Denúncias revelam que ex-alunos ainda estariam ocupando as instalações.
Defensor vai tentar se reunir com reitor da UFRJ ainda nesta semana.
Do G1, no Rio, com informações do RJTV
A Defensoria Pública da União vai tentar convocar ainda nesta semana o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, para discutir a ocupação ilegal dos alojamentos no campus do Fundão, na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio.
Em vistoria realizada nesta terça-feira (30) nos 504 alojamentos, o defensor público da União, André Ordacgy presenciou a super lotação dos quartos. De acordo com denúncias recebidas pela Defensoria, ex-alunos e até as famílias desses estudantes ainda estariam morando nos alojamentos.
Ação pública
O defensor afirmou que a falta de infraestrutura nos alojamentos pode resultar no ajuizamento de uma ação civil pública contra a universidade na Justiça Federal. A direção da UFRJ disse que assim que for informada pelo defensor vai participar da reunião para tentar resolver o problema.
“A situação tem uma gravidade que passa não só pela ausência do controle administrativo, mas também pela ausência de infraestrutura física. Vamos marcar uma reunião com o reitor da universidade para resolver esses problemas. E se não for possível uma solução extrajudicial, infelizmente a alternativa cabível é o ajuizamento de uma ação civil publica na Justiça Federal “, explicou o defensor.
Alunos são obrigados a dividir quartos
Por causa da falta de vagas, alguns alunos são obrigados a dividir os quartos, o que não é permitido pela direção.
“Teoricamente não podia (dividir os quartos), mas como é um contigente muito grande de pessoas que entram e não tem quantidade de vaga para essas pessoas, a gente traz eles para morarem com a gente”, afirmou um aluno da instituição, morador do alojamento.
Falta de infraestrutura
Outro problema dos alojamentos é a falta de infraestrutura, o que coloca em risco a segurança dos alunos. O teto é marcado por infiltrações, mofo e fios pendurados. No lugar das luminárias estão os buracos. Os estudantes também reclamam das paredes quebradas e pichadas.
No alojamento masculino a situação ainda é mais caótica. Nos corredores, os fios estão expostos, o quadro de força está sem tampa e não existe equipamento de combate a incêndio. A biblioteca está fechada porque faltam funcionários.
Outra reclamação recorrente dos alunos é a falta de água nos alojamentos.
“É uma construção muito antiga e que precisa de reformas é claro. O ruim é que a gente chega aqui com poucas condições econômicas e ainda tem que tirar do nosso bolso pra consertar aquilo que está incomodado” disse uma aluna.
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