Roma (Itália) - A notícia de que Adriano teve a carteira de habilitação apreendida após se recusar a fazer um teste de bafômetro no Rio, na madrugada desta quarta-feira, já repercute na Itália. Os sites esportivos do país criticaram duramente o jogador por causa do episódio.
A "Gazzetta dello Sport" ironizou a confusão do Imperador, classificando como "a história de sempre" as "bravas noites" do atacante. "A dor no ombro operado no último dia 24 de janeiro ainda é forte e o impede até mesmo de dormir, mas evidentemente não é um obstáculo no momento de sair para fazer festa com os amigos", escreveu o portal.
Adriano foi visto tomando um chope na última segunda-feira, numa churrascaria na Barra da Tijuca | Foto: Delson Silva / Ag. News
Já o "Calciomercato" relembrou os boatos de que Adriano iria permanecer no Brasil até o Carnaval, ao contrário do combinado com a Roma. O "Corriere dello Sport" também ressaltou as "novas confusões" do Imperador, afirmando que o atleta pode ficar "a pé" por um ano.
Imperador será multado em R$ 957,50
O atacante Adriano, liberado pelo Roma para se recuperar no Rio de uma cirurgia no ombro direito, teve sua carteira de habilitação apreendida numa blitz da Lei Seca, ontem de madrugada, na Avenida Ayrton Senna, perto da Cidade da Música, na Barra da Tijuca. Segundo relatório de agentes que participavam da blitz, o jogador estava com quatro amigos no seu Porsche Cayenne branco e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele também foi multado em R$ 957.
Segundo o coordenador da Operação Lei Seca, major Marco Andrade, os agentes registraram que Adriano admitiu ter ingerido bebida alcoólica ao ter o veículo parado, por volta de 1h. “No relatório também foi dito que ele apresentava ‘hálito etílico’, mas o Adriano foi extremamente educado, sem apresentar alteração”, afirmou o major.
O atleta do Roma e seus amigos voltavam de ensaio da banda Loucomotivos, liderada pelo cantor Marcelo Falcão, do O Rappa, num estúdio no Cosme Velho. O grupo só foi liberado quando outro amigo do jogador chegou para levar o Porsche. O empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, não comentou o assunto.
Segundo o Detran, Adriano poderá recuperar a carteira após cinco dias da apreensão e recorrer contra a punição. Caso seja condenado, porém, pode ter o direito de dirigir suspenso por até um ano. Nesse caso, terminada a suspensão, deverá entregar a carteira ao Detran e fazer curso de reciclagem de 30 horas, além de exame teórico.
O Porsche de Adriano, ano 2010, custa em média R$ 470 mil. O veículo foi usado pelo Imperador para distribuir na Vila Cruzeiro presentes e cestas básicas a crianças no Natal.
Não é a primeira vez que o nome do jogador aparece envolvido em acidentes e escândalos.
Na madrugada de 31 de dezembro de 2007, por exemplo, ele perdeu o controle de seu Audi TT, na Barra, e colidiu contra três carros. Dois meses depois, passou por sinal vermelho na Avenida Paulista, em São Paulo, com outro Porsche Cayenne, e atingiu um Ford Ka.
A polícia chegou a investigar a compra que ele fez de uma moto Honda Hornet, avaliada em R$ 35 mil e registrada em nome da mãe do traficante Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica. O processo de regularização da moto, no Detran-RJ, desapareceu. O caso acabou arquivado.
Outra investigação foi realizada por suspeita de associação para o tráfico de drogas, depois que o craque apareceu em fotos supostamente fazendo sigla de facção criminosa e empunhando objeto que se assemelha a fuzil de brinquedo. ( Franciso Édson Alves e Janir Junior)
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