sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ex-secretário de Segurança do Rio escapa de emboscada

Secretário de Indústria e Comércio de Aperibé é executado em Santo Antonio de Pádua. Josias Quintal tem certeza de que era o alvo do assassino

POR MARCO ANTONIO CANOSA, RIO DE JANEIRO

Rio - O secretário municipal de Indústria e Comércio de Aperibé, no Noroeste Fluminense,  Waldemar Linhares Duarte, foi assassinado com dois tiros na cabeça, por volta das 18h desta quinta-feira, no município vizinho de Santo Antônio de Pádua.

Ele estava saindo da fazenda do ex-deputado federal e ex-secretário de Segurança Pública do Rio, coronel PM Josias Quintal, onde passara a tarde em uma reunião, e dirigia um carro idêntico ao de Josias, uma caminhonete Montana prata.
Josias Quintal vinha logo atrás e encontrou o amigo morto ao volante. O ex-secretário de Segurança disse ter certeza de que era o alvo do assassino. "O Waldemar estava no local errado, na hora errada e com o carro errado. A política em Pádua está muito conturbada. Tem prisão de ex-prefeito, secretário. Como faço oposição, eles acham que posso ser responsável por tudo o que está acontecendo", revelou.

Foto: Banco de imagens

Ex-secretário de Segurança Pública escapa de emboscada em Aperibé | Foto: Banco de imagens

Quintal foi candidato a vice-prefeito na última eleição, marcada por denúncias de corrupção e pela prisão do ex-prefeito, Nando Padilha. Um secretário de  Waldemar que estava no banco do carona contou à polícia que abriu a porteira e, quando o carro saiu, um homem surgiu do mato e atirou duas vezes contra o secretário, que morreu na hora. Apavorado, o rapaz saiu correndo. Ele está ajudando a polícia a confeccionar o retrato-falado do assassino. Nada foi roubado.
A fazenda Pedra Lisa fica na Rodovia RJ-116, que liga Santo Antonio de Pádua a São José de Ubá,  a seis quilômetros do centro da cidade. Além da fazenda, Josias Quintal, tem outros imóveis na região e também é proprietário da Rádio Embalo FM, em Itaocara.
Josias Quintal afirmou que o crime foi praticado por profissional. "Encomenda profissional. O cara chegou tranquilo, matou e saiu tranquilamente. Foi uma execução e era pra mim", contou.
Ele disse que espera que a polícia solucione logo o caso. "Espero que a polícia investigue. Caso contrário pode acontecer mais", disse, acrescentando que não pretende sair da cidade. "Sou um homem público, me tornei político, vou ficar", afirmou.
Em São Fidélis, também no interior do estado, o vereador Efer Soares de Souza, o Efinho do Escritório (PFL/PL), foi baleado em casa  e também morreu. Ele era acusado de envolvimento em quadrilha que fraudava o INSS e chegou a ser preso pela Polícia Federal, em junho do ano passado.

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