ostras negou envolvimento em propina. Já as de Magé e São Gonçalo só vão se pronunciar após notificadas oficialmente. Em novembro, dossiê com denúncias de extorsões praticadas pela Draco chegou a ser entregue pelo próprio Turnowski ao secretário de Segurança.

O DIA ONLINE

Preso comerciante que vendia remédios desviados de hospitais públicos

Daniel Brunet

RIO - Policiais da 20ª DP (Vila Isabel) prenderam, em flagrante, na manhã desta segunda-feira, Willer Andrade Soares e seu filho, Willer Andrade Soares Júnior, de 33 anos, acusados de receptação de carga roubada e formação de quadrilha.

Eles são donos de uma distribuidora de remédios, em Vila Isabel, que estava vendendo medicamentos que foram desviados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Hospital do Andaraí e Hospital Central da Polícia Militar.

A maior parte do material foi apreendida na casa de Willer Júnior, no Grajaú. Lá, o valor total da apreensão é estimado em R$ 80 mil. Seu pai foi preso numa farmácia no Engenho de Dentro.

Preso na 20° DP, Willer Andrade Soares (camisa marron) um dos acusados de receptação de carga e desvio de remédios / Foto: Marco Antônio Cavalcanti - O Globo

A operação, coordenada pelo delegado titular da 20ª DP, Rafael Menezes, contou com apoio da Vigilância Sanitária e de agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP), além de homens da Corregedoria da Secretaria de Saúde de São Paulo.

O objetivo da ação era cumprir cinco mandados de busca e apreensão contra a distribuidora, além de prender seus proprietários.

Também nesta segunda-feira, uma operação semelhante acontece na capital paulista. De acordo com o delegado Rafael Menezes, titular da 20ª DP, os donos da distribuidora são investigados, ainda, por estarem vendendo remédios provenientes de cargas roubadas de São Paulo.

Willer Andrade Soares Júnior esconde o rosto com as mãos na 20ª DP / Foto: Marco Antonio Cavalcanti - O Globo

No Rio, os agentes checaram cinco endereços comerciais e residenciais, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, onde foram encontrados diversos medicamentos desviados.

Os responsáveis pela empresa serão indiciados por receptação e formação de quadrilha. Como os crimes são inafiançáveis, os acusados serão levados para a carceragem da Polinter.

Extra Online

Armas que policiais desviaram do Alemão lotariam uma sala, diz PF

Operação Guilhotina já prendeu 38 pessoas, sendo 30 policiais.
Inspetor da Polícia Civil se entregou neste domingo (13).

Carolina Lauriano Do G1 RJ

Apreensões armas PF (Foto: Carolina Lauriano)

PF apresentou armas e munições apreendidas na
Operação Guilhotina (Foto: Carolina Lauriano)

O delegado da Polícia Federal Allan Dias afirmou na tarde deste domingo (13), durante a divulgação do material que foi apreendido até agora da Operação Guilhotina, que se a ação fosse realizada logo após a ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, em novembro passado, as armas apreendidas lotariam uma sala inteira. Um inspetor se entregou na tarde deste domingo, subindo para 38 o número de presos.

“Infelizmente a gente não pôde realizar essa operação logo depois do Alemão, porque essa sala estaria lotada. Mas a gente precisava avançar nas investigações e colher mais provas”, disse ele, na sede da Polícia Federal, no Centro.

A ação investiga o envolvimento de policiais com traficantes, milícias e a máfia dos caça-níqueis. O delegado confirmou que um inspetor da Polícia Civil se entregou na 16ª DP (Barra da Tijuca), na Zona Oeste do Rio, nesta tarde. Dos 38 presos, até o momento, 30 são policiais (20 PMs e 10 policiais civis).

Entre o material apresentado neste domingo estavam dois fuzis, duas carabinas, sete pistolas, um revólver, cerca de 5 mil munições, 12 rádios transmissores, e relógios. Além disso, o delegado disse que cerca de R$ 60 mil em dinheiro, 700 euros e joias também foram encontrados.

De acordo com o delegado da PF, policiais investigados na operação ofereciam dinheiro aos informantes do Alemão. “Essas armas foram vendidas para grupos criminosos de traficantes rivais aos do complexo do Alemão e que tinham ligação com os policiais aqui investigados”, afirmou.

Operação poderá ter mais mandados de prisão

Também nesta tarde, o delegado admitiu que novos mandados de prisão contra policiais poderão ser emitidos pela operação. “Após análise inicial do que foi apreendido e a coleta dos depoimentos que foram feitos por outras autoridades policiais – preciso ler os interrogatórios para análise mais aprofundada – vou representar outras medidas construtivas, como apreensão e novas prisões preventivas”, afirmou.

Allan Dias disse também que uma das coisas que mais chamou a atenção na investigação foi o movimento de uma conta bancária de um dos investigados, de cerca de R$ 50 mil por dia.

