sábado, 25 de abril de 2009

Marido de mulher baleada diz que por sorte filho não estava no carro

Balas atingiram lateral do veículo, onde fica cadeira da criança.
Mãe, que seguia pela Linha Amarela, foi operada e está fora de perigo.

Do G1, no Rio

Marido de Claudia Seny Lima Saccioli, baleada na noite de sexta-feira (24), na Linha Amarela, o médico Roberto Daiub afirmou neste sábado (25) que está indignado por ver sua mulher virar mais um número nas estatísticas de violência da cidade, mas aliviado porque por sorte seu filho de 4 anos, que tem Síndrome de Down, não estava com ela no veículo.

Após passar por uma cirurgia no Hospital municipal Souza Aguiar, Claudia foi transferida para o Hospital das Clínicas Mário Lioni, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e está fora de perigo.

O casal – que foi morar na Região Serrana do Rio justamente para fugir da violência – estava em dois carros e o menino, pela primeira vez, havia dormido na casa da madrinha. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do hospital, o médico contou que estava em outro carro, na frente da mulher, quando, na altura da Favela Vila do João, no subúrbio do Rio, viu homens armados atravessarem a pista, como se estivessem em fuga.

Mulher acelerou e bandidos atiraram contra seu carro

Segundo Daiub, sua mulher se assustou e acelerou, provocando uma reação dos suspeitos, que atiraram contra seu carro. Claudia, que é estudante de odontologia, foi atingida por um dos tiros: a bala entrou pelas costas e saiu pelo abdômen. A babá, que também estava no carro, nada sofreu. A cadeirinha do bebê, que por sorte estava vazia, também foi atingida.
“Fomos para a região serrana para fugir da violência do grande centro urbano. Estou muito indignado em pensar que minha mulher será apenas mais um número nas estatísticas de violência da cidade, mas estou muito reconfortado porque nosso filho de 4 anos, que é especial, por providência divina não estava no carro. Porque exatamente a bala entrou na lateral à direita do carro, onde fica a cadeira do meu filho. Foi Deus que tirou meu filho desse caminho”, diz a nota, assinada por Roberto Daiub.

Vítima respira sem ajuda de aparelhos

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital em que Claudia está internada, ela foi transferida para a unidade por volta das 23h de sexta, após passar por uma cirurgia, no Hospital Souza Aguiar, para avaliar a dimensão da lesão do projétil. Segundo o boletim médico, não houve comprometimento de órgãos vitais, mas ela sofreu fraturas na costela.

Ela não corre risco de ficar paraplégica e está lúcida, respirando sem a ajuda de aparelhos. Ainda segundo a assessoria, Claudia deve ficar pelo menos 72 horas na UTI.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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