sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Os Policiais do Bope escavam Piscinão de Ramos a procura de corpos

Rio - Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) escavaram o Piscinão de Ramos, na Zona Norte do Rio, a procura de corpos e armas que estariam enterrados no local.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A polícia utilizou uma reroescavadeira à procura de corpos na Operação Guilhotina | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A ação fez parte da Operação Guilhotina, desencadeada na manhã desta sexta-feira, a partir de informações de que milicanos atuantes na Favela Roquete Pinto, no bairro, utilizariam o local como cemitério clandestino de traficantes rivais assassinados.

De acordo com a polícia, os criminosos utilizariam o Iate Clube de Ramos, localizado nos arredores da região, para torturar e matar seus algozes, enterrando os corpos na areia do Piscinão.

Os policiais utilizaram uma reroescavadeira na operação mas, no entanto, nada foi encontrado. A milícia da Roquete Pinto é um dos principais alvos da Operação Guilhotina. Policiais federais cumprem 45 mandados de prisão nesta sexta-feira, sendo que 21 deles são relativos a membros desta quadrilha.

Ação mobiliza 580 homens

A Operação Guilhotina foi deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira, com o apoio de 200 agentes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público Estadual (MPRJ). O objetivo é cumprir 45 mandados de prisão preventiva - sendo 11 contra policiais civis e  21 contra policiais militares -, e 48 mandados de busca e apreensão. Até o momento, 28 pessoas foram presas, sendo 16 PMs e seis civis.

Cerca de 380 homens da PF participam da ação, que ainda investiga a ligação dos policiais com venda de armas e informações e o chamado "espólio de guerra", que é a subtração de produtos de crime encontrados em operações policiais, como ocorrido na recente ocupação do Complexo do Alemão. Os agentes contam com o apoio de lanchas e helicópteros na operação.

As investigações iniciaram a partir de vazamento de informações numa operação conduzida pela PF em 2009,  que tinha como principal objetivo prender o traficante Rupinol, que atuava na Favela da Rocinha junto Nem, apontado como o chefe do tráfico na comunidade. De acordo com a Polícia, um grupo de policiais é suspeito de receber até R$ 100 mil por mês para proteger Nem e o avisar sobre operações no local.

A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da SSP e outra da Superintendência da PF. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã.

Entre os procurados pela operação, está o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira, que é ex-subchefe da Polícia Civil. Ele é considerado foragido da Polícia Civil, uma vez que PFs chegaram nesta manhã com um mandado de prisão à sua casa em Campo Grande, Zona Oeste da cidade, e não o encontraram. 

Na manhã desta sexta-feira, as 17ª (São Cristóvão) e 22ª (Penha) DPs ficaram momentaneamente fechadas para que policiais pudessem cumprir mandados de busca e apreensão nas distritais.
A delegada Márcia Beck - titular da delegacia da Penha e que já havia trabalhado na DP de São Cristóvão - foi detida.

O delegado Ângelo Fernando Gióia, uperintendente da PF, disse que durante os trabalhos dos agentes a delegada "exerceu uma conduta que as autoridades entenderam por bem levá-la para prestar esclarecimentos", até mesmo por ela ser a responsável por aquela distrital.

O DIA ONLINE

Um comentário:

Anônimo disse...

alo prefeitura o piscinao esta abandonado