quarta-feira, 15 de abril de 2009

PM pede atenção especial dos batalhões na atuação em estações de trem

Agetransp determinou à SuperVia que reveja o modelo de segurança.
Agentes da SuperVia foram flagrados agredindo passageiros.

Do G1, no Rio

informou na noite desta quarta-feira (15) em seu site que determinou aos batalhões que dêem uma atenção especial às estações de trem em suas áreas de atuação.

A intenção, segundo a PM, é preservar o patrimônio e a integridade física dos usuários, além de evitar tumultos, como o que aconteceu na manhã desta quarta-feira em Madureira, no subúrbio.

Agentes da SuperVia foram flagrados pelo cinegrafista Eduardo Torres agredindo passageiros.

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) havia solicitado ao comandante geral da Polícia Militar, coronel Gilson Pitta, que montasse, ainda nesta quarta, um esquema de policiamento especial em todas as estações ferroviárias da SuperVia, a concessionária de trens.

Pelo segundo dia consecutivo, a circulação de trens foi interrompida, excepcionalmente, às 21h desta quarta-feira (15) no Rio de Janeiro. Segundo a SuperVia, concessionária que administra a linha férrea, a paralisação aconteceu por falta de maquinistas. Normalmente, a interrupção dos serviços ocorre às 22h30.

Greve dos ferroviários

Desde o início da greve dos ferroviários, a Agetransp reforçou sua fiscalização nas estações e os técnicos da câmara de transporte vêm recebendo relatórios diários sobre a circulação dos trens e o atendimento aos usuários.
A agência informou que por causa das agressões flagradas nesta quarta determinou à SuperVia que reveja o modelo de segurança da área de treinamento, especialmente em relação aos agentes que lidam diretamente com o público. A agência informou que já abriu processo regulatório específico sobre o assunto, que deverá ser julgado em sessão regulatória, em data a ser definida.

A Agetransp disse ainda que lamenta o transtorno que a paralisação dos serviços tem causado à população fluminense e vem trabalhando no sentido de garantir o mais rápido possível a volta do funcionamento do sistema ferroviário.

Reclamações de passageiros

Os passageiros que partiam na noite desta quarta-feira (15) da Central do Brasil reclamavam do atraso nas saídas das composições, da superlotação e da falta de segurança dos carros.

Segundo o estudante Leandro Finamore, os trens para Queimados, na Baixada Fluminense, saem com mais de 40 minutos de atraso, quando o prometido pela empresa é um intervalo de 20 minutos.
A auxiliar administrativa Milena Manfredini também reclama da demora dos trens para Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense.

“Os trens já saem atrasados e para agravar ainda mais o problema, eles resolvem em cima da hora trocar a plataforma de embarque, aí fica esse corre-corre porque todo mundo quer viajar sentado”, explicou a auxiliar.
Desde segunda-feira (13) quando começou a greve dos ferroviários, o mecânico José do Nascimento decidiu susbstituir o trem pelo ônibus.
“A passagem de ônibus de Nova Iguaçu para o Centro do Rio custa R$ 4,90 enquanto o trem custa R$ 2,45, mas infelizmente tive que optar pelo onibus porque o trem esta muito lotado, não da pra ficar nem em pé”, reclama José.

Assalto dentro do trem

A falta de segurança nas estações e nos trens é outra queixa recorrente de quem costuma utilizar o transporte. O auxiliar de eletricista Randal Pessoa disse que teve a carteira furtada dentro do trem, na viagem que fez na tarde desta quarta-feira entre Bangu, na Zona Oeste, e a Central.
“Não tem segurança alguma dentro dos trens e nas estações. Além de mim, conheço outras pessoas que já foram furtadas e ate roubadas dentro dos trens. Reclamei com um dos agentes de segurança da empresa e eles disseram que varias pessoas também reclamam desse mesmo problema”, desabafou Randal.

Espera de quase duas horas

Os vendedores Elaine dos Anjos e Renato dos Santos preferem esperar por quase duas horas para pegar um trem menos cheio.
“Nós chegamos aqui por volta das 17h30 e só vamos pegar o trem para Saracuruna (em Caxias, na Baixada) às 19h27 porque ele é um pouco mais vazio. Não tem condições de fazer uma viagem de quase uma hora espremido”, disse Renato.
A SuperVia informou que os trens com destino a Japeri e Santa Cruz circulam com intervalos de 20 minutos na noite desta quarta-feira. As composições com destino a Belford Roxo e Gramacho operam a cada 30 minutos. Nesta noite não haverá trens para Paracambi e Vila Inhomirim.
A concessionária admitiu que os horários dos trens estão irregulares e que as saídas estão sendo passadas pelo sistema de som da Central. Ela informa que lamenta a irregularidade dos horários, mas eles admite que está com uma situação atípica.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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