terça-feira, 16 de junho de 2009

Polícia volta a combater grupos de milícia na Zona Oeste do Rio

Deflagrada nesta manhã, esta é a 2ª fase da Operação Têmis.
Segundo a polícia, 45 foram presas na primeira etapa da operação.

Do G1, no Rio

A Polícia Civil do Rio dá início na manhã desta terça-feira (16) a segunda etapa da Operação Têmis, que tem como objetivo prender suspeitos de envolvimento com milícias no estado.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, um dos dois policiais civis foragidos se apresentou nesta manhã.

Na primeira fase, 45 pessoas foram presas. Segundo a Secretaria de Segurança, a meta nesta terça é atacar as fontes ilícitas de financiamento dos grupos que atuam ou atuavam em áreas da Zona Oeste da cidade, especialmente Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba.
Em nota, a Secretaria esclarece que “o choque de fiscalização visa coibir o comércio ilegal de gás; o transporte ilegal de passageiros; o furto de sinal de televisão por assinatura; e as atividades comerciais que não cumprem as posturas municipais”. Estima-se que só o comércio paralelo de gás movimente mais de 50 mil botijões/mês. Já as ligações clandestinas de TV chegariam a 100 mil na região.

A operação, segundo a Secretaria, deve durar pelo menos 30 dias. Após esse prazo, será feito um balanço e a ação de fiscalização poderá ser prorrogada por outros 60 dias.

Além de 200 policiais, também participam da ação funcionários do Detro, Detran, Secretaria municipal de Ordem Pública, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado do Rio de Janeiro (Sirgaserj), Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro) e Net Rio S/A. 

Primeira etapa

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a primeira etapa da operação deu um duro golpe no principal grupo de paramilitares do Rio, que atuava em Campo Grande, na Zona Oeste.

“Não podemos afirmar que o grupo acabou, que não existe mais, mas ela praticamente se esvai com a prisão dessas pessoas” disse o secretário, ressaltando que o grupo seria responsável por cerca de 70% das ações de milicianos que atuam no estado.
Ele disse ainda que, com as prisões, estão sendo elucidados aproximadamente 30 homicídios praticados pela quadrilha naquela região.
“Era um grupo que dominava pelo menos 1,2 milhão de pessoas. O que direcionou nossa investigação para lá foi justamente o potencial criminoso desse grupo. Era o mais desafiador, o que mais achincalhava o povo do Rio de Janeiro e o que mais demonstrava poder e força”, afirmou.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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