sábado, 6 de junho de 2009

Peritos coletam DNA de parentes de passageiros do voo 447

Coleta de dados deve se estender até a próxima segunda (8).
Agentes da PF retiram amostras de cabelo, sangue e saliva.

Rodrigo Vianna Do G1, no Rio

Peritos da Polícia Federal colheram na manhã deste sábado (6) materiais de parentes das vítimas do voo 447 da Air France, para exames de DNA. A coleta aconteceu no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde as famílias estão hospedadas. O trabalho dos agentes deverá se estender até a próxima segunda-feira (8).

Cobertura completa: voo 447

Segundo o gerente de hotel Maarten Van Sluys, irmão da passageira Adriana Van Sluys, os agentes chegaram ao hotel por volta das 8h e se reuniram com os parentes na sala de conferência. Ele afirmou que os peritos colheram sangue, amostras de cabelo e saliva.
“A equipe de médicos foi atenciosa com todos os familiares. Eles colheram dados do passageiro e do parente, fizeram perguntas sobre o grau de parentesco e colheram uma amostra de cabelo, saliva ou sangue”, informou.

A coleta de dados começou na sexta-feira (5). O advogado Marco Túlio Moreno, que perdeu os pais no acidente, contou que os agentes convocaram dois representantes das famílias por vez para obter dados que possam ajudar na identificação dos passageiros, como uso de próteses, pinos cirúrgicos, implantes dentários, marcapassos, tatuagens e roupas que estavam usando no dia do embarque.

“Eles querem adiantar essa coleta para quando estes dados estejam disponíveis no caso de começar a aparecer algum corpo. Escovas com fios de cabelo, tudo o que for possível para ajudar na identificação das vítimas será coletado", contou o advogado.

Famílias podem ser transferidas, diz parente

Cerca de 30 familiares continuam no Hotel Windsor. No entanto, de acordo com Maarten Van Sluys, a maioria deve ser transferida para outros hotéis no Rio na próxima semana. De acordo com o gerente, os parentes foram informados que, por conta de um congresso, o hotel estará lotado e, por isso, as famílias seriam hospedadas em outras locais.
“Recebemos a informação de que quem quiser continuar no Rio poderá ser transferido para outro hotel por causa desse congresso. Ainda não informaram a data, mas sabemos que será na próxima semana. A Air France também informou que vai montar um centro de atendimento às famílias dos passageiros, mas ainda não informou onde”, completou.

Sem defeito

O escritório de investigação e análise de acidentes aéreos da França investiga as causas do acidente. Na França, o chefe do escritório, Paul-Louis Arslanian, disse que pretende realizar um relatório minucioso sobre o caso. Ele afirmou em entrevista coletiva que está descartada a hipótese de que a aeronave tenha decolado do Rio com algum defeito. "Nenhuma conclusão pode ser tomada agora", disse.

Segundo ele, o trabalho de investigação será dividido em várias frentes distintas e contará com informações e com a colaboração do Brasil. Arslanian quer entregar um esboço do relatório no fim de junho.

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