segunda-feira, 8 de junho de 2009

Integrantes da família imperial fazem coleta de DNA para identificar herdeiro

Príncipe Pedro Luís de Orleans e Bragança estava no voo 447.
O pai, Dom Antônio, e o irmão da vítima entraram sem dar declarações.

Rodrigo Vianna Do G1, no Rio

 

Dom Antonio de Orleans e Bragança, pai do príncipe Pedro Luís, de 26 anos, que estava no voo 447, da Air France, chegou por volta das 16h30 deste domingo (7) ao Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para a coleta de material do exame de DNA.

Ele está acompanhado do filho e irmão de Pedro Luís, Dom Rafael. A família Orleans e Bragança descende da família imperial brasileira. Os dois não deram declarações na chegada.

Segundo informações do Diretório Monárquico do Brasil, o príncipe era formado em Administração de Empresas e morava em Luxemburgo, e estava no país em visita os pais. Ele seria o quarto numa hipotética linha sucessória do trono e seu nome completo é Pedro Luís Maria José Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança. 
Desde sexta-feira (5), a peritos da Polícia Federal recolhem amostras de sangue, saliva e fios de cabelo para ajudar na identificação dos corpos. Parentes das vítimas que não estão hospedados no hotel Windsor foram chamados para fazer a coleta. Foi o caso de Isa Furtado Santanna, mãe da passageira Isabela Furtado Kestler, que mora no Rio.
“Eu moro aqui perto e vim ao hotel para uma entrevista com a Polícia Federal. Eu respondi a um questionário e colheram o meu sangue. Isso tudo é muito doloroso, eu preferia que deixassem a minha filha onde está, porque esse resgate, essas coisas, são muito difíceis para nós”, disse a mãe emocionada.
O trabalho dos agentes deverá se estender até a próxima segunda-feira (8). Os peritos convocaram dois representantes das famílias por vez para obter dados que possam ajudar na identificação dos passageiros, como uso de próteses, pinos cirúrgicos, implantes dentários, marcapassos, tatuagens e roupas que estavam usando no dia do embarque.

O Airbus da Air France desapareceu sobre o Oceano Atlântico na noite do último dia 31 no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris.

Fotos podem ajudar no reconhecimento

Além das fotos de objetos pessoais dos passageiros do voo 447, da Air France, familiares disseram, neste domingo (7), que deverão receber imagens de alguns corpos resgatados para uma possível identificação. Segundo o gerente de hotel Maarten Van Sluys, irmão da passageira Adriana Van Sluys, a identificação oficial, no entanto, sairá apenas com após o exame de DNA.
“Acredito que esse reconhecimento por foto sirva para facilitar o trabalho de identificação, que será feita no Recife. Em princípio foi informado aos familiares que vai ser feito um registro fotográfico dos corpos e que esse registro vai ser enviado para nós. Em primeiro momento, será feita uma identificação fotográfica, de acordo com as características das roupas, etc.”, completou Maarten.
Com a notícia do resgate de mais três corpos de ocupantes do voo 447, da Air France, familiares das vítimas aguardam ansiosos pela identificação. Cerca de 30 parentes continuam hospedados no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

G1 > Mundo

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