sábado, 19 de abril de 2008

Polícia deve reconstituir cena do crime até sexta

Foto: AE
Três laudos técnicos descartam presença de terceiro adulto no apartamento e mostram que agonia da menina começou ainda no carro

» Depoimentos de pai e irmã de Nardoni são adiados

Conheça as provas materiais que incriminam pai e madrasta

São Paulo - A Polícia Civil deve fazer até a sexta-feira da semana que vem a reconstituição do assassinato de Isabella Nardoni. Segundo uma pessoa próxima às investigações, a reconstituição do crime terá a presença de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, respectivamente pai e madrasta da menina, indiciados pelo homicídio triplamente qualificado da menina. Eles descreverão à polícia seus passos na noite em que ela morreu.

A data da reconstituição estaria a ser definida entre quinta e sexta-feira. Isto porque os depoimentos do avô e da tia de Isabella estão marcados para esta terça-feira e a polícia deseja realizar diligências no dia seguinte às oitivas. A polícia descarta colocar o casal frente a frente para uma acareação. Isso porque os dois foram muito vagos em seus depoimentos e poderiam repetir a postura durante uma acareação.

"Eles foram muito frios em seus depoimentos, o pai ainda chorou, a madrasta não", disse um policial. Hoje, o avô da menina, Antonio Nardoni, voltou a defender a incocência do casal. Populares protestam sem parar em frente às casas dos Nardoni e dos Jatobá, respectivamente no Tucuruvi e em Guarulhos.

A decisão do indiciamento do casal foi tomada após 17 horas, em uma sessão de depoimentos que começou na tarde de sexta-feira e só terminou na madrugada de sábado. Por volta das 4h40, o casal saiu do 9º Distrito Policial (Carandiru), em São Paulo, em direção à casa dos pais, na avenida Dr. Timóteo Penteado.

A menina de 5 anos foi encontrada ferida, no sábado, dia 29 de março, no jardim do prédio onde moram o pai, Alexandre, e a madrasta, Anna Carolina, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. O casal chegou a ficar preso por 9 dias durante a investigação do crime.

As informações são de Hermano Freitas, do Terra

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