quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quadrilha de SP lucrou R$ 3 milhões em venda de drogas para o Rio, diz PF

Cocaína era preparada em laboratórios na Grande São Paulo.
Drogas eram vendidas para favela carioca.

Daniel Haidar Do G1, em São Paulo

Foto: Divulgação/PF Foto: Divulgação/PF

Carro com fundo falso era usado para transporte de drogas (Foto: Divulgação/PF )

A quadrilha investigada na Operação Riqueza, deflagrada nesta quinta-feira (14) pela Polícia Federal, lucrou cerca de R$ 3 milhões desde agosto de 2008, segundo o delegado Guilherme Almeida,  responsável pelas investigações. A organização criminosa preparava cocaína em laboratórios na Grande São Paulo para vender a traficantes da Vila Cruzeiro, no conjunto de favelas do Alemão, no Rio, segundo PF.

Por volta de 12h desta quinta-feira, dos 18 mandados de prisão, a PF tinha conseguido prender temporariamente 12 pessoas em São Paulo e quatro em Campo Grande. Durante as investigações, nos últimos nove meses, outros 12 suspeitos tinham sido detidos. Os presos vão responder por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico, segundo a PF.

Segundo o delegado, a quadrilha adquiria pasta-base, cocaína e haxixe em Ponta Porá (MS), que eram transportados em fundos falsos de carros até a Grande São Paulo. Durante as investigações, três laboratórios de refino de cocaína foram desmantelados em Santo André e Mauá, no ABC.
A droga preparada nos laboratórios era vendida para traficantes de uma facção criminosa no Rio, que, segundo o delegado, não foram identificados nas investigações, e o lucro obtido com o comércio era depositado em contas bancárias de empresas de “fachada” e “laranjas”.
Segundo as investigações, a venda de drogas rendeu cerca de R$ 3 milhões só nos últimos nove meses. Nesta quinta-feira (14), foram bloqueadas 39 contas bancárias, 14 de empresas e 25 pessoas físicas, mas o delegado não soube estimar a quantia de dinheiro apreendida.
O esquema era comandado por um traficante que foi preso no início das investigações. De dentro de um presídio no estado de São Paulo, ele continuou a dar ordens, por telefone celular, para a quadrilha, segundo Almeida. A advogada desse traficante foi presa nesta quinta-feira. “Ela exorbitou de suas funções. Fazia o papel de levar informações pra ele”, declarou o delegado Guilherme Almeida.
Foram cumpridos também 33 mandados de busca e apreensão, sendo 14 em São Paulo, cinco em Santo André, três em Mauá,  um em Santa Isabel, cinco em Belo Horizonte e cinco em Campo Grande.

G1 > Edição São Paulo

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