domingo, 28 de junho de 2009

PM é suspeito de negociar lotes em área de preservação ambiental

Venda de terrenos irregulares seria fonte de renda de milicianos.
Segundo a polícia, cada terreno estava sendo vendido por R$ 60 mil.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

 

Uma área de preservação ambiental em Vila Valqueire, no subúrbio do Rio de Janeiro, está sendo destruída para virar um condomínio. Segundo os investigadores, um policial militar é suspeito de envolvimento no crime. A venda de terrenos irregulares seria mais uma fonte de renda de milicianos.
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Ruas foram abertas e árvores derrubadas para dar lugar a 240 lotes do condomínio. A área fica no Maciço da Pedra Branca. De acordo com a polícia, cada terreno estava sendo vendido por R$ 60 mil. A denúncia foi publicada neste sábado (27) no jornal O Globo.
Segundo a reportagem, o principal negociador é um sargento da Polícia Militar, identificado como Luiz Monteiro da Silva. Ele é suspeito de fazer parte da milícia que atua na região. O policial já foi indiciado por vender lotes clandestinos na Serra do Valqueire e, agora, é suspeito de desmatar este trecho da Mata Atlântica.

As investigações começaram há mais de um ano. Durante um sobrevoo sobre o terreno do condomínio, a delegada Juliana Emerique Amorim, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, confirmou a participação da milícia no crime.

"Nós chegamos a uma imobiliária e dentro dela encontramos algumas documentações que citam nomes de pessoas envolvidas com a milícia. Então, nós estamos agora estudando. Isso vai ser levado ao Ministério Público, para que nós possamos certificar, até mesmo no sentido de contabilidade relacionada à milícia", disse a policial.
Há dez anos, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público. O sargento, um dos indiciados, também está sendo investigado pala Corregedoria da Polícia Militar. Segundo a polícia, ele pode responder pelos crimes de desmatamento, construção irregular e por parcelamento de solo. O PM nega as acusações.
A Secretaria municipal de Meio Ambiente informou que fará uma vistoria no local.

Comércio paralelo

A polícia tem feito operações para combater o lado financeiro das quadrilhas que agem na Zona Oeste. Há duas semanas, um depósito com cerca de 200 botijões de gás foi interditado. Os agentes apreenderam armas e fecharam três centrais clandestinas de TV a cabo. Vans irregulares foram apreendidas.
A Secretaria estadual de Segurança estima que só o comércio paralelo de gás movimente mais de 50 mil botijões por mês nas regiões de atuação das milícias. Já as ligações clandestinas de TV chegariam a 100 mil na região.
No início do mês, 45 suspeitos de fazer parte de milícia na Zona Oeste e na Baixada Fluminense foram presos durante a Operação Têmis.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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