quarta-feira, 8 de abril de 2009

Medição de luz com chip fica suspensa em cinco municípios no Rio

Decisão afeta 30 mil domicílios na Região Metropolitana e Baixada.
Contas vão se basear em contagem dos medidores convencionais.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Até 31 de julho, enquanto não for realizada uma nova inspeção do Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), a concessionária de energia elétrica Ampla ficará impedida de cobrar as contas de luz de 30 mil domicílios com medidores eletrônicos, que usam chips.

A contagem do consumo de energia terá de ser feita através dos medidores convencionais.

Margem de erro é de 4%

A inspeção do Inmetro foi realizada em 1.305 aparelhos da Ampla, que atende cerca de 300 mil consumidores em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana e, Duque de Caxias e Magé, na Baixada Fluminense. Deste total, 5% das amostras apresentaram erro de medição acima da margem máxima admitida que é de 4%.

Os equipamentos que apresentaram problemas eram polifásicos – usados por comerciantes e residências com ar-condicionado e outros aparelhos que exigem alto consumo de energia.
Há dois meses, segundo o diretor de relações institucionais da Ampla, André Moragas, a empresa vem fazendo a cobrança desses 30 mil domicílios baseada na contagem de medidores convencionais e na média de consumo dos últimos meses. Mas, segundo ele, o consumidor que achar que está sendo lesado no valor da conta, poderá pedir que uma equipe da Ampla faça uma vistoria no domicílio.
“Os medidores eletrônicos não serão substituídos nem trocados. Até que a nova inspeção do Inmetro seja realizada, a cobrança da conta será feita pela medição convencional. Se o consumidor notar alguma grande diferença na cobrança, nossa equipe de fiscalização irá até lá verificar. Se durante a fiscalização forem encontrados ‘gatos’ ou irregularidades no relógio, o consumidor irá responder pelo crime de furto de energia”, explicou Moragas.
Os pedidos de verificação da cobrança podem ser feitos através do telefone 0800-2800120 ou nas lojas da Ampla.

Sem problemas no sistema monofásico

O diretor da Ampla destaca que o Inmetro não encontrou problemas com os equipamentos do sistema monofásico. Segundo Moragas, a margem de erro acima do admitido nos aparelhos eletrônicos se deu porque a comparação foi feita com equipamentos eletromecânicos, que são mais antigos.
“A nova inspeção será feita comparando a contagem feita entre aparelhos digitais e eletrônicos, que são mais precisos. Os aparelhos eletromecânicos, muitas vezes não registram consumos muito baixos nos sistemas polifásicos, por exemplo, como o de uma única lâmpada acesa. Os aparelhos digitais são mais sensíveis”, disse Moragas.
Quando os equipamentos eletromecânicos começaram a ser substituídos por medidores que usam chips, em 2005, a Ampla constatou uma média de 60% a 80% de furto de energia nos domicílios. A média de furto de energia em todo o estado é de 20%.
“Desde a aferição do Inmetro, o índice de reclamação dos clientes com relação à diferença no valor cobrado nas contas ficou em torno de 0,8% dentre os nossos 300 mil consumidores”, afirmou Moragas.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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