quinta-feira, 24 de abril de 2008

Catamarãs devem voltar a operar somente na sexta

Capitania dos Portos vai analisar as condições do mar antes de liberar as embarcações.
Marinha não acredita em imprudência no episódio.

Do G1, no Rio

Foto: Alicia Uchoa / G1

Alicia Uchoa / G1

Catamarã foi atingido por uma grande onda que arrebentou porta na proa (Foto: Alicia Uchoa / G1)

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Depois de um catamarã ser atingido por uma grande onda na Baía de Guanabara, as embarcações que fazem a linha Rio-Charitas devem voltar a operar somente nesta sexta-feira (25). A concessionária Barcas S.A. informou que a Capitania dos Portos vai analisar as condições de navegação antes de liberar a viagem.

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O tráfego marítimo chegou a ficar completamente fechado por cerca de uma hora na Baía de Guanabara, mas foi liberado parcialmente por volta das 11h30, permitindo o fluxo de embarcações de grande porte.

Pela manhã, com o mar agitado, uma forte onda atingiu a porta da proa do catamarã. Alguns passageiros ficaram feridos, mas não há ninguém em estado grave. Desde cedo, o Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros alertou a ressaca em algumas praias do Rio e da orla de Niterói.

Número de feridos diverge

O número de feridos tem sido uma questão de divergências. Inicialmente, a concessionária Barcas S.A. chegou a dizer que seriam 20 pessoas, mas depois corrigiu o número para 12, incluindo duas mulheres grávidas. Parte dos passageiros teria sido atendida e liberada no local, enquantro outros seguiram para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, e para um hospital na Tijuca, na Zona Norte.
Já a assessoria do Corpo de Bombeiros registrou 15 atendimentos médicos, enquanto a Capitania dos Portos, em nota oficial à imprensa, diz terem sido 17 os passageiros feridos.

Seis ônibus fretados

Segundo a Barcas S.A., foram fretados seis ônibus para trazer passageiros que estavam em Niterói, na Região Metropolitana, para o Rio, depois do incidente.
Ainda segundo a empresa, passageiros que estavam em Niterói e já tinham comprado o bilhete para o Rio receberam o valor de volta. Outros preferiram usar os ônibus fretados.

Foto: (Foto: Divulgação/Iate Clube-RJ)

(Foto: Divulgação/Iate Clube-RJ)

Flagrante da ressaca no cais do Iate Clube Rio de Janeiro (Foto: Divulgação/Iate Clube-RJ)

Atendimento

A concessionária explicou também que uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e três do Corpo de Bombeiros foram até a estação da Praça XV para fazer o atendimento aos passageiros.
O catamarã é uma embarcação fechada, com ar-condicionado com capacidade para 247 passageiros. Segundo a empresa, por medida de segurança, a orientação quando o mar está agitado é que a embarcação viaje com a velocidade reduzida.

Segundo o Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros em Niterói, as ondas nas praias do município chegam a 2 metros de altura e a corporação colocou um reforço de cerca de 30 salva-vidas em toda a orla da cidade. Pelas informações dos bombeiros, na Praia de Icaraí, as ondas chegaram a atingir o calçadão.

Sem relação com tremor

Em entrevista ao RJTV, o oceonógrafo Victor D'Ávila descartou a possibilidade de que as grandes ondas registradas na Baía de Guanabara tenham sido uma conseqüência do tremor ocorrido na última terça-feira (22).
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"É improvável que tenham qualquer relação. É um fenômeno absolutamente incomum, sem registro há décadas. Ventos localizados podem gerar ondas que se propagam a grandes distâncias e aqui no Rio estamos enfrentando ondas que provavelmente vieram do Rio Grande do Sul, canalizados ao longo da costa brasileira", explicou Victor.

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