segunda-feira, 29 de junho de 2009

Legistas negam vazamento da autópsia de Michael Jackson

Reuters/Brasil Online

Por Jill Serjeant

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LOS ANGELES (Reuters) - O instituto médico legal de Los Angeles desmentiu nesta segunda-feira o relato de um jornal britânico segundo o qual Michael Jackson estaria magérrimo e quase careca quando morreu de forma inesperada na quinta-feira.

Enquanto a família Jackson se reunia em Los Angeles para decidir detalhes sobre uma cerimônia fúnebre digna das manifestações mundiais de afeto pelo "Rei do Pop", a mãe do cantor deu entrada em um pedido de guarda de seus três filhos.

Katherine Jackson pediu à Corte Superior de Los Angeles a guarda de Prince Michael, 12 anos, Paris Katherine, 11, e Prince Michael II, 7, dizendo que "eles não têm nenhum relacionamento com sua mãe biológica."

Os dois primeiros são filhos de Jackson com sua ex-mulher Debbie Rowe e o terceiro é filho de uma mãe de aluguel não identificada. Uma audiência para decidir sobre o assunto foi marcada para 3 de agosto.

O corpo de Jackson foi submetido a duas autópsias inconclusivas: uma do instituto médico legal do condado de Los Angeles e outra realizada por um patologista particular. Os resultados dos exames toxicológicos devem levar algumas semanas para sair.

Michael Jackson morreu subitamente de parada cardíaca em sua casa alugada em Los Angeles, aos 50 anos, na quinta-feira passada, semanas antes de uma série prevista de 50 concertos que faria em Londres.

O médico legista assistente Ed Winter disse na segunda-feira que os detalhes divulgados pelo tablóide britânico Sun sobre a condição do corpo de Jackson não vieram das autópsias privada ou do condado.

"Não sei de onde saiu essa informação ou de quem. Ela não é exata. Parte dela é totalmente falsa", disse Winter a jornalistas.

Afirmando ter visto um relatório vazado sobre a autópsia, o The Sun disse que, quando morreu, Jackson estava usando peruca para ocultar seu cabelo esparso, pesava apenas cerca de 51 quilos, que seus quadris, ombros e coxas estavam cobertos de marcas de agulhas, e que seu estômago estava vazio, com a exceção de comprimidos parcialmente dissolvidos.

HOMENAGENS MUNDIAIS

Jackson admitiu em 1993 ter dependência de analgésicos, mas recentemente tinha sido aprovado num extenso exame médico, antes dos concertos em Londres.

O líder da luta pelos direitos civis Al Sharpton se reuniu com a família do cantor em Los Angeles, na segunda, para discutir uma homenagem mundial a Jackson e planos para preservar um legado que mudou a forma dos vídeos musicais e influenciou uma nova geração de cantores de R&B.

"Estou aqui para assegurar que Michael receba em morte o que nunca teve em vida: ele nunca recebeu crédito", disse Sharpton a jornalistas depois de chegar a Los Angeles, onde assistiu à cerimônia dos Black Entertainment Television (BET) Awards com o pai de Michael Jackson, Joe.

Joe Jackson disse a jornalistas no domingo que os arranjos para o funeral do Rei do Pop ainda estão sendo discutidos, mas um amigo da família disse que as cerimônias podem acontecer na quarta-feira e que o corpo pode ser sepultado no famoso rancho Neverland, que o cantor tinha, na região central da Califórnia.

A tensão em torno da morte misteriosa do cantor veio à tona no BET Awards, que virou uma homenagem ao gênio musical. Alguns astros se queixaram da cobertura feita pela mídia da espiral descendente vivida por Jackson nos últimos dez anos, repletos de acusações envolvendo abuso sexual infantil e comportamentos bizarros.

Depois de interrogar o médico pessoal de Jackson no fim de semana, a polícia de Los Angeles declarou que não o considera suspeito na morte. O médico Conrad Murray, que estava ao lado de Jackson quando este morreu, disse à polícia que não injetou analgésicos no cantor antes de sua parada cardíaca na quinta-feira.

Extra Online

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