quinta-feira, 2 de abril de 2009

MPF quer anular absolvição de médico que coordenava transplantes no Rio

O médico Joaquim Ribeiro Filho foi inocentado no processo civil.
Ação penal ainda está em andamento na Justiça Federal.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

O Ministério Público Federal (MPF) vai entrar com recurso contra a absolvição do ex-coordenador do Rio Transplante, o médico Joaquim Ribeiro Filho, denunciado por fraudar a fila única de transplantes de fígado no Rio. Ele foi absolvido, em primeira instância, na ação civil de 2003, no qual era acusado de improbidade administrativa. Ribeiro Filho, que chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2008, também responde a processo criminal.

O médico é acusado de favorecimento no transplante de fígado feito em 2003, em Jaime Ariston, irmão do então secretário de Transportes do Rio. Ribeiro Filho alegou que o paciente – que ocupava o 32º lugar na fila – teria aceitado receber um “órgão marginal” (sem condições para transplante), ao contrário dos demais pacientes.

Absolvição

A absolvição no processo civil foi decidida no último dia 10 de março pela juíza Lilea Pires de Medeiros, da 21ª Vara Federal. Na sentença, a juíza entendeu que o médico agiu corretamente. Até a próxima semana, a procuradora da República Marina Filgueira vai pedir a anulação da sentença.
Segundo a advogada Camila Freitas, que acompanhou o processo, a juíza da 21ª Vara Federal proferiu uma sentença consistente, levando em conta inclusive o julgamento do Conselho Regional de Medicina (CRM), que inocentou o médico por 21 votos a zero.

Processo criminal

Além do caso Ariston, o médico também foi denunciado criminalmente por outros dois transplantes, na 3ª Vara Federal Criminal. Ele é acusado de peculato – por ter se apropriado dos órgãos transplantados – e falsidade ideológica.
Ribeiro Filho foi preso em 30 de julho de 2008 durante a Operação Fura-Fila, da Polícia Federal. Uma semana depois, ao obter um habeas corpus no Tribunal Regional Federal, segundo a advogada, o médico voltou a clinicar e dar aulas. Mas não realizada mais transplantes em hospitais públicos. O processo criminal ainda está em andamento.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Um comentário:

Liráucio Girardi Jr. disse...

André,
apenas um comentário nessa "notícia" do G1 e de O Globo online.
A manchete é a ABSOLVIÇÃO DO MÉDICO (o fato) e não um possível recurso que o Ministério Público Federal diz que vai entrar (uma coisa que nem aconteceu).
Está muito claro, que esses veículos não quiseram fazer notícia (jornalismo), mas uma outra coisa. Cada um dê o nome a ela que quiser.

Sugiro a leitura de:
http://transplantevida.blogspot.com
Blog de apoio ao Dr. Joaquim Ribeiro Filho e equipe