segunda-feira, 29 de junho de 2009

Carceragem em São Gonçalo passa por vistoria após denúncia de superlotação

Antes da visita da comissão, 40% dos presos foram transferidos.
Avaliação foi um pedido da Organização dos Estados Americanos.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

 

Representantes da Secretaria Especial de Direitos Humanos e do Ministério Público das Relações Exteriores fizeram uma vistoria na tarde desta segunda-feira (29) na carceragem de Neves, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A avaliação foi um pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA).
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A OEA recebeu da Defensoria Pública do Estado uma denúncia de superlotação. As autoridades ficaram encarregadas de avaliar as condições da cadeia, que abriga presos à espera de julgamento.
Antes da vistoria, 40% dos presos foram transferidos. Na hora da visita, os parentes se surpreenderam: uma lista informava os locais para onde foram os detentos. Dos 669 presos, apenas 404 ficaram na carceragem, ainda acima da capacidade total, que é de 250.
“Não sei se houve coincidência. Aproximadamente 300 presos saíram. Então, aparentemente há vagas para abrigar presos”, disse o defensor público Leonardo Melo da Cunha.

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Visita às celas

As imagens gravadas pelo circuito interno de segurança da carceragem mostram a visita às celas. Segundo a comissão, pouco mudou no presídio se comparada à situação de um mês atrás. Na época, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) constatou que, além da falta de infraestrutura, um dos maiores problemas denunciados é que os presos não recebem atendimento médico adequado.
“A gente diz que a situação é precária, as condições são ruins. Tem um número de presos muito maior do que cabe, só que a gente tenta informar também o que o governo do estado tem feito pra melhorar a situação”, afirmou Batira Meirea dos Ramos Nagado, assessoria da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Governo promete acabar com carceragens

O governo estadual prometeu concluir, em um ano, o programa Delegacia Legal e acabar com todas as carceragens nas delegacias. Por enquanto, um delegado foi designado pelo chefe de polícia para melhorar as condições dos presos nas delegacias.
“As assistências jurídica, médica, saúde e o projeto carceragem cidadã vão implementar essas assistências enquanto tivermos esses presos. Já está sendo implementado. Já temos em Nova Iguaçu o projeto acontecendo e estamos conversando pra que eles sejam extendidos para outras carceragens da polícia”, afirmou o delegado Orlando Zarconi. 
A Secretaria de Administração Penitenciária disse que só vai se pronunciar sobre o número de vagas para presos e a construção de casas de custódia depois de uma reunião com a comissão que realizou a vistoria.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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