Casa e Vídeo anuncia demissão de 600 funcionários

Em nota oficial, empresa garantiu que nenhuma loja será fechada.
Rede de lojas passa por plano de reestruturação desde novembro de 2008.

Do G1, no Rio

Foto: Reprodução/TV Globo

Empresa anunciou redução em seus quadros em cerca de 600 funcionários (Foto: Reprodução/TV Globo)

A rede de lojas Casa&Vídeo, uma das maiores do setor de eletrodomésticos no Rio de Janeiro, e que atua também no Espírito Santo e Minas Gerais, anunciou nesta sexta-feira (24) a demissão de cerca de 600 funcionários. Em nota oficial, a empresa informou que a redução foi “devido aos ajustes de estrutura que precedem a entrega do Plano de Recuperação Judicial”.

Os ajustes, segundo a empresa, fazem parte de um processo de redução de despesas. Ainda segundo a Casa&Vídeo, as reduções são primordiais para adequar a empresa a um novo cenário e garantir a sustentabilidade de sua operação. Nenhuma loja será fechada.

A Casa&Vídeo passa por um plano de reestruturação e reavaliação do plano de negócios desde novembro de 2008, o que acarretou na demissão de funcionários e no fechamento de algumas lojas. O pedido de recuperação judicial foi entregue à justiça e aguarda a apreciação do juiz.

Pedido de recuperação judicial

No início de fevereiro, a rede de lojas entrou com um recurso de recuperação judicial na 5ª Vara Empresarial do Fórum do Rio. O objetivo foi obter autorização da Justiça para ampliar o prazo de pagamento das dívidas com os credores.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Casa&Vídeo, o recurso foi aceito pela Justiça. Com isso, as cobranças foram paralisadas por um determinado período, para que a empresa formule um plano de renegociação de dívidas com os credores, que deverá ser apresentado no mês que vem.  

No final de novembro de 2008, 30 toneladas de mercadorias da Casa&Vídeo foram bloqueadas pela Polícia Federal durante operação "Negócio da China". De acordo com os investigadores, a empresa estaria envolvida em um esquema de importação ilegal, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Em novembro, 13 executivos da empresa foram presos. Segundo a assessoria, todos já foram soltos.

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