Bruno Rohde
As supostas ameaças contra o presidente da Sociedade de Ifá e Cultura Afro-Cubana no Brasil, o babalawó Rafael Zamora Diaz, de 51 anos, também chegavam pela internet. O cubano foi morto a tiros, no final da noite de terça-feira, no Cosme Velho, e deixou um dossiê contando que estava sofrendo perseguição. A Divisão de Homicídios (DH) está investigando o caso.
Zamora Diaz é o autor de um processo movido contra o Google e a Microsoft, na 37ª Vara Cível da capital, em fevereiro de 2010. Na ocasião, ele alegou que vinha tendo sua honra atacada em sites mantidos pela primeira empresa e em e-mails enviados através do provedor da segunda empresa.
Em março do ano passado, a juíza Camilla Prado determinou que o Google removesse os conteúdos das páginas listadas em cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 500. Com relação à Microsoft, a magistrada determinou que a empresa fornecesse dados de identificação requeridos, em dez dias, sob pena de multa diária de R$ 100.
Em dois outros processos, Zamora Diaz é réu. Um deles corre em segredo e o outro trata de uma reivindicação de propriedade, em Magé.
O irmão do cubano, Clemente Zamora, acredita em crime passional. O pivô teria sido uma mulher envolvida com outro homem.
— Mandaram matar meu irmão — disse ele.
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