Sargento ficará preso administrativamente no Batalhão de Copacabana.
Fantástico mostrou imagens de grupos agindo como se fossem donos das ruas.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo
Um policial militar foi preso nesta segunda-feira (7) sob acusação de envolvimento na máfia dos guardadores de carro no Rio de Janeiro. No domingo (7), o Fantástico mostrou imagens de grupos agindo como se fossem donos das ruas.
Segundo a corregedoria da Polícia Militar, o sargento Jefferson Salvador Lima ficará preso administrativamente no Batalhão de Copacabana, na Zona Sul.
Agentes da Delegacia de Polícia Judiciária, no Méier, no subúrbio, ouviram o policial na tarde desta segunda. O depoimento não foi divulgado. A corregedoria informou que outros policiais militares suspeitos de envolvimento também serão investigados.
Flanelinhas detidos
A Secretaria de Segurança ainda não informou se vai ou não abrir inquérito para investigar a ação dos guardadores. Segundo a Secretaria, cerca de 300 flanelinhas foram detidos durante uma operação da Polícia Militar, no sábado (5), na Zona Sul do Rio.
De acordo com a polícia, o sargento do PM Jefferson Salvador Lima aparece numa denúncia feita por um guardador, que diz ter sido ameaçado de morte e obrigado a trabalhar para o militar.
Ainda segundo a polícia, o sargento assinou o crachá de um flanelinha como presidente da cooperativa de guardadores, o que é proibido para policiais.
Falta de controle
A Secretaria municipal de Transportes admite a falta de controle. Para tentar solucionar o problema, a Prefeitura informou que dividiu a cidade em lotes e que deve privatizar as áreas. O sistema de vagas deverá ser explorado por empresas, que ficarão responsáveis também pelo correto funcionamento
A Guarda Municipal e o Sindicato dos Guardadores Autônomos informaram que vão apurar as denúncias.
Denúncia
Com uma câmera escondida, um produtor do Fantástico constatou como é fácil virar guardador de rua e até mesmo dono de uma via pública. Os flanelinhas chegam a cobrar até R$ 15 mil por uma rua em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, o esquema ilegal permite ainda sublocar a área. Guardadores afirmam que cobram R$ 70 por dia quando alguém trabalha para eles.
O esquema de corrupção foi constatado ainda em ruas de Botafogo e Leblon, na Zona Sul do Rio.
Em 2001, a Prefeitura do Rio de Janeiro mudou as regras: o que antes era controlado pelo Sindicato dos Guardadores Autônomos, passou a ser regido por 23 grupos e cooperativas. Qualquer pessoa pode se habilitar, basta apresentar uma documentação, comprar o jaleco e os talões.
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