Religioso cubano é assassinado no Cosme Velho

Família suspeita de crime passional

POR MARCELLO VICTOR

Rio - O presidente-fundador da Sociedade de Ifá e Cultura Afro-Cubana no Brasil, o jornalista cubano Rafael Zamora Diaz, de 51 anos, foi assassinado a tiros dentro de seu carro, na noite desta terça-feira.

O crime ocorreu na Rua Cosme Velho, a cerca de 10 metros de sua casa, na Ladeira dos Guararapes, no bairro do Cosme Velho, Zona Sul do Rio. A família da vítima acredita que o crime tenha motivação passional.

                   

Radicado no Brasil há 20 anos, o cubano Rafael Zamora foi morto a tiros quando estacionava o carro | Foto: Reprodução da Internet

Segundo parentes de Rafael, a vítima estacionava seu carro, o Meriva placa LSI-0837, por volta das 22h. O assassino teria se aproximado e efetuado vários disparos contra a vítima quando ela ainda estava no volante do carro.

Peritos e policiais da Divisão de Homicídios (DH) estiveram no local e assumiram as investigações. Segundo um policial do 2º BPM (Botafogo), a vítima morreu na hora e teria sido atingida por sete tiros de pistola, possivelmente calibre 9mm.

Clemente Zamora, irmão do jornalista, contou que ele vinha recebendo ameaças há cerca de um ano. Segundo Olga Zamora, irmã da vítima, elas eram feitas pela internet e por telefone. O responsável seria um homem que teria descoberto um relacionamento do religioso cubano com sua mulher.

O advogado da vítima, que se identificou apenas como Marcos, disse que dossiês relatando as ameaças foram protocolados na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), no Ministério Público (MP) e no gabinete da deputada estadual Cidinha Campos (PDT). No entanto, ainda segundo ele, a vítima respondia processo por porte de munição de arma de fogo. O processo estaria correndo em segredo de justiça.

Rafael Zamora morava no Brasil há 20 anos, quando chegou ao país para difundir o Ifá, religião de origem africana muito difundida em Cuba, se estabelecendo no Rio. Ele morava com um filho também chamado Rafael, de 20 anos. O rapaz prestou depoimento na DH, mas não quis falar com os jornalistas.

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