terça-feira, 28 de abril de 2009

Turnowski: Combater a milícia é mais difícil do que o tráfico

    Rio - Um dia após anunciar a criação do Núcleo de Combate à Milícia, o novo chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, voltou a enfatizar que o Estado vai combater os grupos paramilitares que, para ele, apresentam mais risco para a sociedade do que o tráfico de drogas.

"A milícia acaba tento uma amplitude muito maior do que o tráfico de drogas. A história acaba se agravando. Em relação ao tráfico, não há um lugar que o Estado não entre, por exemplo. Enquanto as milícias são homens treinados que acabam tendo o respeito da sociedade. O Estado acaba brigando com uma formação do Estado paralelo", explicou.

Sobre o envolvimento de policiais nos grupos formados, Turnowski afirmou que o combate é mais difícil do que um "simples bandido, que sabe que não é respeitado pela sociedade".

"O policial acaba não respeitando o Estado. Ele quer ser um marginal, mas quer o respeito da comunidade. O policial envolvido quer transparecer que é uma pessoa do bem. Ele parece estar do nosso lado, mas é um inimigo", disse, em entrevista à Rádio CBN.

Ainda segundo Allan Turnowski, a parceria entre a Polícia Civil e o Ministério Público, para formar um grupo de combate à milícia, é a solução para esse problema.

"O que está faltando é essa integração que estamos buscando. Unir, num ambiente único, e planejar a estratégia. Nosso resultado vai ser mais rápido com ações integradas", concluiu.

O DIA ONLINE - RIO

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