A operação cumpre 45 mandados de prisão. Segundo Dias, se os policiais foragidos não se apresentarem em até um mês, contando a partir de sexta-feira (11), serão demitidos por serem funcionários públicos. A operação segue ininterrupta desde sexta.

Delegado transferido

Um dos alvos na megaoperação da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Polícia Federal, o delegado Carlos Oliveira foi transferido da sede da PF, no Centro do Rio, para o presídio Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, na noite de sexta-feira (11). Os advogados não falaram com a imprensa.

O delegado se entregou à tarde na sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento no começo da noite. Oliveira já ocupou o cargo de subchefe operacional da Polícia Civil e, há pouco mais de um mês, havia assumido a subsecretaria de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop).

Os envolvidos receberiam propina para passar informações de operações a criminosos e venderiam material apreendido. Entre as apreensões desviadas estaria parte do que foi encontrado no Conjunto de Favelas do Alemão, em novembro do ano passado.

Informantes e escutas

Para chegar aos suspeitos, a polícia contou com a ajuda de informantes, escutas telefônicas, fotografias e filmagens. A ação conta com 580 agentes e visa cumprir 45 mandados de prisão e 48, de busca e apreensão, em bingos, residências e estabelecimentos comerciais. Com lanchas, agentes também fazem buscas na Baía de Guanabara atrás de corpos de possíveis vítimas de milícias. Entre os procurados, 30 são policiais civis, militares e delegados.

"O objetivo primário da operação é alcançar policiais que vazam informações a grupos de criminosos. Em 2009, uma operação tinha objetivo de prender um dos líderes da Rocinha. A operação vazou e o vazamento foi investigado. A partir de uma prisão, a PF conseguiu avançar na investigação o que gerou a Operação Guilhotina", explicou o superintendente da PF, Angelo Fernando Gioia, em entrevista coletiva na sede da PF nesta manhã.

O chefe de Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, chamou o delegado Carlos Oliveira de "traidor", depois de prestar esclarecimentos sobre as investigações na Polícia Federal nesta manhã. De acordo com a Secretaria, a ação foi comandada pelo órgão e Turnowski pode ajudar nos trabalhos. Em entrevista, Beltrame reiterou a confiança em Allan Turnowski

G1 - Rio de Janeiro

Chefe de Polícia Civil do RJ diz que encontrou irregularidades na Draco

A Delegacia de Combate ao Crime Organizado passa por uma devassa.
Uma das suspeitas é uma investigação que foi suspensa em 2 dias.

Aluizio Freire Do G1 RJ

                 Allan Turnowski mostra documentos apontando irregularidades na Draco (Foto: Aluízio Freire / G1)

Allan Turnowski mostra documentos apontando
irregularidades na Draco (Foto: Aluízio Freire / G1)

O chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, entregou à Corregedoria Interna de Polícia (Coinpol), na tarde desta segunda-feira (14), documentos de investigações que, segundo ele, apontam irregularidades na Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), comprometendo o titular da especializada, delegado Cláudio Ferraz, e um inspetor. A unidade, que passa por uma devassa da corregedoria, continua interditada.

De acordo com Allan, um dos procedimentos suspeitos, aberto para investigar desvio de licitação na Prefeitura de Rios das Ostras, em 2008, foi arquivado dois dias depois com a justificativa de falta de provas. Segundo o chefe de Polícia, o documento foi entregue em sua residência nesta manhã.

As denúncias foram deixadas na portaria da casa de Allan Turnowski com uma carta anônima relatando as várias irregularidades em procedimentos da Draco, entre elas, supostas extorsões contra prefeituras.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Rio das Ostras informou, por meio de nota, que a procuradoria do município nega qualquer envolvimento da cidade no suposto esquema de corrupção relacionado à Draco.

Allan Turnowski comunicou também ao corregedor Gilson Emiliano Soares que foram encontradas seis armas na delegacia, entre pistolas, revólveres e escopetas, sem o devido registro de apreensão.

Outra situação que ele considerou suspeita foi o arquivamento de um procedimento de escuta que investigava recebimento de propinas por agentes da delegacia. Em todos os documentos, segundo o chefe da Polícia Civil, constam as assinaturas do delegado Cláudio Ferraz.

Corregedor acha procedimento "estranho"

O corregedor Gilson Emiliano disse que é "estranho" que um documento de investigação seja aberto para apurar irregularidades e, em seguida, arquivado com o mesmo número, quando, em geral, é emitido um outro processo para encerrar a movimentação.

O corregedor designou uma delegada para que continue o trabalho de análise de possíveis irregularidades em inquéritos instaurados pela delegacia.  O delegado Cláudio Ferraz estaria prestes a assumir a Subsecretaria de Contra Informação, órgão ligado à Secretaria de

Segurança Pública e a qual a Draco passa a ser subordinada, conforme resolução publicada no Diário Oficial do dia 9 de fevereiro. 
O chefe de Polícia Civil analisou o comportamento do delegado como se ele não fosse mais o titular da especializada. Ou seja, não estaria mais trabalhando como seu subordinado.

