sábado, 27 de junho de 2009

Marinha e Aeronáutica encerram operação de busca por corpos e destroços do voo 447

Marinha e Aeronáutica encerram operação de busca por corpos e destroços do voo 447

O Globo

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RIO - O Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informaram que foi oficialmente dada por encerrada, nesta sexta-feira, a maior e mais complexa Operação de Busca e Resgate já realizada pelas forças armadas brasileiras em área marítima, tanto no aspecto duração quanto na magnitude de meios empregados. Nos 26 dias de buscas aos passageiros e tripulantes do voo Air France 447, que desapareceu no oceano Atlântico na noite de 31 de maio de 2009, foram resgatados 51 corpos e mais de 600 destroços aeronave, além de bagagens ( Veja imagens do trabalho da Marinha e Aeronáutica ) .

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O motivo do fim das buscas é a impraticabilidade de se avistar sobreviventes ou corpos após 26 dias do acidente. Do dia 12 de junho ao dia 26, período de 15 dias, apenas dois corpos foram resgatados, sendo o último no dia 17. Nos últimos nove dias, nenhum corpo ou despojo foi avistado. Os militares franceses continuam na área em busca de sinais emitidos pela caixa-preta do avião.

Os 51 corpos resgatados foram entregues à Policia Federal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para que fossem identificados. Os destroços da aeronave e as bagagens recolhidas foram entregues ao Escritório de Investigação e Análise francês, órgão responsável pela investigação e que conta com o apoio do setor correspondente no Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ( Os brasileiros no voo 447 ).

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Em 26 dias de operação continuada sob responsabilidade do Brasil, em atendimento a compromissos internacionais de busca e salvamento, a Força Aérea Brasileira utilizou 12 aeronaves e contou com o apoio de aviões da França, dos EUA e da Espanha. A Marinha do Brasil atuou com 11 navios em revezamento na área de buscas, totalizando cerca de 35 mil milhas navegadas, aproximadamente oito vezes a extensão da costa brasileira.

Foram voadas cerca de 1500 horas, com buscas visuais numa área correspondente a 350 mil quilômetros quadrados, mais de três vezes a dimensão do estado de Pernambuco. O avião R-99 realizou busca eletrônica numa área correspondente a dois milhões de quilômetros quadrados, oito vezes a dimensão do estado de São Paulo ( Veja imagens dos destroços resgatados ).

Foram diretamente envolvidos na Operação 1.344 militares da Marinha do Brasil e 268 da FAB, perfazendo mais de 1.600 profissionais nas tarefas de busca, resgate e suporte a essas atividades.

Toda a Operação de busca esteve sob a responsabilidade direta do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), por meio do Salvaero Recife em coordenação com o Salvamar Nordeste, e atendeu ao previsto no anexo 12 da Convenção de Chicago, efetivado em 1950, que estabelece o compromisso dos países signatários com as operações de busca e salvamento nas suas áreas de jurisdição.

Extra Online

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