sexta-feira, 24 de abril de 2009

Polícia desmantela quadrilha especializada em clonagem de cartões

Um homem é preso em Guadalupe

Rio - Para desbaratar uma quadrilha que vem agindo em hotéis da Zona Sul do Rio, principalmente na orla de Copacabana, lesando turistas estrangeiros, policiais da Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat) realizaram uma operação, na manhã desta sexta-feira, em oito endereços do Rio de Janeiro, Nilópolis e Cabro Frio, para prender dois homens e uma mulher que lesaram um executivo americano, dirigente de uma empresa multinacional sediada na cidade.

 

Foto: Osvaldo Praddo/ Agência O Dia

Policiais fazem buscas em cinco localidades. Foto: Osvaldo Praddo/ Agência O Dia

Com seu cartão clonado, eles fizeram compras em várias partes do Estado e adquiriram celulares, eletrodomésticos, acessórios para automóveis e outros objetos, tudo avaliado em R$ 19 mil. Segundo o delegado Fernando Veloso, titular da Deat e que comandou a operação, a clonagem dos cartões de crédito do executivo norte-americano aconteceu em um dos hotéis de alto luxo de Copacabana, na Avenida Atlântica, em 2006, mas a vitima não apresentou queixa à polícia na ocasião.
Por exigência da seguradora, em 2007 ele teve de registrar a queixa da clonagem de seus cartões, que ocorreram no hotel onde ele estava hospedado na ocasião. Tão logo o caso foi registrado, a Deat, começou a investigar a clonagem dos cartões, mas já com um grande atraso. Para o delegado Fernando Veloso, há fortes suspeitas de que a clonagem dos cartões foram realizadas com a conivência de funcionários do hotel, mas ainda não há provas!".  
Um dos esteleionatários foi preso pela manhã, na Rua Enéas Martins, ni bairro de Guadalupe, no subúrbio. Era Marcelo Alves de Barros, de 38 anos, com quem os policiais encontraram vários cartões de crédito em nomes de outras pessoas e que serias clonados.
Procurados em Santa  Cruz, na zona oeste, em Barros Filho, no subúrbio, e em Nilópolis, na Baixada Fluminense, dois outros integrantes da quadrilha não foram localizados. No fim da manhã, as equipes policiais se deslocaram para Cabo Frio, na tentativa de localizar e prender Paulo César Ferreira da Silva, de 33 anos, e Vanessa da Cruz Fernandes, de 29, que teriam ido curtir o feriadão na região dos lagos.
Paulo César é foragido da polícia e da justiça de Santa Catarina, onde já aplicou também os golpes de clonagem de cartões de crédito. Segundo o delegado Fernando Veloso, o espertalhão fugiu de Santa Catarina para o Rio de Janiro em 2003, quando começou a aplicar golpes nos hotéis da zona sul da cidade, principalmente na orla de Copacabana, bares e restaurantes.
O policial acredita que funcionários dos hotéis onde a quadrilha agia, passava os cartões de crédito dos hóspedes quando eles pagavam as contas no bar, no restaurante ou fechavam a conta para deixar os hotéis, na maquinha conhecida como Chupa Cabra, clonando os  cartões.     
"Geralmente, quando os estelionatários conseguem que funcionários de hotéis, buates, bares e restaurantes façam a clonagem para eles, os criminosos entregam a maquinha Chupa Cabra e pagam entre R$ 300 e R$ 400 por cartão de crédito clonado", acrescentou o delegado.
Preso, Marcelo Alves de Barros negou integrar alguma quadrilha de estelionatários e afirmou aos policiais da Deat que ele negocia com a compra e venda de carros usados. Mas para o delegado, ele era quem, juntamente com Vanessa, fazia as compras com os cartões clonados.
"Paulo Cesar, como já vem aplicando tais golpes há muitos anos, era o articulador da quadrilha", disse o delegado, informando que quando os policiais começaram a aparecer nos hotéis para investigar a clonagem do executivo americano, há oito meses, os golpes pararam.

Com informações dos repórteres Arthur Rosa e Bartolomeu Brito

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