segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Paes diz que Cidade do Samba começa a ser reconstruída essa semana

Cidade do Samba em chamas

Foto: Pedro Kirilos / O Globo

Preocupação com segurança motivou criação da Cidade do Samba

O Globo

RIO - O prefeito Eduardo Paes se reuniu com os presidentes das escolas de samba e representante da Liesa para estudar a melhor forma de contornar a situação e ajudar as escolas que tiveram os barracões atingidos peloincêndio na Cidade do Samba. Os presidentes da Mangueira, Salgueiro e Vila Isabel já se comprometeram a ajudar com material e mão de obra. De acordo com o prefeito, todas as escolas vão desfilar. O prefeito sugere que nenhuma escola deve ser rebaixada este ano.

Além do diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, participam Regina Celi, presidente do Salgueiro, Wilsinho, da Vila Isabel, Ivo Meirelles, da Mangueira, Nilo Figueiredo, da Portela, entre outros.

Paes disse ainda que vai buscar todas as formas possíveis, com recursos da prefeitura e parcerias, para ajudar as agremiações:

- Não é simples recuperar. Mas, elas vão entrar na avenida de qualquer jeito. Com a raça da sua gente, da sua força. Já entrei em contato com a empresa que fez a Cidade do Samba para buscar informações e iniciar a obra de reconstrução imediatamente.

Em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, Paes garantiu que a Cidade do Samba começa a ser reconstruída esta semana.

- A Prefeitura vai dar todo o apoio, todo o suporte a essas escolas - afirmou Paes.

Paes, que é portelense, chegou à Cidade do Samba assim que o incêndio foi controlado.

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, que está em Minas Gerais, disse que as confecções dos barracões da Ilha do Governador e da Grande Rio, as escolas mais atingidas pelo incêndio na Cidade do Samba, estavam bastante adiantadas. Castanheiras ressaltou, em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, que, a um mês do carnaval, a perda é "sem tamanho". De acordo com ele, o investimento de cada escola gira em torno de R$ 5 a R$ 7 milhões:

- O problema não é só financeiro, é o tempo de se reconstruir tudo.

Barracão da Liesa pega fogo. Foto de Pedro Kirilos

Atual campeão do carnaval carioca, o carnavalesco da Unidos da Tijuca, Paulo Barros, fez questão de prestar solidariedade a funcionários das coirmãs e acredita na possibilidade proposta pelo prefeito Eduardo Paes de não rebaixar nenhuma agremiação no desfile desse ano. O artista afirma que, mesmo que receba uma verba emergencial para recuperação de alegorias e fantasias, nenhuma das escolas afetadas tem condições de disputar o carnaval:

- Acredito que nenhuma delas pode ser penalizada e julgada como as demais. A Grande Rio perdeu tudo, por exemplo, então não é justo que essas escolas sejam avaliadas como as outras que nada sofreram. Acho que uma solução para o público que assiste ao carnaval, e quer ver o desfile dessas escolas, é que os componentes apareçam para desfilar, mesmo que apenas usando uma camisa da escola que representam. Mas todas deveriam passar pela avenida como hors-concours, sem estarem na disputa.

Na Cidade do Samba funcionam 14 barracões. Na parte de baixo ficam as alegorias, e na parte de cima, as esculturas e fantasias. Segundo Castanheira, o horário em que começou o incêndio, às 7h15m, é quando muitas pessoas chegam para trabalhar.

- Temos brigada de incêndio, toda a estrutura necessária. Não temos notícias de pessoas que tenham ficado presas nos barracões. O prejuízo, se Deus quiser, será só material. É um momento muito difícil para o samba - afirmou Castanheira.

Extra Online

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