terça-feira, 15 de abril de 2008

Operação policial na Vila Cruzeiro termina com nove mortos

A Polícia Militar, que organizou a incursão, afirma que todos seriam criminosos.
Seis pessoas, todos moradores da favela, ficaram feridas, segundo hospital.

Do G1, no Rio, com informações da CBN e da TV Globo

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O Hospital Getúlio Vargas, na Penha, confirmou que nove pessoas morreram na operação policial na Vila Cruzeiro, subúrbio do Rio, nesta terça-feira (15). Segundo a PM, que organizou a incursão, todos seriam criminosos.

Na operação, 180 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do 16º BPM (Olaria) tentavam combater o tráfico de drogas e retirar barricadas dos acessos da favela. Segundo a PM, 14 suspeitos foram presos, todos escondidos em um depósito de um supermercado, na entrada da favela.

Seis inocentes feridos

Durante o tiroteio entre traficantes e policiais, seis pessoas ficaram feridas. Todas, segundo informações do Hospital Getúlio Vargas, para onde foram levadas, não teriam nenhuma ligação com o tráfico de drogas.

Na operação, que começou por volta de 8h na favela, o caveirão, carro blindado da polícia, e cachorros foram usados. Os policiais informaram que o armamento usado pelos traficantes foi apreendido, assim como drogas.

Comércio fecha as portas

No muro das casas da Vila Cruzeiro, os traficantes picharam um alerta para quem mora por ali: "Atenção moradores, em dias de confronto, evitem sair de casa". Na Penha, o bairro embaixo da favela, os comerciantes fecharam as portas das lojas, com medo de retaliação.

De acordo com a rádio CBN, o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, há um racha entre traficantes do local. O secretário, que esteve no 16º BPM para apresentar o material apreendido na operação, explicou que essa briga teria acontecido depois do início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas ele não soube informar o motivo do racha. Beltrame considerou satisfatória a ação dos policiais e disse que as mortes ocorreram porque houve reação à operação.

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