sábado, 4 de abril de 2009

Estimativa da polícia mostra que 300 favelas vendem crack no Rio

Há dois meses, pedra era vendida em dez comunidades.
Número de apreensões da droga triplicou em 2008, segundo ISP.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

O crack já é comercializado por 300 favelas no Rio. Isso é o que mostra uma estimativa da Polícia Civil. Os números de apreensões da pedra triplicaram em 2008, segundo o Instituto de Segurança Pública. Para a polícia, a droga pode estar por trás de crimes como a morte da estudante Karla Leal dos Reis, de 25 anos, no domingo (29), no Centro.


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De acordo com a polícia, só este ano, Augusto César Souza, de 27 anos, preso suspeito de ser o assassino da jovem, passou quatro vezes por abrigos da prefeitura. Sempre drogado. Ele teve a prisão temporária decretada e se disse inocente.
Há dois meses, uma série de reportagens exibida pelo RJTV mostrou que o mapa do crack no Rio não era tão vasto. Nas contas da polícia, a droga era vendida em dez favelas. Na época, a prefeitura prometeu reforçar o trabalho nas comunidades.
“Nós fizemos vários ajustes e foi possível, por exemplo, cumprir o compromisso de nós termos 14 equipes de abordagem, uma em cada região da cidade, nas dez coordenadorias de assistência e uma atendendo a ouvidoria da Secretaria”, disse o secretário municipal de Assistência Social, Fernando William.

Centro de reabilitação volta a funcionar

Em fevereiro, um Centro de Atendimento ao Dependente, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, que estava fechado, voltou a funcionar com o triplo de funcionários. De acordo com a secretária estadual de Assistência Social, Benedita da Silva, o reforço foi motivado pelo grande número de dependentes do crack.
“É lógico que diante desse quadro nós damos um tratamento igual para os usuários, mas se tratando do crack nós estamos aqui reforçando a equipe, aumentando o número de técnicos para poder também acompanhar essa evolução. Mas o bom mesmo é que nós não tenhamos que atender tantas pessoas usuárias do crack, de droga nenhuma, mas o crack tem sido assustador pra nós”, afirmou a secretária.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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