quarta-feira, 3 de junho de 2009

Operação que estourou refinaria de cocaína deixa 2.300 alunos sem aulas

Na chegada dos agentes à Rocinha, houve troca de tiros.
Também foi encontrada uma central de TV a cabo clandestina.

Cláudia Loureiro Do G1, no Rio

 

Uma operação da Polícia Civil na Rocinha, na Zona Sul do Rio, deixa 2.300 alunos sem aulas na região nesta quarta-feira (3).

Segundo a Secretaria municipal de Educação, três escolas e uma creche não estão funcionando nesta manhã. Uma outra creche segue aberta, mas com baixa frequência de alunos.

Mais cedo, a polícia encontrou uma refinaria de cocaína na Rocinha, segundo informou o delegado Ronaldo Oliveira, do Departamento de Polícia da Capital.

Vinte quilos de cocaína

Oliveira explica que a refinaria funcionava numa casa na Rua 1, perto da quadra da Rocinha. O imóvel estava fechado e ninguém foi preso. No local, a droga era misturada e embalada para ser revendida. "A refinaria deve ter o mesmo tamanho da que foi encontrada em março", informou. Vinte quilos de cocaína pura, além de uma prensa, foram encontrados no local.

Além da refinaria também foi encontradas uma central clandestina de TV a cabo e armas.

Desde cedo, cerca de 200 homens de pelo menos oito delegacias especializadas da Polícia Civil fazem uma operação no local. Cada delegacia tem um objetivo diferente. A ação conta com a participação de dois helicópteros da polícia e um blindado.

Na chegada à favela, agentes foram recebidos a tiros, mas ainda não há informações de feridos. 

Refinaria descoberta em março

No final de março, a Polícia Civil informou que pretende manter operações para descapitalizar e enfraquecer o que seria o maior entreposto de drogas do Rio, a Rocinha.

No dia 25 de março, a polícia descobriu que os traficantes misturavam cimento branco e outros produtos químicos à cocaína.

“Agora, todos sabem, inclusive os traficantes de outras favelas, que compram lá para revender, e os usuários, que a Rocinha tem uma droga de péssima qualidade. Os revendedores estão levando gato por lebre e os viciados estão pagando para cheirar cimento”, disse o delegado Ronaldo Oliveira, chefe do Departamento de Polícia da Capital, na época.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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