terça-feira, 23 de junho de 2009

Testemunha disse que não houve discussão entre Sendas e motorista

Foram ouvidas a empregada, viúva, o neto do empresário e o pai do réu.
Empresário Arthur Sendas foi morto em outubro de 2008.

Do G1, no Rio

 

A principal testemunha – segundo o Tribunal de Justiça - do crime em que o empresário Arthur Sendas morreu, em outubro de 2008, disse durante o depoimento nesta terça-feira (23) que não houve discussão entre o acusado do crime e a vítima.  O julgamento está previsto para terminar no início da madrugada.

“Quando o ‘seu’ Arthur chegou na cozinha, fui andando atrás dele para ir para o meu quarto. Virei então para a direita e ele abriu a porta que dava para a área. Eu tinha dado apenas uns quatro passos quando ouvi o tiro, ou seja, 'seu' Arthur foi baleado assim que colocou os pés na porta e não houve nenhum diálogo entre ele e o assassino”, contou a empregada do casal, Claudia Martins, durante o julgamento.
O juiz Fábio Uchôa, titular do 1º Tribunal do Júri da Capital, começou a ouvir as testemunhas do processo contra Roberto Costa Junior, acusado de assassinar o empresário. Roberto está preso desde outubro, quando confessou o crime e se entregou à polícia.

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Segundo o TJ, a primeira pessoa ouvida, na condição de informante, foi a viúva de Sendas, Maria Ablen Sendas. Ela contou que no dia do assassinato os dois chegaram em casa, no Leblon, por volta das 21 horas. Mais ou menos à meia noite, ela desligou a TV e Sendas deitou-se para ler. Foi quando a empregada da casa, Claudia, interfonou da cozinha para o quarto do patrão, dizendo que Junior estava na porta, querendo falar com ele.

Segundo o testemunho, Sendas disse que falaria pelo interfone, mas Junior insistia, dizendo que precisava falar pessoalmente, pois seu pai havia sofrido um acidente.

“Meu marido então foi atendê-lo na área de serviço e pouco tempo depois eu ouvi um estampido, mas não sabia que se tratava de um tiro. Como ele demorava para voltar para o quarto, fui procurá-lo e vi que a cozinha estava vazia. Foi quando a Cláudia apareceu, chorando, dizendo que Arthur estava baleado e que precisávamos chamar uma ambulância”, contou.
O pai de Junior, Roberto Costa, que era motorista da família há cerca de sete anos, disse que ficou sabendo pelo chefe da segurança do empresário que seu filho havia atirado em Sendas. Ele confirmou que Junior possuía uma arma e que estava com ela no dia do crime. Roberto Costa afirmou ainda que o filho disse que atirou acidentalmente no patrão. Na época do crime, Junior, que era motorista do neto de Sendas, João Arthur, estava sem trabalhar porque João estava viajando e havia um rumor de que Arthur Sendas ia parar de remunerá-lo e provavelmente despedi-lo.
O último a depor foi João Arthur Sendas, que disse que o motorista trabalhava com ele há cerca de oito anos e que o viu armado algumas vezes. Ele falou ainda que estava viajando no dia do crime que não sabia de ninguém que tivesse algo contra o seu avô.

O advogado do acusado dispensou todas as testemunhas de defesa. 

G1 > Edição Rio de Janeiro

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