RIO - Policiais do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) prenderam, na última sexta-feira, em Itaguaí, na Baixada Fluminense, a universitária Ana Cristina Machado, de 26 anos. Ela é acusada de encomendar a morte do ex-marido, o balconista Alex Sandro Barbosa Verdan, de 25, para receber 75% de dois seguros de vida, no valor total de R$ 292 mil. O restante da indenização foi colocada pela própria mulher em nome de um filho do casal, que hoje tem 3 anos de idade.
O balconista foi executado com três tiros, dentro de casa, em Itaguaí, no dia 8 de março de 2008. Dezoito dias antes do crime, Ana Cristina teria contratado, por telefone, uma das apólices em nome do ex-marido (ouça a negociação com a seguradora).
Apesar de o casal estar separado judicialmente, há mais de um ano, ela disse que ainda estava casada com o balconista.
Durante a ligação em que contratou a apólice - gravado pela seguradora - Ana Cristina teria colocado um homem para se passar por Alex Sandro, pois a atendente da seguradora exigiu um contato com o próprio contratante, para confirmar algumas informações.
Orientação
Na gravação, a voz de Ana Cristina pode ser ouvida ao fundo, orientando um homem a responder corretamente as perguntas.
Segundo denúncia da Promotoria Criminal de Itaguaí, Ana Cristina mentiu ao fazer o seguro, tendo feito uma declaração falsa à seguradora ao afirmar: o estado civil, o endereço falso e ainda fornecer o nome com o sobrenome de casada.
Segundo o Ministério Público estadual (MP), não há dúvida de que a mulher foi a mandante do crime.
Uma outra investigação foi deflagrada para tentar identificar o executor do crime. Denunciada como mandante da execução, a universitária teve a prisão decretada pelo juiz Rafael de Oliveira Fonseca, da comarca do município de Itaguaí.
Caso seja condenada, Ana Cristina estará sujeita a uma pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
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