segunda-feira, 14 de abril de 2008

Dengue: pacientes com outras doenças sofrem com demora nas filas

Rio - O cobertor curto das autoridades na tentativa de combate ao dengue na cidade do Rio de Janeiro vem se caracterizando com a demora gradual no atendimento a pacientes com outras doenças. Entre os "efeitos colaterais" da epidemia estão filas grandes, resultados de exames que demoram a sair e cirurgias eletivas (não emergenciais) desmarcadas.

Nesta segunda-feira no Hospital Miguel Couto, por exemplo, cerca de 100 pessoas ficaram esperando em uma fila que saía pela porta do hospital e ia para a calçada. As pessoas aguardavam mais de duas horas só pra fazer uma ficha. Depois, ainda tinham que esperar o atendimento propriamente dito.

A maioria dos cidadãos acredita que deveria haver um atendimento separado para dengue, e não fila única.

O Secretário Estadual Sérgio Côrtes afirmou também nesta segunda que apenas 34 do 114 médicos pediatras do Cremerj disponibilizados para atuar no combate à dengue, responderam à convocação. O apelo para os médicos, que atuariam principalmente na Baixada Fluminense, foi reforçado neste domingo por telegrama enviado aos 80 profissionais. A expectativa do secretário é de que os médicos se apresentem até o final da semana.

No Café com o Presidente, Lula chamou a atenção dos prefeitos para que entrem no combate a dengue. Ele disse isso ao lembrar da marcha dos prefeitos deste ano, que acontece nesta semana, e que ele participou em 2003. E alertou: "Nós temos que fazer um chamamento aos prefeitos no combate à dengue, por exemplo. Ou seja, cada prefeito precisa assumir a responsabilidade de cuidar com muito carinho da sua rua, do seu bairro, da sua vila e da sua cidade".

"Eu acho que é uma integração importante. São os entes federados trabalhando juntos, seja na construção das obras do PAC, seja na educação, seja na saúde, porque nós entendemos que o Brasil precisa ser assim para melhorar mais rapidamente", concluiu o presidente.

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