terça-feira, 2 de junho de 2009

Polícia do Rio mata mais em bairros da Zona Norte, diz pesquisa do Ipea

Segundo instituto, maior número de prisões acontece na Zona Sul.
Maioria dos mortos morava em favelas ou no entorno delas, diz estudo.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira (2) revelou que a polícia do Rio de Janeiro mata mais em bairros da Zona Norte e prende mais na Zona Sul da cidade.

A pesquisa mostrou, ainda, que o número de mortos em confrontos com a polícia foi maior nas regiões de São Cristóvão, Méier, Madureira e Rocha Miranda.

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Segundo a Pesquisa de Segregação Territorial e Violência no município do Rio de Janeiro, as prisões foram muito mais numerosas nos bairros de Botafogo e Copacabana, na Zona Sul. A pesquisa também mostrou que a maioria das vítimas de homicídios, no período de 2002 a 2006, morava em favelas ou no entorno delas.
Segundo o Ipea, a taxa de mortos em confronto com a polícia (auto de resistência), em 2006, na região de São Cristóvão, por exemplo, foi de 24,5 por 100 mil habitantes. Na área do Méier, a taxa foi de 19 e, em Madureira e Rocha Miranda, de 17,6. Todas as demais regiões tiveram índices superiores aos da Zona Sul e da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Já as taxas de prisão foram inversamente proporcionais na maioria dos bairros das Zonas Norte e Sul, com exceção de São Cristóvão. De acordo com a pesquisa, enquanto na área de Bonsucesso e do conjunto de favelas do Alemão foram registradas 50 prisões por 100 mil habitantes, em Botafogo foram 203, 5 prisões e em Copacabana, 258,8.

No Rio, 1 em cada 4 assassinatos envolve PM

Outra pesquisa foi divulgada nesta terça-feira pelo Instituto de Segurança Pública, que pertence ao governo estadual. De cada quatro assassinatos na cidade do Rio em 2008, um foi registrado durante confrontos com a Polícia Militar.

Apesar do alto índice de 688 mortes em 2008, esse delito apresentou redução ante 2007, com 902 óbitos. A tendência de queda segue neste ano, com 75 vítimas em fevereiro e 109 no mesmo mês do ano passado.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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