sábado, 20 de junho de 2009

Famílias de vítimas do voo 447 se reúnem no Rio e oficializam associação

Grupo terá representantes na França para tratar com comitê francês.
Segundo parentes, Air France está dando adiantamento do seguro.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

Representantes de 14 famílias de passageiros do voo 447 da Air France se reuniram na manhã deste sábado (20) no Rio para oficializar a criação de uma associação.

Cobertura completa: voo 447
A Associação das Famílias de Vítimas do Voo 447 vai tratar de diversos assuntos, como indenizações, investigações e identificação dos corpos. “Tão logo seja a feito o registro, vamos marcar uma nova reunião para tratar de questões como o pedido do valor total do seguro, identificação dos corpos encontrados e investigações. Vai ser um longo caminho, que não vai ser fácil”, disse Nelson Marinho, pai de um dos desaparecidos.
Segundo ele, a reunião contou com representantes de parentes da associação de famílias dos acidentes com o Fokker 100 e com o Air Bus, ambos da TAM, em 1996 e 2007, respectivamente. “As pessoas estão muito solidárias neste momento e eles nos deram uma cópia de suas associações para podermos começar”, explicou Marinho, que pede o apoio do maior número possível de famílias de passageiros.

Famílias querem identificação dos corpos

De acordo com ele, que cedeu sua casa para se transformar na sede da instituição, a esperança dos parentes é que a organização os ajude a conseguir o apoio do governo brasileiro para a liberação dos corpos encontrados.
“Está demorando muito. Talvez agora o governo e o ministro Nelson Jobim olhem pra gente”, reclamou Marinho, que chegou a ir até o Instituo Médico Legal do Recife para tentar verificar se o corpo do filho estava entre os encontrados. “Se o trabalho já está na metade, porque não liberam para as famílias a metade que já está pronta?”.

Indenização e investigação

“Não dá para resumir em palavras o que a gente está passando”, diz ele, que lembrou da confusão entre parentes quando começou a se falar da criação da associação dias após o acidente. “Naquela época estava todo mundo muito transtornado. Ainda hoje, teve gente que chegou a passar mal hoje, durante a reunião”, disse.
Com duas filhas morando na França, Nelson ressaltou que elas vão representar o grupo brasileiro junto à associação de famílias de vítimas de lá. “Já soubemos que há pessoas da associação da Alemanha interessadas em se unir com a gente também”, lembrou ele.
Segundo Nelson, a Air France já começou a pagar a todas as famílias um adiantamento do seguro do avião. “Conseguimos dar o pontapé inicial. Nesse tempo ouvimos falar em raio, mal tempo, nada disso derruba avião. Houve negligência e nós queremos saber.”

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