sexta-feira, 11 de abril de 2008

Reforço para doentes da dengue

Reforço para doentes da dengue

 

 

Fonte:RJTV

Prefeituras da Baixada se mobilizam para reforçar o número de médicos para socorrer os doentes. Três dos cinco municípios com maior número de casos da doença ficam na região.

O hospital de Piabetá é o único com leitos para internação no município de Magé. Mães com crianças se queixam do atendimento.
“Só falaram que está com a garganta inflamada, mas não examinaram ela, não fizeram nada”, comentou uma mãe.
O município tem 1.135 casos confirmados da doença. Sete são do tipo hemorrágico.
Na frente do hospital, enfermeiros da Cruz Vermelha fazem uma primeira avaliação para encaminhar os pacientes.
“Faz a fila, já faz o cadastramento e vai ser atendido com preferência. Se a pessoa está com a temperatura de 39 graus, ela não vai poder ficar esperando para ser atendida”, disse a auxiliar administrativa do Hospital de Piabetá, Eliane Bastos.
Nova Iguaçu é a cidade com maior número de casos na Baixada. São mais de quatro mil, sendo 20 de dengue hemorrágica. Três pessoas morreram.
A tenda que recebe os doentes com suspeita de dengue é de responsabilidade da Marinha. Em média 300 pessoas são atendidas diariamente. Elas são encaminhadas pelos postos de saúde ou pelo Hospital da Posse.
Foi o caso de Bruno, mas ele reclama do tempo de espera para ser atendido na tenda.
“Tinha que ter mais médicos para ter um atendimento mais rápido”, reclamou ele.
Um levantamento feito pelo consórcio de saúde da Baixada mostrou que o problema da falta de médicos é grave.
De acordo com o consórcio, além de Nova Iguaçu, os municípios de São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Queimados e Japeri necessitam aumentar o quadro de profissionais entre 15% e 50%.
A lista do Conselho Regional de Medicina com a relação dos clínicos e dos pediatras que se candidataram para trabalhar na Baixada já foi entregue aos representantes do consórcio. A convocação desses profissionais será feita pelas secretarias municipais de saúde, que ficarão responsáveis pelos pagamentos dos salários.
“Eu acredito que nessa próxima semana nós tenhamos um efetivo importante já incorporado à massa de trabalhadores da Baixada Fluminense que vai dar conta dessa epidemia”, afirmou Oscar Berro, presidente do Conselho de Saúde da Baixada.
A prefeitura de Magé informou que o atendimento no hospital de Piabetá é prejudicado por causa da grande procura. De acordo com a assessoria de imprensa da Marinha o tempo de espera na tenda de Nova Iguaçu é de 30 a 40 minutos.

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