"Se estivesse na Polícia Civil, tendo um RO (Registro de Ocorrência) de instauração de inquérito como também um de arquivamento do mesmo fato, numa mudança repentina, além de denúncias de recebimento de vantagens, com fortes indícios de problemas aqui na Draco, evidentemente que eu o exoneraria", disse.

Delegado da Draco diz que "é constrangedor"

"É constrangedor", resumiu o delegado Claudio Ferraz, sobre o fato de a Draco, que comanda, ter sido lacrada pela chefia de Polícia Civil. Em entrevista ao RJTV, o chefe de polícia, Allan Turnowski já havia afirmado haver documentos originais, com a assinatura de Ferraz, que reforçam denúncias de favorecimento a empresas e prefeituras com suspeitas de fraudes em licitações no estado do Rio.

"Eu não tenho o que falar. Ele [Allan Turnowski] tem seus motivos pra fazer essa questão [lacrar a Draco]. Mas é claro que é um constrangimento", afirmou, ao deixar o prédio da unidade.

Apesar de ter ficado cerca de quatro horas no local, junto com o corregedor de polícia, Gilson Emiliano Soares, Ferraz disse que não foi à delegacia por causa do episódio.

"Não sei de apreensões, documentos... Sei que os acessos da delegacia estão proibidos. Eu estou aqui na delegacia para resolver outro assunto, que não tem total ligação com essa busca", reiterou ele, que negou ter alguma rivalidade com Turnowski.

Turnowski justificou sua decisão de lacrar a Draco na entrevista ao RJTV: “No fim de semana, empresários fizeram uma denúncia de que, na Draco, existiriam problemas com a lei de licitação, envolvendo desvio de conduta de policiais”, afirmou. “Então, para preservar a busca desses documentos, a Draco foi lacrada e, nesta segunda, foram encontrados dois documentos originais, com o mesmo número, e com a assinatura do delegado e do inspetor. Por isso, a denúncia passa a ter um valor muito maior”, acrescentou.

G1 – Rio de Janeiro

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Tragédia na Região Serrana: o esforço dos sobreviventes um mês após as chuvas

Clarissa Monteagudo

Com a vida por um fio, no meio da enxurrada, Dona Ilair Pereira de Souza, de 53 anos, viu a esperança surgir em forma de uma corda. Mas, para a salvação, ainda faltava um nó. Esse, Dona Ilair Pereira de Souza, de 53 anos, não sabia dar. Então, deixou a cargo de alguém que, dizem, escreve certo por linhas tortas. E também dá nós de marinheiro.

— Eu não sabia lidar com corda grossa. Quem deu aquele nó foi Deus — conta a mulher que se tornou símbolo da luta pela vida ao se lançar de uma casa em ruínas e ser alçada por vizinhos em São José do Vale do Rio Preto.

Um mês após ver suas vidas devastadas pela maior tragédia causada pelas chuvas, os moradores da Região Serrana tentam retomar o curso. Atos simples do cotidiano, como tomar banho, tornaram-se preciosos. Em Nova Friburgo, o comércio reabriu, as estradas estão desobstruídas e as ruas se tornaram canteiros — de flores e... de obras.

Faixas com mensagens como “Reage, Nova Friburgo” foram espalhadas nos locais de deslizamentos. É o esforço da reconstrução. Na zona rural, porém, o espectro da destruição aterroriza os moradores. Muitos temem não ter condições de reconstruir as casas, lavouras e histórias de vida.

De acordo com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, que visitou Friburgo durante a semana, medidas de crédito de 71 milhões anunciadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para prefeituras e agricultores familiares dos municípios atingidos ajudarão a reerguer a economia.

— São 2.081 pessoas desabrigadas só em Friburgo e 300 em Bom Jardim. Estamos chegando às áreas rurais e vamos chegar mais. Quero fazer 2.800 casas. E o esforço maior é que sejam construídas, no máximo, a três quilômetros do local onde os moradores viviam antes — afirmou Pezão.

Já na periferia, moradores se queixam do descaso da prefeitura. O velório do pintor Jorge dos Santos, de 43 anos, já dura 30 dias. É o tempo em que sua mulher Rosemary Serafim, de 40 anos, passa em frente aos escombros, em Floresta. Ela só quer o direito de enterrar o marido. Mas para isso falta uma retroescavadeira para remover o entulho:

— Primeiro, eles (as autoridades do município) querem embelezar a cidade. Meu marido era pobre, está morto, deixa pra lá. Mas e eu? Pedi ajuda várias vezes. Eles dizem que vem, fico esperando embaixo do sol e nada — lamentou Rosemary, diante da dor e do descaso.

Neste sábado, várias homenagens aconteceram na cidade, que vive um momento de reflorescimento da fé.

Extra Online