sexta-feira, 29 de maio de 2009

Polícia descobre depósitos clandestinos de gás em ação contra milícias

Operação foi realizada em vários pontos da Zona Oeste nesta sexta (29).
Segundo a polícia, pontos eram controlados por milicianos.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

A polícia encontrou três depósitos clandestinos de gás durante uma operação realizada nesta sexta-feira (29) em vários pontos da Zona Oeste. O objetivo era coibir a ação de quadrilhas de milicianos que atuam na região.

Aproximadamente, 300 botijões foram apreendidos. Segundo a polícia, os depósitos eram controlados por grupos de milícia. Um suspeito foi preso durante a ação, mas passou mal e teve que ser levado para um hospital.

Presos na quinta formavam grupo mais forte

A Polícia Civil afirmou que os 16 presos durante a Operação Leviatã 2, na quinta-feira (28), faziam parte da milícia considerada a mais forte do Rio. O grupo teria como base o Morro do 18, no subúrbio. A polícia considerou a prisão como um duro golpe contra o crime organizado.
A  força da milícia foi constatada quando as investigações revelaram que os milicianos tomaram 23 blocos de apartamento de um conjunto residencial em Anchieta, construídos pela Caixa Econômica Federal.
“É assustador. Um volume enorme de crimes de sangue e de homicídios praticados. Realmente identificamos um grupo que chamou a atenção pela violência e pela amplitude que está trabalhando”, disse o delegado Cláudio Ferraz, diretor da Draco, responsável pela operação.

Dos 31 mandados de prisão, a polícia cumpriu 16. Entre os presos, segundo a polícia, estão o segundo homem da quadrilha, dois advogados e dois policiais militares. Os policiais estouraram, ainda, um paiol da quadrilha onde foram apreendidas várias armas, grande quantidade de munição, e três radiotransmissores.

De acordo com a polícia, os apartamentos seriam vendidos por até R$ 30 mil. Os suspeitos exigiam uma taxa mensal de R$ 100 dos moradores. Segundo as investigações, eles passavam, ainda, orientações sobre como o morador deveria se comportar e criavam regras do condomínio, assinadas pela “administração”.

Além da suposta segurança, os milicianos também cobravam pelo sinal de TV clandestina por assinatura e internet. Os moradores eram obrigados a assinar fichas de “adesão e contribuição”.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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